MATEUS 24:34: "Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas essas coisas se cumpram".
Jesus errou quando afirmou que os sinais do tempo do fim se cumpririam em sua era?
PROBLEMA: Jesus falou de sinais e maravilhas no que diz respeito à sua segunda vinda. Mas ele disse que "esta geração" não passaria, sem que tudo isso acontecesse. Isso quis dizer que esses eventos aconteceriam durante a vida dos que o ouviam?
SOLUÇÃO: Esses eventos (i.e., a Grande Tribulação, o sinal da volta de Cristo e o fim dos tempos) não ocorreram nos dias de seus ouvintes. Portanto, é racional entendermos que o seu cumprimento se dará ainda no futuro. Essa questão requer um exame mais cuidadoso do significado de "geração", quanto a sentidos diferentes relativamente aos contemporâneos de Jesus.
Primeiro, "geração" em grego (genea) pode significar "raça". Nessa situação específica, a afirmação de Jesus poderia significar que a raça judia não passaria até que todas as coisas se cumprissem. Por haver muitas promessas a Israel, inclusive a da herança eterna da terra da Palestina (Gn 12; 14-15; 17) e do reino Davídico (2 Sm 7), Jesus poderia estar se referindo à preservação da nação de Israel por Deus, de forma a cumprir com as promessas feitas a Israel.
De fato, Paulo fala de um futuro da nação de Israel, quando eles serão restabelecidos nas promessas do pacto de Deus com eles (Rm 11:11-26).
A resposta de Jesus à última pergunta de seus discípulos levava em conta que haveria um futuro reino para Israel, quando eles perguntaram: "Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?" Em vez de repreendê-los por falta de compreensão, Jesus respondeu: "Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade" (At 1:6-7).
Segundo, "geração" poderia referir-se também a uma geração em seu sentido usual, de pessoas vivendo no tempo indicado. Nesse caso, a palavra se referiria às pessoas que estarão vivas quando essas coisas acontecerem no futuro. Em outras palavras, a geração que estiver viva quando essas coisas começarem a acontecer (o abominável da desolação [v. 15], a grande tributação, tal como nunca houve antes [v. 21], o sinal do Filho do Homem no céu [v. 30] etc.) permanecerá viva até quando esses juízos se completarem. Portanto, já que comumente se crê que, no fim dos tempos, a tribulação terá a duração de sete anos (Dn 9:27; cf. Ap 11:2), Jesus estaria dizendo que "esta geração" que estiver vivendo a tribulação ainda estará viva no seu final.
Sob qualquer hipótese, não há razão alguma para se considerar que Jesus tivesse feito a afirmação, obviamente falsa, de que o mundo terminaria dentro do período de vida dos seus contemporâneos.
Fonte: MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia; Norman Geisler - Thomas Howe
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Jesus errou sobre os sinais do fim?
MATEUS 24:34: "Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas essas coisas se cumpram".
Jesus errou quando afirmou que os sinais do tempo do fim se cumpririam em sua era?
PROBLEMA: Jesus falou de sinais e maravilhas no que diz respeito à sua segunda vinda. Mas ele disse que "esta geração" não passaria, sem que tudo isso acontecesse. Isso quis dizer que esses eventos aconteceriam durante a vida dos que o ouviam?
SOLUÇÃO: Esses eventos (i.e., a Grande Tribulação, o sinal da volta de Cristo e o fim dos tempos) não ocorreram nos dias de seus ouvintes. Portanto, é racional entendermos que o seu cumprimento se dará ainda no futuro. Essa questão requer um exame mais cuidadoso do significado de "geração", quanto a sentidos diferentes relativamente aos contemporâneos de Jesus.
Primeiro, "geração" em grego (genea) pode significar "raça". Nessa situação específica, a afirmação de Jesus poderia significar que a raça judia não passaria até que todas as coisas se cumprissem. Por haver muitas promessas a Israel, inclusive a da herança eterna da terra da Palestina (Gn 12; 14-15; 17) e do reino Davídico (2 Sm 7), Jesus poderia estar se referindo à preservação da nação de Israel por Deus, de forma a cumprir com as promessas feitas a Israel.
De fato, Paulo fala de um futuro da nação de Israel, quando eles serão restabelecidos nas promessas do pacto de Deus com eles (Rm 11:11-26).
A resposta de Jesus à última pergunta de seus discípulos levava em conta que haveria um futuro reino para Israel, quando eles perguntaram: "Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?" Em vez de repreendê-los por falta de compreensão, Jesus respondeu: "Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade" (At 1:6-7).
Segundo, "geração" poderia referir-se também a uma geração em seu sentido usual, de pessoas vivendo no tempo indicado. Nesse caso, a palavra se referiria às pessoas que estarão vivas quando essas coisas acontecerem no futuro. Em outras palavras, a geração que estiver viva quando essas coisas começarem a acontecer (o abominável da desolação [v. 15], a grande tributação, tal como nunca houve antes [v. 21], o sinal do Filho do Homem no céu [v. 30] etc.) permanecerá viva até quando esses juízos se completarem. Portanto, já que comumente se crê que, no fim dos tempos, a tribulação terá a duração de sete anos (Dn 9:27; cf. Ap 11:2), Jesus estaria dizendo que "esta geração" que estiver vivendo a tribulação ainda estará viva no seu final.
Sob qualquer hipótese, não há razão alguma para se considerar que Jesus tivesse feito a afirmação, obviamente falsa, de que o mundo terminaria dentro do período de vida dos seus contemporâneos.
Fonte: MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia; Norman Geisler - Thomas Howe
Jesus errou quando afirmou que os sinais do tempo do fim se cumpririam em sua era?
PROBLEMA: Jesus falou de sinais e maravilhas no que diz respeito à sua segunda vinda. Mas ele disse que "esta geração" não passaria, sem que tudo isso acontecesse. Isso quis dizer que esses eventos aconteceriam durante a vida dos que o ouviam?
SOLUÇÃO: Esses eventos (i.e., a Grande Tribulação, o sinal da volta de Cristo e o fim dos tempos) não ocorreram nos dias de seus ouvintes. Portanto, é racional entendermos que o seu cumprimento se dará ainda no futuro. Essa questão requer um exame mais cuidadoso do significado de "geração", quanto a sentidos diferentes relativamente aos contemporâneos de Jesus.
Primeiro, "geração" em grego (genea) pode significar "raça". Nessa situação específica, a afirmação de Jesus poderia significar que a raça judia não passaria até que todas as coisas se cumprissem. Por haver muitas promessas a Israel, inclusive a da herança eterna da terra da Palestina (Gn 12; 14-15; 17) e do reino Davídico (2 Sm 7), Jesus poderia estar se referindo à preservação da nação de Israel por Deus, de forma a cumprir com as promessas feitas a Israel.
De fato, Paulo fala de um futuro da nação de Israel, quando eles serão restabelecidos nas promessas do pacto de Deus com eles (Rm 11:11-26).
A resposta de Jesus à última pergunta de seus discípulos levava em conta que haveria um futuro reino para Israel, quando eles perguntaram: "Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?" Em vez de repreendê-los por falta de compreensão, Jesus respondeu: "Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade" (At 1:6-7).
Segundo, "geração" poderia referir-se também a uma geração em seu sentido usual, de pessoas vivendo no tempo indicado. Nesse caso, a palavra se referiria às pessoas que estarão vivas quando essas coisas acontecerem no futuro. Em outras palavras, a geração que estiver viva quando essas coisas começarem a acontecer (o abominável da desolação [v. 15], a grande tributação, tal como nunca houve antes [v. 21], o sinal do Filho do Homem no céu [v. 30] etc.) permanecerá viva até quando esses juízos se completarem. Portanto, já que comumente se crê que, no fim dos tempos, a tribulação terá a duração de sete anos (Dn 9:27; cf. Ap 11:2), Jesus estaria dizendo que "esta geração" que estiver vivendo a tribulação ainda estará viva no seu final.
Sob qualquer hipótese, não há razão alguma para se considerar que Jesus tivesse feito a afirmação, obviamente falsa, de que o mundo terminaria dentro do período de vida dos seus contemporâneos.
Fonte: MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia; Norman Geisler - Thomas Howe
Jesus pregou aos espíritos em prisão?
“No qual também foi e pregou aos espíritos em prisão...” (I Pe. 3:19)
Qual é o sentido de IPe. 3.19, que se refere à pregação de Cristo aos espíritos em prisão no Hades? Pregou Cristo a eles, dando-lhes a oportunidade de salvar-se, após terem morrido? Se examinarmos essa sentença cuidadosamente, em seu escopo total, descobriremos que a passagem não ensina tal coisa — pois contrariaria Hb. 9:27 - “... aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo”.
Na versão NASB, IPe. 3:18-20 foi traduzido assim: Porque Cristo morreu pelos pecados, de uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus, tendo sido sentenciado à morte na carne, mas vivificado no espírito; no qual ele foi também e fez proclamação aos espíritos agora na prisão, que outrora foram desobedientes, quando a paciência de Deus esperou nos dias de Noé, durante a construção da arca, pela qual uns poucos, isto é, oito pessoas, se salvaram das águas. Observamos, pela tradução acima, que o verbo que se traduz por pregou em King James Version não equivale ao grego euangelizomai (“pregar ou levar boas-novas”), que certamente significaria que depois de sua crucificação Cristo realmente levou uma mensagem de salvação às almas perdidas no Hades; antes, o verbo é ekëryxen, derivado de kërysso (“proclamar uma mensagem”, da parte de um rei ou potentado). O que o v. 19 diz na verdade é que Cristo fez uma proclamação às almas que estavam aprisionadas no Sheol ou Hades.
Há duas possibilidades para o conteúdo dessa proclamação: 1º) a proclamação feita pelo Cristo crucificado no Hades a todas as almas dos mortos pode ter sido essa: o preço do pecado havia sido pago, e todos os que haviam morrido na fé deveriam aprontar-se para subir ao céu, o que ocorreria logo, no domingo da ressurreição. 2º) a proclamação poderia dizer respeito àquela urgente advertência que Noé havia feito à sua própria geração, no sentido que se refugiassem na arca, antes que o grande dilúvio destruísse toda a raça humana.
Dessas duas opções, a primeira diz respeito a uma ocorrência real (cf. Ef. 4:8); essa proclamação teria sido feita a todos os habitantes do Hades, em geral, ou então só aos redimidos, em particular. Mas a segunda, significa que Cristo, mediante o Espírito Santo solenemente advertiu os contemporâneos de Noé, por meio do próprio Noé (conforme descrição em IIPe. 2:5) como pregador ou arauto da justiça.
Portanto, parece-nos muito evidente que a passagem discutida nos assegura que até mesmo naqueles tempos antigos, nos dias de Noé, quando o Senhor estava em estado de pré-encarnação, o Verbo estava interessado na salvação dos pecadores. Assim é que o ato pelo qual a família de Noé se salvou mediante a arca foi um evento profético, apontando para a provisão graciosa de Deus pela expiação substitutiva numa cruz de madeira — à semelhança do instrumento de livramento, a arca, que salvou Noé do julgamento divino sobre a humanidade culpada. Em ambos os casos apenas os que pela fé se refugiam no meio de salvação proposto por Deus podem livrar-se da destruição.
Esse relacionamento entre tipo/antítipo é equacionado com clareza em IPe. 3:21 - “a qual, figurando [ARA traduz assim antitypon] o batismo, agora também vos salva, não sendo a remoção da imundícia da carne, mas a indagação [epërótëma] de uma boa consciência para com Deus, por meio da ressurreição de Jesus Cristo”. Em outras palavras, o arrependimento do pecado e a confiança só em Cristo, para a salvação com base em sua expiação e ressurreição, são os elementos que suprem o livramento do pecador culpado e tornam possível que esse obtenha “uma boa consciência”, com base na convicção de que todos os seus pecados foram pagos completamente pelo sangue de Jesus.
Diante das conjecturas podemos pressupor que: 1º) Jesus desceu ao Hades e proclamou a sua vitória ou 2º) Podemos concluir também que a proclamação a que se refere o v. 19 ocorreu, não quando Cristo desceu ao Hades, após sua morte no Calvário, mas em Espírito, o qual falou pela boca de Noé, durante aqueles anos em que a arca era construída (v. 20). Portanto, uma coisa é certa, o v. 19 nenhuma esperança oferece de uma “segunda oportunidade” para aqueles que rejeitaram Cristo durante sua vida aqui na Terra.
Extraído do livro "Céu e Inferno" do Prof. João Flávio Martinez
Qual é o sentido de IPe. 3.19, que se refere à pregação de Cristo aos espíritos em prisão no Hades? Pregou Cristo a eles, dando-lhes a oportunidade de salvar-se, após terem morrido? Se examinarmos essa sentença cuidadosamente, em seu escopo total, descobriremos que a passagem não ensina tal coisa — pois contrariaria Hb. 9:27 - “... aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo”.
Na versão NASB, IPe. 3:18-20 foi traduzido assim: Porque Cristo morreu pelos pecados, de uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus, tendo sido sentenciado à morte na carne, mas vivificado no espírito; no qual ele foi também e fez proclamação aos espíritos agora na prisão, que outrora foram desobedientes, quando a paciência de Deus esperou nos dias de Noé, durante a construção da arca, pela qual uns poucos, isto é, oito pessoas, se salvaram das águas. Observamos, pela tradução acima, que o verbo que se traduz por pregou em King James Version não equivale ao grego euangelizomai (“pregar ou levar boas-novas”), que certamente significaria que depois de sua crucificação Cristo realmente levou uma mensagem de salvação às almas perdidas no Hades; antes, o verbo é ekëryxen, derivado de kërysso (“proclamar uma mensagem”, da parte de um rei ou potentado). O que o v. 19 diz na verdade é que Cristo fez uma proclamação às almas que estavam aprisionadas no Sheol ou Hades.
Há duas possibilidades para o conteúdo dessa proclamação: 1º) a proclamação feita pelo Cristo crucificado no Hades a todas as almas dos mortos pode ter sido essa: o preço do pecado havia sido pago, e todos os que haviam morrido na fé deveriam aprontar-se para subir ao céu, o que ocorreria logo, no domingo da ressurreição. 2º) a proclamação poderia dizer respeito àquela urgente advertência que Noé havia feito à sua própria geração, no sentido que se refugiassem na arca, antes que o grande dilúvio destruísse toda a raça humana.
Dessas duas opções, a primeira diz respeito a uma ocorrência real (cf. Ef. 4:8); essa proclamação teria sido feita a todos os habitantes do Hades, em geral, ou então só aos redimidos, em particular. Mas a segunda, significa que Cristo, mediante o Espírito Santo solenemente advertiu os contemporâneos de Noé, por meio do próprio Noé (conforme descrição em IIPe. 2:5) como pregador ou arauto da justiça.
Portanto, parece-nos muito evidente que a passagem discutida nos assegura que até mesmo naqueles tempos antigos, nos dias de Noé, quando o Senhor estava em estado de pré-encarnação, o Verbo estava interessado na salvação dos pecadores. Assim é que o ato pelo qual a família de Noé se salvou mediante a arca foi um evento profético, apontando para a provisão graciosa de Deus pela expiação substitutiva numa cruz de madeira — à semelhança do instrumento de livramento, a arca, que salvou Noé do julgamento divino sobre a humanidade culpada. Em ambos os casos apenas os que pela fé se refugiam no meio de salvação proposto por Deus podem livrar-se da destruição.
Esse relacionamento entre tipo/antítipo é equacionado com clareza em IPe. 3:21 - “a qual, figurando [ARA traduz assim antitypon] o batismo, agora também vos salva, não sendo a remoção da imundícia da carne, mas a indagação [epërótëma] de uma boa consciência para com Deus, por meio da ressurreição de Jesus Cristo”. Em outras palavras, o arrependimento do pecado e a confiança só em Cristo, para a salvação com base em sua expiação e ressurreição, são os elementos que suprem o livramento do pecador culpado e tornam possível que esse obtenha “uma boa consciência”, com base na convicção de que todos os seus pecados foram pagos completamente pelo sangue de Jesus.
Diante das conjecturas podemos pressupor que: 1º) Jesus desceu ao Hades e proclamou a sua vitória ou 2º) Podemos concluir também que a proclamação a que se refere o v. 19 ocorreu, não quando Cristo desceu ao Hades, após sua morte no Calvário, mas em Espírito, o qual falou pela boca de Noé, durante aqueles anos em que a arca era construída (v. 20). Portanto, uma coisa é certa, o v. 19 nenhuma esperança oferece de uma “segunda oportunidade” para aqueles que rejeitaram Cristo durante sua vida aqui na Terra.
Extraído do livro "Céu e Inferno" do Prof. João Flávio Martinez
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