domingo, 28 de junho de 2009

Como elaborar esboços de sermões


Esboços de Sermões
Como elaborar esboços de sermões

Os esboços de pregação não têm uma forma rígida. Podem variar muito, mas aqui vão algumas dicas que podem servir como base para sua elaboração.

A estrutura do esboço é a mesma da pregação. O esboço será então um roteiro para o pregador não se perder durante a pregação, ou mesmo para não se esquecer dos pontos mais importantes da mensagem. Em outras palavras, é um mapa com alguns pontos de referência.

Em resumo, o esboço PODERÁ ter:
1- Tema da mensagem
2- Texto base
3- Introdução
4- Tópico 1
5- Tópico 2
6- Tópico 3
- Ilustração (?)
7- Conclusão

Vamos analisar cada parte.

Tema da mensagem - É o titulo do assunto a ser tratado, ou o “nome da mensagem”. Em alguns casos pode-se falar o titulo na hora da pregação, outras vezes não é necessário. Mas, no esboço a gente coloca. É bom para se ter um rumo determinado na mensagem e também facilitar depois a escolha de um esboço entre muitos que se tem guardado. Quem vai pregar deve ter claro o assunto que vai ser tratado. Não basta escolher um versículo e subir ao púlpito. Isso pode até acontecer, e Deus pode usar, mas não deve ser a regra. Pode ser que o pregador comece a falar sobre um assunto e dali mude para outro e para outro, e, no fim, não passou nada de consistente. Então, vamos escolher um tema definido. Por exemplo: "A vinda de Cristo ao mundo" é o titulo de uma mensagem evangelística.

Texto base: Toda pregação precisa ter um texto bíblico como base. Este é o fundamento que vai dar autoridade a toda a mensagem. Normalmente, o texto é pequeno: 1 versículo ou 2, ou 3. Raramente se deve utilizar um capitulo todo. Só quando o capitulo estiver todo relacionado ao mesmo assunto. Se eu for falar sobre a oração do Pai Nosso, não preciso ler todo o capitulo 6 de Mateus. No caso do nosso exemplo (A vinda de Cristo ao mundo), usaremos o texto de I Timóteo 1.15:

"Fiel é esta palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal."

A Introdução: É o início da pregação. Existem inúmeras maneiras de se começar uma pregação. Por exemplo: "Nesta noite, eu gostaria de compartilhar com os irmãos a respeito do assunto tal..." ou "No texto que acabamos de ler, temos as palavras de Paulo a respeito da vinda de Cristo ao mundo." Para muitas pessoas, a primeira frase é a mais difícil. Apesar de muitas alternativas, o ideal é que a introdução seja algo que prenda logo a atenção dos ouvintes, despertando-lhes o interesse para todo o restante da mensagem. Pode-se então começar com uma ilustração, um relato interessante sobre algo que esteja relacionado com o assunto da pregação. Um outro recurso muito bom é começar com uma pergunta para o auditório, cuja resposta será dada pelo pregador durante a mensagem. Se for uma pergunta interessante, a atenção do povo estará garantida até o final da palestra. Voltando ao nosso exemplo, poderíamos começar a mensagem perguntando: "Você sabe para quê Jesus veio ao mundo? Nossa mensagem desta noite pretende responder a essa pergunta tão importante para todos nós."

Tópicos - Os tópicos são as divisões lógicas do assunto, ou a divisão mais lógica possível. Por exemplo, se o titulo da minha mensagem for "O Maior Problema da Humanidade", eu poderia ter os seguintes tópicos: 1- a corrupção da humanidade; 2 - as conseqüências do pecado; 3 - a solução divina para o homem. A divisão em três tópicos é aconselhável por ser um número pequeno, de modo que o povo tenha facilidade de acompanhar o raciocínio do pregador, sem perder o “fio da meada”. Podemos até mudar esse número, mas o resultado pode ser uma mensagem complexa. Os tópicos devem ser organizados numa ordem que demonstre o desenvolvimento natural do tema, de modo que os ouvintes vão sendo levados a compreender gradualmente o assunto até a conclusão.

Em algumas mensagens, os tópicos podem ser argumentos a favor de uma idéia que se quer defender com o sermão. Será bom se eles estiverem organizados de maneira que os mais interessantes ou mais importantes sejam deixados por último, de modo que, a mensagem vai se tornando cada vez mais significativa, mais consistente e mais interessante a cada momento até chegar à conclusão. Se você usar seu melhor argumento logo no início, sua mensagem ficará fraca no final. Em alguns casos, o próprio texto bíblico já tem sua própria divisão, que usaremos para formar nossos tópicos. O texto de I Timóteo 1.15 é assim. Dele tiramos os seguintes tópicos:

1 - Jesus veio ao mundo - Falar sobre a aceitação geral da vinda de Jesus. Todos crêem que ele veio.

2 - Para salvar os pecadores - Falar sobre diversas idéias que as pessoas têm sobre o objetivo da vinda de Cristo, e qual foi sua real missão.

3 - Dos quais eu sou o principal - Falar sobre a importância do reconhecimento do pecador para que a obra de Cristo tenha eficácia em sua vida.

Um outro exemplo de divisão natural é João 3.16:
1 - Deus amou o mundo. Falar sobre o amor de forma geral e sobre o amor de Deus.

2 - Deu o seu Filho Unigênito - O amor de Deus em ação. Deus não ficou na teoria.

3 - Para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna - O objetivo da ação de Deus.

Esse versículo é riquíssimo. Podemos elaborar várias mensagens dentro dele. É importante prestarmos atenção a esse detalhe. Se tivermos um entendimento muito profundo a respeito de um versículo, é melhor elaborar mais de um sermão do que tentar colocar tudo em um só, fazendo uma mensagem muito longa ou complexa, principalmente quando o texto permitir vários ângulos de abordagem, ou contiver mais de um assunto. Só para termos alguns parâmetros, sugerimos a duração de trinta ou quarenta minutos para um sermão. Já um estudo bíblico pode durar uma hora aproximadamente. É claro que o Espírito Santo pode quebrar esses limites, mas precisamos ter certeza de que é ele mesmo quem está fazendo isso.

Ilustrações - Ilustrações são ditados, provérbios (não necessariamente os de Salomão) ou pequenas histórias que exemplificam o assunto da mensagem ou reforçam sua importância. Como alguém já disse, as ilustrações são as "janelas" do sermão. Por elas entra a luz, que faz com que a mensagem se torne mais clara, mais compreensível. Muitas vezes, os argumentos que usamos podem ser difíceis, ou obscuros, mas, quando colocamos uma ilustração, tudo se torna mais fácil para o ouvinte. Existem muitas “historinhas” por aí que não aconteceram de fato e são usadas para ilustrar mensagens. Não há problema em usá-las. Podem ser comparadas às parábolas bíblicas. Entretanto, é importante que o pregador diga que aquilo é apenas uma ilustração. As ilustrações são muito importantes, porque despertam o interesse dos ouvintes, eliminam as distrações e ficam gravadas na memória. Pode ser que, na segunda-feira, os irmãos não se lembrem de muita coisa do sermão de domingo, mas será bem mais fácil lembrar das ilustrações, dos casos contados como exemplo, e, juntamente com essa lembrança, será também lembrado um importante ensinamento. No exemplo da mensagem de I Timóteo, poderíamos usar uma ilustração no tópico 3, mencionando que um doente precisa reconhecer sua doença para ser curado, ou contando um curta história sobre um doente que reconheceu ou não sua doença. Não é obrigatório o uso de ilustrações no sermão. Se não tiver nenhuma, paciência. Normalmente, os próprios relatos bíblicos já ilustram muito bem os assuntos que abordamos. Outro detalhe a se observar: não é bom usar muitas ilustrações na mesma mensagem, pois a mesma perderia sua consistência e seria mais uma coleção de contos. Como dissemos, ilustração é luz, e luz demais pode ofuscar a visão.

Conclusão - A conclusão será o ápice da mensagem, o fechamento. Não basta fazer como aquele pregador que disse: "Pronto! Terminei." A conclusão é a idéia ou conjunto de idéias construídas a partir dos argumentos apresentados no decorrer da mensagem. Nesse momento pode-se fazer uma rápida citação dos tópicos, dando-lhes uma "amarração" final. Nessa parte, normalmente se convida para o posicionamento dos ouvintes em relação ao tema. Ainda não é o apelo. O pregador incentiva as pessoas a tomarem determinada decisão em relação ao assunto pregado. Depois desse incentivo, dessa proposta, o assunto está encerrado e pode-se fazer o apelo, se for o caso, e/ou uma oração final. No caso do nosso exemplo (A vinda de Cristo ao mundo), poderíamos concluir convidando os ouvintes a reconhecerem sua condição de pecadores, para que o objetivo da primeira vinda de Cristo se concretize na vida de cada um. Para fechar bem podemos encerrar dizendo que Cristo virá outra vez a este mundo para buscar aqueles que tiverem se rendido ao evangelho.

O esboço deve ser o menor possível. Pode-se, por exemplo, usar uma frase para cada parte. Pode haver determinado tópico representado por uma única palavra. O esboço é o "esqueleto" da mensagem. Coloca-se o que for suficiente para lembrar ao pregador o conteúdo de cada divisão. Se uma palavra ou uma frase não forem suficientes, pode-se colocar mais, mas com o cuidado de não se elaborar um esboço muito grande, de modo que o pregador poderia ficar perdido no próprio esboço na hora de pregar. Então, o recurso que deveria ser útil torna-se um problema. Opcionalmente, o pregador pode fazer o esboço, bem pequeno e, em outro papel, fazer um resumo da mensagem. No púlpito, só o esboço será usado. O destino do resumo será o arquivamento. Em outra ocasião, quando o pregador for usar o mesmo sermão, o resumo será muito útil. Se ele tiver guardado apenas um esboço muito curto, este poderá não ser suficiente para lembrá-lo de todo o conteúdo de sua mensagem.


Eis aqui o esboço que construímos durante essa explicação:

Introdução : Você sabe para quê Jesus Cristo veio ao mundo?

Tópico 1 - "Jesus veio ao mundo" - Falar sobre a aceitação geral da vinda de Jesus. Todos crêem que ele veio (até os ímpios).

Tópico 2 - "Para salvar os pecadores" - Falar sobre diversas idéias que as pessoas têm sobre o objetivo da vinda de Cristo. Fundar uma religião? Dar um golpe de estado? Ensinar uma nova filosofia de vida? Qual foi sua real missão? Salvar os pecadores.

Tópico 3 - "Dos quais eu sou o principal" - Falar sobre a importância do reconhecimento do pecador para que a obra de Cristo tenha eficácia em sua vida. Ilustração: O doente precisa reconhecer sua doença.

Conclusão : Uma idéia clara sobre o objetivo da vinda de Cristo. Um reconhecimento pessoal da condição de pecado. Aceitação de Cristo como Salvador.


Bons estudos e boas mensagens!

APÊNDICE

A PREGAÇÃO

É aconselhável que o pregador faça um curso de oratória. Entretanto, mesmo não se podendo fazê-lo, o talento e a prática podem desenvolver bastante as habilidades de quem fala em público. A observação de outros pregadores, as críticas construtivas dos ouvintes e algumas dicas de pessoas experientes no assunto poderão ser muito úteis.

Vão aqui algumas considerações sobre a pregação:

1 - O domínio do assunto a ser falado é o princípio da segurança do orador. Portanto, estude bem o assunto com antecedência.

2 - Ao falar, evite ficar andando de um lado para outro. Isso cansa as pessoas. O orador pode andar mas não o tempo todo.

3 - Evite repetições excessivas de frases ou palavras. Por exemplo, algumas pessoas falam o "né" no fim de cada frase. Isso cansa e desvia a atenção de quem ouve.

4 - Para não se perder, use um esboço com algumas frases ou palavras que vão ajudá-lo na seqüência da palestra ou pregação. Porém, não é aconselhável que se escreva toda a mensagem para se ler na hora. Isso torna a palestra monótona. Escreva apenas algumas frases norteadoras.

5 - Ao falar não fique olhando apenas em uma direção ou apenas para uma pessoa. Procure ir dirigindo seu olhar para as várias pessoas no auditório.

6 - Falar corretamente é fundamental. Se houver algum problema nesse caso, procure fazer um curso de língua portuguesa. Os termos chulos e as gírias não são admitidos na pregação.

7 - O outro extremo também é problemático. Procure não utilizar palavras muito difíceis, a não ser que esteja disposto a também explicar o significado. O uso de termos complexos ou estrangeiros demonstra erudição do orador mas pode inutilizar a mensagem se os ouvintes não forem capazes de compreendê-la.

8 - O uso de gestos é bom mas deve ser praticado com moderação e cuidado. Não use gestos ofensivos. Não use gestos que não combinem com o assunto. Imagine que alguém esteja falando sobre a ceia do Senhor e ao mesmo tempo pulando ou batendo palmas. Não combina.

9 - O tom de voz também é importante. É bom que seja variado. Se você falar o tempo todo com voz suave, o povo poderá dormir. Se você gritar o tempo todo, talvez as pessoas não vão querer ouvi-lo novamente. O tom de voz deve acompanhar o desenvolvimento do assunto, apresentando ênfase e volume nos pontos mais importantes, nos apelos ou nas conclusões que se quer destacar. O falar suave e o falar alto e enfático devem ocorrer alternadamente para não cansar o ouvido do público.

10 - Em se tratando de sermões sobre temas bíblicos, é fundamental que o pregador tenha orado antes de falar e que também esteja se consagrando ao Senhor para falar com unção e autoridade.

11 - O nervosismo e a timidez devem ser tratados com a prática. O início é mesmo difícil, mas com o tempo e a perseverança, a segurança vem. Algumas pessoas aconselham a começar falando sozinho diante do espelho para treinar. Não sei se isso resolve. O certo é que começar com uma platéia pequena é mais aconselhável. O nervosismo será menor. Antes de falar no templo, será melhor começar nos cultos domésticos. É certo que o Espírito Santo pode dar ao pregador uma ousadia que não lhe seja característica, mas é nosso dever trabalhar para resolver nossas dificuldades para falar em público.

12 - Outro detalhe importante é a duração da palestra. Sugerimos um tempo de 30 a 40 minutos para os sermões. Estudos bíblicos podem durar 1 hora aproximadamente. Em acampamentos esse tempo pode até se estender um pouco mais. Não existem regras para isso, mas apenas percepções práticas. Esses limites podem variar dependendo do lugar, do propósito, do auditório, e de muitos outros fatores. Mas, de forma geral, esses tempos sugeridos são razoáveis. Se quisermos ir muito além, poderemos cansar muito o auditório e o que passar do limite não será mais captado nem aproveitado pelos ouvintes.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Atendendo a uma proposta do Ministério Federal do Paquistão, o gabinete paquistanês aprovou uma quota empregatícia de 5% em serviços federais para as minorias do país – não-muçulmanos e em sua maioria cristãos.
A aprovação da proposta feita pelo Ministro Shahbaz Bhatti causou uma onda de alegria entre os beneficiados que até então, não tinham o privilégio de uma porcentagem de empregos no governo.
“Esse é um marco na história do Paquistão. Dará às minorias um senso de igualdade e oportunidade para um desenvolvimento socioeconômico”, disse Shahbaz Bhatti.
Já em dezembro do ano passado em cerimônia de Natal, o Primeiro Ministro do Paquistão, Syed Yousaf Raza Gilani, também havia anunciado um projeto semelhante. “O desenvolvimento desse projeto irá ajudar a diminuir o senso de escassez e desigualdade entre as minorias”, declarou.
Com esta nova lei as minorias poderão ter seu papel efetivo na construção da nação. A população paquistanesa que não expressa sua fé no islamismo, têm sofrido opressão, negligência, ignorância, prejuízo, submissão socioeconômica e discriminação profissional.
Anteriormente, outros governos fizeram falsas declarações de que tinham o objetivo de assegurar o bem-estar e o desenvolvimento das minorias, mas eles falharam em cumprir suas promessas.
No dia 31 de maio, os cristãos irão realizar um Culto de Ação de Graças por esta benção alcançada. Muitas igrejas realizarão cultos especiais em templos e lugares públicos.

O TEMPO DE DEUS EM SUA VIDA!

O tempo é de momentos de preparação para algo maior e muito melhor!
Deus sempre tem o melhor para sua vida.
ESPERE!!!
Que o tempo trará todas as bênçãos.
Que são presentes de Deus para VOCÊ!
NÃO CORRA!!!!
Porque Nosso PAI manda sempre esperar.
CONFIE!!!
Que no tempo, na hora, no exato momento,
O teu pedido será respondido, tua oração atendida.
Confie no Senhor O IMPOSSÍVEL ELE FARÁ!
ELE É NOSSO REFÚGIO!
DESCANSE...
Deixa DEUS cuidar do seu tempo, pois Ele não falha, ELE não chega atrasado,
e tudo é perfeito no tempo de DEUS!
Entrega, descanse e confie!
QUE ESSE SEJA O TEMPO DE DEUS EM SUA VIDA..
Porque o melhor de Deus está por vir em sua vida!
Maravilhosa sexta-feira e excelente semana pra você viva a vida e seja feliz!
Deus te abençoe.

O peso de uma oração.

Uma pobre senhora, com ar de derrota estampado no rosto, entrou num armazém e se aproximou do proprietário.
Ele era conhecido pelo seu jeito grosseiro, e lhe pediu fiado alguns mantimentos.
Ela explicou que o seu marido estava muito doente e não podia trabalhar e que tinha sete filhos para alimentar.
O dono do armazém zombou dela e pediu que se retirasse do seu estabelecimento.
Pensando na necessidade da sua família ela implorou: -Por favor senhor, eu lhe darei o dinheiro assim que eu tiver....
Ele lhe respondeu que ela não tinha crédito e nem conta na sua loja.
Em pé no balcão ao lado, um freguês que assistia a conversa entre os dois se aproximou do dono do armazém e lhe disse que ele deveria dar o que aquela mulher necessitava para a sua família, por sua conta.
Então o comerciante falou meio relutante para a pobre mulher: -Você tem uma lista de mantimentos?
-Sim, respondeu ela.
- Muito bem, coloque a sua lista na balança e o quanto ela pesar, eu lhe darei em mantimentos!
A pobre mulher hesitou por uns instantes e com a cabeça curvada, retirou da bolsa um pedaço de papel e o colocou suavemente na balança.
Os três ficaram admirados quando o prato da balança com o papel desceu e permaneceu embaixo.
Completamente pasmado com o marcador da balança, o comerciante virou-se lentamente para o seu freguês e comentou contrariado:
-Eu não posso acreditar.
O freguês sorriu e o homem começou a colocar os mantimentos no outro prato da balança.
Como a escala da balança não equilibrava, ele continuou colocando mais e mais mantimentos até não caber mais nada.
O comerciante ficou parado ali por uns instantes olhando para a balança, tentando entender o que havia acontecido...
Finalmente, ele pegou o pedaço de papel da balança e ficou espantado pois não era uma lista de compras e sim uma oração que dizia:
Meu Senhor, o Senhor conhece as minhas necessidades e eu estou deixando isto em Suas mãos...
O homem deu as mercadorias para a pobre mulher no mais completo silêncio, que agradeceu e deixou o armazém.
O freguês pagou a conta e disse: -Valeu cada centavo...
Só Deus sabe o quanto pesa uma oração...

E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades.
Filipenses 4:19

Jesus te ama

www.avivamento.com.br

O chocolate quente

O chocolate quente

Um grupo de jovens formados e bem estabelecidos em suas carreiras, estavam conversando sobre suas vidas em uma reunião de ex-colegas.
Então decidiram que visitariam um velho professor do tempo de faculdade, agora aposentado, e que fora sempre uma inspiração para eles.
Durante a visita, o bate-papo se transformou em reclamação sobre o estresse em seus trabalhos,vidas e relacionamentos.
Ao oferecer chocolate quente a seus visitantes, o professor foi na cozinha e retornou com uma jarra cheia da bebida e com uma variedade grande de canecos.
Alguns deles eram de porcelana, outros de vidro, outros de cristal. uns simples, outros bem caros e bonitos, e outros bem feios.
Então ele convidou cada um a se servir da bebida.
Quando todos eles já estavam com o chocolate quente em mãos, o professor compartilhou seu pensamento...
"Percebam que todos os canecos caros e bonitos foram os escolhidos, e que os simples e baratos foram deixados na mesa."
"Embora vocês achem normal desejarem somente os melhores para si, é aí que está a fonte de seus problemas e estresse."
"O caneco no qual você está bebendo, não acrescenta nada à qualidade da bebida.
Na maioria das vezes, ele é apenas mais caro.
Às vezes, ele até esconde o que estamos bebendo."
"O que cada um de vocês queria, na verdade, era chocolate quente.
Vocês não queriam o caneco. mas vocês conscientemente escolheram os melhores."
"E logo vocês começaram a olhar uns para os canecos dos outros."
"Agora amigos, por favor, considerem o seguinte . . .
"A vida é o chocolate quente. . .
Seu emprego, seu dinheiro, e sua posição na sociedade são os canecos."
"Eles são apenas ferramentas que fazem parte da vida."
"Os canecos que vocês têm em mãos, não definem nem mudam a qualidade de vida que vocês vivem."
"Às vezes, ao concentrarmos somente no caneco, deixamos de saborear o chocolate quente que Deus tem nos ofertado."
"Lembrem-se sempre disto . . .
Deus provê o chocolate.
Ele não escolhe o caneco."
As pessoas mais felizes não são as que têm o melhor de tudo, mas simplesmente as que fazem o melhor de tudo que têm!
Lembre-se: Os mais ricos não são os que têm mais, mas os que precisam de menos.

Todos nós devemos comer e beber e aproveitar bem aquilo que ganhamos com o nosso trabalho. Isso é um presente de Deus.
Eclesiastes 3:13

Jesus te ama

www.avivamento.com.br

segunda-feira, 15 de junho de 2009

"Despertando para a Chamada"-Pr.Clodoaldo Pereira

Desembaraçando os Fios

Havia uma tecelagem onde se fabricavam tecidos muito finos.

Quando em dado momento os fios se embaraçavam, o operador devia tocar uma campainha, para ser atendido por um funcionário especializado, que punha as coisas em ordem novamente. Certa ocasião, entretanto, depois de um rapazinho ter pedido o auxílio do funcionário especializado e recebido assistência, um operário antigo na fábrica achou que ele próprio já sabia o suficiente, e podia passar sem o auxílio especializado.

Então, quando novamente os fios se embaraçaram, ele mesmo tentou arrumar. Seus fios, porém, ficaram terrivelmente emaranhados e o estrago foi muito grande. Quando, enfim, ele chamou o especialista, disse-lhe: “Mas eu fiz o meu melhor!”. O especialista replicou: “O seu melhor é chamar por mim.”

Quantas vezes nós tentamos solucionar os problemas da vida por nós mesmos. Nós achamos que “nós sabemos”. Quanto mais rapidamente eles seriam resolvidos se os levássemos ao Divino Especialista. ‘Fazer o nosso melhor’ é chamar pelo Mestre.

Essa é a mensagem que Deus tem para você. Se você se encontra num beco sem saída, e não sabe o que fazer para resolver seu problema, você não acha que a ocasião é certa para buscar ajuda de um Deus que tudo pode?

PENTECOSTE

“Já veio Quem nos dá alento e sustenta”...



“... Entretanto Eu vos disse a verdade; é de vosso interesse que Eu parta; Com efeito, se Eu não partir,

o Paráclito não virá a vós; se, pelo contrário; Eu partir, Eu O enviarei a vós. Ele, com Sua vinda,

convencerá o mundo a respeito do pecado, da justiça e do julgamento; a respeito do pecado,

porque ele não creu em Mim; a respeito da justiça, porque Eu vou para o Pai e não Me vereis mais;

a respeito do julgamento, porque o príncipe deste mundo já foi julgado”

(João, 16.7-11).



“Quando chegou o dia de pentecostes, estavam todos juntos, unânimes.

E todos estavam cheios do Espírito Santo”.

(Atos 2.1-4).



A palavra grega utilizada por João é “parakletos”, para referir-se ao Espírito Santo.

Significa advogado, conselheiro, consolador e defensor.

O Espírito é quem nos alenta e nos consola e sustenta na aflição.

Os discípulos nunca haviam tido tanta necessidade de ajuda, como na noite em que Jesus foi traído.

Naquela noite se sentiram presas do desconcerto.

Enquanto Cristo estava presente fisicamente com eles, atuou como intérprete

de Suas próprias palavras e ensinamentos.

Cada vez que os discípulos entendiam mal, Ele podia repetir Seus ensinamentos.

Eles não tinham necessidade de outro para iluminar o que lhes era falado, alguém que

desse testemunho dos grandes feitos, ou que lhes recordasse Suas palavras.

Por isso, para ampará-los, ao anunciar-lhes Sua partida, Jesus lhes prometera o Advogado, o Espírito Santo, que lhes seria enviado para sustentá-los fielmente, e realizarem a tarefa de convencer o mundo de seu equívoco, de que estava fundamentalmente enganado em seu conceito de pecado, de justiça e de juízo. Porque o mundo havia pecado ao negar-se a aceitar a Deus, e que Ele está em Jesus Cristo,

vivo; que a justiça está encarnada no Cristo ressuscitado, e que o juízo recairá sobre aqueles

que preferem o príncipe do mundo ao Príncipe da Paz.

Jesus disse claramente a Seus discípulos que o Espírito não substituiria nem Sua obra,

nem Suas palavras, nem Sua pessoa.

Mas, prioritariamente, continuaria a abençoar os crentes com as riquezas e as ações de

Deus que os discípulos haviam encontrado em Cristo,

guiando-os – assim como a nós – “a toda a verdade” (João 16.12-15).

Os dados bíblicos sobre o Espírito Santo descrevem o poder criativo de Deus, Santo e Bondoso.

O Espírito é Transcendente, podendo estar pessoalmente presente, pela Graça, no espírito humano.

Ele revela-se aos crentes como um princípio de vida ativo enviado para reanimar corações e almas visivelmente sem vida, dando forma e sustentando o “cosmos” criado, assim como a seus habitantes.

O reconhecimento do Espírito Santo é saudável para a humanidade.

Em todos os tempos, e cada vez mais, ao correr dos séculos, nossa espécie tem tentado

manipular as forças do universo.

Com tal ânsia de poder, corremos o risco de provocar o caos e a catástrofe.

Com efeito, este estado de coisas reflete um mundo em que um único país e seus poucos aliados empreenderam uma invasão ilegal, ilegítima, ao Iraque, acertando deliberadamente um duro

golpe nos instrumentos da ordem internacional, destinados a manter a paz e a justiça.

Rodeados de um mundo de pecado, deformação da verdade, contaminação da vida e presságios

de morte, elevamos uma vez mais nossa voz, pedindo auxílio a Quem nos sustenta, o Espírito Santo,

Único que pode fazer vivificar e tornar possível nosso culto, nosso trabalho e nosso testemunho.

Só ao nos renovarmos assim, experimentamos a nova criação em Cristo e a comunhão do

Espírito Santo. Pentecostes é para nós o dia em que celebramos o Espírito Santo que

veio ajudar-nos, como foi prometido aos discípulos, por Jesus.

Em verdade, Deus derramou o Espírito sobre toda a carne para que pudéssemos reconciliar-nos com Ele.

Os acontecimentos de Pentecostes foram opostos aos que ocorreram na antiga Babel (Gênesis, 11.1-9).

Em Babel, Deus havia confundido as línguas dos povos e havia dispersado as nações para impedir

que o mal que intentavam fazer prosperasse.

Em Pentecostes, homens piedosos de muitas nações estavam reunidos em Jerusalém:

"Então chegou-lhes o Espírito: uma abrangente manifestação de vida nova, poder e bênção

que Pedro reconheceu como cumprimento da profecia de Joel" (Atos 2. 5,21).

Uma vez mais houve grande desconforto (Atos, 2.6), porém desta vez, devido ao fato de que

homens e mulheres de diversas procedências falavam e entendiam em suas próprias línguas

como se apenas uma língua houvesse... “Quando chegou o dia de Pentecostes, todos

estavam unânimes, e todos estavam cheios do Espírito Santo...” (Atos 2. 1-4).

A Igreja primitiva era uma comunidade internacional, multicultural e multilingüe, em comunhão.

No dia de Pentecostes, gentes procedentes dos mais longínquos lugares do mundo ouviram a

pregação do Evangelho e creram na boa-nova de Jesus Cristo.

Assim, nunca devemos nos desanimar do nosso afã pela unidade.

A unidade da Igreja se inspira em Pentecostes.

O Espírito Santo, que nos alenta e sustém, também nos concede o dom e a responsabilidade

de amar os que são diferentes de nós, para que em união sejamos uma só família na fé,

falemos uma só língua, tenhamos uma só voz, um só amor... e um só coração.

Amém!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Angelologia

Angelologia
1) Def.: “Parte da Teologia que estuda as criaturas morais criadas por Deus, que não são os homens”.
- Etimologia: Grego = “angelos” – mensageiro / Hebraico: Malakh
2) Existência:
2.a) Mitologia: Alguns querem sustentar assim.
2.b) Estabelecida no V.T: Gn.15:13 / Jó 1:6 / Sl.91:11 / Dn.8:15-17( mais restrita : influência persa )
2.c) Reafirmada no N.T: Mc.13:32 / Mt.13:41 / Cl.1:16 / II Ts.1:7 / Hb.12:22 / Jd.6 e 9/ Ap.12:7
Características:
a) Criados: Não são eternos ou auto-existentes Cl.1:16 / Sl.148:2
b) Espirituais: São incorpóreos. “Materializam-se” Mt.8:16 / At.19:12 / Ef.6:12 / Lc.7:21 / 11:26; 16:22.
c) Limitados:
- Conhecimento: Mc.13:32
- Espaço: Lc.8:30
- Poder: Jd.9
d) Pessoais: - Inteligentes: II Sm.14:20 / I Pe.1:12 / Mt.24:36
- Morais: At.10:22 / Ap.14:10
- Volitivos: II Tm.2:26
e) Estéreis: - Não se reproduzem – Gn.6:2. Anjo não tem sexo. As aparições são ligados ao sexo masculino.
f) Imortais: - Não podem morrer – Lc.20:36
g) Poderosos: Sl.103:20 / Is.37:36/ II Pe.2:11 / Mt.28:2 / Ap.20:1-3
Poder sobrehumano / poder delegado II Ts.1:7
3) Número e Organização:
3.a)Numerosos: Mc 5:9 / Mt 26:53
3.b) Estáveis: Não há aumento (variação) nos seus números.
Mc 12:25
3.c) Principados, Poderes, Tronos e Dominações:
Ef.1:21; 3:10; 6:12; Cl.2:10
- Diferenças de Funções ou Dignidade. Estrutura Hierárquica
- Arcanjos: “ anjos principais “
- Querubins: “abençoados”
- Serafins: “Queimados com fogo” “ardentes”
- Miguel: “Quem é (como) Deus?”
- Gabriel: “Homem de Deus” ou “Deus mostrou-se forte”.
- Rafael: “ Deus que cura “
- Uriel: “ ligado a luz “
4)Anjo do Senhor:
a) Expressão antropomórfica / Pré-encarnacional
b) Recebe adoração como o próprio Deus Jz. 13:17-22(Senhor fora da pessoa)
c) Está ao redor para guardar Sl.34:7
5) Anjo da guarda:
-Idéia de anjos guardiões
-Não significa que cada pessoa tenha seu anjo. Mt. 18:10/ At. 12:15
6) Natureza Moral dos Anjos: Todos foram criados santos: Gn.1:31
6.a) Anjos Bons:
1º) Ocupam-se da adoração a Deus: Sl.99:1-2/ Mt.18:10 /Dn.7:10 / Is.6 / Ap.4:8
2º) Fazem sempre a vontade divina: Sl.103:20
3º) Guiam e guardam os crentes: Sl.91:11; 34:7 /Dn.6:22/ At.8:26-29
4º) Ministram a favor do povo de Deus: Mt.4:11/ Lc.22:43/ I Re.19:5-8
5º) Acompanharão o regresso de Jesus: Mt.25:31; 13:39; 31-32
6º) Anunciadores da vontade e atos do Senhor: Lc1:13,28;2:9-10 / At27:23-24
7º) Condutores dos remidos ao céu:Lc16:22
8º) São objeto da eleição de Deus: ITm5:21

6.b) Anjos Maus:
1º) Opõem-se ao propósito de Deus: Zc.3:1/ Dn.10:10-14 (Satã-adversário)
2º) Afligem o povo de Deus: I Pe.5:8/ II Cor.10:4-5/ Ef.6:12
3º) Acusam os crentes: Jó.1/ Ap.12:9-11
4º) Controlam o mundo: I Jo.5:19/ Ef.6:12/ Jo.16:11
7) Satanás: - Satã (Heb.) – Satanás (Grego) = Adversário
- Diabo (grego) – Diábolos = Acusador, difamador –
- Lúcifer: Lucífero = Fósforos IIPe. 1:19 / Is. 14:12 / Ap. 22:16]
-
1º) Sua existência:
- Negada por muitos
- Afirmada pela Bíblia Jo.13:2/ Mt.4/ At.5:3/ Zc.3:1-2/ Jó.1:6

2º) Seu Estado Original: Ez.28:12-17
a) Criado perfeito em beleza e sabedoria (12)
b) Querubins da guarda (14)
c) Reto em seus caminhos (15)
d) Chamado Lúcifer (Is.14:12)

3º) Sua Queda:
- Coração elevado em ambição e vaidade: Is.14:12-14 / I Tm.3:6

4º) Sua Natureza:
a) Pessoal: pronomes pessoais Jó 1:8/ 2:1-2/ Zc.3:2
possui vontade: I Tm.3:6
ações pessoais: Jo.8:44/ I Jo.3:8/ Hb.2:14/ I Cr.21:1
b) Poderoso: II Ts.2:9/ Mt.24:24/ Ap.13:11-14

5º) Sua Posição:
- Príncipe: Ef.2:2 / Jo.14:30 / Jo.12:31 / II Co.4:4
- Acesso a Deus: Jó 1:6/ Ap.12:10
- Ação sobre a terra: I Pe.5:8

6º) Sua obra:
- Originou o pecado: Ez.28:15 (universo) / Gn.3:1-13 (homem)
- Causar sofrimentos: At.10:38/ Lc.13:16
- Atrair ao mal: I Ts.3:5/ ICor.7:5
- Apossar-se das pessoas: Jo.13:27

7º) Seu destino:
- Unir-se ao Anticristo: II Ts.2:9-10
- Expulso da presença de Deus: Ap.12:9
- Será “aprisionado” por certo tempo: Ap.20:1-3
- Será atormentado por toda eternidade Ap.20:10

Providência

Providência
1) INTRODUÇÃO: Teísmo cristão diverge do deísmo, panteísmo, fatalismo.

2) Def.: Contínuo exercício de Deus pelo qual preserva todas as coisas, opera em tudo o que tem que suceder no mundo e dirige todas as coisas para um determinado fim.

3) Ensinos da Escritura:

- A providência se manifesta sobre:
Universo: Sl. 103;19/ Dn. 4:35/
Mundo físico: Jó 37:5-10/ Sl.104:14; 135:6/ Mt. 5:45
Criação animada: Sl.104:21-28/ Mt. 6:26; 10:29
Negócio das nações: Jó 12:23/ Sl. 22:28; 66:7/ At. 17:26
Nascimento e vida do homem: Sl.139:16/ Is. 45:4-5/ ISm.16:1/ Gl.1:15
Coisas insignificantes: Pv.16:33/ Mt.10:30
Proteção dos justos: Sl. 4:8/ Rm.8:28
Punição e castigo dos maus: Sl.7:12-13/ Sl.11:6

4) Partes Constitutivas da Providência:

a) Preservação

b) Governo

c) Concorrência

4.a) Preservação:

1ª) Def. : “Obra contínua de Deus , pela qual mantém as obras que criou juntamente com propriedades e poderes com que as criou”.
2ª) Testemunho bíblico: I Sm.2:9/ Ne. 9:6/ Mt. 10:29/ Dt.33:12/ At. 17:28/ Cl.. 1:17/ Hb. 1:3
3ª) Erros a serem evitados:- São leis invariáveis que regem o universo. As leis não podem ser alteradas (Milagre).
.*.*.*.*.*.*

4.b) Governo:
1ª) Def. “Atividade contínua de Deus, pela qual governa todas as coisas teologicamente de maneira a assegurar o cumprimento de seu propósito”.
2ª) Testemunho bíblico: Sl.24/ Mt. 11:25-26/ At. 17:24? I Tm. 1:17/ 6:15
3ª) Propósitos: a) Glória de Deus b) Bem da Igreja
.*.*.*.*.*.*

4.c) Concorrência:
1ª) Def.: “Cooperação dos poderes divinos com os poderes subordinados de acordo com as leis preestabelecidas para sua operação”.
2ª) Testemunho bíblico: Gn. 45:5/ II Re. 17:20-23/ Lc.14:28-33/ At. 27:23-24:30-32
3ª) Questões importantes: - Previdência, seguro de vida? É certo?
“ O que o homem pode fazer Deus não faz” Certo?
“ Faze a tua parte e eu te ajudarei”. Certo?
“ Tirai a pedra. O que significa?

4ª) Concorrência e Pecado:
a) Atos pecaminosos tem permissão de Deus, mas ele não é causa eficaz. Gn. 45:5 / Rm. 9:22 / Gn. 50:20
b) Deus restringe obras pecaminosas: Jó. 1:12; 2:6/ Sl.76:10
c) Deus para executar seu plano domina o mal por meio do bem:

Viagem de Paulo/ José no Egito/ Diáspora / Recenseamento Romano

Predestinação (Eleição)

Predestinação (Eleição)
1) Def.: “O Conselho de Deus com respeito aos seres racionais e morais, incluindo a soberana eleição de alguns e a justa reprovação dos demais”.

2) Autor:
_ Deus Triuno e Soberano.
_ Jo.10:16/ Rm.8:29/ Ef.1:4/ I Pe.1:2/ Is.41:8/ II Tes. 2:13/ Jo.15:16

3) Alvos da Predestinação:
_ Os homens como indivíduos: Rm. 9:19-24
_ Anjos bons e maus: II Pe. 2:4/ Jd.6/ I Tm.5:21

4) Partes: Inclui duas partes: eleição e reprovação
a) Eleição:
_ De Israel: P/ Privilégio e serviços especiais: Dt. 4:37/ 7:6-8
_ De indivíduos p/ ofício: Dt.18:5/ I Sm.10:24/ Jr.1:5/ At.9:15
_ De indivíduos p/ adoção: Mt.22:14/ Rm.11:5/ I Co.1:27-28/ Ef.1:4/ I Ts.1:4/
I Pe.1:2/ I Pe.2:9-10

A1) Características:

1ª) Imutável: Não há mudanças no número de salvos e não-salvos: Rm.8:29-30/ Rm11:29/ II Tm.2:19/ Ap.6:9-11/ Ap.7:3-4

2ª) Incondicional: Não depende de fé (previsão de que creria) ou obras. Rm.9:11/ At.13:48/ II Tm.1:9/ I Pe.1:2

3ª) Irresistível: Não significa que o homem não possa opor-se, mas sua resistência não prevalecerá. Não aniquila a vontade do homem, exerce influência para que queira. Fp.2:13/At.,26:14/Jo.,10:16/Rm.,8:30 ; 9:19

4ª) Justo: Há injustiça quando aquele que é punido não merece. Se Ele não houvesse eleito, ninguém seria justo. Mt.20:14-15/ Rm.9:14-15/ Ec.7:20/ Rm.3:23/ Jó.9:15 e 20.

A2) Propósitos:

1ª) Salvação dos eleitos: Rm.11:7-11/ II Ts.2:13

2ª) Comunicar privilégios: Ef.1:3...

3ª) Para serviço e obras: Ef.2:10...

4ª) Glória de Deus: Ef.1:6, 12-14

b) Reprovação: (Decreto Horrível)

b.1) Def.: “Ato eterno de Deus, por meio do qual determinou preterir ( deixar de lado ) alguns homens (1), negando-lhes a operação de Sua Graça especial (2), castigá-los por seus pecados (3), para manifestação da Justiça divina (4)”.

b.2) Características:

1ª) Ato soberano de Deus: Rm.9:18,21-22

2ª) Não meritório (por não ser bom não foi eleito):Rm.9.11-13

3ª) Motivo da condenação é o pecado: Jo.9:40-41/ Rm.6:23/ Jo.8:24/ Rm.5:12

Alguns textos bíblicos: Mt.11:25-27/ Rm.9:13-18/ Jd.4/ I Pe.2:8/ Mc.4:10-12

Decretos de Deus

Decretos de Deus
1)Def.: São os atos sábios, livres e santos do conselho da Sua vontade pelos quais, desde toda a eternidade, Ele para Sua própria glória, imutavelmente predestinou tudo o que acontece, especialmente com referência aos anjos e aos homens. Catec. Maior.

2) Características.:
a)Uno:
-Não é uma série de decretos, mas um plano que envolve tudo o que sucede. At 2:23 / Ef 3:11 / II Ts 1:11 / Hb 6:17.

b)Sábio:
-Está estruturado na sabedoria de Deus. Sl 104:24 / Jr 10:12; 15:15/ Pv 3:19.

c)Eterno:
-Existe com o próprio Deus. At 15:18/ Ef 1:14/ II Tm 1:9./ Sl.,33:11

d)Eficaz:
-Nada pode impedir a realização do que se decretou. Pv 19:21/ Is 46:9-10/ Jó 42:2/ Mt 26:39/ Nm 23:19.

e)Imutável:
-Mudança é sinônimo de aperfeiçoamento ou decadência – isto não há em Deus. Is 46:10/ Jó 23:13-14/ Lc 22:22/ At 2:23.

f)Universal:
- Inclui tudo o que tem que suceder no mundo. Pv 16:4/ Ef 1:4,11; 2:10/ At 4:27-28/ II Ts 2:13/ Mt 10:29-30/ Lc 21:18.

3)Objeções:
a)Inconsistente com a liberdade Moral do Homem:
- A Bíblia apresenta os dois fatos e não tenta harmonizar. At 2:23; 4:27-28/ Jo 17:12/ Mc 14:17-21.

b)Elimina Todo Motivo Para Empenho e Esforço Humano:
- Decreto estabelece inter-relação entre meios e fins.
- At 27:23-26; 30-31,34 decretado o fim, mas os meios. Fp 2:12-13/ Ef 2:10.

c)Faz com que Deus Seja o Autor do Pecado:
- Ele não decreta o pecado (mal moral), permite que existam (permissivo) atos pecaminosos e inclui a todos em seu decreto. Is 45:7/ Rm 9:20-23.

10 - Hamartiologia

10 - Hamartiologia
1) Def.: O verbo Hamartanein significa: “errar o alvo”. Assim, pecado é “falta de conformidade com a Lei de Deus ou qualquer quebra desta Lei”.

2) Origem:

a) Sua origem ocorreu no mundo angelical:
- I Tm.3:6 / Jd.6 / Ez.28:11-19 / Is.14:12-14

b) Na raça humana:
Ação externa: tentação por parte da serpente
Ato voluntário do homem e da mulher: comer o fruto
Ato transformador (deformador)

c) Deus não é o autor do pecado:
Decreto de Deus inclui o pecado, mas não faz de Deus o autor ou causa responsável do pecado – Jó,34:10 / Sl.92:15; 51:4
Pecado é, antes de tudo, um ato contra Deus.

3) Características:

a) Universal:
É herança de todo homem Pv.20:9 / Ec.7:20 / Rm.3:23; 7:14 / I Jo.1:8
É uma questão de natureza Ef.2:3
A morte visita os que não fizeram escolha consciente do mal Rm.5:12

b) Classe específica de mal:
Nem todo mal é pecado (enfermidade, acidente). É sempre ético.

c) Tem caráter absoluto:
Há graus no bem e no mal (aspecto social da falta e punição).
Não há ética situacional
Não há neutralidade (omissão) Mt.10:32-33; 12:30 / Tg.2:10 / Lc.11:23

d) Fator desestabilizador no relacionamento:
- com Deus Gn.3:10
- Consigo mesmo Gn.3:10
- Com sua companheira (o) Gn.3:7,12,16,17
- Com a natureza Gn.3:17-19
- Com seu próximo Gn.4:8

e) Não consiste apenas em atos exteriores:
- Atos externos-Hábitos pecaminosos-Condição pecaminosa.
- Estado pecaminoso é a base de hábitos pecaminosos que se manifestam em atos pecaminosos. Mt.5:22,28 / Gl.5:17-24.

f) Solucionável:
- lavado por Cristo At.22:16 / Hb.1:3 / II Pe.1:9 / I Jo.1:7
- Liberdade dele em Cristo – Rm.6:18-22; 8:2 / Ap.1:5 (“desatou”)
- Reside em nós o Espírito Santo e o pecado não tem mais domínio Gl.5:13
- não é mais o pecado que reina em nós, mas o E. Santo (Rm.5:12-14).

4) Pecado Imperdoável: Blasfêmia contra o Espírito Santo.- Mt.12:31-32 / I Jo.5:16

Opiniões equivocadas: Jerônimo e Crisóstomo: pecado cometido somente durante ministério terreno de Cristo.
Agostinho e Melanckton: Impenitência final (recusar Cristo até o fim)
Luteranos: Só as pessoas regeneradas cometem tal pecado (Hb.6:4-60).
Reformados: Todo pecado é contra o E. Santo (Ef.4:30)
Bíblia mostra que é algo relativo a falar contra o Espírito Santo. Mc.3:29 / Lc.12:10
- Qual a resposta inequívoca? Não Sei.
- certeza: o regenerado não o comete.

5) Conseqüências:

1° Morte:
a) Espiritual: Espírito morre? Não.

- Morte = Separação – Separado de Deus pode viver?
= Cessação de comunicação das bênçãos de Sua Graça.
- No jardim colocou anjo guardando a entrada. Homem não pode voltar por si mesmo, não pode entrar a não ser em Cristo.

b) Física: Gn.: 3:19 / Rm 5:12-21 / I Co. 15:12-23

- Havia morte: (cessação da vida) no Éden?
- Adão não morreria?

c) Eterna:

- Culminação da condenação e conseguencia maior do pecado.
- Separação completa sem possibilidade demenor gozo ou felicidade.

2° Sofrimento da vida: Lc 13:2-5 / Gn 3:116

- Pecado e doença – pecado é causa da doença? Sim ou não .

3° Mutação da natureza: Gn 3:16-19

- Natureza foi afetada e aguardada restauração. Rm 8:18-22
- Jesus restaurará toda a natureza. Is.: 11:5-10.

Origem da Alma

Origem da Alma
Origem da alma no ser humano

1) Introdução: - Não se trata de primeira alma ( no Éden )
- Como a nossa alma é originada em nós hoje.

2) Teorias sobre a origem da alma humana:

2.a) Teoria Preexistencialista:

- As almas têm uma existência anterior à sua união ao corpo (“depósito”)
- Objeções: Destituída de base bíblica
Corpo é um “apêndice”, já que alma existe sem corpo.
Elimina a unidade da raça, pois cada uma é uma raça separada.
Faz do corpo o elemento mal que contamina a alma.

2.b) Teoria Traducianista:

- A alma é propagada juntamente com o corpo mediante a geração.
- Os pais as transmitem aos filhos.

Argumentos favoráveis:

- Inferências de alguns textos bíblicos Gn.2:23 e I Cor. 11:8
- Cessação da criação após a formação do homem e da mulher.
- Favorece a uma melhor explicação da depravação moral e espiritual.

Objeções:

- A alma é simples (sem partes). De onde vem? Do pai ou da mãe? Se vem de ambos é composta.
- A ação criadora de Deus não é só mediata. A regeneração é uma nova criação – ato soberano de Deus.

2.c) Teoria Criacionista:

- Cada alma é criada por ato direto de Deus. No momento da concepção o Senhor a cria e a faz ligar-se ao corpo.

Argumentos Favoráveis:

- Maior sustentação bíblica
- Origem do corpo e da alma são distintos: Ec.12:7/ Is.42:5/ Zc.12:1/ Hb.12:9
- Preserva a simplicidade ( indivisibilidade ) da alma

Objeções: - Alma criada pura ou impura? Se pura, o corpo é mau. Se impura, Deus é autor do mal moral.
- Idéia de que Deus não cria mais direta ou imediatamente.

**************
4) A natureza do homem:

4.1) Tricotomia: Tri = três / Tomo = parte – 3 partes

- A natureza do homem é tríplice: corpo, mentes, espírito
- Informes bíblicos:

A Bíblia usa alma e espírito como sinônimos: Hb.10:38 / Ap.6:9; 20:4
Atividades religiosas essenciais são da alma: Mc:12:30 / Hb:6-18-19

A forma escriturística para homem é corpo e alma
– Mt.6:25 e 10:28 às vezes é corpo e espírito: ICor.5:3-5
A morte, às vezes, é entrega da alma – At.15:26 – IRe.4:19
A morte, às vezes, é entrega do espírito – At.7:59
-- Analisar ITes.5:23 / Hb.4:12

4.2) Dicotomia: Di = dois / tomo = parte – 2 partes

- Admite que o homem tem dois elementos constitutivos
- Não são separados a mover-se paralelamente
- São unidos a formar um só organismo

O Homem à imagem de Deus

- Qual o sentido de Imagem de Deus?

Possui uma natureza racional – capacidade intelectual
Possui uma natureza moral – discernimento entre o bem e o mal
Possui uma natureza emocional – capacidade de expressar sentimentos
Possui uma natureza volitiva – condições de escolher pela razão
Possui domínio sobre a criação
Possui a realidade da imortalidade ( I Tm.6:16 ) – não eternidade
Possui a unicidade ( ninguém é igual ) – individualidade
Realidade do nosso corpo físico faz parte?
Nosso corpo é o modelo que Deus planejara para Seu Filho para resgatar o homem.

TEANTROPOLOGIA

TEANTROPOLOGIA
I) Definição: Doutrina do estudo do homem em relação a Deus.

II) Introdução:

O homem não é apenas a coroa ou coroação da criação, mas é alvo do cuidado especial de Deus.

III) Origem do homem:

1) Questão da origem do universo e do homem é filosófica e não científica. Debate sobre criação ou evolução é ideológico-filosófico e não cientifíco-laboratorial.

2) Características:

a) Ato sobrenatural e soberano de Deus:
- Não é processo natural, mas ato de Deus Hb.11:3 / Jo.1:3 / Gn.1 e 2

b) Distinta dos demais seres:
- “Produza a terra alma vivente”. Criação especial “Trabalhado pelas mãos do Criador”.
- Criado para ser “companheiro de Deus” (comunhão com Ele)

c) Eleva-o sobre demais seres:
- Domínio para cuidar, não para destruir. Cuidador, não dono.
- Abate animais para seu sustento, não para lazer.
- Direito de usa-los em seu benefício e conforto.

d) Restante da criação seria para sua satisfação:
- Deus criou o prazer para satisfação do homem (prazer existia no Éden)
- Desfrutar de conforto não é pecado (Gn.,1:29-30)

e) Única:
- Deus não continua criar imediatamente. Processo criador é mantido por meio da criação(Gn.1:28)

f)Ato do Deus Triuno:
- Pai / Filho: Jo.,1.../Espírito Santo:Gn.,1:2/
- Ação singular , sujeito pluralístico ( Gn.,1:26)
- Aponta para a dependência por parte do homem Sl.,90:2/ 102:25-27/103:15-17

f) Torna-o distinto, mas dependente de Deus:
- Criado à imagem e semelhança de Deus, mas não “imanação” do divino.
- Imagem e semelhança:
• Possui natureza racional=capacidade intelectual
• Possui natureza moral=discernimento entre bem e mal
• Possui natureza emocional= capacidade de expressar sentimentos
• Possui natureza volitiva=condições de escolher pela razão
• Possui domínio sobre a criação
• Possui a imortalidade (I Tm.6:16) – não eternidade.
• Possui a unicidade (ninguém é igual) – individualidade.
• Nosso corpo? Modelo que Deus planejara para Seu Filho para resgatar o ser humano.

Criação X Evolução

a) Propostas básicas da sustentação da evolução
- Similaridades estruturais entre homens e animais superiores.
- Argumento embriológico
- Órgãos rudimentares como prova da evolução.
- Argumento das provas sanguíneas (similaridades)
- Argumento paleontológico (fóssil)

Respostas:

- Similaridade não prova evolução, mas unidade na diversidade.
- Origem sucessiva se denota apenas pela relação genética e não por semelhança embrionária.
- Órgãos rudimentares não são sem valor, não conhecemos funções de alguns.
- O sangue (como proposto) não prova relação genética, pois só se usa soro inorgânico que não contém matéria viva.
- “Evidência” dos fósseis vem se diluindo. Registros apontam para “saltos” e não para evolução. Não há “elos perdidos”.

** Evolução é crida por muitos da mesma forma que a criação, pois nenhuma das duas foi ou pode ser demonstrada cientificamente

Espírito Santo - Sua Obra

Espírito Santo - Sua Obra
1 ) Introdução:

- Não muito contemplada nos compêndios de Teologia Sistemática
- Confissão de Fé de Westminster o assunto é ausente
- Este vazio levou a equívocos e distorções.

2) Esferas de Manifestação:

2.1) Em relação aos não-regenerados:
- Convencer : Do pecado; da justiça e do juízo . João,16: 8-11

2.2) Em relação ao eleito:
- Regenera: João,3:3-6 / 6:63 / Tito,3:5
- Batiza o regenerado no Corpo de Cristo: Atos, 1:5 / I Co.,12:12,13
- Ele sela o crente : Efésios, 1:13, 14 ; 4:30
- Ele habita o crente: João 14:17 / Rm.,8:9 / I Co.,3:16
- Ele consola : João, 14:16, 26
- Conduz à verdade: João, 14: 26; 16:13
- Reveste de poder : Atos,1:8
- Distribui e concede os dons : I Co.,12:7
- Produz o fruto : Gálatas, 5:22,23

2.3) Em relação à vida:
- Agente ( instrumento ) manifestador da vida: Gn.,1:2 / Jó,33:4 / Sl.,33:6/ Rm.,8:11,23

2.4) Em relação a Jesus:
- Atua na concepção : Lucas,1:35
- Unge para o ministério: Lucas,4:18,19 / Atos,10:38
- Ressuscitou Seu corpo: Rm.,8:11
- Glorificá-LO : João,16:14

2.5) Em relação às Escrituras Sagradas :
- Inspirá-las : 2 Pe.,1:20,21/ I Co.,2:13
- Elucidá-las : João,16:14-16 / I Co.,2:9-10

O Espírito Santo

O Espírito Santo
I) Personalidade (pessoalidade) do Espírito Santo:

A) Tendência a se pensar na impessoalidade: Vento, fogo, óleo, sopro.

B) Referências Claras à Personalidade:

1ª) Pronomes Pessoais dados a Ele: Jo.16:7-8 e 13-14

2ª) Associação às outras Pessoas da Trindade: Mt.28:19 / IICo.13:13

3ª) Associação com homens: At.15:28 ; 13:2 ; 20:28

4ª) Características Pessoais atribuídas a Ele:

a) Inteligência: ICo.2:10-11 / Rm.8:27
b) Vontade: ICo.12:11
c) Amor: Rm.15:30
d) Bondade: Ne.9:20
e) Tristeza: Ef.4:20

II) Divindade do Espírito Santo:

A) Nomes Divinos Dados a Ele: Deus: At.5:3-4 / Senhor: IICo.3:18

B) Atributos Divinos Lhe são conferidos:

a) Eternidade: Hb.9:14
b) Onipresença: Sl.139:7-10
c) Onipotência: Lc.1:35
d) Onisciência: ICo.2:10-11

C) Obras Divinas Efetuadas por Ele:

a) Criação: Jó,34:4 / Sl.104:30
b) Transmissão da Vida: Gn.2:7 / Rm.8:11 / Mt.1:18 / Jo.3:5-6 / Tt.3:5
c) Autor da Profecia Divina: II Sm.23:2 / II Pe.1:21

Para imprimir essa ou demais lições utilize o recurso de marcar o texto, copiar e colar em um outro aplicativo como o Word e dai fazer a impressão.
Postado por João Baptista às 19:25 0 comentários
Domingo, 20 de Abril de 2008
Trindade
I) Definição:

Não há uma definição de Trindade.
Não é um corpo com três cabeças, nem uma cabeça com três corpos.

II) Trindade e Escrituras Sagradas:

Não há palavra Trindade na Bíblia.
Podemos ver indicações bíblicas do assunto.

a) V.T: Implicações, mas não afirmações diretas:

1ª) Nome dado a Deus no plural: Elohim
2ª) Pronomes pessoais no plural: Gn.1:26,27; 11,6-7; Is.41:21-23.
3ª) Designação de Senhor e Filho: Sl.2:6-9; Sl.110:1
4ª) Alusão ao Espírito Santo e Sua Obra: Gn.1:2; Sl.51:11
5ª) Teofanias: Gn.22:11-126ª) Declaração direta: Is.48:16; 61:1-2.

b) N.T: Afirmações muito claras.

1ª) Comissão Apostólica: Mt.28:19-20
2ª) Bênção Apostólica: II Cor.13:13
3ª) Batismo de Jesus: Mt.3:16-17
4ª) Palavra de Jesus: Jo.14:16
5ª) Ensino de Paulo: ICor.12:4-6

III) Ponderações finais:

a) Não se explica a Trindade.

b) Sua inexplicabilidade não significa impossibilidade.

c) Lógica aponta para ela:

Quantos deuses há? Dt.6:4, ITm.2:5
Pai é Deus? Jo.14:2 e 6; ICo.8:6
Filho é Deus? Jo.10:30; Hb.1:6
Espírito Santo é Deus? At.5:3-4
São três deuses? NÃO. Mt.3:16-17

Teontologia - Doutrina de Deus

Teontologia - Doutrina de Deus
* Não discutiremos se podemos ou não conhecer a Deus, partiremos do fato que podemos conhecê-lo.

a) Nomes de Deus: Nome é a expressão do ser.

Antigo Testamento:

´El= Mais simples dos nomes. Significa: ser o 1º (´Elohim = plural)
Adonai: o que governa – senhor.
Shaddai e ´El-Shaddai: poderoso, possui todo o poder.
Javé ou Jeová: Mais sagrado – “Eu Sou” – Senhor. Ligar-se a outros:
Tsebhaoth: dos exércitos I Sm.17:45
Nissi: bandeira Ex.17:15
Shalom: Paz Jz.6:24
Tsidkênu: Justiça Jr.23:6
Jireh: Provisão Gn.22:14
Rapha: Sara (curador) Ex.15:26
Raah: Pastor Sl.23:1
Shammah: Est presente Ez.48:35

Novo Testamento:

Theos: Nome genético. Relação individual, não mais nacional.
Kurios (Kirios): Senhor – substitui Javé ou Jeová.
Pater: Idéia nova sobre nossa filiação – Deus como Pai.
* Jesus ou Cristo não são nomes de ou para Deus.

b) Atributos de Deus:

1)Def.: Qualidades essenciais de Deus ou descrição de suas perfeições.

2)Divisão: Comunicáveis: Têm correspondência com a criatura.

Incomunicáveis: Exclusivos de Deus – não correspondentes.

1º) Incomunicáveis:

1º.A) Autor-existência: Existe por Si mesmo/ é incausado/ não depende de outro para existir. João 5:26/ Ex.3:14/ João 8.58

1º.B) Imutabilidade: Imutável em seu Ser, promessas e propósitos. Mutável em Seus métodos. Sl.102:26-27/ Ml.3:6/ Tg.1:17

1º.C) Unidade: Em dois aspectos: Singular: Único ICo.8:6/ ITm.2:5/ IRe.8:60
Simples: Sem partes, não é composto.

1º.D) Infinitude: Qualidade essencial pela qual Ele é livre de toda limitação. Manifesta-se em três dimensões:

1º) Absoluta perfeição: Todos os atributos são plenos. Não pedaços como colcha de retalhos. Mt.5:48

2º) Eternidade: Infinidade em relação ao tempo. É antes do próprio tempo. Sl.90:2/ Hc.1:12/ Dt.33:27/ Is.40:28/ Jr.11:10

3º) Imensidade: Infinidade em relação ao espaço; onipresença.
Não se deve confundir com expansão ou dilatação.
Deus não se “estica”.
Está presente em todos os lugares com todo Seus Ser.
Imanência x Transcendência.
Sl.139:7-12/ Jr.23:24/ Ez.8:12/ Is.57:15

2º) Atributos Comunicáveis:

a) Espiritualidade: Não é corpóreo ou tangível. Imaterial e invisível.
Não significa irreal. Jo.4:24/IICo.3:17

b) Intelectualidade: Envolve três aspectos:

1) Conhecimento: Atributo pelo qual Ele se conhece e a todas as coisas possíveis e reais. Características: Inato-não adquirido / intuitivo-não analisa para tirar conclusões / imediato – não tem intermediário nem instrumentos / completo-não conhece hoje mais do que ontem/ simultâneo – conhece tudo de uma só vez / consciente – não se esquece, logo não se lembra.
*** onisciente: tudo de forma plena.

2) Sabedoria: Perfeição pela qual Ele aplica o conhecimento para obtenção dos fins determinados, de modo a glorifica-lo mais.

- Manifesta-se na criação Sl.19:1-6 / Jr.10:12
- Manifesta-se na providência Sl.33:10
- Manifesta-se na redenção ICo.2:7 / Ef.3:10

3) Verdade: Seu conhecimento, sabedoria e Ser se conformam de tal modo que não determina algo que não cumpra. Não pode mentir. Tt.1:2 / Hb.6:18 / Js.21:45

c) Morais:

1) Bondade: Deus é fonte de todo bem (Fons Ominium Bonorum)

Deus é o Supremo Bem (Summum Bonum) Mc.10:18 / Sl.145:9 Manifesta-se:

Benevolência: Cuidado (afeto) de Deus para com Suas criaturas racionais ou não. Varia de acordo com a capacidade do ser que irá recebe-la. Sl.36:6 / Mt.5:45 / Lc.6:35 / At.14:17

Amor: Bondade de Deus particular aos racionais. Perfeição de Deus que o leva a comunicar-se conosco. Jo.16:27 / I Jo.3:1; 4:9-10

Graça: Favor imerecido de bondade para com aquele que não tem direito de reclama-lo. Amor de Deus para com aqueles que, por natureza, estão sob condenação e são perdoados. Ef.1:6-7/ At.18:27 / Rm.3:24

Compaixão ou Misericórdia: “Coração na miséria”

Amor de Deus para com os que estão em miséria e angústia espiritual, por meio do qual os assiste e socorre. Sl.57:10 / Sl.86:5

Paciência ou longanimidade: ‘erk ‘aph = “Grande de Rosto”
Aspecto do amor de Deus pelo qual suporta ao obstinado e malvado (ímpio). Ex.34:6 / Rm.9:22

2.2.6 – Santidade:

1º - Distinto de sua criação – exaltado acima dela.
2º - Idéia ética de santidade, como separado do mal.
Ex. 15:11; I Sm 2; Os 11:9; Lv 11:14; Tg 1:13;
Ele é separado do mal; como nos ama e vive em nós? Ef 1:6

Manifestações:

Lei – dada para imprimir a idéia de Santo ao povo.
Símbolos: Terra santa, nação santa, cidade santa.
Jesus Cristo: At 3:14
Igreja; Revela santidade como Corpo de Cristo – I Pd 1:16

2.2.7 – Justiça: Palavras para expressar justiça levam à idéia de conformar-se com o modelo.

Justiça é algo que ultrapassa o conceito de lei.
Justiça absoluta: Plenamente justo em Si mesmo.
Justiça relativa: Pela qual Ele se mantém contra toda violação de Sua santidade – Ne 9:8; Sl 119: 137; 145:20; I Tm 4:8.

Distinções:

Governativa – Governa com justiça.
Justo legislador. Is 33:22; Dt 4:8; Sl 99:4; Rm 1:32

Distributiva: Distribuição justa de penas e prêmios.

a)Remunerativa:
Entrega de recompensa a anjos e homens. Flui do pacto – Mq 7:20; Mt 25: 21-34

b)Retributiva: Refere-se à aplicação de penas. Justa ira de Deus
Rm 2: 8-9; 12: 19; II Ts. 1: 8.

2.2.8 – Soberania: Gn 14:19; Is 43:13; 46:11.

Manifestação:
Criação e preservação – Sl 135:6; Ap. 4:11
Governo – Is 9: 6; Sl 22:28; 66:7;
Eleição: Rm 9:15; Ef 1:11;
Sofrimentos de Cristo – Lc 22:42; At 2:23;
Santificação: Fp 2: 12-13;
Sofrimentos: I Pd 3:17;
Coisas insignificantes: Mt 10: 29;

Distinções:

Decretiva – Deus decreta tudo o que acontecer e ocorre. At 4: 27-28; Lc 22:22

Preceptiva – Regras traçadas por Deus para criaturas morais, mostrando-lhes o dever a cumprir (nem sempre é cumprida) Rm 1:26 (Deus “entregou”).
Decreta “deixá-los”; a conseqüência dos atos e a punição.

Eudokia : Tem prazer em fazer – Mt 11: 26; Lc 13: 32

Euristia : Tem prazer em que o homem faça – Pv. 12:22

Inspiração

Inspiração
I- Int.:
Registros das revelações de Deus em várias épocas.
Assegura preservação da integridade da mensagem
Garante o ensino correto às gerações futuras.
Registro tão fiel quanto à revelação.

II- Def.: "É a transmissão oral e o registro da verdade, operado pelo Espírito Santo, por meio de instrumentos humanos".

III- Diferenciações: Há diferenças na Bíblia quanto à inspiração:

a) Inspiração sem revelação: Lc.1:1-3
b) Inspiração com revelação: Ap.1:1 e 11
c) Inspiração sem iluminação: Dn.12:8-9
d) Inspiração com iluminação: Ez.37
e) Revelação sem inspiração: Ap.10:4
f) Iluminação sem inspiração: Entende, fala, mas não registra.

IV- Teorias sobre a Inspiração:

1ª) Intuição:

Capacidade de percepção mais elevada que os outros. Gênios espirituais originando por intuição as Escrituras.Objeções: Em moral e religião o homem é corrompido em seu sentido. Se intuição fosse fonte, não haveria contradição entre as religiões. Verdade religiosa se torna absolutamente subjetiva ou particular O homem se torna o "ser supremo".

2ª) Mecânica ou Ditado-Verbal:

O Espírito Santo se apossa co corpo e da mente do escritor e o reduz a instrumento mecânico.Objeções: Tira conclusão de fato ocasional, generalizando Mc.12:26. Exclui participação consciente do humano: estilo, busca de informações, registro diverso de um único fato. Contradiz o que se sabe da atuação divina em não anular a personalidade.

3ª) Dinâmica-Plenária:

Inspiração é fato sobrenatural, dinâmico e plenário.

- Sobrenatural: Operação imediata de Deus na alma humana.
- Dinâmica: Contém elemento humano e apresenta corpo de verdades em termos humanos.
- Plenária: A influência do Espírito Santo estende-se a toda a Bíblia.

* Tudo na Bíblia é a Palavra de Deus, mesmo que não tenha sido Deus quem haja dito aquilo.

"Tudo isso te darei se prostado me adorares"
"Estou inocente do sangue deste justo"

Inspiração é do Registro.

Revelação

Revelação
1)Def.: “Comunicação ou interpretação que Deus faz de Si mesmo aos homens”

2)Nomes: Galah Gn. 35:7 ( descobrir) Epifaniem Lc. 1:79 ( aparecer); Apocaliptein II Ts 2:8 ( remover véu-revelar) ; Faneroun Rm. 3:21 ( fazer conhecido o que era desconhecido ).

3)Elementos da Revelação:

a)Há um Deus pessoal que Se comunica
b) Há fatos e verdades que não seriam conhecidos sem a revelação divina
c) Há seres racionais aos quais se dirige a revelação e que são capazes de recebê-la, entendê-la e apropriarem-se dela.

4) Tipos de Revelação:

a)Natural:
Natureza ( Sl. 19, Rm 1:20)
Consciência: Rm. 1:19,20,32; 2:14

b)Oral:
Antes da queda ( Gn. 2:15-17)
Depois da queda ( patriarcas, profetas, apóstolos/ hoje ? ? ?

c)Especial:
Deus tem manifestado de forma particular e específica Sua Palavra certa e segura, fazendo-a registrar. ( Bíblia ).

5)Modos da Revelação:
Formas
Palavras
Atos.

5.1) a) Formas (Teofanias): Manifestação de Deus sob a forma humana ou angelical.
5.1) b) Objetivo: Mostrar que sem Sua presença o homem não pode viver eternamente.
5.1) c) Contraposição: Idolatria – Tentativa de dar forma a Deus.
5.1) d) Exemplos: Anjo do Senhor ( Gn. 16: 7-14; Ex. 3:2-5) – Forma humana Gn. 18 e 19 ( não é antropomorfismo).

5.2)Palavra ( Profecia ): Revelação por sonho, visão, palavra.
5.2 a) Fim da Profecia: Manifestação da Palavra Encarnada.
5.2) b) Objetivo: Sem Sua própria interpretação o homem está perdido
5.2) c) Contraposição: Adivinhação, agouro, horóscopo, necromancia, etc
5.2) d) Modos: São em número de 05 ( cinco )
“) Sorte: Js. 7:14/ Ism 14:40-42/ At 1:24 ( última vez).
“) Sonhos: Gn 37: 19
“) Visões: Estado consciente era mantido. Nem todo profeta era vidente I Sm 9:9-11/ Is.6
“) Urim e Tumim: Tradução – Luz e perfeição. Não se sabe com certeza o que era ( Ex. 28:30). Uso pra interesse público I Sm.,28:6 / Ed.,2:63
“) Profetas: Meio mais comum de Deus se revelar. 03 palavras: Roê= vidente ( não entende visão/ Hozê= vidente ( entende)/ Nabi, Dt. 18:18

Caracteristicas:
a)Ser chamado por Deus
b)Receber comunicado divino
c)Transmitir comunicado ao povo
d)Cumprimento da palavra ou comunicado.

5.3) Atos ou Milagres:
5.3) a) Def.: É a atuação especial de Deus alterando o curso comum e normal dos fatos”. Nem todo extraordinário é milagre.
5.3)b) Objetivo: Mostrar que sem seu poder salvador a alma e o corpo do homem continuariam na ruína em que o pecado os lançou.
5.3) c) Contraposição: Feitiçaria, etc.

Bíbliologia

Bíbliologia
1) Int. Geral: É formada de duas partes:

VT=39 livros
NT=27 livros

A palavra grega “canon” quer dizer: vara de medir, régua norma, padrão.

2) Velho Testamento:

Seu período de formação foi de, aproximadamente 1500 anos.
Divide-se em livros da Lei, Históricos, Proféticos, Poéticos ou sapiências.
Os livros no VT nem sempre estão em ordem cronológica.
Concílio judáico de Jamnia - ano 90 d.C

Critérios:

1) Antiguidade (antes último profeta 450 a.C)
2) Harmonia com a Torah
3) Escrito em Hebráico
4) Aceitação universal
5) Não há rejeitados anteriormente

* Apócrifos:
a)Esta palavra significa: oculto, não revelado, velado.
O período de formação destes livros vai do II sec. a.C a I d.C.
b)Designação: I e II Macabeus, Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque.
c)Por que não os temos em nossas bíblias?
- Não estão no texto massorético
- Não citados no NT
- Testemunho interno negativo (análise dos livros)
- Depoimento de Flávio Josefo
- Outras referências históricas
- Pais da Igreja não reconhecem (unanimidade) sua autoridade
** Razões para aceitação do V Testamento:
- Cristo o reconheceu e autenticou Lc., 4:21 / Jo.10:35
- Apóstolos ensinaram como Palavra de Deus At.17:11 / Rm.15:4 / II Tm.3:16 / 2 Pe.1:19-21

3)Novo Testamento:

Seu período de formação é de 57 a 90 dC, portanto, apenas 33 anos.
* Critérios de aceitação como canônicos:
- Consonância com ensino oral apostólico Gl.2:1,2,6
- Harmonia com V. Testamento Rm.15:4
- Efeito moral edificante II Tm.3:16
- Aceitação em todas as Igrejas
- Escrito em grego e no período apostólico
- Autoria apostólica ou de um associado aos apóstolos
- *** No concílio de Cartago em 397 a Igreja cristã não deu canonicidade a estes livros, mas estabeleceu como norma (regra ou canon) aquilo que já era costume.

Doutrinas Cristãs

Doutrinas Cristãs
1)Def.: “Ciência que estuda Deus e Suas relações com o homem e o universo”

2)Fontes da Teologia: Sua maior fonte é o próprio Deus.

2.a) Natureza: Salmo,19:1. O universo exige a figura de um criador.

- Limitações da natureza como fonte da teologia:

1º) Queda: O pecado alterou de forma expressiva tanto a natureza como o próprio ser humano.

2º) Realidades profundas sobre Deus que a natureza não expressa: Seu amor redentor, Sua justiça e perdão, etc.

3º) Falta de relação específica com o homem: Não há uma relação pessoal (ser-ser) entre o homem e a natureza e não o leva a um relacionamento pessoal com o próprio Deus.

2.b) Bíblia: A bíblia é a referência principal que temos sobre o ser de Deus e que, portanto, nos revela este Deus em plenitude (Jo.5:39, Ap.1:1-3, IJo.1:1-4). Deve-se notar que, embora ela nos fale sobre Deus, salvação, vida eterna, etc., ela não nos dá essas coisas.

2.c) Cristo: É fato que sabemos de Cristo através da bíblia, mas é por meio de Cristo (fé em Seu nome) que conhecemos a Deus de fato e de verdade em termos redentivos (Jo.14:7-11, Cl.1:15 e 19; 2:9, Hb.1)

3) Empecilhos à Teologia:

Existem alguns fatores que dificultam a formulação da teologia, ou melhor, a expressão da compressão sobre Deus, Seu Ser e Suas relações.

3.a) Finitude do entendimento humano: Rm.11:33-36

3.b) Pobreza da linguagem humana: ICor.2:13 / IICor.12:1-4

3.c) Silêncio de Deus sobre vários assuntos: Dt.29:29

3.d) Limitação do discernimento espiritual devido ao pecado: ICor.13:12

"Despertando para a Chamada"


Estamos vivendo num momento em que o Espírito Santo está despertando a Igreja aqui no Brasil para a obra missionária.Vários encontros de agências missionária transculturais e várias conferências missionárias em igrejas locais estão acontecendo aqui e ali!
Pessoas têm sido despertadas ,muitos estão envolvendo-se e muitos estão procurando treinamento adequado.
Agradecemos á Deus por isso;mas uma pequena pergunta deve ser feita e, o mais importante,deve ser respondida com base na Bíblia.A pergunta é:Qual é o alvo do empreendimento missionário?
Temos lido e ouvido de muitas pessoas que o importante é “ganhar almas”.Ouros têm dito que o importante é “enviar missionários ao campo”.Nessa indefinição ,ou melhor definições incorretas do alvo ,vamos averiguar o que a Bíblia tem a nos dizer.Em Mateus 28:19,20,vemos que o imperativo na frase de Jesus é “fazei discípulos”,diferentemente da grande ênfase que tem havido no “ide”. Muitas vezes a ênfase de muitos pregadores cai no “ide”.
Precisamos ir.Milhares estão morrendo sem Deus.Jesus disse –“ide”.
Mas ,uma investigação mais acurada nos mostrará que o imperativo é:”Fazei discípulos”.A melhor tradução portanto seria:ao ir,indo,tendo ido,fazei discípulos.Jesus está procurando fazedores de discípulos,pois Ele espera que nós estejamos indo.Em Marcos 16:15,novamente vemos a ênfase cair no “pregai e evangelho” e Atos 1:8 acrescenta “ser testemunha”.

Vemos então que o alvo é ser testemunha ,pregar o evangelho e fazer discípulos.Mas não é só isso! Há o escopo geográfico.Marcos fala sobre ir por todo o mundo,Mateus fala sobre todas as nações e Lucas em Atos fala sobre os confins da terra.Novamente o alvo é:

1-Ser testemunha –onde?Até os confins da terra
2-Pregar o evangelho-onde? Por todo o mundo e á toda criatura
3-Fazer discípulos-onde? Em todas as nações


O que significa” todas as nações”?
O significado moderno desta palavra “nações encobre o significado que o Senhor Jesus pretendeu dar a ela.O texto grego diz:”pantha ta ethne”,que quer dizer “todas as nações”,todas as etnias”.
Uma etnia é um grupo de pessoas com a sua própria língua ,cultura e visão de mundo,etc.
Os missiólogos nos ensinam que há milhares de etnias ou nações no mundo ,e que uma grande porcentagem não tem nenhum discípulo de Jesus Cristo.Jesus nos comissionou para fazer discípulos de todas as etnias!
A Bíblia também nos diz como devemos proceder ,e nos oferece o método .Primeiro ,a Bíblia diz que devemos estar indo e aponta uma estratégia em Atos 1:8.
Segundo: Marcos nos diz para” pregar o evangelho” e Lucas amplia dizendo “pregar arrependimento para remissão de pecados”e,aos que responderem positivamente Mateus diz:”fazei discípulos “ e acrescenta –“batizando-os e ensinando-os”.Batizando-os em nome do Pai,do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a guardar todas as cousas que Jesus tem ordenado (conteúdo do discipulado).
Que nestes dias em que o Espírito Santo de Deus tem agido maravilhosamente no meio da igreja aqui no Brasil,despertando-nos para a nossa responsabilidade de pregar o evangelho a toda criatura e de fazer discípulos de todas as nações,possamos corresponder ,separando e comissionando os nossos homens mais capazes para essa tarefa

ARQUEOLOGIA BÍBLICA

ARQUEOLOGIA BÍBLICA
A Natureza e o Propósito da Arqueologia Bíblica.

A palavra arqueologia vem de duas palavras gregas, archaios e logos, que significam literalmente “um estudo das coisas antigas”. No entanto, o termo se aplica, hoje, ao estudo de materiais escavados pertencentes a eras anteriores. A arqueologia bíblica pode ser definida como um exame de artefatos antigos outrora perdidos e hoje recuperados e que se relacionam ao estudo das Escrituras e à caracterização da vida nos tempos bíblicos.
A arqueologia é basicamente uma ciência. O conhecimento neste campo se obtém pela observação e estudo sistemáticos, e os fatos descobertos são avaliados e classificados num conjunto organizado de informações. A arqueologia é também uma ciência composta, pois busca auxílio em muitas outras ciências, tais como a química, a antropologia e a zoologia.
Naturalmente, alguns objetos de investigação arqueológica (tais como obeliscos, tempos egípcios e o Partenon em Atenas) jamais foram “perdidos”, mas talvez algum conhecimento de sua forma e/ou propósito originais, bem como o significado de inscrições neles encontradas, tenha se perdido.
Funções da Arqueologia Bíblica

A arqueologia auxilia-nos a compreender a Bíblia. Ela revela como era a vida nos tempos bíblicos, o que passagens obscuras da Bíblia realmente significam, e como as narrativas históricas e os contextos bíblicos devem ser entendidos.
A Arqueoloia também ajuda a confirmar a exatidão de textos bíblicos e o conteúdo das Escrituras. Ela tem mostrado a falsidade de algumas teorias de interpretação da Bíblia. Tem auxiliado a estabelecer a exatidão dos originais gregos e hebraicos e a demonstrar que o texto bíblico foi transmitido com um alto grau de exatidão. Tem confirmado também a exatidão de muitas passagens das Escrituras, como, por exemplo, afirmações sobre numerosos reis e toda a narrativa dos patriarcas.
Não se deve ser dogmático, todavia, em declarações sobre as confirmações da arqueologia, pois ela também cria vários problemas para o estudante da Bíblia. Por exemplo: relatos recuperados na Babilônia e na Suméria descrevendo a criação e o dilúvio de modo notavelmente semelhante ao relato bíblico deixaram perplexos os eruditos bíblicos. Há ainda o problema de interpretar o relacionamento entre os textos recuperados em Ras Shamra (uma localidade na Síria) e o Código Mosaico. Pode-se, todavia, confiantemente crer que respostas a tais problemas virão com o tempo. Até o presente não houve um caso sequer em que a arqueologia tenha demonstrado definitiva e conclusivamente que a Bíblia estivesse errada!
Por Que Antigas Cidades e Civilizações Desapareceram

Sabemos que muitas civilizações e cidades antigas desapareceram como resultado do julgamento de Deus. A Bíblia está repleta de tais indicações. Algumas explicações naturais, todavia, também devem ser brevemente observadas.
As cidades eram geralmente construídas em lugares de fácil defesa, onde houvesse boa quantidade de água e próximo a rotas comerciais importantes. Tais lugares eram extremamente raros no Oriente Médio antigo. Assim, se alguma catástrofe produzisse a destruição de uma cidade, a tendência era reconstruir na mesma localidade. Uma cidade podia ser amplamente destruída por um terremoto ou por uma invasão. Fome ou pestes podiam despovoar completamente uma cidade ou território. Nesta última circunstância, os habitantes poderiam concluir que os deuses haviam lançado sobre o local uma maldição, ficando assim temerosos de voltar. Os locais de cidades abandonadas reduziam-se rapidamente a ruínas. E quando os antigos habitantes voltavam, ou novos moradores chegavam à região, o hábito normal era simplesmente aplainar as ruínas e construir uma nova cidade. Formava-se, assim, pequenos morros ou taludes, chamados de tell, com muitas camadas superpostas de habitação. Às vezes, o suprimento de água se esgotava, rios mudavam de curso, vias comerciais eram redirecionadas ou os ventos da política sopravam noutra direção - o que resultava no permanente abandono de um local.
A Escavação de um Sítio Arqueológico

O arqueólogo bíblico pode ser dedicar à escavação de um sítio arqueológico por várias razões. Se o talude que ele for estudar reconhecidamente cobrir uma localidade bíblica, ele provavelmente procurará descobrir as camadas de ocupações relevantes à narrativa bíblica. Ele pode estar procurando uma cidade que se sabe ter existido mas ainda não foi positivamente identificada. Talvez procure resolver dúvidas relacionadas à proposta identificação de um sítio arqueológico. Possivelmente estará procurando informações concernentes a personagens ou fatos da história bíblica que ajudarão a esclarecer a narrativa bíblica.
Uma vez que o escavador tenha escolhido o local de sua busca, e tenha feito os acordos necessários (incluindo permissões governamentais, financiamento, equipamento e pessoal), ele estará pronto para começar a operação. Uma exploração cuidadosa da superfície é normalmente realizada em primeiro lugar, visando saber o que for possível através de pedaços de cerâmica ou outros artefatos nela encontrados, verificar se certa configuração de solo denota a presença dos resto de alguma edificação, ou descobrir algo da história daquele local. Faz-se, sem seguida, uma mapa do contorno do talude e escolhe-se o setor (ou setores) a ser (em) escavado (s) durante uma sessão de escavações. Esses setores são geralmente divididos em subsetores de um metro quadrado para facilitar a rotulação das descobertas.
A Arqueologia e o Texto da Bíblia

Embora a maioria das pessoas pense em grandes monumentos e peças de museu e em grandes feitos de reis antigos quando se faz menção da arqueologia bíblica, cresce o conhecimento de que inscrições e manuscritos também têm uma importante contribuição ao estudo da Bíblia. Embora no passado a maior parte do trabalho arqueológico estivesse voltada para a história bíblica, hoje ela se volta crescentemente para o texto da Bíblia.
O estudo intensivo de mais de 3.000 manuscritos do Novo Testamento (N.T.) grego, datados do segundo século da era cristão em diante, tem demonstrado que o N.T. foi notavelmente bem preservado em sua transmissão desde o terceiro século até agora. Nem uma doutrina foi pervertida. Westcott e Hort concluíram que apenas uma palavra em cada mil do N.T. em grego possui uma dúvida quanto à sua genuinidade.
Uma coisa é provar que o texto do N.T. foi notavelmente preservado a partir do segundo e terceiro séculos; coisa bem diferente é demonstrar que os evangelhos, por exemplo, não evoluíram até sua forma presente ao longo dos primeiros séculos da era cristã, ou que Cristo não foi gradativamente divinizado pela lenda cristã. Na virada do século XX uma nova ciência surgiu e ajudou a provar que nem os Evangelhos e nem a visão cristã de Cristo sofreram evoluções até chegarem à sua forma atual. B. P. Grenfell e A. S. Hunt realizaram escavações no distrito de Fayun, no Egito (1896-1906), e descobriram grandes quantidades de papiros, dando início à ciência da papirologia.
Os papiros, escritos numa espécie de papel grosseiro feito com as fibras de juncos do Egito, incluíam uma grande variedade de tópicos apresentados em várias línguas. O número de fragmentos de manuscritos que contêm porções do N.T. chega hoje a 77 papiros. Esses fragmentos ajudam a confirmar o texto feral encontrado nos manuscritos maiores, feitos de pergaminho, datados do quarto século em diante, ajudando assim a forma uma ponte mais confiável entre os manuscritos mais recentes e os originais.
O impacto da papirologia sobre os estudos bíblicos foi fenomenal. Muitos desses papiros datam dos primeiros três séculos da era cristã. Assim, é possível estabelecer o desenvolvimento da gramática nesse período, e, com base no argumento da gramática histórica, datar a composição dos livros do N.T. no primeiro século da era cristã. Na verdade, um fragmento do Evangelho de João encontrado no Egito pode ser paleograficamente datado de aproximadamente 125 AD! Descontado um certo tempo para o livro entrar em circulação, deve-se atribuir ao quarto Evangelho uma data próxima do fim do primeiro século - é exatamente isso que a tradição cristã conservadora tem atribuído a ele. Ninguém duvida que os outros três Evangelhos são um pouco anteriores ao de João. Se os livros do N.T. foram produzidos durante o primeiro século, foram escrito bem próximo dos eventos que registram e não houve tempo de ocorrer qualquer desenvolvimento evolutivo.
Todavia, a contribuição dessa massa de papiros de todo tipo não pára aí. Eles demonstram que o grego do N.T. não era um tipo de linguagem inventada pelos seus autores, como se pensava antes. Ao contrário, era, de modo geral, a língua do povo dos primeiros séculos da era cristã. Menos de 50 palavras em todo o N.T. foram cunhadas pelo apóstolos. Além disso, os papiros demonstraram que a gramática do N.T. grego era de boa qualidade, se julgada pelos padrões gramaticais do primeiro século, não pelos do período clássico da língua grega. Além do mais, os papiros gregos não-bíblicos ajudaram a esclarecer o significado de palavras bíblicas cujas compreensão ainda era duvidosa, e lançaram nova luz sobre outras que já eram bem entendidas.
Até recentemente, o manuscrito hebraico do Antigo Testamento (A.T.) de tamanho considerável mais antigo era datado aproximadamente do ano 900 da era cristã, e o A.T. completo era cerca de um século mais recente. Então, no outono de 1948, os mundos religioso e acadêmico foram sacudidos com o anúncio de que um antigo manuscrito de Isaías fora encontrado numa caverna próxima à extremidade noroeste do mar Morto. Desde então um total de 11 cavernas da região têm cedido ao mundo os seus tesouros de rolos e fragmentos. Dezenas de milhares de fragmentos de couro e alguns de papiro forma ali recuperado. Embora a maior parte do material seja extrabíblico, cerva de cem manuscritos (em sua maioria parciais) contêm porções das Escrituras. Até aqui, todos os livros do A.T., exceto Éster, estão representados nas descobertas. Como se poderia esperar, fragmentos dos livros mais freqüentemente citados no N.T. também são mais comuns em Qumran (o local das descobertas). Esses livros são Deuteronômio, Isaías e Salmos. Os rolos de livros bíblicos que ficaram melhor preservados e têm maior extensão são dois de Isaías, um de Salmos e um de Levítico.
O significado dos Manuscritos do Mar Morto é tremendo. Eles fizeram recuar em mais de mil anos a história do texto do A.T. (depois de muito debate, a data dos manuscritos de Qumran foi estabelecida como os primeiros séculos AC e AD). Eles oferecem abundante material crítico para pesquisa no A.T., comparável ao de que já dispunham há muito tempo os estudiosos do N.T. Além disso, os Manuscritos do Mar Morto oferecem um referencial mais adequado para o N.T., demonstrando, por exemplo, que o Evangelho de João foi escrito dentro de um contexto essencialmente judaico, e não grego, como era freqüentemente postulado pelos estudiosos. E ainda, ajudaram a confirma a exatidão do texto do A.T. A Septuaginta, comprovaram os Manuscritos do Mar Morto, é bem mais exata do que comumente se pensa. Por fim, os rolos de Qumran nos ofereceram novo material para auxiliar na determinação do sentido de certas palavras hebraicas.
Obs.:

A.T. = Antigo Testamento
N.T. = Novo Testamento


Fonte: “ A Bíblia Anotada”

Soteriologia-A Doutrina da Salvação

A palavra soteriologia vem do vocábulo grego soteria e significa salvação, libertação de um perigo iminente, livramento do poder da maldição do pecado, restituição do homem à plena comunhão com Deus. A salvação do ser humano é obtida pela graça, ou seja, é um dom gratuito e imerecido que o pecador recebe, Ef 2: 8-9.
Quando João 19: 30 diz: “está consumado”, que é a expressão grega tételestai, ele quer dizer quer tudo está pago. Isto representa a salvação para o cristão. Tudo foi comprado no calvário. Abrange cada fase de nossas necessidades e dura de eternidade a eternidade. Inclui a libertação do pecado no presente e a apresentação contra as invasões do pecado no futuro, Jd 1: 24-25; Tt 2: 11-13. Então, vejamos em detalhes suas fases: salvação: arrependimento, fé, conversão, regeneração, justificação, adoção e santificação.
Arrependimento
Arrependimento é o ato pelo qual a pessoa reconhece o seu pecado e o abandona, confessando-o a Deus. O arrependimento é diferente do remorso. Por exemplo: João e Pedro colam na prova escolar. João confessa, pede perdão e aceita a punição. Isto é arrependimento. Pedro é surpreendido pelo professor, tem remorso e no coração diz que na próxima prova, se tiver oportunidade, vai colar novamente.
Nessa ilustração, Pedro sentiu apenas remorso. O remorso é a tristeza do mundo que produz morte. O arrependimento verdadeiro é a tristeza que, segundo Deus, conduz à salvação, 2Co 7: 10. No Novo Testamento, Pedro e Zaqueu são exemplos de arrependimento, Mt 26: 75; Lc 19: 8, e Judas, um exemplo de remorso do seu pecado, Mt 27: 3-5.

Quando se fala em fé, há alguns textos que muitos já sabem de cor: “fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se vêem”, Hb 11: 1; “A fé vem pelo ouvir, e o ouvir da palavra de Deus”, Rm 10: 17; “Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação”, Rm 10: 9-10.
No idioma grego, língua em que foi escrito originalmente o Novo Testamento, há duas expressões para a palavra fé: pistis – uma crença ou convicção intelectual; uma completa confiança em Deus, ou mais particularmente, em Cristo, com vista à redenção do pecado; pisteuein – confiança plena em Deus. Há dois tipos de fé: a fé salvadora e a fé como um dom.
Conversão
O termo grego para conversão é metanóia, ou seja, mudança de mente e transformação. Deve-se distinguir a conversão cristã de outras qualidades de conversão. O vocabulário conversão, literalmente, significa voltar ou mudar de direção. Portanto, neste sentido literal, podemos ser convertidos dum ponto de vista para outro. Pode-se mudar de partido político, e assim dá uma conversão política. Mudar de denominação, e assim se dá uma conversão religiosa.
A conversão cristã é o ato pelo qual a pessoa se volta do pecado para Jesus Cristo, tanto para obter perdão dos pecados, como para se libertar deles. Isso inclui livramento da pena do pecado. A conversão está intimamente ligada ao arrependimento, porque o arrependimento enfatiza o aspecto negativo do abandono ou saída do pecado, enquanto a conversão enfatiza o aspecto positivo da volta para Cristo. O arrependimento produz tristeza pelo pecado, já a conversão produz alegria por causa do recebimento do perdão e livramento da pena do pecado. O arrependimento nos leva à cruz. Já a conversão nos leva ao túmulo vazio e ao Cristo ressurreto.
Regeneração ou novo nascimento
O sentido etimológico da palavra regeneração vem do vocábulo grego paliggenesia e significa novo nascimento ou nascer de novo. Refere-se a uma nova criação. Regeneração é uma mudança sobrenatural e instantânea operada pelo Espírito Santo na natureza da pessoa que recebe Jesus Cristo como Salvador.
O apóstolo João descreve a regeneração como novo nascimento, Jo 3: 3-8. Jesus fala que é como passar da morte para a vida, Jo 5: 24. Já o apóstolo Paulo chama de nova criatura, 2Co 5: 17; Gl 6: 15. Regeneração não é uma reforma no ser humano. Essa reforma pertence ao plano humano, a regeneração, ao divino. A reforma é algo ligado ao exterior; já a regeneração é a mudança interior, que vem de dentro. A reforma afeta a conduta, já a regeneração modifica o caráter, Tt 3: 5.
Justificação
A palavra justificação vem do verbo grego dikaioo e significa declarar que uma pessoa é justa, tornar justo. Já o substantivo dikaiósis significa justificação, que é o ato da graça divina pelo qual Deus declara justa a pessoa que põe sua fé em Jesus Cristo como seu salvador. Podemos ilustrar isso com um criminoso que pode até ser perdoado pelo governo e deixa a prisão, porém leva a culpa consigo em sua consciência, mesmo já em liberdade.
Nesse caso, ele foi perdoado, mas não justificado, visto que era culpado do crime pelo qual o levou a prisão. Mas, no caso da pessoa justificada, ela é isentada, não porque não mereça punição, e não pelo fato de já não mais carregar a lembrança de sua culpa, mas porque as exigências da lei divina foram satisfeitas. Outra pessoa tomou o lugar dele e padeceu a execução destinada a ele. A lei não tem mais o que alegar contra ele.
Na justificação, Jesus literalmente assumiu as nossas dívidas e pagou por nós: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso senhor Jesus Cristo”, Rm 5: 1; “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito”, Rm 8: 1; “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz”, Cl 2: 14.
Adoção de Filho
Adoção é o ato da graça de Deus que toma como filhos aqueles que aceitaram a Jesus Cristo, concedendo-lhes os direitos e privilégios de Jesus. A regeneração é uma mudança de nossa natureza. A justificação é uma mudança de nossa situação diante de Deus. A adoção é uma mudança de nossa ordem e posição de mera criatura, para Filho: “Ele nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor”, Cl 1: 13.
João 1: 12-13 afirma: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”. Todo ser humano pode fazer parte da família divina através de Jesus Cristo. É fundamental aceitá-lo como único e suficiente Salvador e Senhor de sua vida. Aqueles que já tomaram essa decisão filhos de Deus.
Concluindo, o cristão é salvo através de Jesus. Uma parte desse processo é o ser humano que tem de executar e a outra a divina. Por isso, é fundamental na vida cristã que tenhamos a certeza de que o nosso lugar na nova Jerusalém está garantido através de graça divina.

HERMENÊUTICA

HERMENÊUTICA

"Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra." (II Tm. 3.16,17)

"Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo." (2 Pd 1.20,21)
"Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição. Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e decaiais da vossa firmeza." (2 Pd 3.16,17)
Introdução
De muitas maneiras os homens se diferem entre si e esse fato, naturalmente, faz com que eles distanciem mentalmente uns dos outros na capacidade intelectual, no gosto estético, na qualidade moral e etc.
Alguns foram instruídos em conhecimentos intelectuais e outros não tiveram estas oportunidades e isto provoca divergências de interpretação.
Apesar destas divergências entre os homens, Deus tem um plano para os mesmos e este está revelado na Bíblia Sagrada.
Este plano de Deus traça um mesmo caminho para reunir uma grande família em Cristo Jesus, com a unificação dos povos sem distinção de cor, raça, sexo, nacionalidades, condições social e econômica. (Gl 3.28; Cl 3.11)
Diante deste quadro a aplicação da hermenêutica será imprescindível a unificação do conhecimento do Plano da Salvação para com todos os homens da terra.
Origem
A palavra HERMENÊUTICA é derivada do termo grego HERMENEUTIKE e o primeiro homem a empregá-la como termo técnico foi o filósofo Platão.
Definição
A hermenêutica é a ciência que estabelece os princípios, leis e métodos de interpretação. Em sua abrangência trata da teoria da interpretação de sinais, símbolos de uma cultura e leis.
Divisão
A divisão da hermenêutica é reconhecida como geral e específica. A geral é aquela que se aplica à interpretação de qualquer obra escrita. A específica é aquela que se aplica a determinados tipos de produção literais tais como: Leis, histórias, profecias, poesias, etc e que será tratada neste estudo por estar dentro do campo de aplicação a literatura sacra – A BÍBLIA como inspirada Palavra de Deus. (II Tm 3.16)
I – A NECESSIDADE DA HERMENÊUTICA
O pecado obscureceu o entendimento do homem e exerce influência perniciosa em sua mente e torna necessário o esforço especial para evitar erros. (II Pd 3.16 e De 7.10)
A aplicação e a conservação do caráter teológico da hermenêutica estão vinculadas ao recolhimento do princípio da inspiração divina da Bíblia Sagrada.
II – DISPOSIÇÕES NECESSÁRIAS PARA O ESTUDO DAS ESCRITURAS
Assim como para apreciar devidamente a poesia se necessita possuir um sentido especial para o belo e poético, e para o estudo da filosofia é necessário um espírito filosófico, assim é da maior importância uma disposição especial para o estudo proveitoso da Sagrada Escritura.

1. Necessita-se de um espírito respeitoso.
Um filho que não respeita, que caso fará dos conselhos, avisos e palavras de seu pai? A Bíblia é a revelação do Onipotente. "O homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito, e que treme da minha palavra." (Is 66.2)

2. Necessita-se de um espírito dócil.
Isto significa ausência de obstinação e teimosia diante da revelação divina. É preciso receber a Palavra de Deus com mansidão. (Tg 1.21)

3. Necessita-se de um espírito amante da verdade.
Um coração desejoso de conhecer a verdade (Jo 3.19-21)

4. Necessita-se de um espírito paciente.
Como o garimpeiro que cava e revolve a terra, buscando com diligência o metal precioso, da mesma maneira o estudioso das Escrituras deve pacientemente, buscar as revelações que Deus propôs e que em algumas partes é bastante profunda e de difícil interpretação.

5. Necessita-se de um espírito prudente.
Iniciando a leitura pelo mais simples e prosseguir para o mais difícil. "Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus... e ser-lhe-á concedida." (Tg 1.5)
III – MÉTODOS DA HERMENÊUTICA
Método é a maneira ordenada de fazer alguma coisa. É um procedimento seguido passo a passo com o objetivo de alcançar um resultado.
Durante séculos os eruditos religiosos procuraram todos os métodos possíveis para desvendar os tesouros da Bíblia e arquitetar meios de descobrir os seus segredos.

1. Método Analítico
É o método utilizado nos estudos pormenorizados com anotações de detalhes, por insignificantes que pareçam com a finalidade de descrevê-los e estudá-los em todas as suas formas. Os passos básicos deste método são:
a) Observação – É o passo que nos leva a extrair do texto o que realmente descreve os fatos, levando também em conta a importância das declarações e o contexto;
b) Interpretação – É o passo que nos leva a buscar a explicação e o significado (tanto para o autor quanto para o leitor) para entender a mensagem central do texto lido. A interpretação deverá ser conduzida dentro do contexto textual e histórico com oração e dependência total do Espírito Santo, analisando o significado das palavras e frases chaves, avaliando os fatos, investigando os pontos difíceis ou incertos, resumindo a mensagem do autor a seus leitores originais e fazer a contextualização (trazer a mensagem a nossa época ou ao nosso contexto);
c) Correlação – É o passo que nos leva a comparar narrativas ou mensagem de um fato escrito por vários autores, em épocas distintas em que cada um narra o fato, em ângulos não coincidentes como por exemplo a mesma narrativa descrita em Mc 10.46 e Lc 18.35, onde o primeiro descreve "saindo de Jericó" e o segundo "chegando em Jericó";
d) Aplicação – É o passo que nos leva a buscar mudanças de atitudes e de ações em função da verdade descoberta. É a resposta através da ação prática daquilo que se aprendeu.
Um exemplo de aplicação é o de pedir perdão e reconciliar-se com alguém ou mesmo o de adoração à Deus.

2. Método Sintético.
É o método utilizado nos estudos que abordam cada livro como uma unidade inteira e procura o seu sentido como um todo, de forma global. Neste caso determina-se as ênfases principais do livro ou seja, as palavras repetidas em todo o livro, mesmo em sinônimo e com isto a palavra-chave desenvolve o tema do livro estudado. Outra maneira de determinar a ênfase ou característica de um livro é observar o espaço dedicado a certo assunto. Como por exemplo, o capítulo 11 da Epístola aos Hebreus enfatiza a fé e em todos os demais capítulos ela enfatiza a palavra SUPERIOR. (De acordo com a versão Almeida Revista e Atualizada – ARA).

SUPERIOR:
a) Aos anjos – 1.4; f) Ao sacrifício – 9.23; l) Ao sacerdócio – 5 a 7;
b) A aliança – 7.22; g) Ao patrimônio – 10.34;
c) A bênção – 7.7.; h) A ressurreição – 11.35;
d) A esperança – 7.19; i) A pátria – 11.16;
e) A promessa – 8.6; j) A Moisés – 3.1 a 4;

3. Método Temático
É o método utilizado para estudar um livro com um assunto específico, ou seja, no estudo do livro terá um tema específico definido. Como exemplo temos a FÉ:

a) Salvadora – Ef. 2.8; d) Grande – Mt 15.21 a 28;
b) Comum – Tt 1.4; Jd 3; e) Vencedora – I Jo 5.4;
c) Pequena – Mt 14.28 a 31; f) Crescente – II Ts 1.3.

4. Método Biográfico de Estudo da Bíblia
Esta espécie de estudo bíblico é divertida, pois você tem a oportunidade de sondar o caráter das pessoas que o Espírito Santo colocou na Bíblia, e de aprender de suas vidas. Paulo, escrevendo aos Coríntios, disse: "Estas cousas lhes sobrevieram como exemplo, e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado." (I Cor. 10.11)
Sobre alguns personagens bíblicos muito foi escrito. Quando você estuda pessoas como Jesus, Abraão e Moisés, pode precisar restringir o estudo a áreas como, "A vida de Jesus como nos é revelada no Evangelho de João", "Moisés durante o Êxodo", ou "Que diz o Novo Testamento sobre Abraão". Lute sempre para manter os seus estudos bíblicos em tamanho manejável.

b. Estudo Biográfico Básico.
PASSO UM – Escolha a pessoa que você quer estudar e estabeleça os limites do estudo (por exemplo, "Vida de Davi, antes de tornar-se rei"). Usando uma concordância ou um índice enciclopédico, localize as referências que têm relação com a pessoa do estudo. Leia-as várias vezes e faça resumo de cada uma delas.
1) – Observações – Anote todo e qualquer pormenor que notar sobre essa pessoa. Quem era? O que fazia? Onde morava? Quando viveu? Por que fez o que fez? Como levou a efeito? Anote minúcias sobre ela e seu caráter.
2) – Dificuldades – Escreva o que você não entende acerca dessa pessoa e de acontecimentos de sua vida.
3) – Aplicações possíveis – Anote várias destas durante o transcurso do seu estudo, e escreva um "A" na margem. Ao concluir o seu estudo, você voltará a estas aplicações possíveis e escolherá aquela que o Espírito Santo destacar.
PASSO DOIS – Com divisão em parágrafos, escreva um breve esboço da vida da pessoa. Inclua os acontecimentos e características importantes, declarando os fatos, sem interpretação. Quando possível, mantenha o material em ordem cronológica.

b) Estudo Biográfico Avançado.
Os seguintes passos podem ser acrescentados quando você achar que o ajudarão em seus estudos biográficos. São facultativos e só devem ser incluídos progressivamente, à medida que você ganhe confiança e prática.
Trace o fundo histórico da pessoa. Use um dicionário bíblico para ampliar este passo somente quando necessário. As seguintes perguntas haverão de estimular o seu pensamento.
1) – Quando viveu a pessoa? Quais eram as condições políticas, sociais, religiosas e econômicas da sua época?
2) – Onde a pessoa nasceu? Quem foram seus pais? Houve alguma coisa de incomum em torno do seu nascimento e da sua infância?
3) – Qual a sua vocação? Era mestre, agricultor, ou tinha alguma outra ocupação? Isto influenciou o seu ministério posterior? Como?
4) – Quem foi seu cônjuge? Tiveram filhos? Como eram eles? Ajudaram ou estorvaram a sua vida e o seu ministério?
5) – Faça um gráfico das viagens da pessoa. Aonde ela foi? Por que? Que fez?
6) – Como a pessoa morreu? Houve alguma coisa extraordinária em sua vida?

5. Método de Estudo Indutivo.
a) O método indutivo se baseia na convicção de que o Espírito Santo ilumina a quem examina as escrituras com sinceridade, e que a maior parte da Bíblia não é tão complicada que quem saiba ler não possa entendê-la. Os Judeus da Bereia foram elogiados por examinarem cada dia as escrituras "se estas coisas eram assim". (At 17.10,11)
b) É óbvio que obras literárias tem "partes" que se formam no "todo". Existe uma ordem crescente de partes, de unidades simples e complexas, até se formarem na obra completa.
c) A unidade literária menor, que o Estudo Bíblico Indutivo (EBI) emprega, é a palavra. Organizam-se palavras em frases, frases em períodos, períodos em parágrafos, parágrafos em seções, seções em divisões, e por fim, a obra completa.
PALAVRA – Unidade menor;
FRASES – Reunião de palavras que formam um sentido completo;
PERÍODO – Reunião de frases ou orações que formam sentido completo;
PARÁGRAFOS – Um discurso ou capítulo que forma sentido completo, e que usualmente se inicia com mudança de linha.
SEÇÃO – Parte de um todo, divisão ou subdivisão de uma obra, tratado, estudo.
IV – EXEGESE
Exegese é o estudo cuidadoso e sistemático de um texto para comentários, visando o esclarecimento ou interpretação do mesmo. É o estudo objetivando subsidiar o passo da interpretação do método analítico da hermenêutica. Este estudo é desenvolvido sob as indagações de um contexto histórico e literário.

1. Pré-requisitos para uma boa exegese.
a) Tenha uma vida afinada com o Espírito Santo, pois Ele é o melhor interprete da Bíblia – (Jo 16.13; 14.26; I Cor 2.9 e 10; I Jo 2.20 e 27);
b) Vá você mesmo diretamente ao texto não permitindo que alguém pense por você, evitando assim a dependência de outra pessoa para que você desenvolva ao máximo o seu potencial próprio.
c) Procure o significado de cada palavra dentro do seu contexto. Deve ser tomado conforme o sentido da frase nas Escrituras, porque as palavras variam muito em suas significações.

2. Aplicação da exegese.
A aplicação da exegese é realizada a partir das indagações básicas sobre o contexto e o conteúdo do texto em exame.
a) Texto – O capítulo, parágrafo ou porção bíblica que encerra uma idéia completa, que se pretende estudar. Ex.: Mateus 5.1-12; I Coríntios 11.1-3; João 14,6, etc.
b) Contexto – A parte que antecede o texto e a parte que é precedida pelo texto. Ex.: Texto João 14.6, Contexto Gênesis 1.1 a João 14.5 e João 14.7 a Apocalipse 22.21.
Obs.: As vezes tomando-se o contexto próximo do texto, é o suficiente para uma interpretação correta. Outras vezes será necessário lançar mão do capítulo inteiro, ou do livro inteiro, ou ainda da Bíblia toda.
V – REGRAS FUNDAMENTAIS DE INTERPRETAÇÃO
Não devemos nos esquecer que a primeira pessoa a interpretar as Escrituras, de forma distorcida, foi o diabo. Ele deu à palavra divina um sentido que ela não tinha, falseando astutamente a verdade. (Gn 3.1)
Os seus imitadores, conscientes e inconscientes, têm perpetuado este procedimento enganando à humanidade com falsas interpretações das Escrituras Sagradas.
A maior de todas as regras é: A ESCRITURA É EXPLICADA PELA PRÓPRIA ESCRITURA, ou seja, A BÍBLIA, SUA PRÓPRIA INTERPRETE.

1. Primeira Regra – É preciso, o quanto seja possível, tomar as palavras em seu sentido usual e comum.
Porém, tenha-se sempre presente a verdade de que o sentido usual e comum não eqüivale sempre ao sentido literal.
Exemplo: Gn 6.12 = A palavra CARNE (no sentido usual e comum significa pessoa)
A palavra CARNE (no sentido literal significa tecido muscular)
2. Segunda Regra – É de todo necessário tomar as palavras no sentido que indica o conjunto da frase.
Exemplos: a) FÉ em Gl 1.23 = significa crença, ou seja, doutrina do Evangelho.
FÉ em Rm 14.23 = significa convicção.
b) GRAÇA em Ef 2.8 = significa misericórdia, bondade de Deus.
GRAÇA em At. 14.3 = significa pregação do Evangelho.
c) CARNE em Ef. 2.3 = significa desejos sensuais.
CARNE em I Tm 3.16 = significa forma humana.
CARNE em Gn 6.12 = significa pessoas.
3. Terceira Regra – É necessário tomar as palavras no sentido indicado no contexto, a saber, os versículos que estão antes e os que estão depois do texto que se está estudando.
No contexto achamos expressões, versículos ou exemplos que nos esclarecem e definem o significado da palavra obscura no texto que estamos estudando.
4. Quarta Regra – É preciso levar em consideração o objetivo ou desígnio do livro ou passagem em que ocorrem as palavras ou expressões obscuras.
O objetivo ou desígnio de um livro ou passagem se adquire, sobretudo, lendo-o e estudando-o com atenção e repetidas vezes, tendo em conta em que ocasião e a quais pessoas originalmente foi escrito. Alguns livros da Bíblia já trazem estas informações. Ex.: Provérbios 1.1-4.
5. Quinta Regra – É necessário consultar as passagens paralelas, "explicando cousas espirituais pelas espirituais". (I Cor. 2.13)
Passagens paralelas são as que fazem referência uma à outra, que tem entre si alguma relação, ou tratam de um modo ou outro de um mesmo assunto.
Existe paralelos de palavras, paralelos de idéias e paralelos de ensinos gerais.
a) Paralelos de palavras – Quando lemos um texto e encontramos nele uma palavra duvidosa, recorremos a outro texto que contenha palavra idêntica e assim, entendemos o seu significado. Ex.: "Trago no corpo as marcas de Jesus." (Gl 6.17). Fica mais fácil o seu entendimento quando lemos a passagem paralela: "Trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus (I Cor. 4.10).
b) Paralelos de Idéias – Para conseguir idéia completa e exata do que ensina determinado texto, talvez obscuro ou discutível, consulta-se não somente as palavras paralelas, mas os ensinos, as narrativas e fatos contidos em textos ou passagens que se relacionem com o dito texto obscuro ou discutível. Tais textos ou passagens chamam-se paralelos de idéias.
Ex.: "Sobre esta pedra edificarei a minha igreja". (Mt 16.16) Quem é esta pedra? Se pegarmos em I Pd 2.4, a idéia paralela: "E, chegando-vos para ele, (Jesus) pedra viva..." entenderemos que a pedra é Cristo.
Outro exemplo: Em Gl 6.15, o que é de valor para Cristo é a nova criatura. Que significa esta expressão figurada? Consultando o paralelo de 2 Cor. 5.17, verificamos que a nova criatura é a pessoa que "esta em Cristo", para a qual "as cousas antigas passaram", e "se fizeram novas".
c) Paralelos de ensinos gerais – Para a correta interpretação de determinadas passagens não são suficientes os paralelos de palavras e de idéias, é preciso recorrer ao teor geral, ou seja, aos ensinos gerais das Escrituras.
Exemplos: - O ensino de que "o homem é justificado pela fé sem as obras da lei", só será bem compreendido, com a ajuda dos ensinos gerais na Bíblia toda.
- Segundo o teor ou ensino geral das Escrituras, Deus é um espírito onipotente, puríssimo, santíssimo, conhecedor de todas as cousas e em todas as partes presente. Porém há textos que, aparentemente, nos apresentam um Deus como o ser humano, limitando-o a tempo ou lugar, diminuindo em algum sentido sua pureza ou santidade, seu poder ou sabedoria; tais textos devem ser interpretados à luz dos ensinos gerais das Escrituras.
VI – FIGURAS DE RETÓRICA
Exporemos em seguida uma série de figuras com seus correspondentes exemplos, que precisam ser estudados detidamente e repetidas vezes.
1. Metáfora.
Esta figura tem por base alguma semelhança entre dois objetos ou fatos, caracterizando-se um com o que é próprio do outro.
Exemplo: Ao dizer Jesus: "Eu Sou a Videira Verdadeira", Jesus se caracterizou com o que é próprio e essencial da videira (pé de uva); e ao dizer aos discípulos: "Vós sois as varas", caracterizou-os com o que é próprio das varas.
Outros exemplos: "Eu Sou o Caminho", "Eu Sou o Pão Vivo", "Judá é Leãozinho", "Tu és minha Rocha", etc.
2. Sinédoque.
Faz-se uso desta figura quando se toma a parte pelo todo ou o todo pela parte, o plural pelo singular, o gênero pela espécie, ou vice-versa.
Exemplos: Toma a parte pelo todo: "Minha carne repousará segura", em vez de dizer: meu corpo. (Sl 16.9)
Toma o todo pela parte: "...beberdes o cálice", em lugar de dizer: do cálice, ou seja, parte do que há no cálice.
3. Metonímia.
Emprega-se esta figura quando se emprega a causa pelo efeito, ou o sinal ou símbolo pela realidade que indica o símbolo.
Exemplos: Jesus emprega a causa pelo efeito: "Eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos", em lugar de dizer que têm os escritos de Moisés e dos profetas. (Lc 16.29)
Jesus emprega o símbolo pela realidade que o mesmo indica: "Se eu não te lavar, não tem parte comigo." Lavar é o símbolo da regeneração.
4. Prosopopéia.
Esta figura é usada quando se personificam as cousas inanimadas, atribuindo-se-lhes os feitos e ações das pessoas.
Exemplos: "Onde está, ó morte, o teu aguilhão?" (I Cor 15.55) Paulo trata a morte como se fosse uma pessoa.
"Os montes e os outeiros romperão em cânticos diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas." (Is 55.12)
"Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram. Da terra brota a verdade, dos céus a justiça baixa o seu olhar." (Sl 85.10,11)
5. Ironia.
Faz-se uso desta figura quando se expressa o contrário do que se quer dizer, porém sempre de tal modo que se faz ressaltar o sentido verdadeiro.
Exemplo: "Clamai em altas vozes... e despertará." Elias dá a entender que chamar por Baal é completamente inútil. (1 Rs 18.27)
6. Hipérbole.
É a figura pela qual se representa uma cousa como muito maior ou menor do que em realidade é, para apresentá-la viva à imaginação. É um exagero.
Exemplos: "Vimos ali gigantes... e éramos aos nossos próprios olhos como gafanhotos... as cidades são grandes e fortificadas até aos céus." (Num. 13.33)
"Nem no mundo inteiro caberiam os livros que seria, escritos". (Jo. 21.25)
"Rios de águas correm dos meus olhos, porque não guardam a tua lei". (Sl 119.136)
7. Alegoria.
É uma figura retórica que geralmente consta de várias metáforas unidas, representando cada uma delas realidades correspondentes.
Exemplo: "Eu Sou o Pão Vivo que desceu do céu, se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo, é a minha carne... Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna", etc. Esta alegoria tem sua interpretação nesta mesma passagem das Escrituras. (Jo 6.51-65)
8. Fábula.
É uma alegoria histórica, na qual um fato ou alguma circunstância se expõe em forma de narração mediante a personificação de cousas ou de animais.
Exemplo: "O cardo que está no Líbano, mandou dizer ao cedro que lá está: Dá tua filha por mulher a meu filho; mas os animais do campo, que estavam no Líbano, passaram e pisaram o cardo." (2 Rs 14.9) Com esta fábula Jeoás, rei de Israel, responde a proposta de guerra feita por Amazias, rei de Judá.
9. Enigma.
Exemplo: "Do comedor saiu comida e do forte saiu doçura." (Jz 14.14)
10. Tipo.
Exemplos: A serpente de metal levantada no deserto foi mencionada por Jesus como um tipo para representar sua morte na cruz. (Jo 3.14)
Jonas no ventre do grande peixe, foi usado como tipo por Jesus para representar a sua morte e ressurreição. (Mt 12.40)
O primeiro Adão é um tipo para Cristo o último Adão. (I Cor 15.45)
11. Símbolo.
Representa alguma cousa ou algum fato por meio de outra cousa ou fato familiar que se considera a propósito para servir de semelhança ou representação.
Exemplos: Representa-se: A majestade pelo leão, a força pelo cavalo, a astúcia pela serpente, o corpo de Cristo pelo pão, o sangue de Cristo pelo cálice, etc.
12. Parábola.
Apresentada sob a forma de narração, relatando fatos naturais ou acontecimentos possíveis, sempre com o objetivo de ilustrar uma ou várias verdades importantes.
Exemplos: O Semeador (Mt 13.3-8); Ovelha perdida, dracma perdida e filho pródigo (Lc. 15), etc.
13. Símile.
Procede da palavra latina "similis" que significa semelhante ou parecido a outro. É uma analogia. Comparação de cousas semelhantes.
Exemplos: "Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim (do mesmo modo) é grande a sua misericórdia para com os que o temem". (Sl 103.11);
"Como o pai se compadece de seus filhos, assim (do mesmo modo) o Senhor se compadece dos que o temem". (Sl 103.13)
14. Interrogação.
Somente quando a pergunta encerra uma conclusão evidente é que é uma figura literária.
"Interrogação é uma figura pela qual o orador se dirige ao seu interlocutor, ou adversário, ou ao público, em tom de pergunta, sabendo de antemão que ninguém vai responder."
Exemplos: "Não fará justiça o Juiz de toda a terra?" (Gn 18.25)
"Não são todos eles espíritos ministradores enviados para serviço, a favor dos que hão de herdar a salvação?" (Hb 1.14)
"Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus?" (Rm 8.33)
"Com um beijo trais o Filho do homem?" (Lc 22.48)
15. Apóstrofe.
O vocábulo indica que o orador se volve de seus ouvintes imediatos para dirigir-se a uma pessoa ou cousa ausente ou imaginária.
Exemplos: "Ah, Espada do Senhor, até quando deixarás de repousar?" (Jr 47.6)
"Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão!" (2 Sm 18.33).
16. Antítese.
"Inclusão, na mesma frase, de duas palavras, ou dois pensamentos, que fazem contraste um com o outro."
Exemplos: "Vê que proponho hoje a vida e o bem, a morte e o mal." (Dt 30.15)
"Entrai pela porta estreita (larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz a perdição e são muitos os que entram por ela) porque estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela." (Mt 7.13,14)
17. Provérbio.
Trata-se de um ditado comum. Exemplos: "Médico cura-te a ti mesmo" (Lc 4.23); "Nenhum profeta é bem recebido em sua própria terra." (Mt 6.4; Mt 13.57)
18. Paradoxo.
Denomina-se paradoxo a uma preposição ou declaração oposta à opinião comum.
Exemplos: "Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos". (Mt 8.22)
"Coais o mosquito e engolis o camelo". (Mt 23.24)
" Porque quando sou fraco, então é que sou forte". (2 Cor 12.10)
Conclusão.
O que temos estudado aqui é apenas subsídios para uma interpretação mais segura. De maneira nenhuma queremos com isto substituir o método mais antigo e eficaz que existe: A leitura humilde regada de oração, jejum, e na total dependência do maior interprete das Escrituras Sagradas – O Espírito Santo.