quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Estudo Bíblico A Ascensão do Anticristo


As características e os objetivos do Anticristo à luz da Bíblia INTRODUÇÃO Sua influência é detectada em todas as camadas sociais. Da política aos negócios domésticos, imiscui-se em tudo e intromete-se em todas as coisas. Promove a iniquidade. Espalha a injustiça. Semeia a apostasia. Assim, de iniquidade em iniquidade, vai sedimentando o caminho da antiga serpente. Tão logo a Igreja seja arrebata, haverá de manifestar-se ao mundo. E, sob a eficácia de Satanás, governará absoluta, mas temporariamente, todos os povos e nações. Talvez ele já esteja entre nós. Cabe-nos, todavia, barrar-lhe o avanço. Não somos o sal da terra? Não temos as propriedades da luz? Então, estejamos preparados para enfrentar o cruel e impiedoso adversário. Mas, para que sejamos eficazes nessa batalha, é necessário conhecermos o preposto-maior do deus deste século. I. O ANTICRISTO, O REPRESENTANTE OFICIAL DO DIABO O Anticristo não é uma figura mitológica. É um personagem bem real prestes a manifestar-se. Observemos como a Bíblia o descreve. Primeiro, buscaremos uma definição etimológica; depois, a teológica. 1. Definição etimológica. Procedente do grego, a palavra Anticristo significa aquele que é contra Cristo ou se põe em lugar de Cristo. 2. Definição teológica. O Anticristo é a mais completa personificação de Satanás e o seu mais autorizado representante. É o ditador que assumirá o comando do mundo após o arrebatamento da Igreja. II. OBJETIVOS DO ANTICRISTO Os dois principais objetivos do Anticristo será: 1. Levantar-se contra o Cristo de Deus. Já que o mundo, recusando-se a crer em Cristo como o salvador e redentor da raça humana, predispôs-se a dar crédito ao maligno, este não terá dificuldades em arrastar milhões de almas ao engano e à mentira. Seu principal objetivo é opor-se formal e sistematicamente contra o Senhor Jesus Cristo. 2. Colocar-se em lugar de Cristo. Por-se-á ele “em lugar de Cristo, como se fora o messias que havia de libertar Israel e salvar a humanidade (Jo 5.43; 2 Ts 2.4). Aliás, é exatamente o que significa o prefixo grego anti: contra e em lugar de” (Dicionário de Profecia Bíblica – Edições CPAD). Portanto, o Anticristo fingirá ser o salvador dos gentios e o messias dos judeus. Ele será tão convincente que logrará enganar ambos os povos. III. AS CARACTERÍSTICAS DO ANTICRISTO Conforme João no-lo descreve, estas são as características do Anticristo: 1. Surgirá de entre as nações. À semelhança dos ditadores e demagogos, o Anticristo surgirá dentre as multidões, utilizando magistralmente as ferramentas do populismo: mentira, engano, corrupção, violência. Ele não terá muito trabalho em seu intento, porque os incrédulos, distanciados da verdade, serão presas fáceis ao pai da mentira: “É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira, a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça” (2Ts 2.12.13). 2. Terá uma estrutura de sustentação governamental e política. De acordo com a narrativa de João, esta será a plataforma de governo do Anticristo: “Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia” (Ap 13.1). De que forma podemos interpretar esses símbolos? O dez chifres referem-se a igual número de reis, ou mandatários, que estarão no comando das antigas províncias do Império Romano. Não importa se a União Européia, hoje, seja formada por mais de dez países. Em sua conformação original, Portugal e Espanha, por exemplo, constituíam uma única província. Sobre os dez reis estará um conselho de sete superexecutivos que, arrogante e blasfemamente, ditarão as normas do Neo Império Romano (Dn cap. 2). Será um sistema de controle governamental e administrativo tão perfeito, que estará apto a resistir qualquer tentativa de rebelião. No governo do Anticristo, todos serão vigiados por todos. O Estado será irresistível. 3. A índole do governo do Anticristo. Se o Império Romano já era considerado um terrível e espantoso animal em sua primeira fase (Dn 7.7), na segunda haverá de ser indescritível em seu poder e maldade. Levantar-se-á como uma síntese das maldades da Babilônia, Pérsia e Grécia. Eis como João o descreve: “A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso e boca como de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade” (Ap 13.2). De acordo com esse texto, sempre em ressonância com o profeta Daniel, tracemos um perfil do império do Anticristo: à semelhança do leopardo (a Grécia), conquistará o mundo, a partir da Europa, em tempo recorde; imitando o urso (a Pérsia), esmagará os opositores e quantos não lhe aceitarem o mando; e, tal como o leão (a Babilônia), abrirá a boca a fim de, orgulhosamente, zombar e blasfemar de Deus. O império do Anticristo será a soma de todos os sistemas malignos que já governaram este mundo. IV. A ADORAÇÃO DO DEMÔNIO João também viu que um dos primeiros executivos do Anticristo foi mortalmente ferido. Sua chaga, porém, foi logo curada, levando a humanidade ao delírio (Ap 13.3). Pelo texto sagrado, depreendemos que tanto o ferimento como a cura não passarão de uma bem urdida farsa, cujo objetivo é: 1. Fomentar a adoração de Satanás. Isso significa que todos os que aceitarem o governo do Anticristo predispor-se-ão a adorar o Diabo como se este fosse mais poderoso que Deus (Ap 13.4). Se hoje não são poucos os que adoram o dragão, o que dizer naquele período que, embora curto, será marcado pelo signo do mal? O Diabo não será mais cultuado nos ídolos de barro, pedra e metais; será adorado como o dragão – o próprio Satanás. 2. Incentivar a adoração da besta. Ao mesmo tempo, o pseudo milagre acima descrito levará os habitantes da terra a adorar a besta: “Adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?” (Ap 13.4). Se ditadores como Hitler e Stalin eram divinamente incensados, a besta será louvada como se fora uma divindade única. Será um culto tão singular, que as honras prestadas aos imperadores romanos parecerá um simples jogral. 3. O discurso da arrogância. Solidificado já no governo do mundo, a besta revelará a sua verdadeira índole. Em discursos bem trabalhados, ofenderá e blasfemará o nome de Deus e escarnecerá dos que habitam no céu: Jesus Cristo, os santos anjos e a Igreja que, nesse período, estará nas bodas do Cordeiro (Ap 13.5). Os pronunciamentos de Hitler parecerão resmungos de crianças diante das falas do homem do pecado e do filho da perdição (2Ts 2.3). 4. O tempo de seu governo. O Anticristo reinará por um período de quarenta e dois meses, ou três anos e meio, ou ainda mil duzentos e sessenta dias (Ap 13.5). Nesse período, todos, inclusive Israel, hão de pensar que ele é, de fato, o messias prometido. Findo esse tempo, conforme lemos em Daniel 9.27, ele romperá o acordo que firmara com Israel, e passará a persegui-lo. É exatamente aí que terá início a Grande Tribulação: “Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão” (1Ts 5.3). Tardiamente, a humanidade apóstata e caída da graça de Deus perceberá o quanto foi enganada pelo filho da perdição. Mas será tarde demais, porque o Senhor despejará sobre a besta e seus adoradores todos os cálices de sua ira. V. A GUERRA CONTRA OS SANTOS 1. A guerra contra os santos. A besta, inspirada pelo dragão, além de blasfemar de Deus, voltar-se-á contra os que, embora não hajam tomado parte no arrebatamento da Igreja, não lhe aceitarão a plataforma de governo nem o sinal do seu domínio (Ap 13.7,8). Não será uma mera perseguição religiosa; será uma guerra sistemática e cruel, visando eliminá-los da face da terra. 2. O domínio universal do Anticristo. A perseguição cruel e singular contra os cristãos levará o mundo todo a submeter-se ao mando da besta. A essas alturas, os filhos dos homens estarão completamente embriagados pela eloqüência, falsidade e engano da besta que subiu do mar. CONCLUSÃO Os santos, no período do Anticristo, conhecido também como a 70ª Semana de Daniel, sofrerão dois tipos de insuportáveis provações: o cativeiro e a morte à espada (Ap 13.10). Apesar de todo esse terrível sofrimento, eles hão de perseverar até o fim, porque o Senhor, através do Espírito Santo, os estará amparando e consolando-os até que venham a ser recebidos pelo Cordeiro de Deus. Estamos nós perseverando em santidade e vigilância? João, ao descrever a paciência e bravura espiritual dos mártires da Grande Tribulação, é claro: “Aqui está a perseverança e a fidelidade dos santos”. Não fomos também santificados pelo Senhor? Então perseveremos até a volta do Senhor Jesus. | Autor: Pr Claudionor de Andrade

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