1. ORGANIZAÇÃO POLÍTICA
Estado de Israel ( Medinat Yisrarael ) , criado em 1948 , é uma democracia parlamentar. Não existe , até o presente momento, Constituição escrita . Um determinado número de Atos do Parlamento, aprovados em 1958, formam a base da legislatura do País e , em data ainda a ser decidida , referidos Atos deverão ser transformados na Constituição.
chefe do Estado é o Presidente , eleito a cada 5 anos pelo Parlamento, podendo ser reeleito, sendo o responsável pela representação e obrigações oficiais formais. O Presidente nomeia os Embaixadores, Juizes e o Pagador Geral do Estado. Também indica o Controlador do Estado ao Parlamento que, uma vez aprovado, só é responsável perante o mesmo. Entre as suas responsabilidades está a supervisão de todos os organismos do País.
O Parlamento Israelita ( knesset ) consiste de 120 membros eleitos na base da representação proporcional para servir por um período de quatro anos. O knesset é a autoridade suprema no País e age como Legislativo. As leis são usualmente elaboradas pelo Gabinete, podendo também ser apresentadas por membros individuais dos partidos políticos.
O Governo é dirigido por um membro do Parlamento, a pedido do Presidente. E constituído de um Primeiro Ministro e seu Ministério, atuando como Executivo. Todos os membros do governo são responsáveis perante o Parlamento e dependem de sua confiança para governar.
David Bem Gurion foi o primeiro Ministro de Israel. Atualmente, o cargo é exercido por Yitzhak Shamir.
Israel é uma democracia baseada num sistema pluripartidário, que reflete a multiplicidade étnica, cultural e ideológica da sociedade israelita. Como até o presente momento nenhum partido conseguiu maioria absoluta, cada governo depende da formação de coalizões.
Desde a fundação do Estado de Israel, os pequenos partidos religiosos retém, o balanço do poder: dois dos partidos religiosos israelitas – Agudas Israel e Poalei Agudas Israel – são contra a elaboração de uma constituição escrita, lutando pelo estabelecimento de uma Teocracia , com a legislação totalmente de responsabilidade dos Rabinos.
Os dois maiores partidos são o Likud ( nacionalista ) e o bloco socialista ( que inclui o Mapai e o Mapan ) . A esquerda do bloco socialista está o Partido Comunista Israelita , que defende a causa dos refugiados Palestinos, e o Novo Partido Comunista , que influenciado por Moscou .
O governo atual consisti de uma coalizão direitista formadas desde 1977 , quando o Likud assumiu o poder .
As Cortes Israelitas são independentes. A Suprema Corte é a mais importante no Judiciário. Cada grupo religioso possui sua própria jurisdição em matérias relacionadas com litígios pessoais .
A Lei do Retorno , aprovada em 1950 , dá a todos Judeus o direito de retornar a Israel e tornar-se cidadãos Israelitas. Entretanto , o Ministro do Interior está autorizado a negar este direito a pessoas com criminal ou aquele cujas presenças possam constituir em perigo para a saúde pública ou a segurança .
Para finalidades administrativas o Pais está dividido em Seis Distritos. A Jordânia Ocidental ( Cisjordânia ) e a Faixa de Gaza , ocupadas por Israel desde 1967, estão sob administração militar . As Colinas de Golan , também capturadas em 1967, foram anexadas por Israel em 1981. Abaixo , apresentam-se alguns dados sabre a divisão administrativa de Israel .
2. A RELIGIÃO JUDAICA COMO FATOR DE UNIDADE NACIONAL .
O Estado de Israel está situado no Oriente Médio , numa área que é santificada pelas três grandes religiões monoteístas – Cristianismo , Islamismo e Judaísmo .
O Judaísmo e o Cristianismo nasceram em terras do hoje Estado de Israel . Jerusalém , onde acredita-se que Maomé tenha subido aos Céus , é considerada pelos Muçulmanos o lugar mais santos depois de Meca e de Medina .
O Estado de Israel garante a liberdade de prática para os membros de todas as religiões ( Judeus , Cristãos , Muçulmanos , Drusos , Bahia , entre outros ) .
Os Judeus , com 85,2% da população constituem o maior grupo religioso. O Rabinato Chefe é a suprema autoridade religiosa judaica, sendo formado pelos Rabinos chefes Ashkenazi e Sephardi, assim como pelos membros das Supremas Cortes Rabínicas.
Israel tem Cortes Civil e Religiosa. A Suprema Corte, com sede em Jerusalém, é a mais importante no País. Entretanto, em matéria de casamento e divórcio, os habitantes Judaicos de Israel estão sujeitos às Cortes Rabínicas.
Os dois livros sagrados dos Judeus são o Torá (os cinco livros de Moisés – “Pentateuco”) e o Talmude , que consiste do Mishna[1][1] e do Gemara . O Sabbath é dia de repouso, começando ao por do sol de sexta-feira e terminando ao por do sol de Sábado.
O lugar mais sagrado e o mais importante local de preces é o Muro das Lamentações, em Jerusalém, constituído por parte do Templo construído por Salomão e destruído no ano 70 d.C . pelos Romanos.
Em adição aos Judeus Ortodoxos, representados pelo Rabinato Chefe, existem os conservadores e os Liberais ou Reformistas. Existe também o grupo Ultra Ortodoxo ( os Judeus Hassidim), que vivem em Mea Shearim , um subúrbio de Jerusalém. Este grupo mantém as mesmas características de vida praticada nos guetos Judeus da Polônia, no século XIV.
3. OUTRAS RELIGIÕES PROFESSADAS EM ISRAEL
Os Caraíbas (Karaim) – grupo formado no século VIII a.C. por Anan Ben David, na Pérsia. Seus seguidores reconhecem as Leis de Moisés, porém não aceitam o Rabinato. Atualmente os Caraíbas somam cerca de 11.000 adeptos, metade dos quais séculos dos quais vivem em Israel, principalmente nas vizinhanças de Ramla.
Os Samaritanos – Constituem um pequeno grupo cujo solo sagrado é o Monte Gerezim, perto de Nablus. Os Samaritanos se separaram do resto dos Judeus após a escravidão babilônica. Seus escritos sagrados são os cinco livros sagrados de Moisés e o livro de Josué, do Antigo Testamento.
Os Muçulmanos (Islã) – a maior parte dos Árabes que vivem em Israel são Sunitas. Jerusalém, depois de Meca e de Medina, é o local mais sagrado para o islã. Em Jerusalém estão localizadas as Mesquitas El Aqsa e o Dome of the Rock, local onde os muçulmanos acreditam que Maomé subiu aos céus montado no seu cavalo Al Burak. O livro canônico dos muçulmanos é o Al Koran ( Alcorão ou Corão ) dividido em 114 suratas (capítulos), sendo venerado como uma revelação de Alá ao “Profeta Maomé” (571-632 d.C). O Al Koran é acompanhado de dois outros livros, o Hadith e o Sunna. Os muçulmanos reconhecem os livros sagrados Cristãos e Judeus como preparatórios para a revelação final, bem como os profetas das duas religiões monoteístas. Jesus Cristo é considerado pelos Muçulmanos como o maior profeta depois de Maomé. As cinco obrigações de todos os seguidores do Islã são: acreditar em Alá como sendo o único deus; orar 5 vezes ao dia orientado na direção de Meca; dar esmolas; observar o jejum do Ramadan; e fazer durante sua vida, pelo menos uma peregrinação a Meca. O dia de repouso semanal dos muçulmanos é a sexta-feira. O Kadís (juizes de jurisdição religiosa), constituem a liderança dos Muçulmanos em Israel.
O Cristianismo – O Cristianismo em Israel pertencem a várias comunidades religiosas. Os seguidores dos diversos credos se estabeleceram em Israel desde os tempos primitivos do Cristianismo. Outras ramificações surgiram em épocas posteriores, principalmente no ano 451 d.C., após o 4º Concelho Ecumênico, em Chalkedon. As principais comunidades Cristãs em Israel são as seguintes: Igreja Ortodoxa Grega – 451 d.C.; Igreja Copta – 451 d.C.; Igreja Ortodoxa Síria ou Igreja Oriental – 450 d.C.; Igreja Católica Romana – 451 d.C.; Igreja da Etiópia; Igrejas Protestante e Anglicana – representadas em Jerusalém desde o século 19 – 1841.
4. POPULAÇÃO
Após a destruição do Templo pelos romanos no ano 70 d.C. e a vitória sobrre o levante de Bar-Korchba no século II, a população hebraica, no que era então a Palestina diminuiu consideravelmente nos séculos seguintes. No início do século XIX, a população total atingia apenas a 250.000 pessoas. Os Judeus vivendo na Diáspora, se tornaram frequentemente uma minoria perseguida nos países onde se fixaram. Após 1870, os Judeus começaram a retornar para áreas abandonadas da Palestina, longe das cidades. De 1882 até 1948, quando o Estado de Israel foi restaurado, diversas imigrações (Aliyan) causaram um aumento considerável da participação de Judeus na população de Israel.
A população do país aumentou de 878.000 em 1940, para 1.174.000, em 1949 e 2.032.000 em 1958. Em 1979, existiam 3.135.000 Judeus e cerca de 595.000 Árabes, em 1982, a população total, incluindo aqueles vivendo em Jerusalém Oriental e nas zonas administrativas por Israel, atingia um pouco mais de 4 milhões de pessoas – vale salientar que esta numerologia corresponde a população habitacional de Israel. Os imigrantes na Europa se classificam em dois grandes grupos:
Os Ashkenazim – que emigraram da Europa Central e Oriental, e da América. Falam Yiddish, uma língua originária do Alemão medieval.
Os Sephardim – cuja origem é a Espanha (Sepharad, em Hebraico). Quando os Sephardim foram expulsos da Espanha, emigraram para os Países Baixos, a Grécia e a Palestina. Um dos famosos Sephardim foi o Rabino Bem Nachmanides, o fundador do Judaísmo em Jerusalém, e intérprete do Torá.
5. AS LÍNGUAS
As línguas oficiais em Israel são o Ivrit (hebraico moderno) e o arábico. As duas línguas pertencem ao grupo de línguas semíticas, sendo ambas escritas da direita para a esquerda. Entretanto, os caracteres são bastante diferentes.
Hebraico Moderno
Ivrit (Iwrith, Iwrit) está baseado no Hebraico do Antigo Testamento, diferindo consideravelmente. O alfabeto Hebraico tem 22 letras. As palavras hebraicas consistem de uma estrutura mais ou menos fixa de consoantes, com as vogais podendo varias. O Hebraico escrito originalmente estava restrito às consoantes, com as vogais podendo variar. O Hebraico escrito originariamente estava restrito ás consoantes que davam o significado à palavra. As vogais passaram a ser adotadas em um estágio posterior, sendo escritas sob a consoante as quais elas seguem. Sua validade fonética varia consideravelmente. Cada letra tem um valor numérico (bem como um número). Com o início do movimento Sionista , no século XIX, foi tentado um esforço para eliminar a diferença entre as línguas sagrada e profana. O Hebraico não mais deveria ser restrito a matérias religiosas, devendo se tornar vernacular.
A língua árabe moderna evoluiu do arábico da antiguidade, tendo acompanhado a expansão do Islã através de grande áreas do Sul e Oriental do Mediterrâneo. O arábico é falado em numerosos dialetos. O mais importante desses dialetos é o falado pela população árabe de Israel. Conhecido como Arábico Egípcio. Os números na escrita arábica, são escritos da esquerda para a direita, enquanto que no Hebraico são escritos da direita para a esquerda.
6. A EDUCAÇÃO
Em Israel , a educação é considerada como elevada prioridade, sendo compulsória até a idade de 15 anos. O ensino é gratuito – 57% dos alunos frequentam escolas públicas, 21% atentem a escolas Hebraicas e 22% estudam em escolas de língua Árabe. O nível de ensino difere substancialmente de acordo com a origem dos estudantes. Desde que parte da população de Israel é originada de países subdesenvolvidos e parte dos Estados Unidos e Europa, há um considerável esforço para eliminar as diferenças educacionais entre os dois grupos. O número de alunos de origem Africana e Asiática diminui acentuadamente na passagem do curso primário para o secundário e, principalmente, no nível universitário. O número total de estudantes de nível superior atinge a 60.000, cerca de 20.000 estudantes frequentam escolas Talmúdicas ( Yeschiva ).
7. DEFESA NACIONAL
Uma importante parte do processo educacional em Israel é de responsabilidade das Forças Armadas Israelitas (Zahal ), dentro e fora do campo militar. As medidas incluem educação adicional e estudos universitários para soldados oriundos de classes desprivilegiadas. Nenhum soldado deixa o exército sem completar sua educação básica.
As Forças Armadas Israelitas originaram-se da Haganah, organização de auto-defesa formada no tempo do mandato britânico. Sua mais importante missão é assegurar a independência do Estado de Israel. As Forças Armadas consistem de um pequeno núcleo de oficiais de carreira, oficiais não comissionados e soldados. O serviço militar é compulsório para os Judeus, Drusos e Circassianos ( 36 meses para os homens e 24 mesespara as mulheres). Os Muçulmanos e Cristãos podem ser voluntários. O Exército é formado principalmente por reservistas. Os homens podem ser convocados para o serviço de reserva até a idade de 55 anos e as mulheres sem filhos, até 34 anos. Desta maneira, as forças Armadas Israelitas podem se transformar rapidamente de uma pequena força para uma poderosa força de ataque. O Exército, a Força Aérea e a Marinha são coordenadas por um comando conjunto, chefiado por um Major General.
8. O CALENDÁRIO HEBRAICO
Em Israel são utilizados os Calendários Judaico, Muçulmano e Cristão. A Cronologia Judaica se inicia com a Criação do mundo baseado no ano 3761 a .C. o calendário hebraico está baseado no ano lunar fixo, tendo 353, 354 ou 355 dias. Desde que isto determina o ano lunar menor que o ano solar, cada ciclo de 19 anos contém 7 anos bissextos. Os anos bissextos apresentam um 13º mês de 30 dias, fazendo coincidir o calendário com o ano solar.
Os doze meses do calendário hebraico são os seguintes:
HISTADRUT
Foi o nome dado em 1922 a União Geral dos Trabalhadores, que constitui a maior organização trabalhista de Israel, com sede em Telaviv. Está aberta a membros de todas as profissões, que podem se associar individualmente. Possui mais de um milhão de associados, incluindo árabes e Drusos. Os salários em Israel são indexados ao custo de vida, sendo fixados conjuntamente com as associações de empregados. A Histadrut opera um esquema de seguro de saúde e um fundo de bem-estar, que faz empréstimos a associados em necessidade, administrando também, casas para crianças e pessoas idosas. Promove treinamento vocacional e classes noturnas para adultos, bem como atividades culturais e esportivas para seus associados.
KASHRUT
O conjunto de leis contemplando aspectos de higiene e limpeza é conhecido como Kashrut. Remonta ao tempo de Moisés que, ao compilar as leis, foi governado por considerações sobre higiene e estética e, especialmente, com a intenção de estabelecer os Israelitas a parte dos outros povos.
O Capítulo 12 do 3º livro de Moisés instrui sobre a limpeza das mulheres grávidas e a circuncisão dos recém-nascidos. O Capítulo 18 apresenta as regras para o casamento e a castidade. No Capítulo 19 são consideradas a consagração da vida diária e a observação do Sabbath. No Capítulo 17 do 5º livro de Moisés, a oração para deuses terrestres é proibida e no capítulo 24 encontram-se os conselhos sobre a criação de animais. As leis sobre animais puros e impuros, bem como alimentos, são encontradas no 3º livro de Moisés Cap. 11-17 e no capítulo 14 do 5º livro de Moisés.
Os feriados judaicos são os seguintes:
13 (Fevereiro) - 15 (Shevat) - Tu Bishvat - Dia das Árvores
14 (Março) - 14 (Adar) - Purim - Salvamento dos Judeus do Império Persa
15 (Março) - 15 (Adar) - Shushan Purim - Festa da Sorte
13 - 20 (Abril) - 15 - 21 (22) (Nissan) - Pesach - Páscoa
25 (Abril) - 27 (Nissan) - Yom Hashoá Vehagevurá - Dia à Memória dos Mártires do Holocausto
02 (Maio) - 4 (Iyar) - Yom Hazikarón - Dia à Memória dos Soldados Israelitas Caídos
03 (Maio) - 5 (Iyar) - Yom Haatzmaut - Dia da Independência
16 (Maio) - 18 (Iyar) - Lag B’Omer - Revolta de Bar-Kochbá
26 (Maio) - 28 (Iyar) - Yom Yerushalayim - Dia de Jerusalém
02 - 03 (Junho) - 6 - 7 (Sivan) - Shavuot - Pentecostes
03 (Agosto) - 9 (Av) - Tisha B’Av -" Data da destruição do primeiro e do segundo Templo
23 - 24 (Setembro)- 1- 2 (Tishrei) - Rosh Hashaná - Ano Novo
02 (Outubro) - 10 (Tishrei) - Yom Kipur - Dia do Perdão
07 - 08 (Outubro) - 15 - 16 (Tishrei) - Sukot - Festa dos Tabernáculos
14 - 15 (Outubro) - 22 - 23 (Tishrei) - Shmini Azeret/Simchat Torá - >Alegria da Lei
16 (Dezembro) - 25 (Kislev) - Chanuca - Triunfo dos Judeus
8. AS BASES DA ECONOMIA ISRAELITA
Desde a sua fundação em 1948, a economia de Israel tem enfrentado muitas adversidades. Sendo um país subdesenvolvido, a maior parte de seu povo não tinha treinamento específico, nem recursos, os conflitos com os Árabes e os Palestinos mantendo os custos de defesa muito elevados, havendo uma falta generalizada de poupança. Apesar de todos esses fatores negativos, a economia passou a Ter um desenvolvimento acelerado, motivado principalmente pelo rápido aumento da força de trabalho especializado representada pelos Judeus que retornavam da Diáspora, com o consequente incremento na produtividade, o elevado influxo de capital (incluindo as reparações pagas pela Alemanha Ocidental e os Empréstimos dos Estados Unidos e do Banco Mundial) bem como a taxação pessoal, de grande valor percentual. O Estado de Israel tem empresas privadas, empresas estatais e empresas pertencentes aos sindicatos. Cerca de 63% da força de trabalho estão no setor de serviços, 12% no comércio, 6% na agricultura e o restante, na indústria.
9. A AGRICULTURA
A agricultura israelita está situada entre as mais produtivas do mundo. Em alguns setores como a pecuária leiteira e a avicultura, são os mais avançados.
A história de agricultura israelita tem sido de uma constante luta para superar não somente as incertezas da natureza ou de sua terra árida, mas também de administrar corretamente as variações do mercado mundial de commodities. Apesar de sua pequena área. Israel é uma terra de contrastes. Ao norte, a topografia é acidentada, sendo o clima geralmente ameno, mais agradável que no sul. Os invernos em todo o país são moderados e os verões, longos, secos e quentes. O norte recebe a maior parte da precipitação pluviométrica; entretanto, possui pequena área apta à exploração agrícola. O sul tem abundância de terras cultivadas, porém virtualmente não ocorrem chuvas na região.
A política nacional agrícola é determinada pelo Parlamento (Knesset) e executada pelo Ministério da Agricultura. O Ministério, através de comitês específicos, estabelece as quotas de produção das diversas commodities, determina os preços dos produtos por meio de subsídios, controlando também a comercialização da maior parte da produção agrícola. Por exemplo: o comitê de comercialização de leite estabelece as quotas de produção para cada unidade ou fazenda leiteira de uma operação agrícola integrada. ao mesmo tempo, exerce grande influência na determinação do preço, através de subsídios que, embora drasticamente reduzidos nos últimos anos, se aplicam aos alimentos básicos.
O rebanho bovino de Israel é o melhor e mais produtivo do mundo. A média anual de produção de leite por vaca atinge a 9.500 kg de leite, em 300 dias de lactação.
Avicultura – o setor avícola em Israel está situado entre os mais avançados do mundo. Os israelitas consomem grandes quantidades de carne de frangos e de perus. De fato, Israel apresenta o mais alto consumo per capita de carne de peru do mundo.
Citricultura – Israel é conhecido mundialmente pela qualidade de seus produtos cítricos. A indústria cítrica mundial é extremamente competitiva e sensível às variações climáticas, principalmente a ocorrência de geadas nas regiões produtoras de citros. Vale salientar que Israel é o maior exportador mundial de produtos processados de Grape-fruit.
Algodão – a maior produtividade e a melhor qualidade de fibra mundiais são obtidos pelos cotonicultores de Israel. A chave do sucesso tem sido o uso de sementes de elevado de elevado potencial genético, desenvolvidas para cultivo sob irrigação, assim a adaptação da tecnologia de irrigação por gotejamento para uso nos algodais. A principal empresa produtora de sementes de algodão, com exportações para o Egito, Grécia, Espanha, Estados Unidos, África do Sul, Paraguai e Brasil, e a Hazera seeds Company, cuja sede está estabelecida na cidade de Haifa.
Atualmente, Israel é um sério competitor internacional no que diz respeito a produtos industriais de alta tecnologia, é o berço da tecnologia de irrigação por gotejamento, implantada no Brasil como o Pivô.
10. TURISMO
O turismo vem se tornando uma das maiores indústrias do país. Turistas e peregrinos de todas as partes do mundo tem oportunidades de apreciar os monumentos das civilizações passadas, as fortalezas medievais do tempo dos Cruzados e principalmente, os lugares sagrados da religiões Cristã, Judaica e Muçulmana. O número de turistas vem aumentando anualmente. Israel tem cerca de 400 hotéis, com um total aproximado de 26.000 apartamentos. A Terra Santa recebe por ano uma média de 1,8 milhões de turistas estrangeiros.
Cidades e Locais a Serem Visitados.
Tel Aviv / Jaffa (Yafo, em Árabe) – Estão localizadas no Mediterrâneo. Distam cerca de 65 km a Noroeste de Jerusalém, constituído o maior conglomerado urbano e o mais importante centro comercial de Israel. Tel Aviv é uma cidade moderna. Praticamente as duas cidades estão unidas em um só conjunto, denominado Tel Aviv/Jaffa.
Jerusalém - A cidade de Jerusalém ( Yerushalayim em Hebraico, El-Quds, em Arábico e Hierosolyma, em grego e latim) é a capital de Israel. Como cidade de Davi e Salomão, do lugar da Paixão de Cristo e de onde Maomé (segundo a crença muçulmana) “ascendeu aos céus”. Assim sendo, Jerusalém é uma cidade reverenciada pelos Judeus, Cristãos e Muçulmanos.
No tempo de Abraão, presumivelmente no século 18 a .C., a cidade era chamada de Selém. O rei Melquisedeque recebeu Abraão (Gn 14.18) e, perto do final do segundo milênio antes de Cristo, a cidade passou a pertencer aos Jabusitas, de quem Davi conquistou (2Sm 5.6-10), originando a cidade de Davi e tornando Jerusalém o centro político e religioso do Reino de Israel. Seu filho Salomão construiu um Palácio e um Templo dedicado ao Senhor Jeová (1Rs 6-8). Após sua morte, Jerusalém tornou-se a capital do Reino de Judá.
Sob o reinado do rei Ahaz Nos anos 733- 727 a .C., os deuses Assírios passaram a ser adorados, além do retorno à prática do culto a Baal. Seu filho Ezequias (727- 698 a .C.) purificou o Templo, construiu muros para defesa e um túnel para o abastecimento de água da cidade. Em 628 a .C., o rei Josias fez de Jerusalém o único e legítimo lugar sagrado Israelita (2Rs. 22)
Em 587 a .C., o rei Nabucodonozor, da Babilônia, conquistou a cidade, expulsando a maioria de sua população. Ao final do cativeiro babilônico, no primeiro ano do reinado de Ciro, o segundo Templo foi construído ( 580 a .C.) e Neemias ergueu novo muro em torno da cidade.
No ano 332 a .C. (período interbíblico) Jerusalém caiu sob a dominação grega. A desecração do templo por antióquio IV causou a revolta dos Macabeus em 167 a .C. no ano 63 a .C. Jerusalém passou para a esfera de influência dos romanos. Herodes tornou-se governador no ano 37 a .C., quando reconstruiu a praça do Templo, erguendo palácios, a cidadela, teatros e outras construções seguindo a arquitetura Romana.
Ano 70 d.C. Jerusalém foi destruída pelo Imperador Tito e, a partir do ano 175 d.C., foi reconstruída pelo Imperador Adriano. Jerusalém tornou-se uma cidade Cristã no ano 326 d.C. No ano 638 d.C., Jerusalém foi conquistada pelos exércitos Islâmicos.
Após séculos de proibição de viver em Jerusalém, os Judeus começaram a retornar a sua terra natal. Ao final da 1ª guerra mundial, no dia 11 de dezembro de 1917, os ingleses entraram em Jerusalém, sob o comando do General Allenby. A partir de 1º de julho de 1920, Jerusalém passou a sediar o Quartel General do Alto Comissário Britânico para o Mandato Palestino. Em 1948, quando o Mandato Britânico terminou, ocorreu a guerra entre Israel e a Jordânia pela conquista da cidade. No cessar fogo de 1949, Jerusalém foi dividida, oportunamente em que os israelitas fizeram de Jerusalém Ocidental a capital de Israel. Jerusalém foi anexada após a guerra dos seis dias, em 1967.
Em 1980, Jerusalém (incluindo a antiga cidade Árabe), foi declarada a “Capital de Israel por todos os tempos”.
BELÉM (Bethlehem – Beit Lahm) – reconhecida na Bíblia como a cidade de Davi e de Jesus.
Jesus nasceu da linhagem de Davi, em Belém. Seus pais, Maria e José, vieram a Belém provenientes de Nazaré, onde residiam normalmente, por causa de um censo conduzido nos dias do Imperador César Augusto (Lc 2.1-7). Os anjos proclamaram o nascimento de Jesus aos pastores nos campos (Lc 2.10)
NAZARÉ (Nazerat – En Nasra) – É a maior cidade da parte árabe de Israel. Seus habitantes são, na maioria, cristãos. Como o local da anunciação e o lugar onde Jesus viveu grande parte de sua vida, a cidade atrai peregrinos cristãos há mais de 1.500 anos. Nazaré não é mencionada no antigo testamento, a primeira referência ocorre no novo Testamento, na descrição da anunciação (Lc 1.26-33). Jesus viveu em Nazaré até ser batizado por João (Lc 3.21). logo depois, passou a pregar a maior parte do tempo em torno de Cafarnaum. A gruta da anunciação tornou-se um local de veneração e a igreja atual é a Quinta construída no local. Nazaré foi destruída várias vezes, sob o domínio Persa e outros conquistadores. Somente à partir de 1620, foi obtida permissão para os cristãos viverem em Nazaré. A cidade começou a se desenvolver nos séculos 19 a 20, sob os Turcos e durante o mandato britânico.
CAFARNAUM – (Capernaum – Kefar Nahum) – Está localizada na margem Norte do mar da Galiléia, sendo relacionada estreitamente com o trabalho de Jesus. Após deixar sua cidade natal de Nazaré, Jesus ensinou nessa vila de pescadores e nas áreas vizinhas, onde reuniu seus primeiros discípulos, todos pescadores: E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores; E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no. E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com seu pai, consertando as redes; e chamou-os, eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no. (Mt 4.18-22). Pregou na sinagoga, onde curou um homem possuído pelo demônio (Mr 1.32). Perto de Cafarnaum Jesus alimentou cinco mil homens com apenas cinco pães e dois peixes (Mt 15.32-39). Também foi em Cafarnaum que Jesus ensinou as parábolas do semeador, do joio e do trigo, do tesouro escondido nos campos, da rede de pesca, entre outras (Mt 13). E acima de tudo, foi onde Jesus pregou o Sermão do Monte.
MAR DA GALILÉIA (Yam Hinneret) – Está situado no vale do Jordão, a 210 metros abaixo do nível do mar, tem 12 km de largura e 21 km de comprimento, cobrindo uma área de 170 km2.
RIO JORDÃO (Yarden) – é o maior rio de Israel, com 252 km de comprimento e o que apresenta maior vazão. Corre através do Mar da Galiléia e, depois de um curso sinuoso, desemboca no mar morto, trazendo água doce. Embora o rio Jordão não seja profundo nem largo, é um dos mais conhecidos rios do mundo, por causa de sua importância para a religião Cristã.
JERICÓ (Yericho – El-Riha) Está situada a 36 km a Nordeste de Jerusalém e 15 km a Noroeste do mar morto. Na antiguidade, Jericó era conhecida como a cidade mais antiga do mundo. Foi perto de Jericó que Jesus, no seu percurso no vale do Jordão, durante a última viagem da Galiléia a Jerusalém, foi saudado como “Filho de Davi” por dois cegos. Jesus curou-os e eles passaram a acompanha-lo ( Mt20.30-34).
MAR MORTO (Yam Hamelach em Hb – Bahr Lut em árabe) – Está situado abaixo do nível do mar, sendo o lugar mais baixo da superfície da terra. Tem 76 km de comprimento com até 16 km de largura, cobrindo uma área de 1000 km2. O rio mais importante que desagua no Mar Morto é o rio Jordão. O Mar Morto foi o local da cena bíblica de Sodoma e Gomorra, destruída pelo fogo e lava por causa de sua iniquidade.
JUDÉIA – (Yehuda) – A Judéia se estende do Mediterrâneo até o Rio Jordão e o Mar Morto, do rio Yarkon ( que chega perto de Tel Aviv) até Gaza e En Gedi. Em torno de 1200 a .C., os filisteus se estabeleceram na planície costeira, e nas montanhas ficaram as tribos de Judá e Benjamim, aos quais uniu para formar o Reino de Judá. Durante a guerra da independência de 1948/49, a parte oeste da Judéia caiu em poder do novo Estado de Israel. A parte leste, incluindo Hebron, ficou com a Jordânia, que ganhou também a maior parte da Samaria. Essas áreas, bem como Jerusalém Oriental, foram ocupadas por tropas Israelitas em 1967.
GALILÉIA - (Galiu) – Está situada ao norte de Israel, limitando-se com o Mediterrâneo, o Vale do Jordão e a planície de Jezreel. Depois da anexação da Galiléia pelos romanos, ela foi colocada, juntamente com a Judéia, sob o jugo de Hirkanos II, e então, de Herodes o grande. Subsequentemente, durante o ministério de Jesus, fez parte da tetrarquia de Herodes Antipas, que construiu Tibérias, sua Capital.
SAMARIA – A cidade de Samaria foi a capital do Reino de Israel de 880 a 721 a .C. A Região de Samaria está limitada pela planície de Sharon, ao oeste, pela planície de Jezreel, ao norte, o Vale do Jordão, no leste e pela Judéia, ao sul.
Três dos discípulos de Jesus ( Felipe – Pedro – João ) vieram para Samaria entre 30 e 35 d.C., na época, na época de maior esplendor da cidade.
CESARÉA – Uma cidade clássica com associações com os Cruzados, está situada no meio do caminho entre Tel Aviv e Haifa. Os primeiros agrupamentos populacionais tiveram início com os Fenícios, que construíram um porto no século IV a.C.. Depois que Alexandre “o grande” conquistou a região em 332 a .C., os gregos viveram na área. No ano 22 a .C., Herodes “o grande” iniciou os trabalhos de construção na cidade que ele denominou de cesaréa, em homenagem a Augustus. Com um templo dedicado a Augustus, um teatro, um hipódromo, e um bom suprimento de água, Cesaréa tornou-se uma cidade importante, com um porto ativo, sendo habitada por Judeus, Romanos e outros povos.
Quando a Judéia passou ao domínio Romano, tornando-se uma província, os governadores passaram a residir em Cesaréa a partir do ano I d.C. Entre eles, estava Pôncio Pilatos, sob cuja administração Jesus foi crucificado, e Félix, que manteve Paulo Cativo por dois anos na cidade (At 23.35). Também na época de Pôncio Pilatos, cerca de 35 d.C., o apóstolo Pedro batizou Cornélio, o centurião Romano (At. 10). Conflitos entre as populações Gregas e Judaica na cidade causaram o levante Judaico no ano 66 d.C., dominado por Vespasiano e seu filho Tito, ano 70 d.C.
Enfim, O judaísmo é considerado a primeira religião monoteísta a aparecer na história. Tem como crença principal a existência de apenas um Deus, o criador de tudo. Para os judeus, Deus fez um acordo com os hebreus , fazendo com que eles se tornassem o povo escolhido e prometendo-lhes a terra prometida.
Atualmente a fé judaica é praticada em várias regiões do mundo, porém é no estado de Israel que se concentra um grande número de praticantes. A Bíblia é a referência para entendermos a história deste povo.
[1] A palavra Mishná significa literalmente "repetição" e também "estudo", "ensinamento", já que o ensino fazia-se oralmente, com base apenas na repetição. Dá-se este nome à compilação da doutrina tradicional judaica pós-bíblica, em especial à sua parte jurídico-religiosa. Por isso o vocábulo Mishná, que indica a Lei oral, se opõe à palavra Micrá que representa a Lei escrita, a Bíblia, especialmente sua primeira parte, o Pentateuco. Não é de estranhar, pois, que R. Natan ben Iehiel, em seu Aruch , dissesse que se chamava Mishná(*) porque era a segunda Lei, o que coincide com a tradução que gregos e latinos dão da palavra, mediante o vocábulo "deuterosis".
[1][2] A Guerra dos Seis Dias foi mais um desdobramento dos conflitos entre árabes e judeus. Ela recebeu esta denominação devido ao efetivo contra-ataque israelense à ofensiva árabe, promovido pelo Egito. O presidente Nasser, buscando fortalecer o mundo árabe, tomou medidas importantes: deslocou forças árabes para a fronteira com Israel, exigiu a retirada de representantes militares da ONU, mantidos na região desde 1956, e ameaçou fechar a navegabilidade do Estreito de Tiran aos israelenses. No entanto, a reação israelense a essas medidas foi rápida e decisiva: atacou o Egito, a Jordânia e a Síria, encerrando o conflito num curto espaço de tempo -- 5 a 10 de junho (6 dias) de 1967. Israel dominava as forças áereas e, por terra, contava com forças blindadas comandadas pelo general israelense Moshé Dayan. O resultado da guerra aumentou consideravelmente o estado de Israel: foram conquistadas áreas do Egito, Faixa de Gaza, Península de Sinai, região da Jordânia, a Cisjordânia, o setor oriental de Jerusalém, partes pertencentes à Síria e às Colônias de Golan. A Guerra dos Seis Dias fortaleceu o Estado de Israel e agravou o nível de tensão entre os países beligerantes.
Referências Bibliográficas:
· Bíblia Sagrada
· Diversos sites de pesquisa sobre a cultura hebraica
· Relatório da cultura hebraica encomendado pelo grupo Cavalcanti de Morais para detalhes da agricultura e economia.
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