sábado, 3 de março de 2012
MARCA DA CRUZ
“Então, ouvi que gritava em alta voz, dizendo: Chegai-vos, vós executores da cidade, cada um com a sua arma destruidora na mão. Eis que vinham seis homens a caminho da porta superior, que olha para o norte, cada um com a sua arma esmagadora na mão, e entre eles, certo homem vestido de linho, com um estojo de escrevedor à cintura; entraram e se puseram junto ao altar de bronze. A glória do Deus de Israel se levantou do querubim sobre o qual estava, indo até à entrada da casa; e o SENHOR clamou ao homem vestido de linho, que tinha o estojo de escrevedor à cintura, e lhe disse: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal a testa dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela. Aos outros disse, ouvindo eu: Passai pela cidade após ele; e, sem que os vossos olhos poupem e sem que vos compadeçais, matai; matai a velhos, a moços e a virgens, a crianças e a mulheres, até exterminá-los; mas a todo homem que tiver o sinal não vos chegueis; começai pelo meu santuário.” Ezequiel 9:1-6
Essa profecia foi escrita enquanto o profeta Ezequiel estava no exílio na Babilônia, longe de sua pátria, Jerusalém. O povo de Israel estava sofrendo uma dura punição por ter se afastado de Deus, e sofria as terríveis conseqüências que a própria lei de Deus decretava para os desobedientes.
O profeta havia reunido os anciãos e alguns líderes religiosos, para orarem e se lamentarem por toda aquela situação de sofrimento que passava.
Creio que uma das perguntas que os líderes faziam era do porquê do sofrimento tão intenso que estavam passando, sendo escravos e prisioneiros de uma nação tão perversa, os caudeus.
Foi em uma dessas reuniões de lamentação, que o profeta Ezequiel teve uma visão de Deus, sendo levado em Espírito até o restante do povo de Israel que ficara em Jerusalém. “Estendeu ela dali uma semelhança de mão e me tomou pelos cachos da cabeça; o Espírito me levantou entre a terra e o céu e me levou a Jerusalém em visões de Deus, até à entrada da porta do pátio de dentro, que olha para o norte, onde estava colocada a imagem dos ciúmes, que provoca o ciúme de Deus.” (cap. 8:3).
Deus queria mostrar ao profeta Ezequiel e aos outros, do porquê de sua ira e indignação com seu povo, e da razão de exercer um juízo tremendo sobre Israel. A sua paciência se esgotava, restava agora o juízo e a justiça para um povo que não se arrependia de seus pecados.
São 4 visões no cap. 8 que enfatizam a profanação contra Deus, no próprio templo, que fora separado para sua adoração.
A primeira visão mostra a idolatria do povo representada pela uma imagem de Astarte. (cap. 8:3) Postada bem na entrada da porta do pátio de dentro do templo, essa imagem era conhecida como imagem dos ciúmes, que provocava a ira de Deus. Astarte (A vênus de Síria) ou “ Asherah” poste sagrado. Substituindo a ‘Glória de Deus’ (Shekinah) que estava no templo por uma imagem horrendo, provocando assim a ira de Deus sobre o povo.
A segunda visão que o profeta tem é que no átrio interior em um lugar secreto, setenta lideres, sacerdotes de Israel, realizavam um culto secreto a todo tipo de ídolos de animais e répteis em forma de figuras na parede do templo: “Disse-me: Entra e vê as terríveis abominações que eles fazem aqui. Entrei e vi; eis toda forma de répteis e de animais abomináveis e de todos os ídolos da casa de Israel, pintados na parede em todo o redor. Setenta homens dos anciãos da casa de Israel, com Jazanias, filho de Safã, que se achava no meio deles, estavam em pé diante das pinturas, tendo cada um na mão o seu incensário; e subia o aroma da nuvem de incenso. “ (capítulo 8: 9-11) Dentre eles, Jazanias, o sumo-sacerdote, o principal líder religioso.
O pior vinha daquilo que eles verbalizavam, dizendo que Deus não enxergava os pecados e havia abandonado a terra. “Então, me disse: Viste, filho do homem, o que os anciãos da casa de Israel fazem nas trevas, cada um nas suas câmaras pintadas de imagens? Pois dizem: O SENHOR não nos vê, o SENHOR abandonou a terra.” Ezequiel 8:12
Esses líderes deveriam ser os primeiros a serem exemplos de adoração ao Deus único e verdadeiro, agora se prostravam a imagens diabólica, prestando-lhe culto. Que vergonha!
A terceira visão mostrava as mulheres dentro do templo assentadas chorando a Tamuz, cujo culto se celebrava em meios às orgias imorais. “Levou-me à entrada da porta da Casa do SENHOR, que está no lado norte, e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando a Tamuz.” (vs 14). Tamuz era um deus dos sumérios conhecido com Dumuzi e pelos egípcios como Osíris. Tamuz tinha como companheira Asterote, a rainha dos céus (Jeremias 44:17) – Ishatar para os acádios e Inanna para os sumérios. Antigos Babilônios usavam cruzes como símbolos na adoração do deus da fertilidade, Tamuz.
Na quarta visão, Ezequiel ver na entrada do templo, entre o pórtico e o altar, lugar que deveria ser de adoração do único Deus verdadeiro, havia vinte cinco homens, de costas para o templo do Senhor, com os rostos virados para o oriente, adorando o sol. “Levou-me para o átrio de dentro da Casa do SENHOR, e eis que estavam à entrada do templo do SENHOR, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do SENHOR e com o rosto para o oriente; adoravam o sol, virados para o oriente.” (vs 16) II Crônicas 29:6.
As idolatrias cometidas por Israel eram tamanha, que são descritas como grandes abominações, terríveis abominações, maiores abominações. Capítulo 8:6,9,13,15,17
Deus disse para Ezequiel: “Então, me disse: Vês, filho do homem? Acaso, é coisa de pouca monta para a casa de Judá o fazerem eles as abominações que fazem aqui, para que ainda encham de violência a terra e tornem a irritar-me? Ei-los a chegar o ramo ao seu nariz.” Vs 17
JUÍZO DE DEUS SOBRE OS IDÓLATRAS
Quando trocamos a “Glória de Deus” pelos ídolos, o juízo é inevitável. Toda a nação de Israel havia se contaminada pela idolatria incentivada pelos líderes, e Deus manifestou o seu juízo começando por Jerusalém.
Seis anjos foram enviados da parte de Deus cujo propósito era de levar mortes: de velhos, moços, virgens, crianças, mulheres, homens. Esse juízo deveria começar pelo santuário. A ordem era para não terem compaixão. “Eis que vinham seis homens a caminho da porta superior, que olha para o norte, cada um com a sua arma esmagadora na mão, e entre eles, certo homem vestido de linho, com um estojo de escrevedor à cintura; entraram e se puseram junto ao altar de bronze.” Ap 9:2
Dentre os seis anjos destruidores havia um anjo diferente, vestido de linho com um estojo de escrevedor à cintura. Sua missão era de fazer uma marca nos homens e mulheres que não compactuavam, não concordavam com os muitos pecados cometidos em Israel, e por isso gemiam e suspiravam buscando de Deus livramento de juízo. “…e lhe disse: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal a testa dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela. Aos outros disse, ouvindo eu: Passai pela cidade após ele; e, sem que os vossos olhos poupem e sem que vos compadeçais, matai; matai a velhos, a moços e a virgens, a crianças e a mulheres, até exterminá-los; mas a todo homem que tiver o sinal não vos chegueis; começai pelo meu santuário.” Cap 9:4-6 (I Pedro 4:17) começando o juízo pela casa de Deus.
A ordem vinda de Deus diante do altar de bronze, símbolo de justiça divina era de que essa marca deveria distinguir o justo do ímpio, o santo do profano, o crédulo do incrédulo, livrando do juízo de morte os que temiam a Deus.
Quando os anjos chegaram junto ao altar de bronze, a “Glória do Deus” de Israel se levantou e falou ao anjo escrevedor: “ passa pelo meio de Jerusalém, cidade, e no meio da cidade. ( vs 4), e “marca” “em forma cruz” com um sinal a testa dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela. A todos matarás, mas quem tiver este sinal na sua fronte não vos chegareis.”
Mas o pior que poderia acontecer com Israel realizou-se depois que saiu o decreto de juízo, a “glória de Deus” (Shekinah) se afastou do templo e foi para o céus. Ezequiel 10:18
Quando a presença de Deus abandona uma vida, uma nação e um templo, não há mais como evitar o juízo iminente. Salmo 51:11; Êxodo 33:15
SER DIFERENTE EM MEIO A UMA MULTIDÃO DE IGUAIS
Como é bom ser diferente, no meio de uma nação infestada pelo pecado, pela idolatria, pela comunhão com o mal?
Em Jerusalém no tempo do juízo havia uma pequena parte, talvez insignificante para muitos, mas que temia a Deus e guardava seus mandamentos. Dentre essa minoria, estava o profeta Ezequiel.
Essa minoria, talvez tenha sido estigmatizada como fanática e louca, pois era fiel a Deus. No dia do juízo, Deus se lembrou dela e a preservou de morte.
A salvação veio através de uma marca feita na testa, livrando assim, de juízo iminente.
Jesus falou que a porta do reino é estreita e são poucos que passam por ela. O texto é claro, uma grande multidão buscará a porta e o caminho largo, que o mundo e o inimigo oferecem. “Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela.” Mateus 7:13,14.
Como precisamos de pessoas diferentes, que não se conformem com o pecado, que gemam e chorem pelos muitos pecados cometidos em nossa nação. “Rogo-vos, pois irmãos, pelas misericórdias de Deus que apresenteis vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mais transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Romanos 12:1,2
MARCA DO LIVRAMENTO
A marca da cruz é o que faz diferença entre o justo e injusto, dos que temem a Deus, e dos que não temem, dos salvos e dos perdidos. “Então, os que temiam ao SENHOR falavam uns aos outros; o SENHOR atentava e ouvia; havia um memorial escrito diante dele para os que temem ao SENHOR e para os que se lembram do seu nome. Eles serão para mim particular tesouro, naquele dia que prepararei, diz o SENHOR dos Exércitos; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve. 18 Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve.” Malaquias 3: 16-18
Necessitamos desta marca porque sem ela evidenciamos um coração rebelde, pecador, afastado de Deus. Sem a marca somos como a grande multidão de pecadores que aplaudem o pecado, e se conforma com a natureza pecaminosa social, sem referencial cristão, que a cada dia provoca a ira de Deus. “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” João 3:36; AP 6:9.
Sem a marca, estamos condenados à falência espiritual, ao divorcio eterno de Deus, a morte eterna.
Sem a marca da cruz só nos resta tormentos e dores. Ais e mais ais que estão para cair sobre a humanidade pecadora, sobre os que se associam, compactuam com o pecado.
Sem a marca, perdemos, aqui na terra, a presença de Deus, a paz, o perdão, a alegria de ter a salvação.
Sem ela, perdemos uma vida eterna na presença de Deus nos céus, com os remidos, os que um dia foram lavados com o sangue de Cristo.
Em João 3: 14, 15 diz: “E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, 15 para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.”
A cruz foi erguida, resta agora olharmos com fé para ela para sermos salvos, livres do pecado e da condenação eterna.
A cruz precisa ser selada em nossas frontes, em nossas mentes, almas para fazer a diferença, mostrar a humanidade que somos propriedade exclusiva de Deus, povo comprado e lavado com o sangue da cruz.
Em breve, Deus exercerá juízo sobre a face da terra. A ira do Senhor chegará ao seu limite.
Há um povo que está sendo marcado por Deus, o selo do Espírito “em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória. “(Efésios 1:13,14) e é essa marca fará a diferença no dia do juízo, pois certamente haverá separação entre o justo do injusto.
Se você sabe que a sua vida está em pecado, arrependa-se e receba o selo de Deus. ( EF 1:13) AP 7:2,3; 14:1; 9:4.
Vale apenas ser diferente, para não ser confundido com a multidão de rebeldes.
A pior coisa que pode acontecer na vida de um homem é perder a glória de Deus, a salvação eterna. “ Então saiu a glória do Senhor da entrada da casa, e parou sobre os querubins. Ezequiel 10:18.
Os marcados pela cruz têm o privilégio de viver essa “Glória de Deus”, já nessa vida e desfrutar de sua plenitude no porvir.
Pr Francisco NascimentoMARCA DA CRUZ
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