Corregedora nacional de Justiça reclamou por ter sido chamada de mentirosa pela direção do próprio órgão em que atua: “Fui repudiada por todos”
Luciana Marques
A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon (José Cruz/ABr)
Em mais uma de suas declarações controversas, a corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, fez nesta quinta-feira um desabafo à plateia do XII Seminário Ética na Gestão, em Brasília. “Já fui repudiada três vezes, quase como Jesus Cristo”, disse a corregedora. “Fui repudiada por todos”.
Eliana Calmon citou entre as entidades que a teriam chamado de mentirosa o próprio CNJ, onde atua. A corregedora evitou falar no nome do presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso. O ministro escreveu, em setembro, uma nota de repúdio à declaração de Eliana sobre os “bandidos de toga”, o que causou uma crise no CNJ.
O seminário desta quinta-feira foi promovido pela Comissão de Ética Pública da Presidência. Marília Muricy, conselheira do grupo, saiu em defesa de Eliana. "Imagina se ela não fosse corajosa?", disse. O questionamento também serve para Marília. Foi ela quem relatou o caso do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, na Comissão de Ética. Com base no relatório de Marília, o grupo decidiu recomendar a exoneração de Lupi. Ao menos por enquanto, a presidente Dilma Rousseff ignorou a sugestão da conselheira.
Furacão – Eliana Calmon foi ovacionada durante o seminário. “Há uma torcida e tanto em volta dela e eu tenho uma bandeirola de chefe de torcida”, disse Marília Muricy. O diretor da Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Joaquim de Arruda Falcão Neto, disse temer pegar um resfriado quando está ao lado de Eliana. “Ela é uma ventania”. Eliana aparentava sinais de resfriado, como tosse e rouquidão.
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