quinta-feira, 4 de junho de 2009

POR SE MULTIPLICAR A INIQUIDADE O AMOR DE MUITOS ESFRIARÁ

No sermão profético proferido por Jesus que trata especificadamente sobre os sinais que

apontariam para o fim de todas as coisas, existe um que me chama a atenção de forma especial:

trata-se daquele que fala do esfriamento do amor. Jesus disse:

“E por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos”

(Mateus 24.12).

Ora, a relação que Jesus apresenta entre a multiplicação do pecado e o

esfriamento do amor é absolutamente verdadeira.

Na medida em que cresce o pecado em suas mais variadas formas, da corrupção ao crescimento

da miséria social, da pornografia a todas as formas de banalização sexual, da violência nos

lares a violência urbana, no individualismo exacerbado ao comportamento hedonista,

esfria-se o amor genuíno e sincero no ser humano.

Isso se percebe claramente nos mais jovens que trocaram o amor pelo sexo descompromissado;

entre os mais “maduros” que em nome de um nova “paixão” jogaram na lata do lixo, cônjuges e filhos.

Nas relações interpessoais onde o lema de vida é “farinha pouco meu pirão primeiro”

Senão bastasse isso os escândalos de corrupção que mais uma vez abalam o

país têm, na sua raiz, o mesmo mal.

Todos buscam o que é seu e nunca o que é dos outros.

A epidemia que hoje toma conta da nação não é a corrupção – ela é apenas mais uma

expressão de uma nação, onde a iniqüidade cresceu tanto que fez o amor emurchecer.

Infelizmente, a conseqüência do esfriamento do amor torna-se extremamente perceptível

na forma com que nossa sociedade lida com a barbárie.

Certa feita, ao sair de casa observei que nas areias da Praia de Icaraí, na provinciana

cidade de Niterói, havia um corpo de um homem morto.

Sem poder parar em virtude da agenda cheia, continuei o meu trajeto.

No entanto, ao regressar para casa algumas horas depois, percebi que o mesmo corpo ainda estava

jogado à areia da praia, com uma atenuante: alguns meninos jogavam futebol em volta do morto.

Em outra ocasião li em um jornal de grande circulação do Rio de Janeiro,

que crianças jogavam "bola" com a cabeça de uma pessoa.

Há poucos dias recebi a noticia de um menino de 13 anos que chegou a freqüentar a nossa igreja,

que em virtude do seu envolvimento com as drogas foi brutalmente assassinado.

Ao contar a noticia para alguns amigos, percebi que a tragédia ocorrida a este

adolescente não proporcionou nenhum tipo de comoção ou dor, até porque,

os que ouviram a má notícia lidaram com uma frieza de impressionar.

Naquele momento refleti sobre a banalização da vida e de como a morte e a

tragédia têm se tornado tão natural aos nossos olhos.

Na verdade, cenas como essa estão entrando em nosso cotidiano, fazendo que

acreditemos que toda “des-graça” que nos cerca é normal e natural.

Caro leitor, o pecado é a enxada que cava nossas sepulturas.

Como muito bem afirmou Hernandes Dias Lopes, o pecado é uma fraude.

Promete prazer e paga com o desgosto.

Faz propaganda de liberdade, mas escraviza.

Levanta a bandeira da vida, mas seu salário é a morte.

Tem um aroma sedutor, mas ao fim cheira a enxofre.

Só os loucos zombam do pecado.

O pecado é perverso.

Ele é pior do que a pobreza, do que a solidão, do que a doença.

O pecado é pior do que a própria morte.

Pois é, a multiplicação da iniqüidade tem esfriado o amor de muitos...

Maranata!

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