segunda-feira, 15 de junho de 2009

PENTECOSTE

“Já veio Quem nos dá alento e sustenta”...



“... Entretanto Eu vos disse a verdade; é de vosso interesse que Eu parta; Com efeito, se Eu não partir,

o Paráclito não virá a vós; se, pelo contrário; Eu partir, Eu O enviarei a vós. Ele, com Sua vinda,

convencerá o mundo a respeito do pecado, da justiça e do julgamento; a respeito do pecado,

porque ele não creu em Mim; a respeito da justiça, porque Eu vou para o Pai e não Me vereis mais;

a respeito do julgamento, porque o príncipe deste mundo já foi julgado”

(João, 16.7-11).



“Quando chegou o dia de pentecostes, estavam todos juntos, unânimes.

E todos estavam cheios do Espírito Santo”.

(Atos 2.1-4).



A palavra grega utilizada por João é “parakletos”, para referir-se ao Espírito Santo.

Significa advogado, conselheiro, consolador e defensor.

O Espírito é quem nos alenta e nos consola e sustenta na aflição.

Os discípulos nunca haviam tido tanta necessidade de ajuda, como na noite em que Jesus foi traído.

Naquela noite se sentiram presas do desconcerto.

Enquanto Cristo estava presente fisicamente com eles, atuou como intérprete

de Suas próprias palavras e ensinamentos.

Cada vez que os discípulos entendiam mal, Ele podia repetir Seus ensinamentos.

Eles não tinham necessidade de outro para iluminar o que lhes era falado, alguém que

desse testemunho dos grandes feitos, ou que lhes recordasse Suas palavras.

Por isso, para ampará-los, ao anunciar-lhes Sua partida, Jesus lhes prometera o Advogado, o Espírito Santo, que lhes seria enviado para sustentá-los fielmente, e realizarem a tarefa de convencer o mundo de seu equívoco, de que estava fundamentalmente enganado em seu conceito de pecado, de justiça e de juízo. Porque o mundo havia pecado ao negar-se a aceitar a Deus, e que Ele está em Jesus Cristo,

vivo; que a justiça está encarnada no Cristo ressuscitado, e que o juízo recairá sobre aqueles

que preferem o príncipe do mundo ao Príncipe da Paz.

Jesus disse claramente a Seus discípulos que o Espírito não substituiria nem Sua obra,

nem Suas palavras, nem Sua pessoa.

Mas, prioritariamente, continuaria a abençoar os crentes com as riquezas e as ações de

Deus que os discípulos haviam encontrado em Cristo,

guiando-os – assim como a nós – “a toda a verdade” (João 16.12-15).

Os dados bíblicos sobre o Espírito Santo descrevem o poder criativo de Deus, Santo e Bondoso.

O Espírito é Transcendente, podendo estar pessoalmente presente, pela Graça, no espírito humano.

Ele revela-se aos crentes como um princípio de vida ativo enviado para reanimar corações e almas visivelmente sem vida, dando forma e sustentando o “cosmos” criado, assim como a seus habitantes.

O reconhecimento do Espírito Santo é saudável para a humanidade.

Em todos os tempos, e cada vez mais, ao correr dos séculos, nossa espécie tem tentado

manipular as forças do universo.

Com tal ânsia de poder, corremos o risco de provocar o caos e a catástrofe.

Com efeito, este estado de coisas reflete um mundo em que um único país e seus poucos aliados empreenderam uma invasão ilegal, ilegítima, ao Iraque, acertando deliberadamente um duro

golpe nos instrumentos da ordem internacional, destinados a manter a paz e a justiça.

Rodeados de um mundo de pecado, deformação da verdade, contaminação da vida e presságios

de morte, elevamos uma vez mais nossa voz, pedindo auxílio a Quem nos sustenta, o Espírito Santo,

Único que pode fazer vivificar e tornar possível nosso culto, nosso trabalho e nosso testemunho.

Só ao nos renovarmos assim, experimentamos a nova criação em Cristo e a comunhão do

Espírito Santo. Pentecostes é para nós o dia em que celebramos o Espírito Santo que

veio ajudar-nos, como foi prometido aos discípulos, por Jesus.

Em verdade, Deus derramou o Espírito sobre toda a carne para que pudéssemos reconciliar-nos com Ele.

Os acontecimentos de Pentecostes foram opostos aos que ocorreram na antiga Babel (Gênesis, 11.1-9).

Em Babel, Deus havia confundido as línguas dos povos e havia dispersado as nações para impedir

que o mal que intentavam fazer prosperasse.

Em Pentecostes, homens piedosos de muitas nações estavam reunidos em Jerusalém:

"Então chegou-lhes o Espírito: uma abrangente manifestação de vida nova, poder e bênção

que Pedro reconheceu como cumprimento da profecia de Joel" (Atos 2. 5,21).

Uma vez mais houve grande desconforto (Atos, 2.6), porém desta vez, devido ao fato de que

homens e mulheres de diversas procedências falavam e entendiam em suas próprias línguas

como se apenas uma língua houvesse... “Quando chegou o dia de Pentecostes, todos

estavam unânimes, e todos estavam cheios do Espírito Santo...” (Atos 2. 1-4).

A Igreja primitiva era uma comunidade internacional, multicultural e multilingüe, em comunhão.

No dia de Pentecostes, gentes procedentes dos mais longínquos lugares do mundo ouviram a

pregação do Evangelho e creram na boa-nova de Jesus Cristo.

Assim, nunca devemos nos desanimar do nosso afã pela unidade.

A unidade da Igreja se inspira em Pentecostes.

O Espírito Santo, que nos alenta e sustém, também nos concede o dom e a responsabilidade

de amar os que são diferentes de nós, para que em união sejamos uma só família na fé,

falemos uma só língua, tenhamos uma só voz, um só amor... e um só coração.

Amém!

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