Os acusados não pretendem entrar com processo contra a liderança para aguardar o
final das investigações
Advogado diz que Igreja Maranata inventou suposto desvio para enganar fiéis
De acordo com Leonardo Schuler, advogado de defesa do ex-vice-presidente da
Igreja Maranata e de um contador, os líderes da instituição estariam mentindo ao
abrirem um processo na Justiça do Espírito Santo alegando que os ex-membros
teriam desviados mais de R$20 milhões dos dízimos.
Para o profissional tal acusação “é uma forma de ludibriar os fiéis” já que a
própria instituição abriu uma investigação que gerou uma auditoria externa ainda
não concluída para verificar o desvio de R$ 42 milhões. ”Causa muita estranheza
pedir R$ 2 milhões e processar apenas duas pessoas, quando há todo um sistema”,
conta.
Apesar das fortes acusações contra os membros, o advogado informa que eles não
pretendem entrar na justiça contra a Igreja Maranata. “Não vamos tomar nenhuma
medida, fazemos isso apenas para dar satisfação ao público. Além de dízimos
doados, são vidas dedicadas à igreja.
Vamos fiscalizar a Justiça e esperamos que eles apurem mais profundamente essa
situação”, informa.
No domingo as notícias sobre o processo aberto pela denominação contra três
pastores e um contador ganharam destaque na mídia e dividiram opiniões entre os
frequentadores da denominação fundada há 43 anos, hoje com 5,5 mil templos
espalhados pelo Brasil.
Na acusação consta um esquema de desvio de dízimos que eram destinados à criação
de empresa irregular, contrabando, além de fraudes ao Fisco e ao sistema
financeiro. O Ministério Público foi acionado para investigar o caso e as
auditorias externas também continuarão até que novas provas e documentos sejam
encontrados.
Um ex-membro que não se identificou falou sobre o tema para a reportagem do G1.
“Lá não se pode questionar nada. O pastor que saiu, saiu porque questionou o
presidente acerca do desvio e foi afastado de todos os cargos. Está havendo
cobertura da atual presidência, apesar do processo que corre em juízo e do
procedimento administrativo aberto por eles mesmos”, relata.
Com informações G1
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