terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A Lei da Cobiça e da Ganância (ops! Quero dizer “da Oferta e da Demanda”)

(Provérbios 21.26) – O cobiçoso cobiça o dia todo, mas o justo dá, e nada retém.

(Eclesiastes 6.9) – Melhor é a vista dos olhos do que o vaguear da cobiça;

também isto é vaidade e aflição de espírito.

Os preços deveriam ser fixados a partir do custo. Colocam-se numa planilha os

custos de produção variáveis e fixos, como impostos, salários, matéria-prima,

energia, frete, etc., e a margem de lucro que remunere adequadamente os esforços

de produção. Está formado o preço. O lucro virá pela venda em escala. Mais

vendas, mais trabalho, mais lucros (parece justo!). Mas, ao contrário, é aqui

que entra o jogo da COBIÇA x GANÂNCIA, onde prevalece a perseguição pelo maior

preço possível, pelo grande lucro no menor tempo possível, prática que será

desencadeada sempre que houver uma vontade inquieta de comprar do outro lado do

balcão.

Esses dias assistimos matéria no canal Futura, que tratava dos camelôs no centro

do Rio de Janeiro. Foi entrevistado um ambulante que se orgulhava de ter vendido

uma geringonça (pirata, chegada ao Brasil em qualquer navio oriundo da China)

para a esposa do Gilberto Gil, num sinal de trânsito. Quando percebeu que se

tratava da celebridade, que estava ao lado do marido, deduzindo o volume de sua

conta bancária, o camelô não pensou duas vezes e disparou seu preço: R$ 120,00.

Ela comprou sob os protestos do marido. Para resumir, o preço da coisa era R$

15,00; certamente já incluída sua razoável margem de lucro. Supondo que o custo

do cacareco tenha sido R$ 10,00, o cara lucrou na menos que 1200 %…

Infelizmente, essa cena se repete todos os dias. É o jogo COBIÇA x GANÂNCIA.

Alguns vão morrer elogiando a sagacidade desse ambulante. Outros, pelo menos vão

pensar um pouco sobre a “nobreza” dessa atitude (é nesses que deposito minhas

esperanças). É claro que esse foi um caso isolado, mas em maior escala a lógica

é a mesma.

Uma coisa eu aprendi cedo. Meu preço deve ser um só: aquele que acho justo. O

preço dos outros, não sei, e por isso mesmo vou tentar, a todo custo, pechinchar

e domar minha COBIÇA, pois sei que ela lhes alimenta GANÂNCIAS. Se o preço for

maior do que vale, vou tentar esperar baixar… e vai baixar. Não quero comprar

nada por preço injusto (pior ainda, coisa de que talvez nem preciso tanto).

(Mateus 5.37) – Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque, o que

passa disto é de procedência maligna.

(Provérbios 10.4) – O que trabalha com mão enganosa empobrece, mas a mão dos

diligentes enriquece.

Boas compras!

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