domingo, 5 de fevereiro de 2012

A “IGREJA” DOS MÓRMONS QUE SEITA É ESSA?!

Pr. Joel Santana

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Atualizado em julho de 2007

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO
1) COMO, QUANDO E ONDE NASCEU O MORMONISMO
2) PODEMOS TESTAR O MORMONISMO?
3) JESUS NO CONTINENTE AMERICANO?
4) QUEM ATIROU PRIMEIRO?
5) QUE TIPO DE MORMONISMO VAMOS ESTUDAR?
6) DE TUDO UM POUCO: EIS O MORMONISMO
7) BEREANOS X JOSEPHINISTAS
8) RESUMO DAS CRENÇAS MÓRMONS
9) SOBRE OS PRINCIPAIS ESCRITOS MÓRMONS
10) ESTAMOS DOCUMENTADOS
11) CHEIOS DE AMOR E VAZIOS DE ANIMOSIDADE
CAPÍTULO I
O PECADO É BÊNÇÃO?!
CAPÍTULO II
O “DEUS” DOS MÓRMONS
2.1. A respeito do Pai
2.1.1. Afirmações iguais às da Bíblia
2.1.2. Afirmações antibíblicas
2.1.2.1. Negam Sua essência espiritual
2.1.2.2. Negam Sua imutabilidade
2.1.2.3. Negam Sua unicidade e singularidade
2.1.2.4. Negam Sua transcendência
2.1.2.5. Negam Sua eternidade
2.1.2.6. Negam Sua triunidade
2.1.2.7. Confundem-no com Adão, e Com o arcanjo Miguel
2.1.2.8. Não o reconhecem como Criador
2.2. A respeito de Jesus, o Filho de Deus
2.2.1. A origem de Jesus
2.2.2. Sobre o nascimento de Jesus
2.2.2.1.Jesus não foi gerado pelo Espírito Santo
2.2.2.2. Jesus não nasceu em Belém
2.2..3. O estado civil de Jesus
2.2.4. Jesus é irmão do diabo
2.2.5. Jesus não deve ser adorado
2.2.6. O “Jesus” mórmon é mascarado
2.3. A respeito do Espírito Santo
2.4. A trindade mórmon é mascarada
CAPÍTULO III
A “SALVAÇÃO” MÓRMON
3.1. Sobre a salvação bíblica
3.2. Denunciando a falsa salvação mórmon
3.2.1. É antibíblico
3.2.1.1. Salvação através da igreja deles
3.2.1.2. Salvação geral, castas de salvos e os perdidos
3.2.1.2.1. Salvação geral
3.2.1.2.2. Castas de salvos
3.2.1.3. Salvação pelas obras
3.2.2. É incoerente
3.2.3. Auto-expiação
APÍTULO IV
O RACISMO MÓRMON
CAPÍTULO V
O MORMONISMO VERSUS BÍBLIA
5.1.Vulgariza a Bíblia
5.2. Pretere a Bíblia
5.3. Contradiz a Bíblia
5.4. Calunia a Bíblia
5.5. Esconde-se atrás da Bíblia
5.6. Plagia a Bíblia?!
5.7. Adultera a Bíblia
5.7.1. Medo da Bíblia
5.7. 2. Evitar o ridículo
5.7. 3. Esconder o crime
5. 8. Embaraça-se na Bíblia
CAPÍTULO VI
A IGREJA RESTAURADA
6.1. A Bíblia é contra à suposta restauração da Igreja
6.1.1. A ininterruptibilidade da presença de Jesus na Igreja
6.1.2. As portas do Inferno não prevalecem
6.1.3. Sempre houve trigo e joio
6.1.4. A apostasia não foi geral
6. 2. A “Igreja Restaurada” é distinta e diferente da primitiva
CAPÍTULO VII
O ESPIRITISMO MORMÔNICO.
7.1. Confirmando a denúncia
7.2. O espiritismo mormônico à luz da Bíblia
7.3. Joseph Smith era médium?
CAPÍTULO VIII
ACERCA DA POLIGAMIA
8.1. Posição igual à da Bíblia
8.2. As posturas mórmons
8.2.1. Postura igual à da Bíblia
8.2.2. Postura antibíblica
CAPÍTULO IX
JOSEPH SMITH: PROFETA DE DEUS?!
9.1. A Nova Jerusalém e o seu Templo
9.2. A casa de Nauvoo
9. 3. A vinda de Jesus
9.4. O povo da Lua
CAPÍTULO X
A HIERARQUIA MÓRMON
10.1. A respeito do sacerdócio
10. 2. Sobre o apostolado mórmon
10.2.1. O teste
10.2.2. Nós os temos de fato
CAPÍTULO XI
OUTRAS CRENÇAS MÓRMONS
11.1. Sobre o casamento eterno
11.2. Sobre a preexistência humana
11.3. Sobre alimentação
11.4. Sobre os Templos
11.5. Vestuário milagrento
11.6. Auto-expiação
CAPÍTULO XII
COM A PALAVRA, OS MÓRMONS
12.1. Mórmons, o que são eles? (I)
12.2. Mórmons, o que são eles? (II)
CAPÍTULO XIII
OS PASSOS DA SALVAÇÃO
13.1. Passos que conduzem à salvação
13.1.1. Reconhecer que é pecador
13.1.2. Reconhecer que Deus é justo
13.1.3. Reconhecer que está condenado
13.1.4. Reconhecer que a morte de Jesus foi substitutiva
13.1.5. Reconhecer Jesus como salvador pessoal
13.2. O passo que nos mantém na salvação
13.3. Passos subseqüentes à salvação
13.3.1. Ser batizado
13.3.2. Comungar com seus irmãos na fé
13.3.3. Ler a Bíblia
13.3.4. Praticar a doutrina dos apóstolos
13.3.5. Cear
13.3.6. Orar
13.3.7. Testemunhar
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA



INTRODUÇÃO


1) COMO, QUANDO E ONDE NASCEU O MORMONISMO


A Igreja Mórmon, cujo nome oficial é A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, foi fundada nos Estados Unidos da América em 1830, por Joseph Smith Junior, o qual, em 1820, quando era adolescente com 14 anos de idade, disse que estivera desejoso de saber, qual, das muitas ramificações do Cristianismo, representava a verdadeira Igreja de Cristo; por cujo motivo orara, pedindo que Deus o iluminasse quanto a isso, quando então se lhe apareceram Deus Pai e Seu Filho Jesus Cristo. Este lhe teria orientado a não se unir a nenhuma das igrejas, visto que todas seriam falsas. Os líderes (pastores e padres) de todas as igrejas, segundo Joseph Smith, foram tachados de corruptos, por Jesus; e tudo quanto pregavam foi considerado uma abominação à vista do Senhor que com ele falara face a face. Três anos após esse fantasioso conto, o referido boy disse que um personagem celestial, que teria se identificado como Morôni, lhe falara de umas placas de ouro, contendo uma Escritura Sagrada que teriam sido enterradas há mais ou menos 1400 anos, por providência divina. Joseph Smith devia desenterrá-las e traduzir tal “Escritura Sagrada” para a língua inglesa. O texto original, escrito num tal de Egípcio Reformado, língua esta desconhecida por Smith, seria traduzido de forma sobrenatural, com a ajuda de duas misteriosas pedras em arcos de prata, chamadas Urim e Tumim, e um enigmático peitoral. Estes seriam encontrados junto das mencionadas placas de ouro, quando estas fossem desenterradas. Joseph Smith “obedeceu” à ordem que Deus lhe dera através do anjo Morôni; e assim surgiu o que hoje conhecemos pelo nome de O Livro de Mórmon, e, por conseguinte, os seguidores desse livro, os quais constituem a seita Mórmon, que aqui pretendemos considerar resumidamente.
Segundo o mencionado Livro de Mórmon, por volta do ano 600 a. C., um judeu chamado Lehi, por ordem de Deus embarcou num barco com seus familiares e rumaram a uma terra que o Senhor lhes mostraria. Assim vieram para o nosso Continente Americano. Antes de Lehi e sua família, um povo chamado Jareditas, também teria vindo para cá, por volta de 2.247 a. C., quando Deus confundiu as línguas na Torre de Babel. Muitos dos descendentes de Lehi, bem como o jaredita Éter, receberam de Deus muitas revelações, as quais foram escritas em placas de ouro. Mais tarde, quando estes povos se desviaram dos caminhos do Senhor, um profeta chamado Mórmon, preste a morrer, entregou tais Escritos Sagrados aos cuidados de seu filho Morôni, o qual, após adicionar às ditas placas de ouro um pequeno texto, as enterrou em um monte, por volta do ano 420 A. D., bem perto do lugar onde, no início do século 19 (1806), nasceria Joseph Smith Jr., o homem escolhido por Deus para desenterrar o Livro Sagrado que Morôni enterrara e, deste modo, trazer a lume a verdade, que há séculos desaparecera da Terra; o que redundou no ressurgimento da verdadeira Igreja. Sim, os mórmons proclamam aos quatro ventos que a verdadeira Igreja de Cristo desapareceu da Terra, nos primórdios da Era Cristã, e que assim permaneceu durante muitos séculos, até que Deus, através do profeta Joseph Smith Junior, trouxe a verdade a lume; e, por conseguinte, fez com que a Igreja de Cristo, isto é, o conjunto dos verdadeiros cristãos, voltasse a existir na Terra.

2) PODEMOS TESTAR O MORMONISMO?

O Livro de Mórmon é, pois, de acordo com os mórmons, um Livro Sagrado escrito entre os anos 600 a. C., a 420 d. C., quando então foi enterrado por um homem chamado Morôni, onde permaneceu até que Joseph Smith o desenterrou e traduziu em 1827. O Mormonismo apela, portanto, para o sobrenatural. Porém, há muitas religiões que o fazem também. E nem por isso são igualmente verdadeiras. Maomé, o fundador do Islamismo, disse que o anjo Gabriel falou-lhe face a face. O Adventismo do 7º Dia se firma numa mentora chamada Ellen White, que alegava ouvir a voz de Deus, dizia ter visões, e escrevia sob “inspiração divina”. E muitos outros exemplos poderíamos dar. E, não obstante, os mórmons não são muçulmanos, tampouco adventistas. Logo, assiste a nós o direito de submetermos o Mormonismo a um teste. E já o fizemos, achamo-lo mentiroso, e o denunciamos aqui.
Inventar uma estória como a que constitui O Livro de Mórmon, não é nada sobrenatural. Logo, Joseph Smith pode ser sim, o autor dessa invencionice. Por que não? Há romances e novelas bem mais fascinantes do que O Livro de Mórmon. Homero, autor da famosa epopéia intitulada Odisséia, não foi menos criativo do que Joseph Smith. Porém, quem é o autor de O Livro de Mórmon? Deus, como o supõem os mórmons? O próprio Smith, como o supõem alguns? Ou um outro alguém? A opinião mais comum entre os estudiosos do Mormonismo, e que parece ter mais fundamento, é que um pastor presbiteriano, jubilado, chamado Salomão Spaulding, escreveu uma história fictícia dos primitivos habitantes da América. Joseph Smith teria tomado de tal estória o que constitui a maior parte de seu Livro de Mórmon.

3) JESUS NO CONTINENTE AMERICANO?

O Livro de Mórmon descreve também a imaginária estada de Jesus no nosso Continente Americano, bem no início do século I, quando ensinou a verdade, fundou uma poderosa Igreja, ordenou Ministros... e subiu ao Céu. Como o leitor pode ver, embora a Bíblia diga que quando Jesus ressuscitou, Ele reapareceu aos seus discípulos e, a seguir, foi para o Céu (Mc 16. 19; Lc 24.51; At 1. 9-11), os mórmons crêem que Cristo, ao se ausentar de seus discípulos, veio para o nosso Continente, fundar a sua Igreja aqui também.

4) QUEM ATIROU PRIMEIRO?

Sempre que alguém se dispõe a pronunciar contra o Mormonismo, os mórmons se melindram, dizendo que estão sendo perseguidos. Mas, do exposto acima, eles deram o primeiro tiro.
Antes de dizermos que o Mormonismo é falso, Joseph Smith alardeou que Jesus lhe falara que a Igreja Católica, a Igreja Ortodoxa, as igrejas protestantes, e outras, são falsas; que tudo quanto estas igrejas pregam é uma nojeira; e que todos os pastores e padres são corruptos (Pérola de Grande Valor, Joseph Smith, capítulo 2, versículos 17-20). Nós estamos apenas fazendo uso do direito de defesa que nos assiste. Ademais, empreendemos também, e principalmente, livrar os mórmons do embusteiro Smith, bem como da condenação eterna, pregando-lhes o verdadeiro Evangelho.
Esta obra não é uma revanche às críticas que Joseph Smith endereçou a nós (críticas estas perpetuadas pelos atuais mórmons, já que reeditam os livros desse gaiato, dizendo ao mesmo tempo, que crêem que ele falou a verdade), pois pagar na mesma moeda não é atitude cristã.
Ser mórmon implica em reconhecer Joseph Smith como autêntico profeta. Logo, todo verdadeiro mórmon tem, das outras igrejas, a seguinte concepção: a) São falsas; b) Ensinam abominação; c) Seus líderes são corruptos. E, deste modo, os mórmons não podem se melindrar ante nossas refutações ao Mormonismo. Sim, se nós podemos e devemos ler os livros que eles publicam, os quais não só criticam nossas crenças, mas nos atacam pessoalmente, qualificando-nos como corruptos, por que os mórmons não poderiam examinar nossas ponderações às suas convicções religiosas? Joseph Smith e seus seguidores nos colocaram no banco dos réus e, portanto, nos devem o direito de defesa. Eles têm o dever de nos ouvir e apreciar nossas ponderações.
Tachando-nos de corruptos, Smith demonstra ser um garoto malcriado. Os mórmons diriam que não foi ele quem o disse, e sim, o próprio Jesus. Mas esse gesto covarde, não seria apenas uma maneira de dar peso às suas palavras? Além disso, se eles realmente crêem que Jesus falou isso a Joseph Smith, então eles assim nos consideram. E deste modo podemos dizer que os mórmons afirmam em uníssono que nós, pastores evangélicos, somos corruptos. E de nada adiantaria os mórmons dizerem que essa corrupção diz respeito à corrupção doutrinária, visto que, de qualquer forma, eles nos criticam, por cuja razão, fariam bem em ouvir nossas defesas. Leia, pois, estas linhas!!!
O Livro de Mórmon é, segundo os mórmons, mais perfeito do que a Bíblia. Eles alegam que a Bíblia, além de ser incompleta, foi adulterada por homens inescrupulosos, tornando-se por isso em um livro usado por Satanás (1Néfi 13: 28-29).
Os mórmons tacham de seitas (como veremos em 2.1.2.4. página 23) todas as outras igrejas.
OBSERVAÇÃO: Muito (não tudo) do que dissemos acima, consta em O Livro de Mórmon, Edição de 1981, páginas 5-14.

5) QUE TIPO DE MORMONISMO VAMOS ESTUDAR?

Há várias facções no Mormonismo, como, por exemplo, Igreja de Cristo do Lote do Templo, Igreja Reorganizada de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias Strangistas, Igreja de Jesus Cristo Bickertonista, Igreja de Jesus Cristo Cutierista, e A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Mas somente esta última, é abordada com detalhes nesta obra que o prezado leitor ora nos dá a honra de apreciar.
Sim, ocorreu uma “explosão” dentro da “Igreja” Mórmon, dividindo-a em várias seitas que, de per si, se considera a única certa, e se acusam mutuamente de falta de ortodoxia doutrinária.

6) DE TUDO UM POUCO: EIS O MORMONISMO

O leitor verá que a religião Mórmon, embora alegue ser a única Igreja verdadeira, nada mais é que uma mistura de Espiritismo, paganismo, panteísmo, charlatanismo, uma pitada de Cristianismo etc., criada por um play-boy gaiato e charlatão, chamado Joseph Smith, cujo pai tinha o mesmo nome. Não expressamos desta maneira por desrespeito, mas sim, porque esta é a verdade. E vamos provar isto ao caro leitor, se o preconceito não o impedir de ler toda esta obra.

7) BEREANOS X JOSEPHINISTAS

Joseph Smith dizia que os seus leitores podiam orar a Deus, inquirindo sobre a autenticidade ou não do Livro de Mórmon e outros escritos seus. E prometia aos que assim fizessem, o testemunho positivo do Espírito Santo, em forma de um ardor no peito (Morôni 10:4; Doutrina e Convênios 9:8). Essa camisa de força tem funcionado de fato. Não são poucos os mórmons que, diante das provas irrefutáveis de que a literatura mórmon é fraudulenta, fecham os olhos à realidade e proclamam em uníssono: “nós sentimos um ardor no peito e isso nos basta”. Contudo, recomendamos aos mórmons o teste bereano, sugerido em At 17:11, que é submeter os ensinos de Joseph Smith ou qualquer outro, a um escrutínio à luz da Bíblia. Ainda informamos aos mórmons que nós, os cristãos bíblicos, também sentimos o testemunho do Espírito Santo, em forma de um ardor no nosso coração, conforme registrado na Bíblia (Rm 8:16; Lc 24:32;1Jo 3:24; 4:13; 5:10). E agora Joseph? Saiamos desta situação embaraçosa, seguindo a recomendação de At 17:11, já sugerida acima, bem como o texto inspirado de Gl 1:8: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo vindo do Céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema”. Esta passagem bíblica cai como uma luva na refutação ao Mormonismo, visto que, segundo os mórmons, O Livro de Mórmon é Um Outro Testamento de Jesus Cristo (outro evangelho?!), desenterrado sob a orientação de um tal de anjo Morôni. Logo, o Mormonismo é outro “evangelho” pregado por um “anjo”; sendo, portanto, precisamente o que o apóstolo Paulo nos manda anatematizar. Anatematizemo-lo, pois.

8) RESUMO DAS CRENÇAS MÓRMONS
As heresias da Igreja Mórmon abordadas neste livro, são:
a) É porque existe pecado, que podemos ter a bênção da vida eterna e sermos alegres e felizes. Existimos por causa do pecado;
b) Deus não criou o Universo do nada, visto que a matéria sempre existiu;
c) Não há um só Deus. O número de Deuses é superior ao número de grãos de areia de um bilhão de mundos do tamanho do planeta Terra;
d) Deus é um homem exaltado e, por isso, tem um corpo de carne e ossos tão tangível como o do homem;
e) Os negros, por serem amaldiçoados por Deus, têm nariz chato, são feios, desajeitados, e sem inteligência. Eles são representantes do Diabo. Por isso, até 1978 eles e seus descendentes não podiam ser sacerdotes na Igreja Mórmon;
f) Jesus Cristo é irmão do Diabo;
g) Maria teve uma relação sexual com Deus, de cujo relacionamento engravidou e deu à luz Jesus. Logo, Jesus não nasceu de uma virgem, como muitos pensam;
g) O Pai, o Filho e o Espírito Santo são três Deuses;
h) A Bíblia, por ter sido adulterada, nada mais é que um instrumento do Diabo para escravizar os homens;
i) Os que não crêem no Livro de Mórmon, que é superior à Bíblia, serão condenados;
j) O homem já existia antes de vir para o planeta Terra;
k) Seguindo fielmente à Igreja Mórmon, o homem tornar-se-á Deus Todo-Poderoso e, então, até os anjos lhe serão sujeitos;
l) Marido e mulher podem se tornar Deuses e continuar como esposo e esposa, no além, gerando filhos eternamente;
m) Enquanto estamos neste mundo podemos contribuir para a salvação dos que crêem no Evangelho após a morte, nos batizando por eles. Os mórmons que negligenciam esse ensino estão pondo “em perigo a si próprios”;
n) Não se deve adorar a Jesus e, por conseguinte, dirigir-lhe orações. Não é bom ter muita intimidade com Cristo;
o) Deus não é Deus desde a eternidade, pois tem um Pai e, portanto, um princípio. Ele evoluiu até tornar-se Deus;
p) Há muitos Deuses, mas Adão, que é Miguel, isto é, o Arcanjo ou Ancião de Dias, é o nosso único Deus;
q) Ninguém, nesta dispensação, entrará no Reino Celestial de Deus sem o consentimento de Joseph Smith; etc.

9) SOBRE OS PRINCIPAIS ESCRITOS MÓRMONS

Acerca das divisões, os principais livros dos mórmons são similares à Bíblia, isto é, são divididos em capítulos (ou seções) e versículos. Os seus principais livros são os que se seguem e apresentam as seguintes divisões:

A) O Livro de Mórmon:

É constituído de 15 livros que, por sua vez, são divididos em capítulos e versículos. Tais livros são os seguintes:
Primeiro Livro de Néfi;
Segundo Livro de Néfi;
Livro de Jacó;
Livro de Enos;
Livro de Jarom;
Livro de Omni;
As Palavras de Mómon;
Livro de Mosíah;
Livro de Alma;
Livro de Helamã;
Terceiro Livro de Néfi;
Quarto Livro de Néfi;
Livro de Mórmon;
Livro de Éter;
Livro de Morôni.
O Livro de Mórmon é, segundo os mórmons, mais perfeito do que a Bíblia. Eles alegam que a Bíblia, além de ser incompleta, foi adulterada por homens inescrupulosos, tornando-se por isso em um livro usado por Satanás (1Néfi 13: 28-29).

B) Pérola de Grande Valor: É dividido em quatro partes: Livro de Moisés, Livro de Abraão, Escritos de Joseph Smith e, Regras de Fé. Estes também são subdivididos em capítulos e versículos.

c) Doutrina e Convênios: É dividido em 138 seções que, por sua vez, são divididas em versículos.

d) Regras de Fé: Dividida em 13 artigos, esta obra integra, como já foi dito, o livro Pérola de Grande Valor. Não deve ser confundida com outra de mesmo nome, do apóstolo mórmon James E. Talmage.

10) ESTAMOS DOCUMENTADOS
. Não raramente, quando denunciamos as barbaridades da Igreja Mórmon, muitos, e inclusive alguns adeptos dessa seita, pensam que estamos caluniando a religião alheia. Mas desafiamos nossos leitores a se certificarem da autenticidade ou não de nossas afirmações. Ademais, lembramos que calúnia é crime e dá cadeia. Portanto, se não temêssemos a Deus, temeríamos pelo menos a justiça dos homens. E isto é indício de que estamos devidamente documentados. Além disso, se os mórmons se sentirem caluniados, sugerimos que nos processem, visto que o lugar de caluniador é na cadeia.

11) CHEIOS DE AMOR E VAZIOS DE ANIMOSIDADE

Nas páginas seguintes refutaremos o que os líderes da “fantástica” Igreja Mórmon (que nasceu de forma tão assombrosa), vêm inculcando nos desavisados. E o faremos na seguinte ordem: Diremos o que eles pregam, exibiremos as provas, e refutaremos à luz da Bíblia, do bom senso, e, às vezes, até à luz da própria literatura mórmon. Mas antes de prosseguirmos, julgamos importante fazer constar destas páginas que não estamos sendo movidos por animosidade. Antes, somos impulsionados pelo amor cristão e pelo senso de responsabilidade. Uma das provas disso, é o fato de não nos dirigirmos a eles tachando-os de corruptos, mas sim, advertindo-os do engano de que são vítimas. Este livro é uma crítica construtiva, oriunda do amor cristão que deve nos caracterizar; e objetiva salvar alguns de um dos engodos de Satanás, que é a Igreja Mórmon. Os adeptos dessa “religião”, bem como os seus simpatizantes, podem e devem examinar nossa defesa e refutação, quanto às acusações que Smith e seus discípulos lançaram e lançam sobre nós, os evangélicos, bem como sobre todas as outras religiões.



CAPÍTULO I

O PECADO É BÊNÇÃO?!


Por mais incrível que pareça, o Mormonismo prega que o pecado é uma bênção. O Mormonismo garante que o pacado de Adão e Eva foi motivo de bênção para eles e seus descendentes. Isso é dito com todas as letras pelos líderes dos mórmons. No livro Princípios do Evangelho, página 31, sob o cabeçalho Grandes Bênçãos Resultaram da Transgreção, podemos ler: “Algumas pessoas acreditam que Adão e Eva cometeram um sério pecado, quando comeram do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Todavia,...a queda foi um passo necessário...e uma grande bênção para toda a humanidade. Devido à queda somos abençoados...com a oportunidade de ganhar vida eterna... ‘Se não fosse pela nossa transgreção, jamais teríamos...a vida eterna...’ ” E em 2 Néfi 2: 22-25, se diz que a queda de Adão trouxe alegrias, e que nós existimos por causa dela.
Para que os mórmons enxerguem o absurdo dessa interpretação, três coisas são necessárias: Raciocinar (Rm 12: 1), orar (Tg 1.5) e ler a Bíblia (Rm.3.23; 5.12; 6.23). Por que esta seqüência? Resposta: Pelas seguintes razões:
1ª) Porque basta o uso da razão para sabermos que a desobediência a Deus não pode ser, em hipótese alguma, motivo de bênção. Deus, por Sua bondade, pode até nos abençoar apesar dos nossos pecados, porém, jamais poderá fazer das nossas transgressões, motivo de bênção. Quem raciocina com sua própria cabeça, sabe disso;
2ª) Embora a razão seja importante, precisamos da luz do Céu para não sermos enganados pelo poder das trevas;
3ª) A Bíblia diz categoricamente que o pecado trouxe condenação (Rm 3:23; 6:23ª; 5:12 etc.). Logo, os que apresentam o pecado como fonte de bênçãos, como os mórmons o fazem, não podem ser vistos como arautos de Deus, embora os mórmons se considerem mensageiros do Senhor.
Mais nada precisamos dizer para provarmos que a Igreja Mórmon não é de Deus, tal o tamanho do absurdo dessa doutrina infernal, que faz do asqueroso pecado, a fonte de todo o bem. Contudo, nos capítulos seguintes o leitor verá muitas aberrações do mesmo nível (e até pior) da que ora tratamos no presente capítulo. Sim, uma só heresia de perdição é mais que suficiente para desqualificar qualquer instituição religiosa. Todavia, cremos que quanto mais conhecermos as artimanhas do Maligno, mais hábeis seremos na luta contra ele. Daí os capítulos seguintes.



CAPÍTULO II

O “DEUS” DOS MÓRMONS

O que os mórmons pensam e dizem de Deus, é tão gritante que não merece ser criticado. Contudo, o amor a eles e a fé no poder de Deus para libertá-los, nos levam a refutar suas crenças. E a experiência nos prova que estamos na trilha certa, pois inúmeros mórmons já se converteram ao verdadeiro Evangelho em todo o mundo.
A respeito da Pessoa de Deus, a literatura mórmon faz uma confusão infernal. Acerca de Deus, encontramos nos livros dos mórmons, desde afirmações respaldadas pela Bíblia, às idéias mais absurdas, como veremos abaixo:

2.1. A respeito do Pai

2.1.1. Afirmações iguais às da Bíblia
a) “Cremos em Deus,o Pai Eterno, e em seu Filho, Jesus Cristo e no Espírito Santo” (Regras de Fé, artigo 1).
b) “...Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre, e...nele não há mudança...” (Livro de Mórmon, 9. 9)
c) “...Deus...por existir de eternidade em eternidade...” (Morôni 7. 22)
d) “...Deus é imutável de eternidade a eternidade” (Morôni, 8. 18).
e) “ E Deus falou...: Eis que Eu sou...sem princípio de dias ou fim de anos...” (Moisés 1. 3).
f) “...E, agora, eis que esta é a doutrina...do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, que é um Deus...” (2 Néfi 31. 21)
2.1.2. Afirmações antibíblicas
Como o leitor pode ver, as transcrições supra defendem a eternidade de Deus ( Ele sempre existiu e para sempre existirá), a imutabilidade de Deus (Ele não evoluiu, não evolui, e nem evoluirá), a Triunidade de Deus (Deus é triúno: O Pai, o Filho e o Espírito Santo), e a unicidade de Deus (há um só Deus). E com isto, nós, os evangélicos, concordamos plenamente. Todavia, com o outro canto da boca, o Mormonismo nega estas verdades, como a seguir provamos com transcrições. Sim, acerca de Deus, incoerentemente os mórmons cometem os seguintes desvios:
2.1.2.1. Negam Sua essência espiritual
“ O Pai possui um corpo de carne e ossos tão tangível como o do homem...” (Doutrina e Convênios, Seção 130: 22). Essa heresia foi ratificada pelos mórmons” em 1978, em o livro intitulado Os Mórmons. À página 86 podemos ler: “...O Pai e o Filho têm corpos de carne e ossos, bem parecidos com os nossos...” Refute essa crença, citando Jo 4.24: “Deus é espírito...”
Como sabemos, a Bíblia descreve Deus como tendo pés, mãos, olhos, ouvidos...(At 7.49; 11.21; 2Cr7.15 etc). Isso, somado às “revelações” que Deus teria feito a Joseph Smith e demais “profetas” mórmons, levam os mórmons a concluir que Deus tem um corpo de carne e ossos. Todavia, a Bíblia fala também das penas e asas de Deus (Sl 91.4). Seria razoável deduzirmos disso que Deus seja igual a uma ave? Pensem nisso os mórmons sinceros!
2.1.2.2. Negam Sua imutabilidade
“Os profetas mórmons têm ensinado continuamente a verdade sublime que Deus, o Pai Eterno, uma vez já foi homem mortal que passou por uma escola da vida terrena similar à qual estamos passando agora. Lembrem-se que Deus, nosso Pai Celestial foi, talvez, em algum tempo, uma criança e mortal como nós somos, e se elevou passo a passo na escala do progresso, na escola do desenvolvimento” (Milton R. hunter, The Gospel Through the Ages_Salt Lake City: Deseret Book Co., 1945, página 104_ citado em A Ilusão Mórmon, páginas 78 e 79, Editora Vida , 2ª impressão, 1991. Grifo nosso.). Pode-se refutar essa doutrina herética, de três maneiras:
1ª) Citando a Bíblia ( Salmo 90. 2; Tg 1. 17; Hb 13. 8; Ml 3. 6 etc.);
2ª) Citando a própria literatura mórmon, pois como já informamos, O Livro de Mórmon sustenta que Deus sempre foi Deus e que assim permanecerá para sempre. Ora, onde há incoerência, há fraude;
3ª) Apelando para o bom senso. Nada evolui infinitamente. Isso só seria possível, se a perfeição não existisse. Mas a perfeição existe, e Deus é portador da mesma. Deus não pode evoluir em poder, pois Ele já é Todo-Poderoso; Deus não pode evoluir em sabedoria, visto que Ele já é Onisciente; Deus não pode evoluir em sentido algum, visto que Ele é infinito em todos os seus atributos, como: amor, justiça, santidade, poder, sabedoria etc..
O Cristianismo ortodoxo prega que na eternidade não havia nada, além de um Ser incriado, que sempre existiu e que sempre foi o que é hoje, e que para sempre será o que hoje é, ou seja, Ele não era, não é, e nem será jamais, um ser evolutivo. Este Ser é o Criador de tudo quanto existe além de Si próprio. Ele é pessoal. Ele é triúno. Os mórmons não crêem nisto, mas ao agirem assim, estão sendo:
a) Incoerentes: Uma parte da literatura deles também prega que assim é, como já vimos;
b) Fraudulentos: Se não crêem nisto, por que dizem crer? Por que lançam livros dizendo que crêem na Trindade tal qual nós cremos? Ora, nenhuma incoerência vem de Deus;
c) Inseguros: Enquanto os mórmons negam a eternidade e imutabilidade de Deus, deixam transparecer que não estão seguros do que dizem, já que usam o advérbio de dúvida “talvez”. Ora, sirvamos de suas dúvidas para reforçarmos nossa convicção de que o Mormonismo não vem de Deus.

2.1.2.3. Negam Sua unicidade e singularidade
“E assim os Deuses desceram para formar o homem em Sua própria imagem, na imagem dos Deuses eles o formaram, macho e fêmea eles o formaram” ( Abraão, 4: 27). No livro A Ilusão Mórmon, já aludido acima, podemos ler a seguinte pronunciação mórmon: “ Se tomássemos um bilhão de mundos como este e contássemos todas as suas partículas, descobriríamos que existem mais Deuses do que as partículas de matéria nesses mundos” (página 211, citando Orson Pratt, Journal of Discourses, volume 2, publicado por F. D. e S. W. Richards, Liverpool, 1954; edição reimpressa, Salt Lake City, Utah, 1966, página 345). Essa heresia, além de colidir com a Bíblia (Is 43.10; Ef 4.6; 1Tm 2.5), choca também com alguns dos escritos dos mórmons, como por exemplo, 2 Néfi 31: 21, já mencionado.

2.1.2.4. Negam Sua transcendência
Destoando das demais religiões do mundo, e à moda Nova Era, os mórmons sonham alto. Eles não aspiram apenas a eterna presença de Deus. Na ótica deles, a salvação é algo mais: significa tornar-se Deus. Alcançar o status de Deus é, segundo os mórmons, um sonho realizável. Eles crêem que Abraão, Isaque e Jacó já se tornaram Deuses. O “profeta” Joseph Smith, disse: “ Abraão... Isaque e Jacó não são anjos, mas sim deuses”. (Doutrina e Convênios, Seção 132:37). A errônea crença de que Deus já foi como nós somos atualmente, e que nós podemos ser um dia o que Ele hoje é, embora salte aos olhos tratar-se de uma crença irracional e antibíblica, os mórmons não a vêem assim. Certo dia, este autor, querendo se certificar da autenticidade ou não do que ouvira dizer dos mórmons, perguntou a um bondoso mórmon: É verdade que vocês crêem que Deus já foi como nós somos hoje, e que um dia nós seremos o que Ele hoje é ? E ele respondeu: “Sim, nós pregamos esta verdade, porém, jamais seremos iguais a Deus, pois quando formos o que Ele hoje é, Ele já estará muito além do ponto no qual está hoje”. Este senhor demonstrou ser um mórmon bem informado, pois realmente os mórmons não só crêem que um dia nós seremos o que Deus atualmente é, como também crêem que nós e Deus evoluiremos infinitamente; e que, portanto, a disparidade entre nós e Ele será mantida eternamente.
Pode-se ver nitidamente que os mórmons crêem que não há qualquer diferença entre nós e Deus, a não ser no que diz respeito à idade, e, conseqüentemente, na experiência. Deus, por ser mais velho, já passou por onde nós ainda não passamos. Mas, com fé e boas obras, nós chegaremos lá, sustentam os mórmons. E ainda tacham de seitas, as igrejas que deles divergem quanto a isso.
Para que não fique dúvida alguma sobre o que estamos afirmando, veja estas transcrições: “Cremos em um Deus que em si mesmo é progressivo, cuja majestade é a inteligência; cuja perfeição consiste em progresso eterno. Um ser que atingiu seu estado de exaltação por um caminho que agora seus filhos têm permissão de seguir, cuja glória é sua herança partilhar. A despeito da oposição das seitas, em face a acusações diretas de blasfêmias, a Igreja proclama a verdade eterna, ‘Como é o homem, Deus uma vez já foi; como Deus é, o homem pode ser’ ” (James E. Talmage, A Study of the Articles of Faith [Salt Lake city: The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints, 1952], página 430. Citado em A Ilusão Mórmon, Editora Vida, página 78, grifo nosso).
Segundo Joseph Smith, o homem que conseguir alcançar o status da Divindade, será Deus na verdadeira concepção do termo; e, por conseguinte, será Todo- Poderoso. Até os anjos lhe serão sujeitos (Doutrina e Convênios, 132: 20).
Certamente já provamos que os mórmons não vêem em Deus nenhuma transcendência, pois julgam poder ser um dia, o que Ele hoje é. E isso é gravíssimo. Aspirar ser igual a Deus não é nada louvável. Foi assim que o Diabo caiu (Is 14. 12-15). Eva também foi tentada a ser igual a Deus ( Gn 3. 4-5), e o resultado nós já sabemos.
Como já vimos, os mórmons crêem que Deus é um homem exaltado. E, para ajudá-los a enxergar o absurdo dessa conclusão, devemos fazer três coisas:
1ª) Orar por eles. “As almas custam lágrimas”, diz um de nossos belos hinos. Se orássemos mais pelos perdidos, teríamos mais conversões. Este autor tem muitos testemunhos sobre isto. Precisamos crer mais no poder da oração.
2ª) Informá-los que essa crença é antibíblica (Nm 23.19; Os 11.9; Sl 90.2; Jo 4.24, comparado com Lc 24.39 [É que Jo 4.24 diz que Deus é Espírito; e, Lc 24.39, afirma que um espírito não tem carne e ossos]; Hb 13.8);
3ª) Conscientizá-los de que até O Livro de Mórmon, embora incoerentemente, diz o contrário de suas crenças, como observamos em 2.1.1, onde citamos Regras de Fé, artigo 1; Livro de Mórmon, 9. 9; Morôni 7. 22; 8.18; Moisés 1. 3; e 2 Néfi 31.21.

2.1.2.5. Negam Sua eternidade
Segundo os mórmons, Deus não é eterno em absoluto, ou seja, Ele não existe desde sempre, pois também tem Pai. Disse Joseph Smith: “ De modo que, se Jesus teve um Pai, o que nos impede de crer que o Pai também teve um Pai?”.(Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, página 365, edição de 1975). Neste mesmo livro, ás páginas 336-337, Joseph Smith afirma que ele podia provar pela Bíblia que Deus não é Deus desde sempre.

2.1.2.6. Negam Sua triunidade
É verdade que os mórmons dizem crer no Pai, no Filho e no Espírito Santo; contudo já sabemos que o “pai” deles é diametralmente oposto ao Pai bíblico. E quando nos inteiramos do que eles dizem do Senhor Jesus e do Espírito Santo, percebemos que eles rejeitam a doutrina da Trindade, tal qual esposada nas páginas da Bíblia. Assim dizemos porque os mórmons asseguram à página 86 de o livro Os Mórmons, que o Pai, o Filho e o Espírito Santo “são três indivíduos separados, fisicamente distintos uns dos outros... unidos” apenas “em propósito”. Ora, isso é crer em três deuses, não na Trindade bíblica. O Pai, acerca do qual nos fala a Bíblia, é distinto do Filho e do Espírito Santo, mas inseparável destes, pois com os mesmos se transfunde, constituindo uma só Divindade. Ora, se são três Pessoas distintas umas das outras, igualmente divinas, constituindo um só Deus, como o diz a Bíblia, há, entre os membros da Trindade, uma “crase” muito mais acentuada do que uma simples união de propósito.

2.1.2.7. Confundem-no com Adão, e Com o arcanjo Miguel
Pasme o leitor, mas uma das doutrinas esquisitas dos mórmons, é a que diz respeito ao Deus-Adão. Eis a prova: “...Quando nosso pai chegou ao Jardim do Éden,...trouxe consigo Eva, uma de suas esposas, ...Ele é Miguel, o Arcanjo, o Ancião de Dias!...Ele é nosso pai e nosso Deus, e o único Deus com quem devemos lidar” (Journal of Discourses, Vol.1, páginas 50,51, citado em A Ilusão Mórmon, página 91) . Contudo, em 1976, Spencer W. Kimball, então presidente dos mórmons, na obra mórmon Church News, de 09 de outubro daquele ano, mentiu descaradamente, afirmando que as autoridades mórmons jamais pregaram isso.

2.1.2.8. Não o reconhecem como Criador
Uma das doutrinas mórmons é que Deus não criou nada, mas tão-somente organizou as coisas. Os mórmons crêem que a matéria é eterna. O livro Doutrina e Convênios__Manual do Aluno__, página 326, reimpressão de maio de 1998, “explica” como foi que Deus formou a Terra: “... ao formar a terra, não a criou de algo que não existia, mas organizou-a com os materiais que já havia por toda a eternidade...os elementos não tiveram princípio...” Ora, negar que a natureza tenha um Criador, é coisa de ateu, não de cristão (Gn 1.1).

2.2. A respeito de Jesus, o Filho de Deus
Acerca do Senhor Jesus Cristo, os mórmons cometem os seguintes desvios:

2.2.1. A origem de Jesus
Se até o Pai é visto como uma criatura, pelos mórmons, não nos surpreende sabermos que eles pensam o mesmo de Jesus. De acordo com os mórmons, Jesus não existe desde sempre, pois afirmam que Ele evoluiu até tornar-se Deus. São dos mórmons estas palavras: “Cristo, o Verbo, o Unigênito, já tinha, é claro, atingido o status da Divindade ainda quando vivia na preexistência” (O que os Mórmons Pensam de Cristo?[em inglês], página 36, citado em A Ilusão Mórmon, página 214). E: “Jesus tornou-se um Deus e chegou ao seu grande estado de compreensão mediante esforço consistente e obediência contínua a todas as verdades do evangelho e às leis universais” ( Milton R. Hunter, The Gospel Through the Ages; Deseret Book Co., Salt Lake city, 1945, página 51, citado em A Ilusão Mórmon, 214).

2.2.2. Sobre o nascimento de Jesus

2.2.2.1.Jesus não foi gerado pelo Espírito Santo
Segundo publicações mórmons, Jesus não foi gerado pelo Espírito Santo, mas sim, através de um relacionamento sexual entre Deus Pai e Maria. Na obra Journal of Discourses, 1: 50, 51, lemos: “...Jesus Cristo não foi gerado pelo Espírito Santo...” E no livro Mórmon Doctrine (Doutrina Mórmon), páginas 546 e 742, podemos ler: “Deus o Pai é um Homem santo, aperfeiçoado, glorificado, um personagem imortal. E Cristo veio ao mundo como filho literal deste Ser Santo; ele nasceu no mesmo senso pessoal, real, e literal como qualquer outro filho mortal é nascido de um pai mortal. Não há nada figurativo sobre sua paternidade; ele foi gerado, concebido num curso de eventos natural e normal, porque ele é o filho de Deus, e esta designação significa simplesmente o que isto diz”. E: “ O corpo físico de Jesus requeria tanto de uma Mãe como de um Pai. Portanto, o Pai e a Mãe de Jesus devem ter sido associados na capacidade de Marido e Esposa, de acordo com a carne...” Talvez os mórmons tentem provar o contrário, citando O Livro de Mómon, que confirma que Maria era virgem, e concebeu pelo poder do Espírito Santo: “...O Espírito Santo a cobrirá com sua sombra e ela conceberá pelo poder dele e gerará um filho, sim, o próprio Filho de Deus” (Alma 7: 10). Mas essa possível alegação, só serviria para ratificar o quanto são incoerentes.
2.2.2.2. Jesus não nasceu em Belém
Embora a Bíblia diga que Jesus nasceu em Belém (Mq 5. 2; Mt 2. 4-6), O Livro de Mórmon diz que Maria o deu à luz em Jerusalém: “E eis que nascerá de Maria, em Jerusalém...” (Alma 7. 10) .
2.2..3. O estado civil de Jesus
Segundo o ICP_Instituto Cristão de Pesquisas_ , a obra mórmon intitulada Journal of Discourses, Vol.2, Página 82 ; e Vol. 4, página 2 5 9, ousa dizer que Jesus era casado e polígamo (Defesa da Fé, Edição especial, Ano 2, Nº 1, 1998, página 130). E, em Os Fatos Sobre o Mormonismo, da editora Chamada da Meia Noite, edição de 1998, páginas 35-36, lemos: “O primeiro apóstolo mórmon, Orson Pratt, afirmou que Jesus Cristo casou-se em Caná da Galiléia, que Maria e Marta (e outras) eram suas mulheres, e que ele teve filhos...”. E, para documentar esta afirmação, cita: “Pratt, The Seer, novembro 1853,Vol. 1, Nº 11, página 172”.
2.2.4. Jesus é irmão do diabo
A revista Defesa da Fé, supracitada, ainda à página 130, denuncia: “O Jesus dos mórmons não é o mesmo da Bíblia...Em PGV” (Pérola de Grande Valor) “afirma que Jesus é irmão de Satanás (Moisés 4: 1-4)”.

2.2.5. Jesus não deve ser adorado
“Adoramos o Pai, unicamente Ele e a ninguém mais. Não adoramos o Filho e ...o Espírito Santo...” A literatura Mórmon chega mesmo a ensinar que se deve evitar “um relacionamento pessoal e especial com Cristo que, além de impróprio, é perigoso...” (Brigham Young University aldress, 2 de março de 1982; e Vinde a Cristo, páginas 43, 47,1984, citado em Série Apologética, páginas153-154, Volume V, 2002, ICP_Instituto Cristão de Pesquisas).

2.2.6. O “Jesus” mórmon é mascarado
Embora o “Jesus” do Mormonismo seja “outro Jesus” (2Co 11.4), como demonstramos acima, exibindo provas, os mórmons põem-lhe uma máscara do verdadeiro Jesus. Esse truque visa não espantar a presa. É uma estratégia proselitista. Os mórmons só apresentam o “Jesus” deles, depois que a pessoa já pode entender. Uma das muitas provas de que não estamos caluniando, é o que encontramos na página 1, da obra mórmon intitulada Comunicado Para a Imprensa, onde os mórmons falam de Cristo o que qualquer evangélico falaria. Veja: “ ...Jesus Cristo é o filho de Deus, o Pai Eterno. Esse Jesus de Nazareth, cujo nascimento foi proclamado por um anjo do Senhor e por um grande exército celestial (Lucas 2: 8-14), é o Salvador do Mundo, o Messias, o Redentor de todos os homens e o único mediador entre Deus e o homem mortal.
Ele viveu, morreu e ressuscitou literalmente como profetizaram os profetas do Velho Testamento e como afirma o Novo Testamento.
Fé no Senhor Jesus Cristo é o primeiro princípio do Evangelho....” Ora, quem não conhece o Jesus dos mórmons, ao ouvir palavras tão bonitas, procedentes dos lábios de um Élder, pensa estar diante de um verdadeiro Evangelista. É como diz o velho provérbio: “Quem não te conhece que te compre”.

2.3. A respeito do Espírito Santo
A Bíblia diz que Jesus é igual ao Pai (Jo 5.18), e que o Espírito Santo é igual a Jesus (Jo 14.16). Sim, a palavra original traduzida por “outro”, em Jo 14.16 é allos, que quer dizer outro da mesma espécie. Ora, se o Pai é igual ao Filho, e o Filho é igual ao Espírito Santo, então as três Pessoas da Santíssima Trindade são iguais. Contudo, os mórmons dizem que o Espírito Santo difere do Pai e do Filho no que diz respeito à constituição de seu ser. Disse Joseph Smith: “O Pai possui um corpo de carne e osso tão tangível como o do homem; o Filho também; mas o Espírito Santo não possui um corpo de carne osso, mas é um personagem de Espírito. Se assim não fora, o Espírito Santo não poderia habitar em nós” (Doutrina e Convênios, 130: 22. Ratificado em Os Mórmons, edição de 1978, página 92,). Em defesa da sua teoria sobre o Espírito Santo, o “profeta” Smith argumentou que doutro modo o Espírito Santo não poderia habitar em nós. Mas, se esse “raciocínio” fosse válido, como os mórmons explicariam Jo 14.23, que nos assegura que o Pai e o Filho habitam em nós, os salvos?
2.4. A trindade mórmon é mascarada
Registramos em 2.1.1, que os mórmons adoram dizer:“Cremos em Deus, o Pai eterno, e em seu Filho, Jesus Cristo e no Espírito Santo”. Mas vimos em 2.1.2.5, que essa “trindade” mórmon é diferente da Trindade bíblica. Deste modo podemos dizer que o Mormonismo mascara os seus três principais deuses de tal maneira, que uma pessoa desavisada facilmente vai na conversa. Esse truque é satânico e serve aos propósitos do Mormonismo: proselitismo entre os cristãos.
Cada membro da “trindade” mórmon é diferente dos constituintes da Trindade bíblica. O Mormonismo tem um “pai” diferente, um “filho” diferente e um “espírito santo” diferente. O “Pai Eterno” do qual os mórmons tanto falam, não é muito eterno, já que, segundo os mórmons, ele teve um princípio. Logo, ele não é eterno em absoluto, mas apenas relativamente. “Jesus, o Filho de Deus” dos mórmons, não é o Filho do Deus bíblico. Na sua preexistência, ele foi gerado como espírito, pelo concurso natural de uma relação sexual entre seu pai Deus e sua Mãe Deusa. E, quanto à sua vinda ao mundo, em carne, seu “Pai Celestial” deitou com Maria, penetrou-a e assim a engravidou. E o “Espírito Santo”, que segundo a Bíblia, constitui uma só Divindade com o Pai e o Filho, é, de acordo com os mórmons, diferente do Pai e do Filho. Isto posto, os mórmons faltam com a honestidade, quando se dirigem a nós dizendo que são cristãos, sob a alegação de que também crêem no Pai, no Filho e no Espírito Santo. Isso equivale a mascarar a “trindade” deles e assim ocultar de nós que a mesma é diferente da nossa. Podemos dizer que os mórmons forjaram uma trindade só para lhes servir de ponte até nós.



CAPÍTULO III
A “SALVAÇÃO” MÓRMON

A Doutrina da Salvação e o selo do Espírito Santo são deturpados pelos mórmons. O que eles pregam sobre estes assuntos é antibíblico e incoerente.

3.1. Sobre a salvação bíblica
A salvação bíblica não é um processo evolutivo, mas um ato instantâneo (Lc 7.50). Em fração de segundo Cristo pode perdoar até o mais vil dos pecadores (Mc 2.5). E, uma vez perdoado, não há mais o que fazer para restaurar a comunhão com Deus (Rm 5.1). E só não seria assim, se o perdão de Deus não fosse perfeito. Porém, a Bíblia diz que Deus até se esquece dos pecados que Ele perdoa (Hb 8 12). Por este motivo, a Bíblia diz que nós, os cristãos, já estamos salvos (Ef 2.8-10). Segundo esta última referência bíblica, a salvação é um dom (presente) de Deus, mediante a graça (favor não merecido) que há em Cristo, da qual tomamos posse exclusivamente pela fé, sem o auxílio das obras. O apóstolo Paulo disse ainda que se a salvação fosse pelas obras, a graça não seria graça. Disse ele: “Mas se é pela graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça” (Rm 11. 6). O perdoado tem muito que fazer por ser perdoado, mas nada para ser perdoado. Ora, “perdoado” e “salvo”, são termos equivalentes. Recapitulando: O perdão é total, instantâneo e perfeito. E é através de Cristo, e não através de uma religião. Nada atua ao lado de Cristo, ajudando-o a nos salvar. Ele nos salva sozinho (Jo14.6; At 4.12). Logo, Cristo salva num piscar de olhos; e esta salvação é perfeita (Hb7.25). Então, o cristão não se esforça para alcançar a sua salvação, mas sim, por cinco razões:
1ª) Para não perder a salvação que já alcançou, mas sim, usufruir da mesma em toda a sua pujança naquele grande dia;
2ª) Para viver em conformidade com a nova vida que Cristo já lhe deu quando o perdoou e salvou;
3ª) para levar outros à salvação;
4ª) para alegrar àquEle que o salvou- Jesus;
5ª) o salvo é transformado, e vive esta transformação naturalmente.
As boas obras são, pois, quando muito, frutos da salvação; e, portanto, jamais podem ser encaradas como a fonte da salvação.
A salvação é, segundo a Bíblia, importantíssima. A salvação é a maior necessidade do perdido, bem como o maior tesouro do salvo. E só há dois extremos: Slvação ou perdição. O salvo é um felizardo; e o perdido, um desgraçado. Salvar-se, significa desfrutar da presença de Cristo para sempre, o que é uma glória indescritível. E perder-se, é amargar a ausência de Cristo eternamente, o que é uma catástrofe indizível. Que Deus nos livre! Sim, que Deus nos livre, e Ele pode nos livrar, visto que, assim como uma pessoa salva pode negar a fé e, por conseguinte, perder a salvação (2 Tm. 2:12b; Mt.10:33; Lc.12:9 etc.), um perdido pode negar-se a si mesmo, negar o pecado, negar a incredulidade, confessar a Cristo e, assim, se salvar (Mt.16:24; 2Cr.15:1-4; Ez.18:24 etc.).
A Bíblia diz ainda que simultaneamente ao recebimento da salvação, dá-se também o recebimento do Espírito Santo (Rm 8.9,11). Este texto bíblico diz que quem não tem o Espírito Santo não é de Cristo. Logo, todos os que são de Cristo têm o Espírito Santo, e o receberam no exato momento em que passaram a ser de Cristo, isto é, no mesmo instante em que entregaram suas vidas a Cristo, já que a salvação se dá simultaneamente à conversão (Lc.7: 50; 19:9; Jo5:24 etc.)

3.2. Denunciando a falsa salvação mórmon
Já vimos acima, embora resumidamente, o que a Bíblia diz sobre a salvação e o recebimento do Espírito Santo. Agora, vejamos o que os mórmons dizem acerca destes assuntos, e, deste modo, certifiquemo-nos que o “plano de salvação” apresentado pelos mórmons é, de fato, antibíblico e incoerente.
3.2.1. É antibíblico

3.2.1.1. Salvação através da igreja deles
Em Doutrina e Convênios, 132.3-6; e 133.60-74, “Deus” diz ao “profeta” Joseph Smith que quem não crer na sua mensagem será condenado. Joseph Smith é o profeta de Deus, que não pode ser descrido (já que é verdadeiro). Quem duvida do “evangelho restaurado” que ele pregou, será condenado. Os mórmons não reconhecem nenhuma outra igreja como verdadeira. “Jesus” disse a Smith, como vimos na INTRODUÇÂO a este livro, que todas as igrejas são falsas, que todos os seus mestres são corruptos, e que todos os seus credos são uma abominação, isto é, uma nojeira (Pérola de Grande Valor, Joseph Smith, 2: 17- 20).
Um “profeta” mórmon chamado Brighan Young, disse: “...Nenhum homem ou mulher nesta dispensação entrará no reino celestial de Deus sem o consentimento de Joseph Smith...Cada homem ou mulher precisa ter o ‘certificado’ de Joseph Smith Jr. como passaporte para sua entrada nas mansões onde Deus e Cristo estão...Não posso ir lá sem o seu consentimento. Ele segura as chaves daquele reino para esta última dispensação” (Journal of Discourses, Vol. 3, página 289, citado em Defesa da Fé, supra identificado, página 130).
No prefácio do Livro de Mórmon, 1ª edição de 1830, afirma-se textualmente que os que duvidam da autenticidade desse livro serão condenados.

3.2.1.2. Salvação geral, castas de salvos e os perdidos

3.2.1.2.1. Salvação geral
A salvação da qual tratamos em 3.2.1.1, é vista pelos mórmons como salvação individual. Eles crêem em dois tipos de salvação: geral e individual. A salvação individual é para os mórmons. Estes aspiram ser exaltados ao status de Divindade, como já vimos. Para se alcançar esse tipo de salvação, é preciso ter fé em Jesus, se tornar mórmon, se batizar, receber o Espírito Santo pela imposição de mãos, se dedicar às boas obras etc.. Já a salvação geral não é só para os mórmons. Os que participarem dessa “salvação” serão ressuscitados e rigorosamente punidos. Após pagarem por seus pecados, cumprindo a pena que lhes será imposta por Deus, serão liberados para a salvação (McConkie Mórmon Doctrine, páginas 62, 669 e 670; Stephen l. Richards, Contributions of Joseph Smith [Salt Lake City: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias]). Por “Salvação Geral”, não se deve entender que os mórmons creiam que toda a humanidade se salvará? Segundo Doutrina e Convênios, 76: 32-49, os ex-mórmons sofrerão no lago de fogo com o Diabo e seus anjos eternamente. Embora se afirme em A Ilusão Mórmon, supracitado, às páginas 130 e 131, que a liderança mórmon está dividida quanto à existência do Inferno como um lugar de tormento eterno: uns dizem sim, e outros dizem não. Estes “explicam” que “qualquer castigo de Deus é eterno porque Deus é eterno”.
3.2.1.2.2. Castas de salvos
Não é só entre os Testemunhas de Jeová que os salvos são divididos em castas. Em Doutrina e Convênios 76, encontramos a exposição da seguinte “Escatologia” : À morte, a alma vai para o mundo espiritual, onde aguardará a ressurreição; os ímpios vão para a prisão, onde são atormentados; e os justos vão para o Paraíso. Depois da ressurreição, serão classificados em quatro grupos, a saber:

1º) Reino celestial: Os que forem contemplados com esse Reino, terão três graus de glória. Destes, o mais elevado grau é a exaltação, isto é, o indivíduo se tornará Deus Todo-Poderoso, de tal maneira que até os anjos lhe serão sujeitos (Doutrina e Convênios, 132: 20); relacionar-se-ão sexualmente com suas esposas, no além, e gerarão filhos (A Igreja Restaurada, Edição de 1964, páginas 490-491)

2º) Reino terrestrial: São os que, embora tenham rejeitado o Evangelho na Terra, o aceitaram após a morte, enquanto aguardavam a ressurreição no mundo espiritual (é por isso que os mórmons se batizam pelos mortos. Veremos isto em 3.2.2.);

3º) Reino telestial: São os que não se converteram ao Evangelho, nem na Terra e nem no mundo espiritual ( Estes três “reinos” : Celestial, Terrestrial e Telestial, são para os salvos. Os salvos do Reino Telestial nunca serão Deuses, mas apenas anjos, por cujo motivo serão eternamente solteiros (Doutrina e Convênios, 132:17) . Para justificar estas imaginárias divisões, os mórmons citam Jo 14.2; 1Co15.40,41; 2 Co 12. 2-4. );

3.2.1.2.3 Os perdidos:
Segundo Smith, os ex-mórmons, o Diabo e os demônios, vão para as trevas exteriores, onde sofrerão eternamente. Essa ameaça aos ex-mórmons, certamente é uma camisa de força para segurar adeptos. Smith afirmou que só os ex-mórmons se perderão (Doutrina e Convênios, 76: 31 a 44), porém, por que teríamos que crer nisso? Ora, se o ensinamento de que, dentre os humanos, só os ex-mórmons serão condenados, fosse certo, bastaria não existir a Igreja Mórmon para que toda a humanidade se salvasse. Sim, porque não havendo a Igreja Mórmon, também não existiria ex-mórmon. E que “igreja” é essa, cuja Missão é fazer com que pelo menos uma pequena parte da humanidade se perca? Os mórmons dirão que não é este o caso. Mas, se só ex-mórmon se perde, é este, o caso, sim.
Tudo no Mormonismo é confusão. Nada é claro. Em 3.2.1.1., afirmamos, exibindo provas, que o Mormonismo condena a todos os que não são Mórmons. Mas, como eles não falam coisa com coisa, finalmente, só ex-mórmons serão condenados.
Os textos bíblicos sobre os quais os mórmons tentam se firmar para expor os supostos três graus de glória, não tratam do que eles pretendem. Senão, vejamos:
a) As muitas moradas mencionadas em Jo 14.2, tem por objetivo único dizer que no Céu há espaço suficiente para todos. O texto fala de “muitas moradas”, e não de muitos tipos de moradas;
b) 1Co 15. 40, 41 não fala de três níveis de glória, mas somente de dois: celestial e terrestre;
c) 2 Co 12. 2-4, chama de terceiro Céu, o que Cristo chamou de Casa do Pai em Jo 14. 2. O primeiro e o segundo céus são, respectivamente, a atmosfera e o espaço sideral.

3.2.1.3. Salvação pelas obras

Na introdução a esta lição, mostramos resumidamente o que a Bíblia diz sobre como sermos salvos. Mostramos que a Bíblia diz que a salvação não é pelas obras, mas pela graça, por meio da fé. Os mórmons, porém, não crêem assim. Interpretando suas crenças, eles crêem no seguinte: A morte e a ressurreição de Cristo garantem a nossa ressurreição. E as nossas obras determinam como viveremos após a ressurreição. Proporcionalmente ao bem que fizermos, seremos recompensados com um dos três Reinos acima considerados. E, se nos tornarmos mórmons, e depois negarmos o Mormonismo, iremos para o tormento sem fim, reinar com o Diabo e seus anjos, no fogo inextinguível (Doutrina e Convênios, 76: 44). Deste modo podemos ver que o Mormonismo tem sua maneira própria de negar o sangue de Cristo. O Mormonismo nega a totalidade e instantaneidade da salvação mediante o sacrifício vicário de Jesus. Os mórmons não se deleitam em Rm 8.1: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”.
3.2.2. É incoerente

Vimos acima que a pregação mórmon sobre a salvação, é antibíblica. Agora veremos que os mórmons, além de proclamarem uma doutrina contrária à Bíblia, não falam coisa com coisa, ou seja, eles são incoerentes. Exibiremos a prova desta afirmação, mostrando a barafunda que eles fazem quando falam da salvação através do batismo para subseqüente recebimento do Espírito Santo. Sim, sobre este tema, os mórmons fazem, como sempre, uma confusão dos infernos.
Interpretando erradamente Jo 3.1-5, onde Jesus fala a Nicodemos sobre o novo nascimento (que, para nós, os evangélicos, significa a experiência da salvação), os mórmons concluem que o batismo é necessário para a salvação. Essa heresia é facilmente refutável à luz de Lc 23. 43, onde Jesus assegura ao bandido arrependido que este estaria no Paraíso naquele mesmo dia. E sabemos que o referido malfeitor não foi batizado. Logo, nascer de novo não é se deixar batizar. Este fato bíblico joga por terra todas as artimanhas do Inimigo. Aqui se vai o purgatório, as indulgências, as missas, o limbo, a famosa reencarnação, o carma, o batismo “purificador” dos mórmons etc..
Já vimos que os mórmons são dúbios. E, no que diz respeito à salvação através do batismo, eles não são menos ambíguos. O 4º artigo de Regras de Fé, estabelece a seguinte trajetória: Fé em Cristo; arrependimento; batismo; e, por último, a imposição das mãos para recebimento do Espírito Santo. Também, em 3 Néfi 12.2; e Morôni 8: 11, se estabelece que os pecados são perdoados pelo batismo. Mas, contraditoriamente, em Doutrina e Convênios 20:37, encontramos que a Igreja Mórmon só deve batizar os que, previamente, demonstrarem ter recebido o perdão de seus pecados e o Espírito de Cristo, isto é, o Espírito Santo. Há, aqui, duas discrepâncias: 1ª) O 4º artigo de Regras de Fé determina que o Espírito Santo só é conferido depois do batismo, ao passo que Doutrina e Convênios afirma que só se deve batizar os que receberem o Espírito Santo; 2ª) 3 Néfi 12.2, e Morôni 8.11, afirmam que o batismo precede o perdão dos pecados; ao passo que Doutrina e Convênios exige que o candidato ao batismo tenha recebido previamente o perdão dos seus pecados.
Uma prova bíblica de que o recebimento do Espírito Santo precede o batismo, é o que está exarado em Atos dos Apóstolos, capítulos 10 e11. Segundo esta referência bíblica, Cornélio e os que estavam em sua casa receberam o Espírito Santo antes de serem batizados. Talvez os mórmons se defendam, citando At 8.12-17. Mas aqui a referência é ao batismo no Espírito Santo, o que sempre sucede a salvação, mas nem sempre precede o batismo em água. E se os mórmons não vêem diferença entre “ter o Espírito santo” e “ser batizado no Espírito Santo”, melhor para nós; pois que deste modo não se poderia estabelecer uma regra, como eles o fazem; já que, assim sendo, o recebimento do Espírito Santo poderia ser tanto antes quanto depois do batismo em água.
Como sabemos, os mórmons se inspiram em 1 Co 15. 29 para se batizarem pelos mortos. Todavia, a Bíblia diz sem rodeios que após a morte não há salvação para quem quer que seja (Lc 16. 19-30; Ap 11-15 etc). E, se lermos todo o capítulo 15 da 1ª epístola de Paulo aos coríntios, veremos que este apóstolo estava tão-somente dizendo que dentre os coríntios, alguns eram tão contraditórios que se batizavam pelos mortos sem, contudo, crerem na ressurreição destes. Portanto, Paulo não abonou o proceder deles; antes, se serviu de suas discrepâncias para lhes mostrar o quanto eram incoerentes. É que nos dias de Paulo já existiam pessoas que não falavam coisa com coisa, como também o fez Joseph Smith. E Paulo tentou ajudá-los, como também o autor destas linhas ora estende a mão amiga aos mórmons.
Segundo a literatura mórmon, o maior e mais importante de todos os deveres é batizar-se pelos mortos. Este ato beneficia não só os falecidos, mas também os vivos que por eles se batizam. Por outro lado, os que negligenciam este dever “põem em perigo a si próprios” (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, página 188, edição d 1975; Princípios do Evangelho, página 248, edição de 1988; e Doutrinas de Salvação, Volume II, página 148).

3.2.3. Auto-expiação
“... De fato, o mormonismo tem uma idéia tão negativa da expiação que, durante seus primeiros anos de existência, a igreja ensinava a necessidade dos homens derramarem seu próprio sangue (serem mortos) a fim de expiarem certos pecados. Infelizmente, sem dúvida alguma, muitos indivíduos foram realmente assassinados por causa da crença enganosa de que isso iria expiar os seus pecados e enviá-los ao céu...” (Os Fatos Sobre os Mórmons, op. cit., página 42).
Os autores da afirmação acima transcrita (afirmação esta que deveras compromete o Mormonismo) respaldam-se na obra mórmon intitulada Journal of discourses, Vol.4, página 220. Logo, trata-se de uma informação de primeira mão. Além disso, o fato de a Igreja Mórmon não processar os autores dessas denúncias, evidencia que ela tem culpa no cartório.



APÍTULO IV
O RACISMO MÓRMON

Nenhuma religião racista pode se considerar cristã. O racismo, além de ser uma atitude medíocre e ridícula, é pecado. E é desnecessário provar que Cristo não era racista. Ele mandou pregar o Evangelho a toda criatura (Mc 16.15-16; Mt 28. 19-20; At 1. 8; 10.1-11.18; Rm 3:22). Portanto, se conseguirmos provar que Joseph Smith e outros pioneiros do Mormonismo eram racistas, e que a prática do racismo era e é um mandamento sagrado da “Igreja” Mórmon, encarado como ordem divina, estaremos exibindo mais uma prova de que essa seita é uma arapuca de Satã. E é isto que empreendemos fazer neste capítulo; e o fazemos reproduzindo algumas das afirmações do “profeta” Joseph Smith e outros expoentes do Mormonismo, citando as fontes.
O leitor verá que literatura oficial da seita mórmom ensina que os negros, por terem sido amaldiçoados por Deus, têm nariz chato, são feios, desajeitados, desagradáveis, selvagens, baixos em seus costumes, sem inteligência. Já os tacharam até de representantes do Diabo.
Crêem os mórmons que houve uma guerra no Céu para expulsar de lá o Diabo. Os que lutaram do lado de Satanás, foram condenados a serem negros na Terra. O negro é, pois, segundo o Mormonismo, um criminoso político do Além que cumpre pena no nosso planeta. Por esta razão, o negro foi considerado como desqualificado para exercer o cargo de sacerdote entre os mórmons. Mas, a partir de 1978, a liderança mórmon viu que esse racismo estava tolhendo o progresso do Mormonismo no Brasil; por cujo motivo foi removido de sobre os negros, uma pequena parte da “maldição” que pesava sobre eles, permitindo que, a partir daí, o negro possa receber o sacerdócio. Sim, de acordo com o Mormonismo, não só o negro, mas também o branco que tivesse uma gota de sangue negro, isto é, que fosse descendente de negro, estava desqualificado para o ofício sacerdotal. Claro que esse “mandamento” dificultava o desenvolvimento do Mormonismo no Brasil, visto que, devido à miscigenação brasileira, é difícil encontrar por aqui alguém que não tenha um ascendente negro na sua árvore genealógica. Por esse motivo, os chefões dos mórmons tinham um problema que clamava por uma solução urgente. E a única saída seria abolir, da lei do deus mórmon, esse artigo que vetava ao negro o acesso ao ofício sacerdotal. Mas como fazê-lo, já que, segundo os mórmons, essa proibição não é de origem humana, e sim, divina? Veja, essa questão não é tão difícil de se resolver. O deus que deu essa ordem é “soberano”, e portanto pode mudar “sua Lei” sem ter que dar satisfação a quem quer que seja. E foi por essa brecha que o deus mórmon saiu. Ele simplesmente deu uma nova “revelação” aos seus “profetas”. Referindo-se a isso, disse o grande apologista, Pastor Paulo Romeiro: “Toda vez que o deus dos mórmons é encostado na parede, ele muda de opinião. Foi assim no caso da poligamia, quando as autoridades americanas ameaçaram prender homens que tinham várias mulheres. É também o caso dos negros. Existe uma equação que explica bem o que eles chamam de revelação: ‘Pressão de fora mais aceitação de dentro é igual a revelação divina’ ” (jornal O Globo, 18/ 06/ 1995).
Bem, prometemos acima, provar com transcrições, citando as fontes, que o Mormonismo é uma religião racista, embora a liderança atual envide esforços para esconder isso do povo. Então, vamos às prometidas transcrições. As cópias a seguir são extraídas do panfleto intitulado A Igreja Mórmon e os Negros, publicado pelo ICP_ Instituto Cristão de Pesquisas_ que, por sua vez, baseia-se nas obras oficiais da Igreja Mórmon:
Joseph Smith: “Se eu tivesse algo a ver com o negro, eu os manteria limitados à sua própria espécie por lei rigorosa ...” ( History of the Church [História da Igreja] Vol. 5, páginas 218-219). O que o “profeta” Smith está dizendo, é que se ele pudesse, ele isolaria os negros, baixando leis proibindo até o casamento entre negros e brancos.
Brigham Young, sucessor de Joseph Smith na presidência da Igreja Mórmon : “ Você vê alguns grupos da família humana são negros, desajeitados, feios, desagradáveis e baixos em seus costumes, selvagens e aparentemente sem a bênção da inteligência que é normalmente dada à humanidade...” (Journal of Discourses [Jornal de Discursos], Vol. 15, página 35).
Joseph Fielding Smith, décimo profeta e presidente da Igreja Mórmon: “Existe uma razão para um homem nascer preto e com outras desvantagens, enquanto outro nasce branco e com grandes vantagens... Na guerra nos Céus, não houve nenhum neutro.Todos tomaram partido, fosse com Cristo ou com Satanás. Todo homem teve seu arbítrio lá, e aqui os homens são recompensados de acordo com suas ações lá...A raça negra, evidentemente, está recebendo o galardão que merece” ( Doutrinas de Salvação, Vol. 1, páginas 67 e 73).
John Taylor, terceiro presidente da Igreja Mórmon: “...após o dilúvio, nós aprendemos que a maldição pronunciada sobre Caim foi continuada através da esposa de Cão, pois ele tinha se casado com uma mulher daquela descendência. E por que a semente de Caim foi preservada durante o dilúvio? Porque era necessário que o diabo tivesse um representante na terra assim como Deus...” (Journal of the Discourses, Vol. 22, página 304)
Bem, provamos que os líderes mórmons são racistas e embusteiros. Racistas porque discriminam os negros; e embusteiros porque querem que esse engodo se faça passar por revelação divina. Até os atuais líderes que aceitam negros no ofício sacerdotal, são racistas e embusteiros. É que eles, ao invés de dizerem que seus predecessores eram falsos profetas, optam por dizerem que tiveram uma nova revelação. Ora, isso só faria sentido se Deus mudasse de idéia. E eles dizem que tiveram uma nova revelação? Sim. Em Doutrina e Convênios há um apêndice intitulado Declaração Oficial__2, datado de 6 de setembro de 1978, onde eles afirmam que foi por revelação Divina que eles ficaram sabendo que o negro já pode ser sacerdote. E que, a partir daquele momento, o negro estava liberado para ser ordenado ao sacerdócio. É claro que Deus não revelou a eles que Ele já liberou o negro para ser Ministro do Evangelho, pois isto ele sempre o fez. Na verdadeira Igreja do Deus vivo, a qual não está na rua tal, número tal, visto que a mesma não é nenhuma das ramificações do Cristianismo, mas sim, o conjunto dos redimidos pelo sangue de Jesus, as portas sempre estiveram, não só abertas, mas escancaradas, aos negros. Os dons do Espírito Santo são para todos os cristãos, não só para os brancos, tampouco só para os negros. E se algum mórmon duvida, convidamos a ler as seguintes passagens bíblicas: Gl 3:28; At 10: 34; Rm 2:11; Tg 2:1, 9; 1 Pe 1:17; Ef 2: 11-22; Mc 16:15,16; Mt: 28: 19,20 etc.. Ora, se os atuais líderes dos mórmons não são suficientemente sinceros para assumirem que erraram e se retratar; e inclusive para dizerem que Joseph Smith está desqualificado como profeta, por causa de seu racismo, fica provado que eles são da mesma laia do fundador do Mormonismo. Sim, os atuais chefões dos mórmons só estão abrindo mão do racismo que caracteriza essa seita, por conveniência. Se não fosse esse o caso, denunciariam que Joseph Smith não era profeta de Deus, mas sim, um embusteiro e preconceituoso. Atentemos para o fato de que a literatura mórmon não se retratou de todas as suas acusações aos negros. Os atuais líderes dessa seita não disseram que os negros deixaram de ser feios, desajeitados, etc., mas tão-somente inseriram, no corpo de doutrinas da “igreja” deles, que, agora, o negro pode ser sacerdote. Logo, houve a inserção de uma nova doutrina, e não a remoção das velhas heresias, excetuando, obviamente, a que se fez necessário para ceder lugar à novidade do momento, que é, os negros já podem ser sacerdotes. Não é exorbitante, pois, afirmar que o Mormonismo continua racista, charlatão, blasfemo, herético, embusteiro, etc..
Nem todos os mórmons são racistas. A Igreja Mórmon está cheia de pessoas bondosas, que gastam muito tempo e não pouco dinheiro, fazendo caridade, construindo templos, sustentando seus líderes, enviando missionários, etc. Muitos são os mórmons que sequer sabem que estão numa religião racista, e que vão abandoná-la, tão logo descubram essa fraude.
Não raramente, quando denunciamos o racismo que caracteriza a Igreja Mórmon, os adeptos dessa seita pensam que estamos caluniando a religião deles. Mas os desafiamos a se certificarem da autenticidade ou não de nossas afirmações. Ademais lembramos que calúnia é crime e dá cadeia. Portanto, se não temêssemos Deus, temeríamos pelo menos a justiça dos homens. E isto é indício de que estamos devidamente documentados. Ademais, se os mórmons se sentirem caluniados, sugerimos que nos processem, visto que o lugar de caluniador é na cadeia.



CAPÍTULO V
O MORMONISMO VERSUS BÍBLIA

Você sabia que Joseph Smith, embora não soubesse bem o Inglês, e desconhecesse por completo, o Hebraico, o Grego, e o Aramaico, traduziu e corrigiu toda a Bíblia para a língua inglesa? Diz a liderança mórmon que isso foi possível mediante o poder de Deus.
A respeito da Bíblia, a Igreja Mórmon faz o seguinte: Vulgariza a Bíblia, pretere a Bíblia, contradiz a Bíblia, calunia a Bíblia, se esconde atrás da Bíblia, plagia a Bíblia, adultera a Bíblia, e se embaraça na Bíblia. Senão, vejamos:
5.1.Vulgariza a Bíblia

Na INTRODUÇÃO ao Livro de Mórmon, edição de 1981, página 6, podemos ler: “O Livro de Mórmon é um livro de escrituras sagradas COMPARÁVEL à Bíblia” (grifo nosso). Ora, não há livro algum comparável à Bíblia. Desde quando a palavra de um homem pode ser comparável à Palavra de Deus? E, no caso de Joseph Smith, com a agravante de que ele era um embusteiro.
5.2. Pretere a Bíblia

Ainda na INTRODUÇÂO ao Livro de Mórmon supra, no fim da mesma página, registra-se: “Com respeito a esse registro, falou o profeta Joseph Smith: ‘ Disse aos irmãos que o Livro de Mórmon é o livro mais correto da terra, e a pedra fundamental de nossa religião e que, seguindo seus preceitos, o homem aproximar-se-ia mais de Deus do que por qualquer outro livro’ ”. Como o leitor pode ver, no início da página, O Livro de Mórmon é comparável à Bíblia. Já no final da página, o livro evoluiu e se tornou superior à Bíblia. Aqui podemos perceber que os chefões dos mórmons não só preterem (ou subestimam) a Bíblia, como também não falam coisa com coisa acerca da Bíblia. Ora seus escritos são comparáveis à Bíblia, ora estão acima da Bíblia. Obviamente esse molejo tem por objetivo fazer com que o dito fique pelo não dito. No panfleto intitulado Quem São os Mórmons? (1982, página 9), os mórmons afirmam que a Bíblia é incompleta e insuficiente.

5.3. Contradiz a Bíblia
a) A Bíblia diz que Jesus nasceu em Belém ( Mq 5.2; Mt 2. 4-6), mas O Livro de Mórmon diz que foi em Jerusalém (Alma 7:10);
b) a Bíblia diz que Jesus nasceu de uma virgem ( Mt 1. 18-25; Lc 1. 26-38 ), mas os mórmons, como já sabemos, dizem que, ao invés disso, Deus a deflorou, isto é, penetrou-a, tirando-lhe a virgindade, numa relação sexual normal (Mórmon Doctrine [Doutrina Mórmon], páginas 546 e 742);
c) a Bíblia diz que quando da morte de Cristo houve trevas por três horas (Mt 27.45), mas O Livro de Mórmon diz que as trevas cobriram a Terra por três dias (Helamã : 14: 20, 27);
d) a Bíblia diz que Deus sempre foi Deus (Sl 90.2; Hb13. 8), mas os mórmons, como já vimos, dizem que “Deus uma vez foi como nós somos agora; é um homem glorificado...Deus...nalgum tempo foi homem como nós; sim, que o próprio Deus, o Pai de nós todos, habitou sobre uma terra, como Jesus Cristo mesmo o fez...”
e) a Bíblia diz que o casamento entre homem e mulher é coisa só para esta vida ( Lc 20 34-36), mas os mórmons falam de um tal de “...Casamento no Reino Celestial...” e da “possibilidade de permanência dos laços familiares após esta vida...” (A Igreja Restaurada, por William Edwin Berret, Edição de 1964, página 489).

5.4. Calunia a Bíblia

O 8º artigo de Regras de Fé, diz: “Cremos ser a Bíblia a palavra de Deus, o quanto seja correta a sua tradução; cremos também ser o Livro de Mórmon a palavra de Deus”. Neste caso, O Livro de Mórmon foi aceito como a Palavra de Deus sem restrição alguma; ao passo que da Bíblia se exigiu que a tradução seja correta. O porquê disso reside no fato de que Joseph Smith disseminava que a Bíblia havia sido mutilada pelos falsos cristãos; e que por este motivo a Bíblia é um livro usado por Satanás para escravizar os homens (1 Néfi 13. 28,29). Ora, isso é caluniar a Bíblia.
É verdade que se nota pequenas diferenças entre um original e outro, bem como alguns cochilos dos tradutores, mas são falhas banais que não ferem a integridade do texto. Aliás, se isso desmerecesse a Bíblia, que dizermos de O Livro de Mórmon, cujas edições recentes diferem flagrantemente da 1ª edição? Qualquer mórmon pode, segundo o livro intitulado Os Fatos Sobre os Mórmons, da editora Chamada da Meia Noite, páginas 54-57, 99, dirigir-se ao Utah Lighthouse Ministry, Box 1884, Salt Lake City,UT 84110, EUA, e consultar a obra intitulada Joseph Smith Begins His Work (Joseph Smith Começa Sua Obra) Vol. 1 e 2, cópias fotostáticas autenticadas, e ver com seus próprios olhos que entre a 1ª edição de O Livro de Mórmon e as edições atuais, há mais de 3000 alterações. Milhares de alterações foram também detectadas entre a 1ª e as atuais edições de Doutrina e Convênios. Ao fazer estas denúncias, os autores de Os Fatos Sobre os Mórmons registram: “...a edição de 1830 de Mosih 21:28 se refere ao rei Benjamin, enquanto as versões modernas dizem ‘ O rei Mosias’. De acordo com a cronologia de O Livro de Mórmon, Benjamin não era mais rei na época (tinha morrido; Mosiah 6 :3-7...), de modo que o nome inspirado foi substituído por rei Mosias a fim de ocultar o óbvio” (página 54).

5.5. Esconde-se atrás da Bíblia

A despeito da aversão mórmon à Bíblia, os Élderes geralmente portam Bíblias em suas pastas. Eles o fazem para a priori ganharem a simpatia dos que crêem na Bíblia; e, posteriormente, para “mostrar” o que eles chamam de erros e contradições da Bíblia. Já tivemos que socorrer irmãos em Cristo com sérias dúvidas sobre a Bíblia, após terem dialogado com os mórmons.
Uma evidência a mais de que eles usam a Bíblia apenas para impressionar os que não sabem quem são eles, é o fato deles não fazerem distribuição de Bíblias. Vimos os mórmons distribuindo O Livro de Mómon e outras literaturas, na maioria das vezes, gratuitamente. Mas ainda não os vimos distribuindo Bíblias. E isso não é sintomático?
Temos notado que em seu proselitismo, os mórmons dão prioridade ao Livro de Mórmon. Não nos referimos aqui à prioridade do Livro de Mórmon em relação à Bíblia. Não! Estamos falando da prioridade que O Livro de Mórmon tem em relação aos demais “livros sagrados” do Mormonismo. Sim, O Livro de Mórmon tem prioridade e isso não acontece por acaso. É que neste livro há muitas afirmações bíblicas, algumas das quais são até extraídas da Bíblia. Assim fica mais fácil engambelar o novato, até que ele sofra uma completa lavagem cerebral, quando então será informado que ele e seu cônjuge podem ser Deuses e comandar um planeta, onde, relacionando-se como marido e mulher, gerarão deusinhos, que, por sua vez, também poderão evoluir até atingir o status da Divindade (Doutrina e Convênios, 132: 15-20; A Igreja Restaurada, página 489).

5.6. Plagia a Bíblia?!

Dissemos na INTRODUÇÃO a este livro que Joseph Smith é visto pelos mórmons como tradutor inspirado do Livro de Mórmon. Deste modo a tradução é tão perfeita quanto o original. Mas, como observamos em 5.4, essa pretensão não resiste a um confronto com os fatos.
Outra coisa que põe em xeque a veracidade do Livro de Mórmon, é o seguinte: Amiúde Joseph Smith põe na boca de fictícios profetas que teriam vivido no nosso continente (principalmente entre os anos 600 a.C., a 420 d. C.), diversas passagens bíblicas, e às vezes até capítulos inteiros da Bíblia. Por exemplo, 1Néfi 20 é tal qual Isaías 48; 2 Néfi, 12 e 24 não diferem de Isaías 2 e 14 respectivamente; 3 Néfi 12 e 14 são iguais a Mateus 5 e 7 respectivamente; 3 Néfi 24 é igual a Malaquias 3; Morôni 10: 8-20 é igual a 1Coríntios 12. Mas essa fraude seria bem apresentada se Joseph Smith se lembrasse de fazer a sua própria versão. Porém, ele não a fez. Vê-se que a adequação vocabulária usada por ele no Livro de Mórmon em inglês, como se fossem palavras ditas pelos profetas Néfi, Morôni, Mórmon, e outros, nada mais é que plágio da famosa Bíblia inglesa King James Version (Versão do Rei Tiago), acrescidas de suas interpolações. Ora, isso é cabal prova de fraude. Por que a fraseologia de Joseph Smith, isto é, a seqüência das palavras na constituição estrutural das frases, coincide tim-tim por tim-tim com a dos eruditos que elaboraram a King James Version? Será que eles também tinham Urim, Tumim e peitoral? Será que eles também fizeram uma tradução inspirada da Bíblia? Sim, a coincidência vocabulária aqui em pauta, não existe à parte de plágio ou do sobrenatural. E o sobrenatural passou longe desse engodo, pois até os itálicos foram aproveitados. Ora, por que Deus os aproveitaria na íntegra, sem pular uma vírgula e nunca substituindo-os por outras palavras, já que os mesmos são apenas recursos dos tradutores para suprirem a falta de palavras equivalentes, mantendo a idéia original?

5.7. Adultera a Bíblia

Até aqui temos visto Joseph Smith afrontando a Bíblia de longe, isto é, vulgarizando a Bíblia, preterindo a Bíblia, contradizendo a Bíblia, caluniando a Bíblia, se escondendo atrás da Bíblia, e plagiando a Bíblia. Agora, porém, vamos ver que Joseph Smith se sentiu tão incomodado com a Bíblia, que alegou ter recebido de Deus uma revelação para “traduzir” a Bíblia, expurgando-a de todos erros. E ele de fato levou a cabo a prometida “tradução”. O nome que o Mormonismo dá a tal “tradução” é Versão Inspirada da Bíblia. Nessa “tradução inspirada” Joseph Smith trabalhou tão “bem” que produziu uma “ bíblia” do jeito que o Diabo gosta. Por exemplo, embora o último capítulo do Gênesis só contenha 26 versículos, na “Versão Inspirada da Bíblia” este capítulo tem 43 versículos. Segundo Joseph Smith, tais versículos constavam do texto original, mas foram excluídos pelos ímpios. E que dizem os 17 versículos que, sob “inspiração divina”, Joseph Smith conseguiu recuperar? Dizem muitas coisas. O versículo 33, por exemplo, é uma “profecia” de que no final dos tempos, Deus levantaria um profeta chamado Joseph, Filho de Joseph, por intermédio do qual Deus traria salvação ao seu povo. Eis o texto: “E a esse vidente abençoarei...e seu nome será chamado Joseph, e será seu nome de acordo com o nome de seu pai...pois o que o Senhor fará por intermédio de sua mão trará salvação ao meu povo” (Gênesis 50.33. Versão Inspirada da Bíblia, citado em A Ilusão Mórmon, supra identificado, página 169).
Embora exista a “bíblia traduzida” por Joseph Smith, isenta das alegadas alterações efetuadas pelos falsos cristãos, que teriam feito da Bíblia, um livro usado por Satanás para escravizar as almas, a liderança mórmon não enfatiza a sua distribuição. Ela pode ser adquirida, mas não com a mesma facilidade com que se adquire um Livro de Mórmon. O Livro de Mórmon é distribuído a mancheias, enquanto que a “Versão Inspirada da Bíblia” quase que não existe no mercado. A maioria dos mórmons ignora sua existência! Por que isso?! Não é estranho?! Sim, isso é intrigante; mas há, pelo menos, três razões para que as coisas sejam assim. Vejamos:
5.7.1. Medo da Bíblia
Não obstante a Versão Inspirada da Bíblia ser um texto mutilado por Joseph Smith, mais de 90% dessa “bíblia” estão intactos. Ora, Deus pode usar esta porção das Escrituras que ainda não foi adulterada, para abrir os olhos tanto aos mórmons, quanto aos simpatizantes dessa seita; e assim levá-los a enxergarem que o Mormonismo não é sério. E esse quadro exige dos líderes do Mormonismo muita “sabedoria”. Sustar definitivamente suas edições, não seria prudente, pois afinal de contas, ela existe. Como não publicar tão “estupenda” obra? Pense na alegação mórmon de que a Bíblia foi adulterada, tornando-se por isso, um instrumento do Diabo, até que por fim Joseph Smith a restaurou à sua pureza original. Não é tremendo, isso? Logicamente, uma vez que Joseph Smith “depurou” a Bíblia, é de se esperar que ela volte a ser útil. Por outro lado, sua existência pode reduzir o Mormonismo a frangalhos. Por esses motivos, duas coisas devem ser feitas: a) Publicá-la. b) Não promovê-la. Seja como for, os poderosos chefões dos mórmons devem ter um bom motivo para sonegarem a “Bíblia restaurada” até aos membros da “Igreja Restaurada”.
5.7. 2. Evitar o ridículo
Uma vez que o “profeta” Smith asseverou que a Bíblia fora deturpada, necessário se faz que ele e seus seguidores digam quando, onde e como isso aconteceu. E, como sabemos, nenhum historiador registrou isso. Só Smith e outros embusteiros de sua laia, sabem disso. E o sabem por “divina revelação”. Ademais, o fato de Smith “restaurar” em sua Versão Inspirada da Bíblia, o texto que previra a vinda de um vidente que, no final dos tempos, restauraria a Igreja, e ainda dizer os nomes do profeta e de seu pai, salta aos olhos que esse garoto era brincalhão. Nem mesmo a vinda do Senhor Jesus Cristo fora prevista tão detalhadamente.
5.7. 3. Esconder o crime
Afirmamos em 5. 6, que O Livro de Mórmon plagia a King James Version. E, no que diz respeito à “Versão Inspirada da Bíblia”, as coisas não são diferentes. A “bíblia” que Joseph Smith disse ter restaurado, é praticamente a King James Version, acrescida de suas interpolações. Ora, sabemos que plágio é crime e dá cadeia. Seria este o motivo pelo qual os líderes dos mórmons não se emocionam muito diante da “Bíblia de Smith”?
5. 8. Embaraça-se na Bíblia

Sem dúvida, os líderes dos mórmons estão embaraçados na sua Versão Inspirada da Bíblia. Obviamente já perceberam alguma irregularidade suficientemente séria para serem tão comedidos na difusão dessa “bíblia”. Raciocinemos: Os mórmons crêem que eles são a única Igreja verdadeira. Consideram-se comissionados por Deus a pregar o verdadeiro Evangelho a toda criatura. E, para o fiel cumprimento desta “missão”, não medem esforços: gastam muito tempo e muito dinheiro; e o fazem com prazer; pois crêem que a humanidade precisa ouvir a pura Palavra de Deus, por cujo motivo Deus usou Joseph Smith para depurar a Sua Palavra das interpolações que os ímpios lhe adicionaram, bem como para restaurar os textos que os mesmos ímpios lhe subtraíram. Tendo os mórmons a Palavra de Deus Restaurada, e a missão de levá-la a todos os rincões do mundo, perguntamos: Por que não o fazem? Já sabemos que os mórmons são ativos pregadores de suas doutrinas. O que queremos saber, é o porquê de quase não distribuírem Bíblias. No início os mórmons tinham alguma “razão” para não distribuírem Bíblias, considerando que então pregavam que ela estava adulterada. Mas, a partir do momento que Joseph Smith a “restaurou”, não há mais porque não disseminá-la. Porém, eles hesitam em fazê-lo, ou o fazem morosamente, quase parando. A lentidão é tal, que quase ninguém no mundo possui um exemplar da Bíblia que Smith “restaurou”. Por que isso? Respondam-nos, se puderem!
O fato de “Deus” usar Smith para expurgar a Bíblia das alegadas interpolações dos ímpios, prova cabalmente que Ele quer que a humanidade beba desta fonte pura. Mas os mórmons não estão valorizando este esforço “Divino”.
Do exposto até aqui, vê-se nitidamente que os guias dos mórmons, além de estarem embaraçados na sua “Versão Inspirada da Bíblia”, eles não estão aqui para ensinar à luz da Bíblia. Eles querem mesmo, é tapear o povo.



CAPÍTULO VI
A IGREJA RESTAURADA

A afirmação acima, que deu título a este capítulo, define o que os mórmons pensam da seita deles. Joseph Smith disse, e os mórmons o crêem, que a verdadeira Igreja, devido a uma tal de apostasia geral, deixou de existir neste mundo, ainda nos primórdios do Cristianismo; de modo que nos dias do Imperador Constantino (século IV), a verdadeira Igreja já era coisa do passado. A partir daí, todos os que se diziam cristãos, eram falsos. Logo, a verdadeira Igreja não mais existia, já que esta é constituída dos verdadeiros cristãos. Os falsos cristãos do mundo conhecido de então, adulteraram a Bíblia. E as “Escrituras Sagradas” dos supostos cristãos do nosso Continente Americano, descendentes do fictício Lehi, bem como de Jarede, foram enterradas pelo imaginário irmão Morôni. Mas, no século XIX, Joseph Smith se deixou usar por Deus para consertar a Bíblia, desenterrar os hieróglifos que Morôni enterrara, proclamar a verdade completa e pura, e, assim, restaurar a verdadeira Igreja, bem como registrar novas revelações, como, por exemplo, os livros Pérola de Grande Valor, Doutrina e Convênios etc.. O suposto período compreendido entre a alegada apostasia geral, e a fantasiosa restauração da Igreja, os mórmons chamam de Grande Apostasia.
Antes de refutarmos essa heresia, segundo a qual o Mormonismo é a Igreja Restaurada, achamos por bem provarmos que de fato os mórmons a pregam. E, como das outras vezes, vamos transcrever dos livros dos mórmons. Veja, pois, esta transcrição “... A doutrina era maculada cada vez mais por erros, e logo a DESTRUIÇÃO DA IGREJA FOI COMPLETA. O período de tempo em que A IGREJA DEIXOU DE EXISTIR SOBRE A TERRA, chama-se a Grande Apostasia. Logo crenças pagãs dominaram o pensamento daqueles que eram chamados de ‘cristãos’ . O imperador romano adotou esse falso ‘cristianismo’ como religião de estado. Essa Igreja era muito diferente daquela organizada por Jesus...
...NÃO EXISTIA MAIS A IGREJA DE JESUS CRISTO, ela era agora uma igreja de homens. Até mesmo o nome havia mudado. TAMBÉM NAS AMÉRICAS OCORREU APOSTASIA (veja 4 Néfi.)...
...Deus preparou as coisas para que O EVANGELHO FOSSE RESTAURADO...” (Princípios do Evangelho, páginas 100 e 101, Edição de 1988__ grifo nosso ).
Um dos apóstolos dos mórmons, chamado James E. Talmage, também asseverou que houve uma “apostasia geral da Igreja de Cristo” ( Regras de Fé, página 176. Não confundir esta obra com outra de mesmo nome, contendo apenas 13 artigos, que integra a obra Pérola de Grande Valor, e ocupa apenas uma página).
Assim provamos que o Mormonismo proclama que a verdadeira Igreja de Cristo deixou de existir por mais de 1500 anos.
Ora, se pudermos provar que a verdadeira Igreja nunca naufragou, e que, portanto, sempre existiu, cairá por terra a pretensão de Joseph Smith de ser o restaurador da Igreja. E é isto o que faremos a seguir.

6.1. A Bíblia é contra à suposta restauração da Igreja
Dentre as muitas provas Bíblicas de que a verdadeira Igreja de Jesus não sofreu solução de continuidade, queremos registrar as seguintes:
6.1.1. A ininterruptibilidade da presença de Jesus na Igreja
O Senhor Jesus prometeu estar com a sua Igreja todos os dias , até a consumação dos séculos ( Mt 28. 20).Veja, para que Cristo pudesse estar com a sua Igreja todos os dias, esta teria que existir ininterruptamente, já que ninguém pode estar com algo inexistente. Então, se a Igreja tivesse deixado de existir por um só dia, durante estes quase 2000 anos de peregrinação, Cristo não teria estado com sua Igreja todos os dias. Logo, das duas uma: Ou Cristo esteve com sua Igreja todos os dias, e ela existiu continuamente; ou a Igreja não existiu continuamente, e Cristo não esteve com ela todos os dias. E, como Cristo é infinitamente mais confiável do que qualquer homem, optamos por crermos que Cristo esteve com seu povo diariamente; e, por conseguinte, crermos na indestrutibilidade da Igreja, desde que foi fundada.
6.1.2. As portas do Inferno não prevalecem
Vimos que a indestrutibilidade da Igreja está subentendida no fato de Jesus prometer estar com sua Igreja todos os dias. Agora, porém, não mais necessitamos deduzir; pois Cristo tratou especificamente deste assunto; e, de forma inequívoca, garantiu a invencibilidade da sua Igreja, nestes termos: “...e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16.18). Isto é mais que suficiente para provar que a Igreja jamais esteve fadada ao fracasso. Bem que o Diabo, os demônios e os homens ímpios tentaram e tentam levar a Igreja à bancarrota, mas com a Noiva de Jesus está o vaticínio do Noivo, segundo o qual ela é mais do que vencedora. O vocábulo traduzido por “inferno” em Mt 16.18, é Hades. Esta palavra não significa “o Diabo e seus demônios,” mas sim, “o mundo dos mortos”, isto é, o lugar das almas que partiram deste mundo. De posse desta informação, salta aos olhos que Cristo estava dizendo apenas que a sua Igreja não iria “morrer”, isto é, não seria destruída; o que equivale a dizer que desde que Cristo fundou a sua Igreja, esta nunca deixou de existir. O Diabo, os demônios e os falsos profetas lutam para que as portas do Inferno prevaleçam contra a Igreja, isto é, para que ela morra; porém, firme é a Rocha sobre a qual ela está edificada.
6.1.3. Sempre houve trigo e joio
Na passagem bíblica que alguns editores intitulam A Parábola do Joio, registrada em Mt 13.24-30, 36-43, Jesus nos informa que o “joio”, isto é, os filhos do maligno; e o “trigo”, isto é, os filhos do reino, a saber, os servos de Deus, iriam existir juntamente até o dia final. Disse Ele: “Deixai-os crescer juntos até à colheita...”, Mt 13.30 (grifo nosso). Só então, seriam separados. Isto prova que sempre existiram ímpios, bem como os servos de Deus.
6.1.4. A apostasia não foi geral
A Bíblia previu uma grande apostasia. Os líderes dos mórmons se servem disso para dizerem que tal previsão já se cumpriu; que correspondeu a cerca de 1700 anos de trevas espirituais (do século II ao século XIX); que nesse período ninguém tinha à mão a pura Palavra de Deus, mas sim, uma Bíblia mutilada pelos falsos cristãos, que o Diabo usava para enganar a humanidade; e que, finalmente, a verdadeira Igreja é restaurada, isto é, volta a existir. Todavia, podemos provar que em parte alguma da Bíblia foi previsto uma apostasia geral. Houve sim uma apostasia, mas esta não foi geral. Senão, vejamos: “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, ALGUNS apostatarão da fé...” (1Tm 4.1_ grifo nosso). Então está claro: a Bíblia fala de uma apostasia parcial (“alguns”), enquanto que os chefes dos mórmons teimam que a apostasia foi geral. Por que isso? Porque só assim eles conseguem ser os restauradores da Igreja. Como conseguiriam eles serem os pomposos ressuscitadores da Igreja, sem antes forjar a sua morte? Joseph Smith, visto pelos mórmons como o Restaurador da Igreja, devia ser reconhecido, ironicamente, como “O Homem que ‘Matou’ a Igreja!”

6. 2. A “Igreja Restaurada” é distinta e diferente da primitiva
Temos três razões para crermos que a Igreja Mórmon não é a restauração do Cristianismo primitivo:
1ª) A Igreja de Jesus não morreu. Logo, ninguém a ressuscitou. Seus pretensos ressuscitadores são impostores.
2ª) O Mormonismo não tem quase nada em comum com a Igreja Primitiva. O Mormonismo tem um Jesus diferente, um Deus diferente, um Espírito Santo diferente, um plano de salvação diferente, doutrinas diferentes, “Escrituras Sagradas” diferentes, etc.. Ora, nada que tenha sido restaurado, pode ser diferente do original que se perdera, visto que, restaurar, não é fabricar outro diferente. Aliás, restaurar não é fabricar outro diferente, nem tampouco fabricar outro igual. Restaurar é simplesmente resgatar o que se havia perdido. Portanto, se a Igreja Mórmon fosse a restauração da Igreja de Jesus, o Mormonismo seria uma extensão da Igreja Primitiva, e não algo diametralmente oposto.
3ª) Os líderes dos mórmons confessam que são outro grupo. James E. Talmage, líder expoente do Mormonismo, em seu livro intitulado A Grande Apostasia, obra oficial da Igreja Mórmon, edição de 1983, afirma à página 34 o seguinte: “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias declara-se, pelo seu nome, DISTINTA da Igreja Primitiva estabelecida por Cristo e seus apóstolos” (citado em Defesa da Fé, supra identificado, página 125, ênfase acrescentada). Veja, a Igreja que Cristo fundou existe até hoje. Ela não sofreu solução de continuidade. E se ela tivesse naufragado, ao ser restaurada, dela não se poderia dizer tratar-se de uma Igreja distinta da que teria naufragado. Logo, se os mórmons se consideram distintos da Igreja Primitiva, então eles reconhecem que são outro grupo. Sim, os verdadeiros santos dos últimos dias não são distintos dos santos primitivos, tampouco diferentes. A verdadeira Igreja não sofreu solução de continuidade; é extensão da Igreja Primitiva; e, portanto, não é distinta da Igreja Primitiva. Não somos outra Igreja, quer igual, quer diferente; nem a restauração da Igreja Primitiva, mas a continuidade da Eclésia do Senhor.



CAPÍTULO VII
O ESPIRITISMO MORMÔNICO.

7.1. Confirmando a denúncia

Deixamos claro na introdução a esta obra que o Mormonismo é uma religião espírita. Para se chegar a esta conclusão, duas coisas são necessárias:
1ª) Consultar um bom dicionário para se certificar da definição exata da palavra “espiritismo”;
2ª) Comparar essa definição com as doutrinas da Igreja Mórmon. Então, lancemos mão à obra e vejamos se o Mormonismo é ou não, um tipo de espiritismo:
a) O Novo Dicionário Aurélio, define o vocábulo “espiritismo” assim: “Doutrina baseada na crença da sobrevivência da alma e da existência de comunicações, por meio da mediunidade, entre vivos e mortos, entre os espíritos encarnados e os desencarnados”;
b) Basta ler O Livro de Mórmon para ficar sabendo que, segundo o Mormonismo, o espírito de um homem chamado Morôni, que teria falecido por volta do ano 420 A. D. apareceu a Joseph Smith em 1823 A. D., e com ele falou. E esse fato não se ajusta perfeitamente à definição de espiritismo apresentada pelo dicionarista Aurélio? Segundo a literatura Mórmon, muitos espíritos se comunicaram com os líderes pioneiros do Mormonismo, entre eles, os apóstolos Pedro,Tiago e João. E a obra mórmon intitulada Journal of Discourses, Vol. 2, páginas 44-45, confessa que Joseph Smith era médium e observa que “conversas... com...anjos e espíritos seja praticado somente no... templo santo”. Até parece que no interior do Templo, o pecado deixa de ser pecado.
Temos também o testemunho do senhor Helvécio Martins, o primeiro negro a receber o sacerdócio entre os mórmons, o qual, na revista “Liahona _ Notícias Locais”_, de outubro de 1991, afirmou que sua mãe, falecida em 1964, lhe aparecera e lhe ministrara no quarto do hospital onde se submetera a uma cirurgia, em julho de 1991.
Há, no Mormonismo, tantos casos de comunicação com os mortos, que se fôssemos catalogar todos, cansaríamos o leitor desnecessariamente, visto que uma única ocorrência já seria mais que suficiente para caracterizar os “santos dos últimos dias” como espíritas.
É verdade que o Mormonismo difere do Kardecismo e outros ramos do Espiritismo, em alguns pormenores, mas converge com todas as seitas espíritas a respeito da comunicação com os mortos. E, como sabemos, isso é espiritismo, segundo o dicionarista Aurélio. Divergir de todas as ramificações do Espiritismo em algum sentido, não descaracteriza o Mormonismo como uma religião espírita, já que cada seita espírita é diferente das demais. O Candomblé é diferente da Umbanda, a Umbanda é diferente do Vodu, o Vodu é diferente do Kardecismo, o Kardecismo é diferente da Legião da Boa Vontade, a Legião da Boa Vontade é diferente do Mormonismo, o Mormonismo é diferente do Racionalismo Cristão, o Racionalismo Cristão é diferente da Sociedade Teosófica, e assim por diante. O Mormonismo é diferente de todas as outras ramificações do Espiritismo, assim como cada ramificação do Espiritismo é diferente das demais. Lembre-se: Segundo o Novo Dicionário Aurélio, o Mormonismo é Espiritismo. Ora, “Espiritismo” é o nome moderno do que a Bíblia chama de feitiçaria. Logo, os mórmons são feiticeiros. E, sendo assim, ficarão de fora (Ap 21. 8).

7.2. O espiritismo mormônico à luz da Bíblia

Deuteronômio 18.9-15 proibia aos judeus a consulta aos mortos. Este mandamento não era um preceito cerimonial, pois o versículo15 observa que quando Cristo viesse (e Ele veio há 2000 anos atrás), devíamos ouvir a Ele, e não aos supostos espíritos dos mortos. De nada adianta os mórmons citarem Mt 17. 1-8, onde Jesus conversa com o espírito de Moisés, por duas razões:
1ª) Jesus é Senhor dos vivos e dos mortos (Rm14. 9). Logo, Ele tem livre acesso a eles e a recíproca é verdadeira. Porém, nós não podemos consultar os mortos (Is 8. 19- 22).
2ª) Se os mórmons argumentarem à base de Mt 17. 1-8, estarão convergindo com os outros espíritas em mais um ponto, visto que todos os espíritas se estribam neste versículo a fim de “provar” que a mediunidade é bíblica. Logo, os mórmons são espíritas, não só porque consultam os “mortos”, mas também porque tentam provar, à moda espírita, que essa prática é bíblica. São, pois, autênticos espíritas. Até nisso não diferem dos espíritas.
Quando perguntamos aos mórmons se o Espiritismo é de Satanás, eles respondem sem pestanejar, que sim. E, quanto às práticas espíritas que há entre eles, dizem tratar-se de uma interferência de Deus, isto é, uma exceção da regra, para um propósito específico, e, que portanto, não se trata de Espiritismo. Mas imagine o leitor, que confusão seria, se a Bíblia, entre uma condenação e outra, ao Espiritismo, registrasse simultaneamente, Moisés, os profetas, os apóstolos e todo o povo de Deus, volta e meia tendo uma experiência mediúnica, como “interferência do mundo espiritual”. Prezados mórmons, Deus não poderia dizer que a necromancia é uma nojeira e, de quando em quando, disponibilizá-la aos seus servos. Lembre-se, o próprio Joseph Smith ensinou que nenhuma confusão vem de Deus (Doutrina e Convênios, 132: 8).

7.3. Joseph Smith era médium?
Pode-se provar, como 2+2 são 4, que o fundador do Mormonismo não viu Morôni coisa nenhuma. Ele era apenas um mulherengo gaiato, e nada mais. Se ele fosse um homem sério, e tivesse confabulado de fato com algum suposto espírito de defunto, diríamos que um demônio lhe teria falado. Porém, um exame imparcial de seus escritos, revela que os mesmos são brincadeira de mau gosto, e nada mais. Contudo, suas gaiatices redundaram no surgimento de mais uma seita espírita. Nesta, a mediunidade existe de fato. Pelo menos é o que a própria liderança mórmon diz, como já vimos. E não há nisso maravilha alguma, já que os demônios existem de fato e se manifestam mesmo, fazendo-se passar por deuses e espíritos dos mortos.
Uma vez que a Bíblia diz que a consulta aos mortos é uma abominação (isto é, uma nojeira) aos olhos de Deus, e a Igreja Mórmon pratica a necromancia, então o Mormonismo é repugnante ao Senhor.
À luz da Bíblia, a necromancia nunca encontrou lugar entre os servos de Deus. Os patriarcas, os profetas, os apóstolos, todos os cristãos primitivos, incluindo os chamados Pais da Igreja, e todo o povo de Deus através dos séculos, jamais creram na possibilidade de se comunicar com os espíritos dos mortos. Os pagãos sempre o fizeram, mas o povo de Deus, não.



CAPÍTULO VIII
ACERCA DA POLIGAMIA

8.1. Posição igual à da Bíblia

A monogamia, isto é, o casamento com um só cônjuge ao mesmo tempo, sempre esteve nos planos de Deus. Gn 2: 24 ordena que o homem se una à sua mulher, e não às suas mulheres. Ademais, diz que os dois, (e não os três, os quatro, os cinco, os dez...) serão uma só carne. Após a entrada do pecado no mundo, por razão não revelada, mas talvez para que o homem aprendesse por si mesmo que a poligamia não é boa coisa, Deus, durante a vigência do Antigo Testamento, tolerou a poligamia. Muitos fervorosos servos de Deus (Abraão, Davi, Salomão...) eram polígamos. Mas o Novo Testamento não tolera a poligamia; antes restabelece o que Deus determinou no princípio: monogamia. 1Co 7.2, diz que cada homem deve ter a sua própria esposa (no singular), e cada mulher o seu próprio marido (aqui também não há plural). O pastor deve dar, quanto a isto, um bom exemplo, um exemplo a ser seguido, não se casando com mais de uma mulher (1 Tm 3. 2).

8.2. As posturas mórmons

Sim, “as posturas”, e não “a postura”, pois a respeito da poligamia, o Mormonismo prega duas coisas, diametralmente opostas entre si, embora ambas sejam consideradas pelos mórmons, como sendo a Palavra de Deus. Agir assim é não enxergar o óbvio, mas os mórmons não vêem nisso incoerência alguma.
Quais são as posturas dos mórmons a respeito da poligamia? São as seguintes:

8.2.1. Postura igual à da Bíblia
O Livro de Mórmon prega a monogamia:
“Eis que Davi e Salomão, realmente tiveram muitas mulheres e concubinas, o que foi abominável diante de mim, diz o Senhor” (Jacó 2:24. Grifo nosso).
“Portanto, meus irmãos, ouvi-me e escutai a palavra do Senhor. Pois que nenhum homem dentre vós deve ter mais que uma esposa; e não terá nenhuma concubina” (Jacó 2: 27. grifo nosso).
“Eis que os lamanitas...não se esqueceram do mandamento do Senhor, dado a nossos pais, de que não deviam ter mais que uma esposa, e nenhuma concubina...” (Jacó 3: 5).
8.2.2. Postura antibíblica
O livro Doutrina e Convênios prega a poligamia:
Na Seção 132 de Doutrina e Convênios, cuja introdução diz tratar-se de um “novo e eterno convênio, incluindo a eternidade do convênio do casamento e a pluralidade de esposas”, afirma-se que tal convênio é eterno, e que quem não o obedece será condenado. Entretanto, “Deus” manda Emma Smith, esposa do “profeta” Joseph, receber todas as mulheres que Ele, “Deus”, havia dado ao seu servo Smith, sob pena de ser destruída, caso não se submetesse a essa ordem divina. Senão, vejamos:
“ pois eis que eu te revelo um novo e eterno convênio; e se não o obedeceres, então serás condenado; pois a ninguém é permitido rejeitar este convênio e entrar na minha glória” (132.4).
“E que a minha serva Emma Smith receba todas as que foram dadas ao meu servo Joseph e que são virtuosas e puras perante mim...” (132:52).
“E mando que a minha serva, Emma Smith, permaneça com o Meu servo Joseph, apegando-se a ele e a nenhum outro. Mas, se ela não guardar este mandamento, será destruída, diz o Senhor; pois sou o Senhor teu Deus, e a destruirei se ela não guardar a Minha lei” (132: 54).
“ E...se um homem desposar uma virgem e desejar desposar outra, e a primeira o consentir, e, se ele desposar a segunda, e elas forem virgens, e não se tiverem comprometido a nenhum outro homem, então ele será justificado; não estará cometendo adultério porque elas lhe foram dadas; e ele não pode cometer adultério com o que pertence a ele e a ninguém mais. E, se dez virgens lhe forem dadas por esta lei, ele não está cometendo adultério, pois elas lhe pertencem, e lhe são dadas; portanto, ele estará justificado” (132: 61, 62).
Aqui a incoerência salta aos olhos. O Livro de Mórmon e Doutrina e Convênios não estão de acordo. Um diz uma coisa e o outro diz outra. Qual dos dois é verdadeiro? Nós, os cristãos, rejeitamos a ambos. E os mórmons? Que farão? Ficarão com os dois? Lembre-se: Deus não é autor de confusão. Por amor à sua alma, estamos tentando abrir- lhe os olhos em nome de Jesus. Será que vamos conseguir? Você decide!
No princípio os mórmons se ateram tenazmente à poligamia, tal qual ordenada por “Deus” através do seu servo Smith. Porém, devido à pressão da lei americana, que, naquela época, já proibia a poligamia, no dia 25/ de setembro de 1890, o então presidente da Igreja Mórmon, Wilford Woodruff, proclamou que Deus lhe revelou que os mórmons devem obediência às leis do país quanto a ser ou não polígamo. Ora, sabemos que o sonho dos mórmons é ser Deus um dia. A salvação plena é, de acordo com os mórmons, alcançar o status da Divindade, isto é, tornar-se Deus na verdadeira definição do termo. E esse sonho é, segundo eles, a vontade de Deus para todos nós. É dito ainda aos mórmons, que ninguém se tornará Deus, sem aceitar a poligamia dentro dos padrões estabelecidos por Deus, e esposados pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Senão, vejamos o que disse Brigham Young, um dos proeminentes líderes dos mórmons: “Os únicos homens que se tornam deuses, até mesmo filhos de Deus, são os que aceitam a poligamia” (Journal of Discourses, Vol. 11, página 269, citado em A Ilusão Mórmon, página 128). Assim, na literatura “sagrada” dos mórmons encontramos a seguinte miscelânea: Deus tacha a poligamia de abominação, e a seguir determina que sem aceitar a poligamia, ninguém alcançará a salvação plena. Entretanto, se a lei do país opõe à poligamia, o mórmon deve adequar-se a essa situação, pois assim diz o Senhor.
Se o leitor não entendeu nada, não se preocupe; isso não foi feito para ser entendido, mas sim, aceito cegamente, visto que os chefões dos mórmons são vistos como profetas inspirados que falam em nome de Deus. Não se esqueça que o fundador dessa seita tinha Urim, Tumim e Peitoral.
Outra coisa difícil de ser deglutida pelos que se dão ao trabalho de raciocinar com suas próprias cabeças, é o seguinte: “Deus” disse ao seu servo Smith, que o marido precisa do consentimento da sua esposa, para matrimoniar-se com outra mulher. E assim, sucessivamente. Desde que a (s) esposa (s) permite (m), o homem pode arranjar tantas quantas esposas puder e quiser. Disse “Deus” a Joseph Smith: “...se um homem desposar uma virgem e desejar desposar outra, E A PRIMEIRA O CONSENTIR...E, se dez virgens lhe forem dadas por esta lei, ele não está cometendo adultério, pois elas lhe pertencem...” (Doutrina e Convênios, 132: 61, 62, grifo nosso). Mas, como já é de praxe, o Deus mórmon se contradiz, exigindo que a senhora Emma Smith aceitasse o mulherio de seu marido, sem pedir divórcio. Eis a prova: “E que a Minha serva Emma Smith receba todas as que foram dadas ao Meu servo Joseph... E mando que a Minha serva, Emma Smith, permaneça com o meu servo Joseph, apegando-se a ele e a nenhum outro. Mas, se ela não guardar este mandamento, será destruída, diz o Senhor...” (Doutrina e Convênios, 132: 52, 54).



CAPÍTULO IX
JOSEPH SMITH: PROFETA DE DEUS?!

Depois de tudo quanto já vimos, é desnecessário exibir provas de que o fundador do Mormonismo não era profeta de Deus. Contudo, é importante considerarmos este assunto num capítulo só para este fim. Isto porque Joseph Smith não é falso profeta só porque ensinava heresias, mas também porque fazia previsões que jamais se cumpriram, tampouco se cumprirão. Ele fazia afirmações fantásticas, e alegava que pronunciava sob a inspiração do Espírito Santo. Vamos, pois, checar suas “profecias”:

9.1. A Nova Jerusalém e o seu Templo

No livro Doutrina e Convênios, 84:1-5, encontramos uma profecia datada de 22-23 de setembro de 1832, segundo a qual, Joseph Smith recebeu uma “revelação” de que uma cidade chamada Nova Jerusalém, seria construída pelos mórmons. Na dita cidade, os mórmons deviam construir também um templo, o qual seria dedicado ao Senhor pela mão de Joseph Smith. A referida Nova Jerusalém e seu templo, seriam construídos nos limites ocidentais do Estado de Missouri (EUA). “Deus” disse então ao “profeta” Smith, que toda aquela obra (a construção da Nova Jerusalém e seu templo) seria concluída antes que a geração da qual ele era contemporâneo, passasse. Diz-se textualmente: “Nesta geração” (8:4). A obra seria realizada dentro de tão pouco tempo, que Joseph Smith procederia a sua dedicação ou consagração: “...dedicado pela mão de Joseph Smith...”(8: 3) . Hoje, 170 anos após, vemos que Joseph Smith e todos os seus contemporâneos já partiram desta vida para a outra, sem que a referida cidade e seu templo fossem construídos. A profecia não se cumpriu. Joseph Smith era falso profeta, à luz de Dt 18.20-22.

9.2. A casa de Nauvoo

Em Doutrina e Convênios, 124: 55-60, encontramos “Deus” ordenando Joseph Smith a construir uma casa de hóspede, ou alojamento de forasteiros, à qual Ele deu o nome de Casa de Nauvoo. Esta casa, segundo prometeu o “Senhor”, pertenceria a Joseph Smith e a seus descendentes “de geração em geração, para todo o sempre” ( 124: 56, 59). Esta ordem “divina” foi dada em 19 de janeiro de 1841.Três anos após, Smith foi executado a tiros, pela população revoltada, que invadindo a cadeia onde ele estava pagando pelas suas trapalhadas, o linchou. E a casa de Nauvoo? Resposta: Seus atuais proprietários não são descendentes de Joseph Smith. E deste modo exibimos mais uma prova de que Joseph Smith não era profeta de Deus.

9. 3. A vinda de Jesus

Embora o próprio Cristo tenha dito que daquele dia e hora ninguém sabe ( Mt 24.36), Joseph Smith ousou vaticinar que dentro de 56 anos o Senhor viria (History of the Church, vol. 2 Página 182, citado em A Ilusão Mórmon, páginas 40,41). Cristo não veio até hoje, e Joseph Smith recebe mais uma confirmação de que ele era falso profeta.

9.4. O povo da Lua

Nos dias de Joseph Smith, não se cogitava que um dia o homem pudesse ir à Lua. Isso deixou o “profeta” Smith bem à vontade para descrever os habitantes desse satélite. Smith descreveu a estatura deles (1, 83 m), sua longevidade (vivem quase 1000 anos), e até o traje deles (Journal of Oliver B. Huntington, Vol. 2, página 166, citado em A Ilusão Mórmon, Página 41). Do exposto até aqui, certamente já está claro que Joseph Smith era falso profeta de carteirinha.



CAPÍTULO X
A HIERARQUIA MÓRMON

Um dos argumentos apresentado pelos mórmons em defesa da pretensão mórmon de ser a única Igreja verdadeira, é que a “igreja” deles tem “apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, mestres e duas ordens sacerdotais” ( Ef 4.11; Hb 7.11). Todavia, esse argumento não resiste a um confronto com a Bíblia. Veja, portanto, a exposição abaixo.

10.1. A respeito do sacerdócio

A obra mórmon, intitulada Comunicado Para a Imprensa, diz, à página 3 que “O Sacerdócio tem duas divisões principais: Melquisedeque ou Sacerdócio Maior, e Aarônico ou Sacerdócio menor. O Aarônico é subdividido em três grupos: Diáconos, Mestres e Sacerdotes. As três unidades do Sacerdócio de Melquisedeque são: Élderes, Setentas e Sumos Sacerdotes. Cada grupo ou quórum tem determinada responsabilidade”.
Todos os leitores da Bíblia sabem que Deus escolheu Arão e seus descendentes para atuarem como sacerdotes no Antigo Testamento (Êx 28). Estando este Sacerdócio ainda em vigor, Deus usou o salmista Davi para anunciar que Jesus não seria sacerdote da ordem de Arão, mas sim, da ordem de Melquisede (Sl 110.4). Este fora Sacerdote nos dias de Abraão (Gn 14. 18-20), e, portanto, muito antes do Sacerdócio Aarônico. O autor da Epístola aos Hebreus, nos capítulos 5-7, explica que a eleição de Cristo segundo a ordem de Melquisedeque, e não segundo a ordem de Arão, significa que Deus pretendia inaugurar o Novo Testamento e, por conseguinte, pôr termo ao Antigo, “Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei” (Hb 7.12. Almeida Revista e Atualizada). Ele esclarece ainda, que por uma providência divina, a genealogia de Melquisedeque, o nome de seus pais, a data de seu nascimento, e o dia de sua morte, foram ocultados ou não registrados, para que ele pudesse ser uma pálida figura daquele que é sem princípio e sem fim: Jesus. O mesmo autor não deixa de observar, que o fato de Melquisedeque abençoar a Abraão, e este pagar dízimo àquele, testificam da simbólica superioridade de Melquisedeque em relação a Abraão, bem como da figurativa inferioridade do Sacerdócio de Arão, em relação ao Sacerdócio de Melquisedeque; visto que, de certo modo, por ser Abraão ascendente de Arão, pode-se dizer que, através de Abraão, o Sacerdócio Aarônico assumiu a sua inferioridade em relação ao Sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque. Sim, anunciando o Antigo Testamento, que Jesus seria Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque para sempre (Sl 110.4), antevia que tanto um Sacerdócio superior ao Sacerdócio Aarônico, como também um Novo Testamento, estavam por vir. Resumindo: O Antigo Testamento previu que o Sacerdócio Aarônico estava fadado a expirar, quando da inauguração da Nova Aliança. Além disso, preconizou que o Novo Sacerdócio seria superior ao do Velho Testamento, tanto na qualidade, quanto na durabilidade: eterno, insubstituível e intransferível. Assim sendo, está claro: Deus instituiu o Sacerdócio Aarônico, mas este expirou, quando Cristo foi ordenado Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque. Então, o Sacerdócio Aarônico acabou; e o Sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque, é exercido por Cristo. Logo, não há vaga para o cargo de Sacerdote na Igreja. Tal se dá porque uma ordem Sacerdotal foi extinta há 2000 anos; e a outra é intransferível, visto ser exercida por aquele que vive para sempre: Jesus.
Na Igreja, o Sacerdócio é exercido pela coletividade cristã, e não por alguém dentre nós (1 Pe 2. 9; Ap 1.4-6; Rm 12.1; 2 Co 5. 20; 1Jo 2. 2 etc.). É isto que a Bíblia diz, e nada mais. Logo, os chefes dos mórmons se equivocam, quando ensinam sobre os sacerdócios.
Como vimos, o Mormonismo subdivide o seu suposto Sacerdócio Aarônico em três grupos: Diáconos, Mestres e Sacerdotes. E é bom relembrarmos que, segundo os mórmons, no Mormonismo nada é por iniciativa humana. Tudo é resultado do que Deus revelou a Joseph Smith e a outros profetas. Mas, as subdivisões das categorias sacerdotais, especialmente a do Sacerdócio Aarônico, é tão mal feita que salta aos olhos não tratar-se de obra de Deus. Sim, pois “Sacerdotes” não pode ser uma subdivisão dentro de uma categoria sacerdotal. Isso é tão gritante como se alguém dissesse que na clínica tal há três especialidades médicas: Ortopedistas, ginecologistas e médicos. Ora, “médicos” não é uma especialidade dentro da Medicina. Portanto, se alguém falasse assim, estaria se expressando muito mal. Logo, a divisão sacerdotal efetuada pelos mórmons, não é obra de Deus, e sim , do homem. E, diga-se de passagem, de um homem de baixo QI. E assim, acabamos de destruir mais uma cidadela mórmon: as ordens sacerdotais.

10. 2. Sobre o apostolado mórmon

Uma das “provas” exibidas pelos mórmons de que eles são a verdadeira Igreja, e nós uma igreja falsa, é que eles têm “apóstolos”, como o ordena Ef 4.11, e nós, não. O senhor Helvécio Martins sobredito, pertence ao Quorum dos Setenta Apóstolos mórmons. Mas o alegado apostolado mórmon é uma cidadela facilmente reduzível a frangalhos, pelas seguintes razões:
10.2.1. O teste
O Pastor titular da igreja de Éfeso submeteu a uma prova de fogo alguns paroleiros que se diziam apóstolos e detectou que eram hipócritas, por cujo motivo foi elogiado por Jesus: “...puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos” (Ap 2. 2). E, como Jesus não muda, ainda é da Sua vontade que comparemos com a Bíblia, os atos dos que se dizem apóstolos atualmente. Ora, homens racistas, polígamos, politeístas, necromantes, embusteiros etc., como o são os líderes mórmons, não podem se considerar apóstolos de Cristo.
10.2.2. Nós os temos de fato
A Pequena Enciclopédia Bíblica, da autoria do saudoso Pastor Orlando S. Boyer, da Editora Vida, edição de 1986, dá, entre outras, a seguinte definição à palavra “apóstolo”: “Enviado extraordinário”. O vocábulo Missionário é, pois, o que temos de melhor para traduzi-la para o português.
Além dos 12 apóstolos com os quais Jesus começou seu Ministério, a Bíblia nos fala de mais 6: Matias, substituto de Judas (At 1 26); Paulo e Barnabé (At 14.14); Andrônico e Júnias (Rm 16.7) e Tiago ( Gl1.19).
Os apóstolos existem até hoje, pois Jesus os deu para edificação e aperfeiçoamento dos santos ( Ef 4.11-12). Logo, se a Igreja ainda está na Terra, sendo edificada e aperfeiçoada, então os apóstolos ainda existem. Muitos servos de Deus através dos séculos, demonstraram ser autênticos apóstolos. Daniel Berg e Gunnar Vingrem, fundadores das Assembléias de Deus no Brasil; o Dr. Aciole, pioneiro da Igreja Missionária Evangélica Maranata; John Wesley, o fundador do Metodismo; John Knox, o fundador da Igreja Presbiteriana e outros, não foram inferiores aos mais excelentes apóstolos. As igrejas evangélicas tiveram, têm e terão, os seus apóstolos. Não importa se os identificamos ou não com este título, pois o dom que há neles, independe até de nosso reconhecimento. Quem é, é mesmo; com, ou sem, esta designação. Mas quem não é, não é mesmo; ainda que arrogue a si esse título. E este é o caso dos “apóstolos” mórmons. Os apóstolos mórmons são conseqüência da megalomania de Joseph Smith, e nada mais.
Do exposto, é falsa a acusação mórmon de que nossas igrejas não têm apóstolos. Nós é que podemos acusá-los por não terem apóstolos na seita deles. É que a maioria das igrejas evangélicas, os tem apenas de fato, não de fachada. Ao passo que os mórmons os têm apenas de fachada, não de fato.
É certo ou não é, darmos a alguns de nossos Ministros, o título de apóstolos? Não tratamos deste assunto nesta obra. O que queremos dizer sobre este tema por agora, é que quando duas pessoas se divergem sobre um mesmo assunto, no mínimo uma está equivocada. E, como sabemos, há divergência quanto a isso, entre nós, os evangélicos. Porém, essas questões são periféricas, e não, o cerne da questão; sendo o respeito recíproco, como Paulo o recomenda em Rm 14, a melhor alternativa.



CAPÍTULO XI
OUTRAS CRENÇAS MÓRMONS

11.1. Sobre o casamento eterno

Os mórmons crêem no que eles chamam de “casamento eterno”, isto é, que marido e mulher podem firmar neste mundo um contrato que pode durar por toda a eternidade. Isto significa que podem continuar se relacionando como esposo e esposa, no além; de cujo coito nascerão filhos eternamente. Há vários livros mórmons expondo as condições, aos que querem continuar com seus cônjuges para sempre. Alguns desses livros são: Doutrina e Convênios: Seção 132; Doutrina e Convênios__Manual do Aluno, páginas 325-334, reimpressão de 5/98; Princípios do Evangelho, páginas 231-236, edição de 1988; A Igreja Restaurada, páginas 486-492, edição de 1964. O casamento eterno é realizado num Templo mórmon, por uma autoridade competente, dessa “religião”. O casamento civil não tem valor eterno, mas apenas temporal. Os filhos nascidos antes da concretização do casamento eterno, após este terão que se submeterem a um cerimonial mórmon chamado “selamento”. Doutro modo não farão parte da família no além. Tudo que não for em conformidade com a lei mórmon, é passageiro. Daí, a necessidade do casamento eterno, bem como do selamento dos filhos nascidos previamente. Os filhos nascidos após a realização do casamento eterno, já nascem selados; e portanto, farão parte da família para sempre, desde que cumpram os regulamentos. O casamento eterno é condição indispensável para se alcançar o que os mórmons chamam de EXALTAÇÃO, isto é, tornar-se Deus ou Deusa. Contudo, os mórmons que não passarem pelo casamento eterno, por razões alheias à sua vontade (os solteirões, os que morrerem antes do casamento etc.), não perderão sua bênção. A estes disse o chefão mórmon, Presidente Spencer W. Kimball: “...nenhuma alma ficará privada das ricas, enaltecedoras e eternas bênçãos referentes a qualquer coisa que não dependa da própria pessoa...” (Doutrina e Convênios__Manual do Aluno, página 328, reimpressão de 5/ 98).
O “casamento eterno” tem gerado muitos problemas entre os mórmons, bem como destruído muitos lares. Quando um dos cônjuges não se converte ao Mormonismo, a outra parte fica impossibilitada de casar-se para sempre. E se ele ou ela é mórmon convicto, verá nisso um entrave à sua exaltação, ou seja, tal pessoa não poderá ser elevada ao status da Divindade. Dessa “perda” de inestimável valor, ao divórcio, é um pulinho. Segundo denúncias sérias em nosso poder, a própria liderança mórmon muitas vezes induz os mórmons a pedirem o divórcio, nesses casos. Ora, sendo o Mormonismo destruidor de lares, ele é imprestável não só para a alma, mas também para a sociedade.
Mesmo quando o mórmon decide por ficar no “prejuízo”, abrindo mão da chance de virar Deus, por amor ao seu cônjuge “infiel”, isto é, não mórmon, o certo é que há um sentimento de que o lar seria muito mais feliz, sem esse inconveniente. E, deste modo, o Mormonismo pode, ou destruir definitivamente um lar, ou torná-lo infeliz; o que também é um tipo de destruição.
O programa familiar da religião mórmon é, à primeira vista, algo maravilhoso. Mas, como bem o diz o velho adágio, “Nem tudo que reluz é ouro”.
Para refutarmos essa heresia chamada casamento eterno, podemos nos valer de dois recursos:
1º) A Bíblia opõe ao chamado casamento eterno (Lucas 20.34-36). Aliás, a Bíblia não tem nada contra ao celibato, desde que não seja imposto, como o faz a Igreja Católica aos seus Ministros (1Tm 3. 2; 1Co 7);
2º) Nada mais justo que cada pessoa descida o seu próprio destino eterno. Então, aqueles cuja felicidade eterna, depende de terceiros, como é o caso dos casados que se tornam mórmons e jamais conseguem converter seus cônjuges ao Mormonismo, privando-se por isso da verdadeira salvação que seria, segundo os mórmons, elevar-se à Divindade, isto é, tornar-se Deus, estão aceitando algo repugnante à justiça. E, se o “deus” mórmon não aceita este óbvio princípio de justiça, salta aos olhos que o mesmo está abaixo de nossos pés; já que o verdadeiro Cristianismo não aposenta a cabeça de ninguém, antes nos exorta a prestarmos a Deus culto racional (Rm 12.1).
Argumentar com os mórmons à luz da razão, nem sempre é producente, visto que a lavagem cerebral de que são vítimas, os priva do bom senso. Todavia, não desistamos, pois a Palavra de Deus, sob a autoridade do Espírito Santo, pode levá-los à verdadeira fé.

11.2. Sobre a preexistência humana

Os mórmons crêem que antes de encarnarmos neste planeta, já existíamos em espírito, no mundo de onde viemos. Para “provarem” isso, recorrem à Bíblia, a saber, citam Jeremias 1. 5: “Antes que eu te formasse no ventre te conheci; e antes que saísses da madre te santifiquei; às nações te dei por profeta”. Alegam que Deus não poderia nos conhecer antes de sermos gerados no ventre, se não tivéssemos uma preexistência. Mas este conhecimento prévio se relaciona com a presciência de Deus. Significa que antes de Deus trazer Jeremias à existência, Ele já sabia tudo sobre Jeremias. Atentemos para o fato de que enquanto há pessoas que Deus conheceu antes delas nascerem, há outras que embora já tenham nascido, Ele não as conhece ainda (Mt 7. 23). Logo, este conhecimento divino é conotativo e bem mais profundo do que os mórmons supõem. Tem mais a ver com reconhecimento do que conhecimento.
A Bíblia fala da presciência de Deus inúmeras vezes. O nascimento de Jesus (seria de uma virgem [Is7.14], em Belém [Mq5.2]), sua morte (Sl 22), sua ressurreição (Sl16.10), etc., foram previstos por Deus.

11.3. Sobre alimentação

Jesus Cristo não prescreveu cardápio algum aos seus servos. Contudo, devido a uma “revelação” que o “deus” mórmon deu a Joseph Smith em 1833, os mórmons têm um código de saúde, ao qual chamam de A Palavra de Sabedoria. Seguindo às diretrizes desse código, os mórmons não tomam chá, café... e enfatizam um regime alimentar à base de frutas, peixes, aves e cereais. Não proíbem o uso de carne, mas recomendam a moderação. As obras mórmons intituladas Os Mórmons, página 99; e Comunicado Para a Imprensa, página 4, também fazem menção deste assunto.
O cristão bíblico está livre para se alimentar de tudo (1 Co 10.25); e quando impõe a si próprio alguma restrição, o faz por iniciativa própria, e não por razões religiosas. Segundo a Bíblia, qualquer escrúpulo alimentar em nome da fé cristã, caracteriza fraqueza (Rm 14.2). Mas, no caso de Joseph Smith, que alegou estar falando em nome de Deus, caracteriza falta de respeito ao santo nome do Senhor.
Os mórmons armazenam alimento, para uma possível eventualidade.

11.4. Sobre os Templos

Destoando de todas as religiões do mundo, os templos mórmons não se destinam aos cultos de adoração promovidos pelos fiéis. Estes se reúnem nas edificações existentes nas alas e ramos. Os templos não são abertos a todos os mórmons. Ademais, os mórmons comuns não o adentram amiúde. Uma rigorosa triagem, à qual é submetido o mórmon que quer ir ao templo, determina se o candidato está ou não, apto para tanto. Os templos são reservados para os casamentos eternos, batismos (inclusive pelos mortos), e outras ordenanças.
Segundo a fita de vídeo intitulada Os Fabricantes de Deuses, no interior do templo o fiel promete nunca revelar a terceiros o que nesse lugar lhe for confidenciado; e autoriza a sua execução, caso não cumpra o prometido. Quanto a isso são, então, similares à Maçonaria. Parece-nos que esse juramento é apenas pro forma. Não temos conhecimento de algum abjurador do Mormonismo ser assassinado por esse motivo, em nome da “fé” mórmon. Se não estamos equivocados, temos aqui um caso de tomar o nome de Deus em vão; doutro modo, teríamos uma evidência de que o Mormonismo é caso de polícia.

11.5. Vestuário milagrento

Os mórmons são cheios de superstições. Uma dessas crendices diz respeito a um vestuário místico, ao qual se atribui poderes miraculosos. Essa peça de roupa milagrenta é usada sob o traje comum. Alguns mórmons não o tiram sequer para se banhar. Nesse caso, após o banho, despe-se da roupa molhada, em parte; a seguir, veste-se a santa roupa enxuta, também em parte; depois, conclui-se o despir da roupa molhada; após, então, termina-se de vestir a peça enxuta. Nos países onde o Mormonismo impera, como em Utah, por exemplo, volta e meia os médicos (especialmente os obstetras e ginecologistas) têm dificuldades para tratar de suas pacientes mórmons. É que as mulheres mórmons às vezes recusam se despir de suas vestes santas, por acreditarem que estes amuletos podem servir de canais de bênçãos, fazendo com que sejam felizes no parto. Ora, isso é superstição, não fé. A fé não é uma crença qualquer. A verdadeira fé não é cega. A verdadeira fé não é irracional. O verdadeiro Cristianismo não aposenta a cabeça de ninguém, antes nos fala de “culto racional” (Rm 12.1).
Esse é o triste caminho percorrido pelos que se deixam levar pelos falsos profetas. Percorrem esse triste caminho, até chegar a o lugar mais triste ainda: o Inferno. Mas isso justifica nosso esforço, para livrar da eternidade sem Deus, os sectários das seitas.

11.6. Auto-expiação
Como já vimos em 3.2.3, “... De fato, o mormonismo tem uma idéia tão negativa da expiação que, durante seus primeiros anos de existência, a igreja ensinava a necessidade dos homens derramarem seu próprio sangue (serem mortos) a fim de expiarem certos pecados. Infelizmente, sem dúvida alguma, muitos indivíduos foram realmente assassinados por causa da crença enganosa de que isso iria expiar os seus pecados e enviá-los ao céu...” (Os Fatos Sobre os Mórmons, página 42).
Os autores da afirmação acima transcrita (afirmação esta que deveras compromete o Mormonismo) respaldam-se na obra mórmon intitulada Journal of discourses, Vol.4, página 220. Logo, trata-se de uma informação de primeira mão. Além disso, o fato de a Igreja Mórmon não processar os autores dessas denúncias, evidencia que ela tem culpa no cartório.



CAPÍTULO XII
COM A PALAVRA, OS MÓRMONS

Em dois domingos consecutivos, comportando-se como um autêntico mórmon, o senhor Eduardo Mascarenhas, de saudosa memória, discorreu sobre o Mormonismo no jornal O Dia, de 26 de junho e 03 de julho, de 1994. Tomamos a liberdade de transcrever seus textos. Julgamos que fazê-lo contribuirá para o leitor conhecer mais sobre os mórmons, o que, por sua vez, é de extrema necessidade para uma pronunciação despida de preconceito. Os capítulos precedentes (1__11) já nos deram importantes informações; contudo, certamente ainda temos muito que aprendermos sobre essa seita. O que consta dos subtópicos abaixo é uma demonstração do que os mórmons dizem aos que lhes dão atenção, em suas campanhas proselitistas. É assim que eles produzem as suas vítimas. Em 12.1., transcrevemos o artigo de 26 de junho de 1994; e em 12.2., o de 03 de julho daquele mesmo ano.

12.1. Mórmons, o que são eles? (I)

Sempre ouvi falar dos mórmons, mas, confesso, nunca soube direito o que significavam. O que eram eles? De onde vinham? O que propunham?
Desconfio que, como eu, vocês também não saibam exatamente o que sejam os mórmons. Fui estudar para saber. Entrei em contato com algumas lideranças. Achei interessantíssimo o que aprendi e, por isso, quero compartilhar, o que agora sei, com vocês.
Logo de saída, os mórmons são cristãos, acreditam tanto no Novo quanto no Velho Testamento, e estão convencidos de que Cristo é o Filho de Deus e que veio ao mundo para nos salvar. Até aí, nenhuma diferença com os católicos e os protestantes. Ao contrário dos Kardecistas e ainda na mesma linha doutrinária dos católicos e dos protestantes, os mórmons acreditam numa vida depois da morte, mas não na reencarnação.
Onde, então, os mórmons são diferentes dos católicos e dos protestantes?
Na crença da existência de outras escrituras sagradas além daquelas contidas na Bíblia.
Ano: 1820. Personagem: um rapaz de 14 anos vivia um conflito sobre qual, entre tantas igrejas, seria a verdadeira. Seu nome: Joseph Smith. Sua nacionalidade: norte-americana. Acontecimento: Joseph Smith lembra-se de uma passagem bíblica de Tiago, onde o apóstolo afirmava que quem alguma dúvida religiosa tivesse, deveria orar ao Senhor, com toda devoção, para receber a resposta iluminadora. Dirigiu-se então para um bosque onde seguiu, com fervor, semelhante recomendação. De repente foi iluminado por uma visão: o próprio Deus Pai apareceu-lhe e apontou a Cristo, que o acompanhava, e disse ser este o seu Filho e que nEle se deveria acreditar. Cristo, por sua vez, recomendou que não se filiasse a nenhuma das igrejas e que aguardasse instruções. Novas visões atingiram o jovem Joseph, mais tarde, que, através delas foi informado de que seria ele o restaurador da verdadeira Igreja de Jesus Cristo. Teria ainda de desenterrar novas escrituras que o orientariam nessa missão, escrituras estas localizadas no Monte Cumora. Joseph, encontrou-as, decifrou-as, e fundou a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Domingo que vem explicarei a razão de ser de tais nomes. E da designação mórmon. Vale a pena acompanhar o próximo artigo” (jornal O Dia, 26 de Junho de 1994)

12.2. Mórmons, o que são eles? (II)

“ Domingo passado vimos que os mórmons são cristãos, mas não são nem católicos, nem protestantes, nem kardecistas. Segundo se denominam, são membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. De onde vem esse nome? Vejamos.
I- Para os mórmons, aquele cristianismo original, fundado pelo próprio Cristo, extraviou-se ao longo dos séculos e assumiu as características das culturas onde se instalou. Perdeu, assim, a sua essência. Nada mais fundamental, portanto, do que restaurar esse cristianismo primordial.
II- A palavra santo, pronunciada por um mórmon, possui um sentido diferente daquele mais usual. Paulo, nas suas epístolas, chamava de santo a todo aquele que seguia a Cristo e à sua igreja. Adotando essa terminologia de Paulo, os mórmons chamam de santos a todos que atualmente façam parte da igreja restaurada de Cristo.
III- Para os mórmons, estamos vivendo os últimos dias de uma era. Numa data ainda não revelada aos homens, Cristo retornará à terra e a governará diretamente, por um milênio de bem- aventurança e paz para todos. Aqueles que pertencem à Igreja restaurada de Cristo são, por isso, chamados de santos dos últimos Dias.
IV- A expressão Mórmon provém do nome de um profeta. A história é a seguinte. Após revelação divina, alguns judeus (Lehi e familiares), conforme consta como predição do Antigo Testamento, singraram os Grandes Mares e dirigiram-se para uma Terra Prometida no Ocidente, o continente americano. Esses judeus, tal como aqueles que permaneceram no Oriente Médio, travaram relacionamento com Deus. A Mórmon competiu compilar a história de tais relacionamentos, até que essa tradição religiosa se perdesse e desse origem aos incas, aos astecas, aos maias e outros mais. Assim, enquanto a Bíblia registra o relacionamento dos homens com Deus no Antigo Oriente, o livro de Mórmon registra o mesmo com os povos que migraram para as terras ocidentais.
V- Os mórmons acreditam na existência de profetas – aqueles escolhidos por Deus para veicular Sua vontade aos homens da Terra, por meio de revelação e de visões. Existiram vários profetas na Antigüidade. E não haveria razão para não existirem na contemporaneidade. Se podiam existir profetas hebreus, por que não poderia existir profetas de outras nacionalidades? Joseph Smith foi o profeta encarregado por Deus para descobrir o livro de Mórmon e para restaurar a Igreja de Cristo”. (jornal O Dia, 03 de julho de 1994).




CAPÍTULO XIII
OS PASSOS DA SALVAÇÃO

Nosso objetivo não é criticar os mórmons. A crítica que aqui tecemos contra o Mormonismo, é apenas o caminho que julgamos necessário percorrer, para se chegar a um alvo infinitamente nobre, que é conscientizar os mórmons, bem como os simpatizantes do Mormonismo, que a Igreja Mórmon é arapuca de Satanás; e, deste modo, encontrá-los no Céu um dia! Logo, o fazemos por amor!
Diante de Deus este autor confessa que redigiu estas linhas chorando e orando.
Embora já tenhamos feito uma sucinta apresentação do Plano de Salvação em 3.1, voltamos a este assunto, num esforço de trazer mais luz sobre este importantíssimo tema. Vejamos, pois, o seguinte:
a) Os passos que devem ser dados para se sair da perdição e alcançar a salvação;
b) O passo que deve ser dado para se manter na salvação; e,
c) Os passos que devem ser dados por se ter alcançado a salvação. Ei-los:

13.1. Passos que conduzem à salvação

13.1.1. Reconhecer que é pecador
A Bíblia diz que “não há homem que não peque”(II Cr 6.36). Este reconhecimento não nos pode salvar, mas é um passo que não pode deixar de ser dado por aquele que quer ser salvo.
13.1.2. Reconhecer que Deus é justo
A justiça de Deus vai além do que pensamos e falamos, e às vezes entra em choque com os nossos pontos de vista.
13.1.3. Reconhecer que está condenado
Sim, contrário ao que muitos pensam, a justiça divina não condenou apenas os grandes pecadores como: os estupradores, os latrocidas, os caluniadores, os adúlteros, os homossexuais, os invejosos, os ateus e assim por diante. Não!!! Deus condenou todos ao inferno! Disse Jesus: “Se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis...”, Lc 13.5. Disse o apóstolo Paulo: “todos pecaram e estão privados da glória de Deus” (Rm 3.23). Estes textos provam que a justiça divina vai além do que cogitamos e não raramente diverge dos nossos padrões.
13.1.4. Reconhecer que a morte de Jesus foi substitutiva
Muitos pensam que a razão pela qual Jesus morreu é a seguinte: “Para o homem se salvar basta-lhe ser bondoso, e Jesus veio ensinar isso. E o fez , não só com palavras, mas sobretudo, com atos, não pagando na mesma moeda, o mal que lhe fizeram”. Nada, porém, está mais longe da verdade. O quadro que nos é apresentado pela Bíblia, é diametralmente oposto.
À luz da Bíblia, a razão pela qual Jesus morreu é: O homem é pecador e Deus é justo; e, por estas razões, ficamos tão perdidos, que tudo quanto fizéssemos para sairmos da perdição, não produziria o efeito desejado. Inútil seria arrependermos dos nossos pecados, pedirmos perdão, chorar, etc.; visto que, na opinião de Deus, perdoar a culpa é tão errado quanto punir o inocente. Deus vê que o pecado é uma dívida que tem que ser paga. E por não termos com que pagá-la, fomos condenados à perdição eterna. Então Jesus desceu do Céu para cumprir a pena em nosso lugar. É por isso que Jesus é o Salvador. Ele não salva com Suas Palavras, nem com Seus brilhantes exemplos, mas sim, com o seu sacrifício substitutivo. Logo, para que servem as Suas Palavras? Servem para nos informar isso, bem como para educar àqueles que, por crerem nisso, tornarem-se cristãos. Assim está claro que Deus não perdoou a nossa dívida, e sim, que Jesus pagou-a por nós, se arrependidos crermos nesta verdade.
O leitor talvez queira formular a seguinte pergunta: “Por que diz então a Bíblia que Deus perdoa?” A resposta a esta pergunta é que com este termo simples e de fácil compreensão, a Bíblia está dizendo que Deus nos livra da condenação, se apelarmos para o sacrifício de Jesus. “Perdão”, neste caso, é um termo simples que designa a mudança de relacionamento entre Deus e o pecador, quando este se refugia no sangue de Jesus. Assim como a Bíblia diz que Deus se esqueceu dos nossos pecados (Hb10.17,18), mas esse esquecimento, muito longe de ser interpretado ao pé da letra, tem de ser encarado como uma força de expressão, posto que doutro modo faríamos de Deus um débil mental, assim também a palavra “perdão” tem de ser entendida como uma força de expressão que retrata a reconciliação com Deus. Se não fosse assim, Jesus teria morrido em vão. Sim, porque se Deus, para perdoar o pecador, exigisse tão-somente, arrependimento e fé, não dependeríamos do sangue derramado na cruz. É bem verdade que agora, mais nada precisamos fazer, além de arrepender e crer; mas tal se dá porque o preço já foi pago por Jesus.
Como o leitor sabe, substitutivo não é o mesmo que substituível. Portanto, quando afirmamos que o sacrifício de Jesus foi um ato substitutivo, queremos dizer que Ele nos substituiu na morte e no sofrimento, sofrendo a pena em nosso lugar, e que, por conseguinte, o Seu sacrifício nos quita para com Deus, se arrependidos crermos. É por isso que nós, os evangélicos, não cremos em purgatório, em salvação pelas obras... tampouco em reencarnação, pois não temos dívida a pagar, nem mesmo parcialmente. Jesus já pagou-a totalmente por nós (Is 53. 4 – 12; 2 Pe2. 24; Lc 23 . 43; Cl 2.13 a 15).

13.1.5. Reconhecer Jesus como salvador pessoal
Já afirmamos que se Jesus não morresse por nós, não seríamos salvos por mais que implorássemos o perdão. Isto significa que não adiantaria arrependermos, se Jesus não morresse por nós. E uma verdade do mesmo tamanho desta é que não adianta Jesus ter morrido por nós, se não nos convertermos. É o sacrifício de Jesus, mais a nossa fé nesse sacrifício, que mudam a nossa sorte. Para nos salvar, Jesus fez a Sua parte, e nos manda que façamos a nossa; mas a nossa parte é crermos que Cristo fez a nossa parte, bem como nos valermos disso.

13.2. O passo que nos mantém na salvação

A Bíblia afirma que a salvação é um dom, isto é, presente, que Deus nos dá pela graça, por meio da fé, sem o auxílio das nossas obras (Ef 2.9-8); e acrescenta que esta verdadeira fé viva e produtora de real salvação, automaticamente produz em nós obras que de fato agradam a Deus. Logo, os que tentam se salvar pelas obras, estão pondo o carro diante dos bois. E os que tentam se salvar pela fé mais obras, estão pondo o carro ao lado dos bois. O certo, porém, é deixarmos o “boi” da fé puxar o “carro” da salvação, em cujo interior devemos adicionar cada vez mais as obras de justiça. Isto porque não somos salvos pelas obras, mas somos salvos para as obras (Ef 2.10). Do exposto se vê que as obras e a fé são importantes, mas temos que pô-las nos seus devidos lugares. Do contrário, não seremos salvos. A fé vale o perdão dos nossos pecados e a conseqüente salvação, a qual é um dom; e as boas ações que daí nascerem serão galardoadas. Sobre estes galardões, só entenderemos quando chegarmos lá. Por enquanto fica claro apenas que galardão e salvação são coisas diferentes. A Bíblia fala de pessoas que terão salvação, mas não terão galardão (1 Co 3.10-15). A graça e a fé nos conduzem à salvação, bem como nos mantêm na salvação.
Do exposto acima se vê que o passo que nos mantém na salvação é o reconhecimento de que quando damos os cinco primeiros passos (de 13.1.1-13.1.5), nos tornamos salvos, e que, portanto, mais nada precisa ser feito para sermos salvos. É o que nos conduz à salvação, que nos mantém na salvação:a graça, por meio da fé. Fazer algo para se salvar é ser incrédulo; e fazer algo para se manter na salvação, é negar a fé. Quem não vive como cristão, cristão não é; e está, pois, perdido. Mas há um enorme abismo entre viver como cristão, e associar a salvação às obras. O salvo vive como salvo, não para ser salvo, mas sim, por ser salvo; assim como também, a laranjeira não produz laranja para ser laranjeira, e sim, por ser laranjeira.

13.3. Passos subseqüentes à salvação

Ao darmos o quinto passo, nos tornamos salvos. Ao darmos o sexto passo, nos mantemos salvos. Mas, quais são as obras que devemos fazer por sermos salvos, isto é, 100% perdoados? Veja a seguir alguns exemplos.

13.3.1. Ser batizado
(Mc 16.16). Cristo mandou pregar o Evangelho e batizar os que crêem. Estes não se batizam para se salvarem, e sim, por serem salvos. Não inverta a ordem.
13.3.2. Comungar com seus irmãos na fé
Muitas pessoas já fizeram o que você acaba de fazer, e já se organizaram. Você é convidado a se unir a um desses grupos, porque lá você encontrará pessoas mais experientes que muito poderão ajudá-lo (Hb 10. 25).
Estes grupos são conhecidos pelos nomes de evangélicos ou crentes.
13.3.3. Ler a Bíblia
Leia a Bíblia diariamente. Na impossibilidade de fazê-lo, peça a alguém o favor de lê-la para você ouvir. Saboreie pelo menos um capítulo por dia (Js1.8; Sl 1.2).
13.3.4. Praticar a doutrina dos apóstolos
Estas doutrinas estão registradas na Bíblia. Uma delas é que não devemos adorá-los (At 10. 25-26; 14.11-18).
13.3.5. Cear
A Ceia do Senhor é uma ordenança do Senhor Jesus e é constituída de pão e suco de uva, os quais simbolizam, respectivamente, o corpo e o sangue do Senhor (1 Co 11. 17-34). Todo cristão deve participar deste banquete espiritual, comendo do pão e bebendo do fruto da vide (1Co 11. 28).
13.3.6. Orar
Por ser Jesus o único Mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2. 5), Ele nos ensinou a orar direto a Deus (Mt 6. 9-13), em Seu nome (Jo 14: 13-14). Portanto, doravante não perca mais seu tempo com o suposto Morôni e outros espíritos que se fazem passar pelos mortos. Ore ao Senhor! Por favor, ore por mim.

13.3.7. Testemunhar
Conte a todo mundo a sua nova vida, isto é, a sua experiência com Cristo! (Mc 5. 20)



CONCLUSÃO

Jesus não veio ensinar você a se salvar, mas sim, salvar você

As religiões não cristãs (Budismo, Islamismo, Hinduísmo...) não podem salvar. O mesmo podemos dizer das instituições religiosas que se fazem passar por cristãs (Testemunhas-de-Jeová, Igreja Católica, Adventismo do Sétimo Dia...). E, pasme o leitor, nem mesmo a verdadeira Igreja de Cristo, que é o conjunto dos redimidos pelo Seu sangue, pode salvá-lo. Você quer ser salvo? Então vá direto a Cristo (Jo 14.6; At 4:12).
Talvez não tenhamos a felicidade de nos conhecermos aqui na Terra, mas se permanecermos neste caminho até o fim, nós nos encontraremos no Céu. Até lá, na Paz do Senhor Jesus Cristo.

Pastor Joel Santana
www.pastorjoel.com.br
prjoel@pastorjoel.com.br



BIBLIOGRAFIA

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2. Smith, Joseph. Doutrina e Convênios, Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1988.
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7. McElveen, Floyd. A Ilusão Mórmon, 2ª edição, Editora Vida, 1991.
8. Barret, Willian Edwin. Editado pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1964.
9. Doutrina e Convênios__Manual do Aluno_ , edição de maio de 1998, pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
10. Comunicado Para a Imprensa. Pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
11. Oliveira, Raimundo F. de. Religiões, Seitas e Heresias, Um Sinal dos Tempos. CPAD_ Casa Publicadora das Assembléias de Deus_ , 1994.
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13. Rinald, Natanael. Romeiro Paulo. Desmascarando as Seitas. CPAD_ Casa Publicadora das Assembléia de Deus_ , 1ª edição de 1996.
14. Os Mórmons, Copyright 1978. Editado pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
15. Panfletos editados pelo ICP_Instituto Cristão de Pesquisas_ : Foi a Virgem Maria Uma Virgem?; A Igreja Mórmon e os Negros; A Revelação de Um Segredo Mórmon
16. Apostilas elaboradas pelo irmão Aldo Menezes: Esboço e cartas a Eduardo Mascarenhas.
17. O Globo (Jornal), 18 de junho de 1995.
18. O Dia (Jornal), 26 de junho de 1994; e 03 de julho de 1994.
19. Defesa da Fé (revista), órgão oficial do ICP_ Instituto Cristão de Pesquisas, Edição Especial, Ano 2, Nº 1, 1998.
20. Desafio das Seitas (jornal), órgão oficial do CPR_Centro de Pesquisas Religiosas (vários exemplares).

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