Na história de Gideão, o
arrebatamento não é mencionado de
forma literal, mas existem diversas
indicações que apontam em direção a
ele e que podem nos ajudar a
explicá-lo.
Consideramos que a história de
Gideão tem muito conteúdo profético e
que ela nos mostra o futuro de Israel
e o tempo da Grande Tribulação.
Portanto, podemos usá-la para
analisar a volta de Jesus para Sua
Igreja. Pois as histórias de Deus com
Israel e com a Igreja se entrelaçam,
ou seja, se sobrepõem: quando chegou
a hora do nascimento da Igreja de
Jesus, no dia do Pentecoste, Deus
como que deixou Israel de lado, e,
desde a fundação do Estado de Israel,
no dia 14 de maio de 1948, o Senhor
voltou a agir com, em e através de
Israel, o que nos mostra que a
retirada da Igreja de Jesus da terra
está próxima.
Os Sinais do Arrebatamento
Nos três capítulos sobre
Gideão e os midianitas (Jz 6-8)
fala-se repetidamente da trombeta com
que o povo foi chamado a se reunir em
torno de Gideão. Em todos os
acontecimentos dessa batalha que
viria, a trombeta foi um elemento
chave, sendo citada sete vezes, pela
primeira vez em Juízes 6.33-34:
"E todos os midianitas e amalequitas,
e povos do oriente se ajuntaram, e
passaram, e se acamparam no vale de
Jezreel. Então o Espírito do Senhor
revestiu a Gideão, o qual tocou a
rebate, e os abiezritas se ajuntaram
após dele." Juízes 6.33-34
Esse é também o sentido por
ocasião do arrebatamento: quando soar
a trombeta, a Igreja será reunida,
revestida com o Espírito Santo e
arrebatada ao encontro do Senhor
Jesus. Está escrito:
"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua
palavra de ordem, ouvida a voz do
arcanjo, e ressoada a trombeta de
Deus, descerá dos céus, e os mortos
em Cristo ressuscitarão primeiro;
depois nós, os vivos, os que
ficarmos, seremos arrebatados
juntamente com eles, entre nuvens,
para o encontro do Senhor nos ares, e
assim estaremos para sempre com o
Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos
outros com estas palavras" (1 Ts
4.16-18).
"Eis que vos digo um mistério: Nem
todos dormiremos, mas transformados
seremos todos, num momento, num abrir
e fechar dolhos, ao ressoar da última
trombeta. A trombeta soará, os mortos
ressuscitarão incorruptíveis, e nós
seremos transformados" (1 Co
15.51-52).
A respeito desse encontro com
o Senhor, Ele disse:
"Não se turbe o vosso coração; credes
em Deus, crede também em mim. Na casa
de meu Pai há muitas moradas. Se
assim não fora, eu vo-lo teria dito.
Pois vou preparar-vos lugar. E quando
eu for, e vos preparar lugar,
voltarei e vos receberei para mim
mesmo, para que onde eu estou
estejais vós também" (Jo 14.1-3).
No arrebatamento acontecerá,
portanto, a reunião em torno do
Senhor, e um sinal ou elemento
deflagrador será o som da trombeta:
"Porquanto o Senhor mesmo... ressoada
a trombeta de Deus, descerá dos
céus..."
O que acontecerá com os crentes por
ocasião do arrebatamento?
Então se dará um grande
milagre: seremos libertados da nossa
carne, ou seja, do nosso corpo
terreno. A respeito, leiamos mais uma
vez 1 Coríntios 15.52-53, onde essa
transformação é descrita da seguinte
maneira:
"...num momento, num abrir e fechar
dolhos, ao ressoar da última
trombeta. A trombeta soará, os mortos
ressuscitarão incorruptíveis, e nós
seremos transformados. Porque é
necessário que este corpo corruptível
se revista da incorruptibilidade, e
que o corpo mortal se revista da
imortalidade." 1 Coríntios 15.52-53
Somente então, depois do
arrebatamento, estaremos – através da
transformação – livres do pecado.
Então não será mais possível pecar,
mas em nós resplandecerá
exclusivamente a clara luz da obra de
Jesus Cristo e todos nos amaremos uns
aos outros. Não será maravilhoso
estar finalmente liberto da carne
pecaminosa? Pois, quantas vezes já
choramos por causa do pecado que em
nós habita; quanto trabalho já nos
deu nossa carne pecaminosa, a nós que
queremos andar no Espírito. Também
Paulo chorou por isso e testemunha em
Romanos 7.18a:
"Porque eu sei que em mim, isto é, na
minha carne, não habita bem
nenhum..." Romanos 7.18a
Ele continua escrevendo:
"Porque, no tocante ao homem
interior, tenho prazer na lei de
Deus; mas vejo nos meus membros outra
lei que, guerreando contra a lei da
minha mente, me faz prisioneiro da
lei do pecado que está nos meus
membros" (Romanos 7. 22-23).
Enquanto vivermos, o espírito
e a carne estarão em constante
confronto. Por isso, é tão importante
ficar cheio do Espírito (Ef 5.18b),
andar no Espírito e deixar que o
Espírito nos governe.Nossa carne é
receptiva para o pecado, e também
para a enfermidade e a morte. Isso
acabará no momento do arrebatamento,
quando formos transformados e
recebermos um corpo espiritual,
quando o mortal se revestir da
imortalidade. E essa transformação
por ocasião do arrebatamento, ao soar
da trombeta, nos é mostrado
alegoricamente no caso de Gideão.
Lemos em Juízes 7.16,19-20:
"Então repartiu os trezentos homens
em três companhias, e deu-lhes a cada
um nas suas mãos trombetas, e
cântaros vazios, com tochas neles...
Chegou, pois, Gideão, e os cem homens
que com ele iam, às imediações do
arraial, ao princípio da vigília
média, havendo-se havia pouco trocado
as guardas; e tocaram as trombetas, e
quebraram os cântaros, que traziam
nas mãos. Assim tocaram as três
companhias as trombetas e
despedaçaram os cântaros; e seguravam
nas mãos esquerdas as tochas e nas
mãos direitas as trombetas que
tocavam; e exclamaram: Espada pelo
Senhor e por Gideão!" Juízes
7.16,19-20
O que aconteceu ali? Os homens
mantinham a luz das tochas escondidas
dentro dos cântaros. Mas, exatamente
no momento em que começaram a ser
tocadas as trombetas, os cântaros
foram quebrados e a clara luz das
tochas iluminou tudo. Isso é uma
alegoria da transformação por ocasião
do arrebatamento. A clara luz de
Cristo normalmente ainda está
escondida em nosso corpo, pois somos
como cântaros (vasos) que carregam em
seu interior a clara luz do
Evangelho. O Senhor Jesus é a luz do
mundo, e disse àqueles que O
aceitaram: "Vós sois a luz do mundo"
(Mt 5.14a). Por enquanto essa luz
ainda é escondida, como dissemos, em
maior ou menor grau, pelo vaso da
nossa carne. Mas, no momento em que a
trombeta de Deus for tocada para o
arrebatamento, nosso corpo será
transformado (como os cântaros que
foram quebrados naquele tempo), e
seremos arrebatados ao encontro do
Senhor Jesus, para estarmos com Ele
para sempre. Então, tudo será somente
luz. Tudo resplandecerá em Sua
glória. Não haverá mais pecado,
porque o vaso da nossa carne não
estará mais presente. Em 1 Coríntios
15.50 está escrito que "carne e
sangue não podem herdar o reino de
Deus". Por isso, seremos
transformados, pois o cântaro do
nosso corpo tem que ser quebrado.
Somente por ocasião da transformação
e do arrebatamento se tornará visível
o que a Bíblia diz em Mateus 13.43a:
"Então os justos resplandecerão como
o sol, no reino de seu Pai." Mateus
13.43a
Assim, podemos imaginar quão
ansiosamente os crentes da Bíblia
esperavam deixar a carne para estar
para sempre com o Senhor. Paulo, por
exemplo, expressou da seguinte
maneira esse seu anseio:
"Ora, de um e outro lado estou
constrangido, tendo o desejo de
partir e estar com Cristo, o que é
incomparavelmente melhor. Mas, por
vossa causa, é mais necessário
permanecer na carne" (Fp 1.23-24).
Quando Acontecerá o Arrebatamento?
Antes do juízo, isto é, antes
da Grande Tribulação. Poderíamos
fazer um estudo bíblico
especificamente sobre o assunto, mas
vamos nos limitar a alguns
versículos. Lemos em 1
Tessalonicenses 1.10:
"...e para aguardardes dos céus o seu
Filho, a quem ele ressuscitou dentre
os mortos, Jesus, que nos livra da
ira vindoura." 1 Tessalonicenses
1.10
De que ira se trata aqui? Da
ira de Deus que começará com a Grande
Tribulação, pois ela será o juízo de
Deus sobre o mundo de incredulidade e
maldade. É o que lemos em Apocalipse
6.15-17:
"Os reis da terra, os grandes, os
comandantes, os ricos, os poderosos,
e todo escravo e todo livre se
esconderam nas cavernas e nos
penhascos dos montes, e disseram aos
montes e aos rochedos: Caí sobre nós,
e escondei-nos da face daquele que se
assenta no trono, e da ira do
Cordeiro, porque chegou o grande dia
da ira deles; e quem é que pode
suster-se?" Apocalipse 6.15-17
A Igreja de Jesus será
preservada dessa ira do Senhor, que
terá seu início no tempo da Grande
Tribulação. Pois, como filhos de
Deus, já estivemos sob a ira de Deus
e Seu juízo: isso aconteceu na cruz
do Calvário, onde o Senhor Jesus
tomou vicariamente sobre si nosso
juízo e a ira de Deus. Por isso, todo
homem que pertence a Jesus está
justificado diante de Deus e não
passará pela Grande Tribulação, nem
pelo Juízo Final. Está dito em 1
Tessalonicenses 5.9-10:
"...porque Deus não nos destinou para
a ira, mas para alcançar a salvação
mediante nosso Senhor Jesus Cristo,
que morreu por nós para que, quer
vigiemos, quer durmamos, vivamos em
união com ele." Tessalonicenses
5.9-10
Que o arrebatamento ocorrerá
antes da Grande Tribulação também é
mostrado, segundo o meu entendimento,
na história de Gideão. Lemos em
Juízes 7.19-20:
"Chegou, pois, Gideão, e os cem
homens que com ele iam, às imediações
do arraial, ao princípio da vigília
média, havendo-se havia pouco trocado
as guardas; e tocaram as trombetas, e
quebraram os cântaros, que traziam
nas mãos. Assim tocaram as três
companhias as trombetas e
despedaçaram os cântaros; e seguravam
nas mãos esquerdas as tochas e nas
mãos direitas as trombetas que
tocavam; e exclamaram: Espada pelo
Senhor e por Gideão!" Juízes 7.19-20
A respeito, façamos duas
perguntas:
Quando foram tocadas as trombetas e
quebrados os cântaros (uma figura da
transformação e do arrebatamento)?
A resposta é: "...ao princípio
da vigília média..." Esse é o tempo
em torno da meia-noite. Em Mateus
25.6 está escrito:
"Mas, à meia-noite, ouviu-se um
grito: Eis o noivo! saí ao seu
encontro." Mateus 25.6
Sabemos que, em nossos dias,
nos aproximamos dessa hora da
meia-noite. Os sinais dos tempos e
Israel apontam para isso claramente.
Trata-se também do tempo em que o
mundo das nações está colocando
"guardas" contra Israel, como os
midianitas o fizeram naquela época
(Jz 7.19). Isso levará, no final das
contas, à batalha dos povos em
Armagedom.
Atualmente, Israel está
perdendo cada vez mais sustentação. A
conquista de Jerusalém e a destruição
de Israel continua fazendo parte do
plano dos inimigos do povo de Deus.
Mas antes do começo desse último
período anticristão será ouvida a
trombeta de Deus e a Igreja de Jesus
será arrebatada. Com relação ao
"homem da iniqüidade" (2 Ts 2.3),
Dave Hunt escreve:
Neste exato momento, é quase
certo que o anticristo já esteja
vivendo em algum lugar do planeta
Terra – aguardando seu tempo,
esperando sua deixa. Sensacionalismo
banal? Longe disso! Essa suposição é
baseada em uma sóbria avaliação dos
eventos atuais relacionados com a
profecia bíblica. Como homem maduro,
provavelmente ele já seja ativo na
política, sendo possivelmente até
mesmo um admirado líder mundial cujo
nome está diariamente na boca de
todos.
Ou pensemos, por exemplo, em
relatos que advertem a respeito de
cometas ou meteoros que poderiam
atingir a Terra. Quando os últimos
fragmentos do cometa "Shoemaker Levy
9" caíram sobre o gigantesco planeta
Júpiter em julho de 1994 e deixaram
marcas de destruição, o fato foi logo
esquecido. Mas, praticamente não
houve pausa para descanso. Pouco
depois lia-se nos jornais:
Em agosto, o astrônomo amador
Donald E. Machholz descobriu um novo
cometa fragmentado em cinco partes...
que poderiam se chocar contra a
Terra, pois sua órbita cruza a do
nosso planeta. Se algum fragmento do
cometa caísse sobre a Terra, poderia
ter conseqüências fatais...
O que quer que aconteça,
devemos lembrar que o Senhor Jesus
falou de estrelas que cairiam e de
outros sinais que indicariam a
iminência da Sua volta:
"...as estrelas cairão do firmamento
e os poderes dos céus serão abalados.
Então aparecerá no céu o sinal do
Filho do homem; todos os povos da
terra se lamentarão e verão o Filho
do homem vindo sobre as nuvens do céu
com poder e muita glória" (Mt
24.29-30).
Quando entrou em ação a espada do
Senhor (Jz 7.20)?
Somente depois de tocadas as
trombetas e quebrados os cântaros
(uma figura do arrebatamento), quando
a clara luz das tochas iluminou o
acampamento dos inimigos, os
israelitas gritaram: "Espada pelo
Senhor e por Gideão!" A "espada pelo
Senhor", porém, aponta profeticamente
para o "dia do Senhor", ou seja, para
o tempo da Grande Tribulação, na qual
o Senhor vai julgar o mundo porque
então todas as nações terão se
ajuntado contra Seu amado povo
Israel. Lemos a respeito em Jeremias
25.29b:
"...porque eu chamo a espada sobre
todos os moradores da terra, diz o
Senhor dos Exércitos." Jeremias
25.29b
E, como os midianitas fugiram
apavorados e em pânico diante da
"espada pelo Senhor e por Gideão" e
começaram a se matar reciprocamente
(comp. Jz 7.21-22), também durante a
Grande Tribulação as pessoas tentarão
escapar do juízo da ira de Deus (Ap
6.15-17). Antes, porém, a Igreja de
Jesus será arrebatada e transformada.
O Caminho Para o Arrebatamento
Ficar cheio do Espírito Santo
Desse caminho que leva ao
arrebatamento faz parte o ficarmos
cheios do Espírito Santo, pois
seremos arrebatados pelo poder do
Espírito. Isso também é mostrado
figuradamente na história de Gideão,
como lemos em Juízes 6.34:
"Então o Espírito do Senhor revestiu
a Gideão, o qual tocou a rebate, e os
abiezritas se ajuntaram após dele."
Juízes 6.34
Essa é uma maravilhosa
definição do arrebatamento, pois
então a Igreja será como que
revestida pelo Espírito Santo,
envolta por Ele e levada ao céu. Não
é em vão que está escrito em Efésios
4.30:
"E não entristeçais o Espírito de
Deus, no qual fostes selados para o
dia da redenção." Efésios 4.30
A que redenção isso se
refere – pois os filhos de Deus já
são redimidos? Aqui se trata da
redenção da nossa carne, através da
transformação por ocasião do
arrebatamento! Para isso fomos
selados com o Espírito Santo, com o
qual seremos revestidos, ou seja, que
nos envolverá quando formos tirados
da terra. Por termos essa esperança
do arrebatamento, deveríamos prestar
muita atenção para não entristecer o
Espírito Santo através de um modo de
viver carnal, razão por que está
escrito no versículo seguinte:
"Longe de vós toda a amargura, e
cólera, e ira, e gritaria, e
blasfêmias, e bem assim toda a
malícia" (Ef 4.31).
É preciso honrar o Senhor
através do andar em Espírito:
"Antes sede uns para com os outros
benignos, compassivos, perdoando-vos
uns aos outros, como também Deus em
Cristo vos perdoou" (v. 32).
Lançar fora toda carga desnecessária
A caminho do arrebatamento, é
importante que lancemos fora e
deixemos para trás toda carga
desnecessária. Vemos isso no então
ainda grande exército de Israel,
antes de mais uma seleção, do tocar
das trombetas e do quebrar do
cântaros. A ordem do Senhor a Gideão
foi:
"Apregoa, pois, aos ouvidos do povo,
dizendo: Quem for tímido e medroso,
volte, e retire-se da região
montanhosa de Gileade. Então voltaram
do povo vinte e dois mil, e dez mil
ficaram" (Jz 7.3).
A Edição Revista e Corrigida
diz: "...quem for cobarde e
medroso..."
Dentre as coisas que devemos
lançar fora a caminho do
arrebatamento estão, necessariamente,
a timidez (covardia) e o medo. Pois
muitos cristãos têm literalmente medo
do arrebatamento porque acham que não
poderão subsistir diante do Senhor.
Eles têm medo daquilo que os espera;
por exemplo, o julgamento do
galardão. Muitos ficam tão
desanimados, que não gostariam de
ouvir nada mais sobre a volta de
Jesus. Isso, entretanto, não está de
acordo com o que o Senhor quer e com
o que a Bíblia ensina. Pois,
justamente com relação ao
arrebatamento está dito que ele deve
servir como consolo:
"Consolai-vos, pois, uns aos outros
com estas palavras" (1
Tessalonicenses 4.18).
Por isso é tão importante que
lancemos fora a covardia e o medo da
volta de Jesus para o arrebatamento,
para podermos ir ao Seu encontro com
liberdade e alegria! Em 1 João
4.17-18 está escrito:
"Nisto é em nós aperfeiçoado o amor,
para que no dia do juízo mantenhamos
confiança; pois, segundo ele é,
também nós somos neste mundo. No amor
não existe medo; antes, o perfeito
amor lança fora o medo. Ora, o medo
produz tormento; logo, aquele que
teme não é aperfeiçoado no amor."
João 4.17-18
Àqueles que esperam pelo
arrebatamento com alegria e amam a
volta do Senhor é prometida uma coroa
especial (2 Tm 4.8). Se, entretanto,
somos dominados pelo medo, nem
podemos amar a vinda do Senhor, pois
o medo pensa no castigo.
Diga-me, você também sente
medo? Então, pela fé, lance fora
agora o medo – e confie no Senhor,
crendo que Ele alcançará Seu alvo
para com você, apesar da sua
fraqueza. Não se preocupe só consigo
mesmo e com todas as suas
deficiências, mas olhe para o Autor e
Consumador da sua fé! A respeito dEle
está escrito:
"Ora, aquele que é poderoso para vos
guardar de tropeços e para vos
apresentar com exultação..." (Jd 24).
Conforme Efésios 5.27, Ele
também apresentará você
"sem mácula, nem ruga nem cousa
semelhante, porém santo e sem
defeito" diante dEle. Efésios 5.27
Devemos recordar também o que
diz Hebreus 10.19:
"Tendo, pois, irmãos, intrepidez (a
Ed. Rev. e Corrigida diz: "ousadia")
para entrar no Santo dos Santos, pelo
sangue de Jesus." Hebreus 10.19
Isso vale não somente para a
oração que é ouvida no presente, mas
também para o arrebatamento,
permitindo que possamos entrar na
santa e gloriosa presença de Deus com
alegria. Não através de nossos
próprios esforços, mas por meio do
precioso sangue do Senhor e do Seu
perdão encontramos ousadia para
entrar no Santo dos Santos. Por isso,
deixe o medo para trás! Aproprie-se
na fé da promessa de 1 Pedro 1.5!
Manter-se próximo à água
A caminho do arrebatamento,
temos que nos manter próximos à água,
ou seja, da "lavagem de água pela
palavra" (Ef 5.26). No tempo de
Gideão, o que restou do exército foi
provado por Deus junto à água. A
ordem do Senhor a Gideão foi:
"Ainda há povo demais; faze-os descer
às águas, e ali tos provarei; aquele
de quem eu te disser: Este irá
contigo, esse contigo irá; porém todo
aquele, de quem eu te disser: Este
não irá contigo, esse não irá" (Jz
7.4).
A nós, da Nova Aliança, a
Bíblia diz em Efésios 5.26 que fomos
purificados "por meio da lavagem de
água pela palavra." Se realmente
quisermos nos deixar preparar para o
ressoar da trombeta por ocasião do
arrebatamento, é importante ter muita
comunhão com Jesus Cristo, ouvindo a
Palavra de Deus em cultos, reuniões
nos lares e encontros de oração, mas
também lendo muito a Bíblia e
obedecendo ao que ela nos diz. Isso
produzirá purificação mais profunda
em nosso interior, santificação e
preparação, mesmo que nada sintamos a
respeito. Acontece então o mesmo que
com uma mãe na cozinha segurando um
escorredor de massas com batatas,
debaixo da torneira, deixando a água
correr sobre elas. Sua filhinha lhe
pergunta: "Mãe, o que você está
fazendo? A água está indo toda
embora". "Venha cá e olhe. Se bem que
a água tenha ido toda embora, as
batatas ficaram limpas." O mesmo se
dá conosco: quando ouvimos ou lemos a
Palavra de Deus, não conseguimos
lembrar tudo. Há mesmo épocas em que
ela parece não nos dizer nada.
Entretanto, há sempre um efeito
purificador, pois trata-se da
"lavagem de água pela palavra". Por
isso está escrito:
"Habite ricamente em vós a palavra de
Cristo..." (Cl 3.16).
Palavras humanas passam, mas a
Palavra de Deus permanece! Lembremos,
portanto, o que a Bíblia nos diz em 1
Pedro 1.23-25:
"...pois fostes regenerados, não de
semente corruptível, mas de
incorruptível, mediante a palavra de
Deus, a qual vive e é permanente.
Pois toda carne é como a erva, e toda
a sua glória como a flor da erva;
seca-se a erva, e cai a sua flor; a
palavra do Senhor, porém, permanece
eternamente. Ora, esta é a palavra
que vos foi evangelizada." 1 Pedro
1.23-25
No arrebatamento, deixaremos
para trás tudo que é do presente, mas
levaremos a Palavra de Deus junto
para a Eternidade! E porque a Palavra
de Deus é tão importante com relação
à nossa preparação para a retirada da
Igreja, o apóstolo Paulo diz em suas
palavras introdutórias sobre o
arrebatamento:
"Ora, ainda vos declaramos, por
palavra do Senhor, isto: nós, os
vivos, os que ficarmos até à vinda do
Senhor, de modo algum precederemos os
que dormem" (1 Ts 4.15).
Por isso, ocupe-se o máximo
possível com a Palavra de Deus, que
não deixa de fazer efeito.
Viver com o objetivo em mente
A caminho do arrebatamento, é
preciso viver voltado completamente
para o Senhor, Seu objetivo e Sua
volta. É o que nos mostra a última
prova a que foram submetidos os
homens de Gideão. Lemos em Juízes
7.5-6:
"Fez Gideão descer os homens às
águas. Então o Senhor lhe disse: Todo
que lamber as águas com a língua,
como faz o cão, esse porás à parte;
como também a todo aquele que se
abaixar de joelhos a beber. Foi o
número dos que lamberam, levando a
mão à boca, trezentos homens; e todo
o restante do povo se abaixou de
joelhos a beber as águas." Juízes
7.5-6
Esses trezentos homens estavam
tão determinados a alcançar o
objetivo, a executar o encargo dado
pelo Senhor, que não se demoraram em
se abaixar de joelhos para beber, mas
ajuntaram rapidamente a água com a
mão levando-a à boca. Aí imaginamos o
que Pedro quis dizer ao falar sobre o
dia da volta de Jesus, advertindo a
Igreja:
"...esperando e apressando a vinda do
dia de Deus" (2 Pe 3.12a).
Temos tal inclinação interior
diante do Senhor Jesus e da Sua
volta? É Sua vontade expressa que
vivamos voltados para o objetivo,
pois Ele disse em Lucas 12.35-36:
E"Cingidos estejam os vossos corpos e
acesas as vossas candeias. Sede vós
semelhantes a homens que esperam pelo
seu senhor, ao voltar ele das festas
de casamento; para que, quando vier e
bater à porta, logo lha abram."
Lucas 12.35-36
Mas como facilmente ficamos
ocupados com coisas terrenas e nos
deixamos deter por elas! Será que são
os alvos pessoais, a conta bancária,
a indiferença ou um pecado de
estimação, diante dos quais você se
inclina repetidamente e que roubam a
sua disposição interior de entrega
completa ao Senhor? Nos dias de
Gideão também havia muitos que tinham
seus olhos voltados temerosamente
para as coisas do seu tempo, ao invés
de olharem para o Senhor e Sua
tarefa. Muitos deles se ajoelharam
prazerosamente junto à água para
descansar. É assustador que – apesar
de todos os 10.000 pretenderem ir
junto – no final das contas eles não
o puderam, porque tinham dobrado seus
joelhos diante das coisas do
presente. No seu caso, esse foi o
sinal exterior de que eles não
estavam preparados interiormente. Nós
também gostamos de fazer pausas
espirituais, de interromper as
atividades, e muitas vezes buscamos
todas as coisas possíveis, exceto o
Senhor exclusivamente. Como,
entretanto, o Senhor conhece nossa
estrutura, Ele continuamente nos
exorta:
"Portanto não vos inquieteis,
dizendo: Que comeremos? Que
beberemos? ou: Com que nos
vestiremos? porque os gentios é que
procuram todas estas cousas; pois
vosso Pai celeste sabe que
necessitais de todas elas; buscai,
pois, em primeiro lugar, o seu reino
e a sua justiça, e todas estas cousas
vos serão acrescentadas" (Mt
6.31-33).
Se, ao final, observarmos mais
uma vez o comportamento daqueles 300
homens que beberam rapidamente a água
necessária junto ao rio para não
perderem nenhum tempo na realização
da tarefa do Senhor, quão importante
se torna, nessa linha de pensamento,
o que diz 1 Coríntios 9.25a: "E todo
aquele que luta de tudo se abstém"
(Ed. Rev. e Corrigida). Esses 300
homens não eram mais inteligentes nem
melhores, nem mais fortes ou
corajosos do que os outros – mas
estavam no seu interior completamente
livres e dispostos a servir ao
Senhor. Com ardente zelo, eles tinham
em mente exclusivamente o objetivo de
Deus. Eles não tinham mais nenhuma
espécie de outros alvos, mas seu
coração era voltado inteiramente para
a causa de Deus.
Você está disposto a lançar
fora e deixar de lado tudo aquilo que
o atrapalha no caminho ao encontro do
Senhor? Tendo em vista a breve e
repentina retirada da Igreja de
Jesus, você realmente está disposto a
tomar essa decisão, como Gideão e
seus homens o fizeram? Lemos em
Juízes 7.8a:
"Tomou o povo provisões nas mãos, e
as trombetas. Gideão enviou todos os
homens de Israel cada um à sua tenda,
porém os trezentos homens reteve
consigo." Juízes 7.8a
A caminho do arrebatamento,
leve somente as "provisões", a
Palavra de Deus, e a "trombeta", a
prontidão para o arrebatamento; leve
em conta que a trombeta será tocada
em breve.
Se o Senhor perguntasse a você
neste momento: "Você quer fazer parte
dos covardes e medrosos?", você
certamente responderia com um
definitivo "Não!" Então, aja de
acordo e lance fora o medo em nome de
Jesus! E, se Ele continuasse
perguntando a você: "Olhe, sobraram
10.000: você quer pertencer àqueles
que se ocupam em primeiro lugar com
as coisas terrenas, ou prefere estar
entre os 300 que levaram consigo
somente as "provisões" necessárias e
a "trombeta"?" – qual seria a sua
resposta? Oh! que você responda agora
com coração sincero: "Senhor, também
quero fazer parte desses 300. Quero
estar preparado para quando vieres!"
Amém.
Autor: Norbert Lieth
Extraído do livro Gideão - Uma
Mensagem de Alerta.
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