sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Unidade Mundial e a Manifestação do Anticristo

"Têm estes um só pensamento e

oferecem à besta o poder e a

autoridade que possuem" (Ap 17.13).

Esse texto das Escrituras é um

versículo-chave das profecias para os

fins dos tempos. As palavras um só

pensamento referem-se à síntese da

unidade mundial. Devemos notar bem

que os "dez reis" não são forçados a

entregar o poder ao maligno, à besta,

mas que eles "oferecerão à besta o

poder e a autoridade que possuem".

Obviamente é decisão unânime dos dez

reis permitirem que uma pessoa

governe, ao invés de dez.
O velho provérbio: "Unidos,

resistiremos; divididos, cairemos",

aplica-se a este caso. Com que

propósito os "dez reis" entregarão

seu poder e sua autoridade? No

versículo seguinte temos a resposta:

"Pelejarão eles contra o Cordeiro..."
Quanta arrogância! Não se

trata de um mal-entendido causado por

um erro de comunicação, mas

claramente de uma ação deliberada

contra o Senhor. O versículo 12 nos

mostra que estes dez reis "...recebem

autoridade como reis, com a besta,

durante uma hora", indicando que a

besta faz parte da estrutura de poder

dos dez reis que voluntariamente

transfere sua autoridade à pessoa

chamada "a besta". O ímpeto final de

todas as nações é dirigido contra o

Cordeiro. Por quê? Porque todas as

nações estão sujeitas ao governo do

príncipe das trevas, o deus deste

mundo!
Mil anos antes de Cristo, o

salmista escreveu:

"Os reis da terra se levantam, e os

príncipes conspiram contra o Senhor e

contra o seu Ungido, dizendo:

Rompamos os seus laços e sacudamos de

nós as suas algemas" (Sl 2.2-3).

Não devemos minimizar a

afirmação de que as nações se opõem

ao Senhor e escolhem o deus deste

mundo. Esses versículos bíblicos

acabam com qualquer dúvida de que

todas as nações são fundamentalmente

contrárias ao Senhor e Seu Ungido.
Alguém pode fazer uma pergunta

legítima: "Por que as nações se

levantariam contra o Senhor?" O

apóstolo Paulo responde:

"Ora, o aparecimento do iníquo é

segundo a eficácia de Satanás, com

todo poder, e sinais, e prodígios da

mentira, e com todo engano de

injustiça aos que perecem, porque não

acolheram o amor da verdade para

serem salvos. É por este motivo,

pois, que Deus lhes manda a operação

do erro, para darem crédito à

mentira" (2 Ts 2.9-11).

Eles optarão entre "sinais, e

prodígios da mentira" e "o amor da

verdade". Essa é a obra do pai da

mentira que engana as nações. As

massas humanas o seguirão

voluntariamente, de maneira que no

final os dez líderes mundiais eleitos

entregarão sua autoridade e seu poder

ao anticristo.
Em contraste, a intenção de

Deus está claramente revelada em João

3.16:

"Porque Deus amou ao mundo de tal

maneira que deu o seu Filho

unigênito, para que todo o que nele

crê não pereça, mas tenha a vida

eterna". João 3.16

A rejeição intencional da

oferta da salvação é o motivo pelo

qual Deus "lhes manda a operação do

erro".
Quero salientar que: pelas

aparências, o mundo imagina que segue

a justiça. Os líderes políticos e

religiosos pretendem estabelecer a

verdade e a prosperidade na terra

através da imposição pacífica da

democracia em toda parte. Pouco se

pode dizer contra os surpreendentes

progressos alcançados no que se

refere ao nosso padrão de vida – em

especial no Ocidente. Que o digam as

classes inferiores da sociedade!

Poucos sonhavam, há 50, 60, ou 70

anos atrás, adquirir tanto com seus

salários. O conforto com que contamos

hoje era inconcebível há algumas

décadas. Quem, no início deste

século, imaginaria possuir telefone,

geladeira, ar-condicionado, e um

automóvel deslizando suavemente pelas

rodovias? Quem alguma vez pensou que

teríamos acesso a qualquer tipo de

alimento fresco no mercado 24 horas

por dia? Estes avanços tornaram-se

tão abundantes, graças à unificação

dos países. O Estado norte-americano

da Carolina do Sul, por exemplo,

testemunhou a triplicação da economia

num período de apenas duas décadas.

Mas, apesar de todo este progresso em

benefício da humanidade, o homem

continua insatisfeito; há um vazio em

seu íntimo.
Em minha visita ao Parlamento

Europeu em Bruxelas, na Bélgica, um

professor enfatizava

entusiasticamente, numa conferência

de duas horas, que o sucesso e a

riqueza da Europa são apenas o

começo. Mais de 30.000 funcionários

em inúmeros escritórios trabalham com

os 626 representantes eleitos do

Parlamento, comunicando-se em 11

idiomas com a ajuda de 7.500

tradutores profissionais. O

conferencista enfatizou de forma

clara a pretensão da União Européia

em assumir as responsabilidades dos

países-membros soberanos. "Precisamos

de mais europeização", enfatizou o

orador. "Identidades nacionais",

continuou, "são prioridades

secundárias". Tornar-se membro da

União Européia é extremamente

difícil, mas é impossível retirar-se

dela. A constituição não prevê o

desligamento de membros. "Isso é para

sempre!", disse o orador.
O espírito de unificação é

irresistível e infindáveis são as

possibilidades. No passado se

perguntava: Quem são estes dez reis?

Referem-se a dez nações européias? Em

1967 o Dr. Wim Malgo, fundador da

"Obra Missionária Chamada da

Meia-Noite", escreveu: "Não

procuremos por dez países-membros do

Mercado Comum Europeu como sendo o

cumprimento de Apocalipse 17.12. Ao

invés disto, procuremos as dez

estruturas de poder que se

desenvolverão por iniciativa

européia, mas serão de alcance

mundial."
Vemos a globalização não só

na política e na economia mas também

na religião. A maioria dos conflitos

militares, tanto no passado como no

presente, têm sido basicamente em

torno de questões religiosas. No

Sudão, os muçulmanos estão

assassinando cristãos, mas na antiga

Iugoslávia os maometanos foram

dizimados por "cristãos" sérvios mais

fortes. O conflito entre a Índia e o

Paquistão, na verdade, é uma questão

religiosa entre muçulmanos e hindus.
Desta forma, a unificação é o

próximo passo para a Nova Ordem

Mundial globalmente democrática que

prosperará pacificamente. Por isso,

não fico surpreso ao ver o grande

sucesso de movimentos que têm por

objetivo unir as denominações. Depois

de conseguido isto, o anelo dos

homens se voltará para um líder que,

de acordo com muitos estudiosos da

Bíblia, só espera a hora de se

manifestar. Um rei terrível, de

"feroz catadura" (Dn 8.23), a besta,

o anticristo, está por vir!
À luz de todos estes fatos,

como crentes no Senhor Jesus Cristo,

o que devemos fazer? A resposta está

em 2 Tessalonicenses 2.15-17:

"Assim, pois, irmãos, permanecei

firmes e guardai as tradições que vos

foram ensinadas, seja por palavra,

seja por epístola nossa. Ora, nosso

Senhor Jesus Cristo mesmo e Deus, o

nosso Pai, que nos amou e nos deu

eterna consolação e boa esperança,

pela graça, consolem o vosso coração

e vos confirmem em toda boa obra e

boa palavra." 2 Tessalonicenses

2.15-17

Publicado anteriormente na revista

Chamada da Meia-Noite, Fevereiro de

1999.

Autor: Arno Froese

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