sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A Transfiguração, Como Explicar?

O Propósito da Aparição Não Era Outro

Senão Consolar Jesus
O fato de Moisés e Elias conversarem

com Jesus legitima a comunicação com

os mortos e a reencarnação?
Podemos afirmar

categoricamente que os fatos que

constatamos no episódio da

transfiguração, no monte Hermom (Mt

17.1-3), não fundamentam, de forma

alguma, uma sessão espírita ou um

processo de reencarnação.
O Antigo Testamento condena a

mediunidade, o que, pela

hermenêutica, jamais poderia ser

diferente nos escritos do Novo

Testamento. Transfigurar-se, no caso

em questão, significa “mudar de

forma”. No monte, Jesus assumiu sua

glória celestial (Mt 17.6). Lucas

afirma que no encontro de Jesus com

Moisés e Elias eles “falavam de sua

partida”, ou seja, da morte de Cristo

(Lc 9.31). O propósito da aparição

não era outro senão consolar Jesus,

pois os acontecimentos que o

aguardavam eram extremamente

angustiantes e demonstrariam a glória

de Cristo em seu reino.
Ao contrário disso, a questão

da comunicação com os mortos no

espiritismo tem outro objetivo.

Geralmente, os apelos ou

justificativas que levam alguém a

perseguir esse “contato” é a suposta

necessidade de desenvolver a

capacidade de mediunidade que a

pessoa acredita possuir. Quando não,

se deve à saudade de um ente querido

que faleceu. No encontro relatado na

Bíblia, porém, não houve quaisquer

desses objetivos ou intenções.

Podemos afirmar que aquela “reunião”

foi exclusiva e não há precedente

para a comunicação constante com os

falecidos, ou seja, não há nenhuma

invocação a líderes mortos, nem no

Antigo nem no Novo Testamento.

Ademais, é bom ressaltar que os

discípulos não conversaram com Moisés

e Elias, e muito menos os evocaram,

julgando que os tais pudessem, de

alguma forma, interceder por eles.
Em relação à reencarnação, o

espiritismo a define como sendo o

retorno da alma à vida corpórea, o

que o texto bíblico desaprova

totalmente, pois, se João Batista era

a reencarnação de Elias – como

classicamente apregoam os espíritas –

quem deveria ter aparecido na visão

seria João Batista, não Elias,

principalmente porque João já havia

sido degolado, por ordem do tetrarca

Herodes (Mt 14.1-12).
A Bíblia ensina que a alma,

após a morte, não vai para outro

corpo, como querem os espíritas, mas

que vai para o mundo espiritual, onde

aguarda a ressurreição. E mais. Para

que alguém reencarne é preciso que

morra, o que, no caso de Elias, não

aconteceu, pois o mesmo foi

arrebatado. O texto em destaque, que

aparenta ser um problema para os que

pregam contra a comunicação com os

mortos e a reencarnação, deve ser

entendido levando-se em consideração

o objetivo da referida aparição,

lembrando que os discípulos não

tiveram outra possibilidade senão

testemunhar esta experiência ímpar.

Se os discípulos encontrassem apoio

para consultar os mortos, será que

essa experiência não lhes daria

amparo? Por que, após o ocorrido,

eles não colocaram tal experiência em

prática? Por que não ensinaram a

reencarnação? A resposta não pode ser

outra senão a reprovação bíblica

quanto estas heresias espíritas.

Os Judeus Messiânicos Diferem Tanto

do Cristianismo como do Judaísmo

Tradicional
Quem são os judeus messiânicos?
Devido à abrangência do

assunto, nos deteremos apenas na

definição e nos conceitos do judaísmo

messiânico. Logo, não vamos, aqui,

legitimar ou condenar qualquer

posição, apenas informar quem são os

judeus messiânicos.
O pensamento dos adeptos do

judaísmo messiânico pode ser expresso

como um movimento que, segundo seus

defensores, tem suas raízes nos

apóstolos e nos seguidores de Jesus.

No seu desenvolvimento histórico, os

judeus messiânicos consideram-se

parte do autêntico judaísmo bíblico.

É a religião dos patriarcas, dos reis

e dos profetas que teve seu

cumprimento com a vinda de Yeshua

(Jesus), o Messias.
Enquanto o judaísmo

tradicional tem o Tanach (Antigo

Testamento) e o Talmude como Palavra

de Deus, mas rejeita Jesus como o

Messias prometido, o judaísmo

messiânico, por sua vez, afirma que o

Tanach e o Novo Testamento são a

Palavra de Deus, o Talmude não tem

tal autoridade e Jesus é o

cumprimento de todas as profecias

messiânicas. Para os judeus

messiânicos a Bíblia (Antigo e Novo

Testamentos) é regra de fé e prática.
Não há motivo para colocar o

cristianismo em situação superior ao

judaísmo, reivindicam. Assim, é

errado afirmar que o cristianismo

está separado e distinto do judaísmo.

Mas, ao mesmo tempo, afirmam que

Jesus é o fundador de uma nova

religião – o cristianismo. Este ponto

de vista dá margem para pregarem que

as Escrituras hebraicas foram

substituídas historicamente pelo Novo

Testamento, que a Igreja (composta

por gentios) substituiu Israel no

plano da salvação e que os discípulos

de Jesus deixaram a religião judaica

para se aliar a uma nova religião

chamada cristianismo.
Para os judeus messiânicos

Jesus veio cumprir uma antiga

religião e não estabelecer outra (Mt

5.17). O Novo Testamento é uma

continuação das Escrituras hebraicas

(2Tm 3.16). Os gentios apenas

compartilham das bênçãos de Deus, no

entanto, não assumem as bênçãos que

Deus deu exclusivamente a Israel (Rm

15.27).
As pessoas que reconheceram

que Jesus é o Messias que haveria de

vir não estabeleceram ou fizeram

parte de uma nova religião, mas

constituíram o judaísmo messiânico;

ou seja, apenas se tornaram judeus

messiânicos e não cristãos.
A primeira sinagoga judaica

messiânica conhecida nos tempos

atuais foi estabelecida por Joseph

Rabinowitz, na Rússia, em 1882. A ela

deram o nome de Sinagoga da

Congregação de Israelitas do Novo

Concerto. Nela, há a presença do

rabino, do ancião e dos componentes

da congregação.
Para eles, manter a identidade

judaica e suas heranças é fundamental

para a futura geração. Os eventos

referenciados nas Escrituras como “as

festas solenes do Senhor” celebradas

anualmente pelos antigos judeus são

ratificados pelos judeus messiânicos.

A conclusão é que não se consideram

nem cristãos nem judeus tradicionais

(judaísmo), mas apenas judeus

messiânicos.

É Mais Plausível Aceitar a

Interpretação de Que Esse Fogo é Uma

Advertência, Não Uma Promessa
Fogo do Espírito Santo ou do juízo?

“E eu, em verdade, vos batizo com

água, para o arrependimento; mas

aquele que vem após mim é mais

poderoso do que eu; cujas alparcas

não sou digno de levar; ele vos

batizará com o Espírito Santo, e com

fogo” (Mt 3.11).

As palavras de João Batista,

em Mateus 3.11, têm sido alvo de

várias interpretações, e muitas delas

sem fundamento. Alguns pensam que a

menção desse fogo teve seu

cumprimento nos dias de Pentecostes,

quando “foram vistas línguas

repartidas como que de fogo”. Esse

fogo seria, então, um símbolo da

presença de Deus, assim como Ele

apareceu a Moisés (Êx 3.1-6). Não

obstante, parece mais coerente

aceitar a interpretação de que esse

fogo é uma advertência, não uma

promessa. O que fica evidente no

texto é que enquanto alguns foram

compelidos ao arrependimento outros,

porém, rechaçaram a mensagem de João

Batista. Disso depreende que aos que

se arrependeram de seus pecados João

lhes prometeu o batismo com o

Espírito Santo, e aos que recusaram

tal procedimento lhes restava (ou

resta) a advertência do batismo com

fogo. As razões para que esse

“batismo com fogo” seja uma

advertência são as seguintes:
O contexto demonstra uma exortação de

João Batista aos fariseus, o que

evidencia mais uma predição de juízo

do que de bênção, aliás, a palavra

fogo também consta no versículo

anterior (v.10 ) e no posterior

(v.12)
No versículo 12 é dito que a palha

será separada do trigo, e queimada a

palha com fogo que nunca se apagará.
Em João 1.33 há a menção do batismo

com o Espírito Santo, porém, sem o

fogo. Da mesma forma, não há a menção

de fogo em Atos 1.5, quando o Senhor

Jesus repetiu a promessa do batismo

com o Espírito Santo.
Lucas não relata que o batismo, no

Pentecoste, foi com fogo, mas, sim

“...como que de fogo...” (At 2.3).

Tudo indica que esse batismo com fogo

está relacionado com o futuro (Cf.

2Ts 1.8; Lc 3.17; Mc 9.46-49; Ml

4.1).

A Vida do Animal era Oferecida em

Troca da Pena Pelo Pecado
Não seria desumano o sacrifício de

animais, conforme relata o Antigo

Testamento?
A importância dos ritos

religiosos na comunidade de Israel,

no Antigo Testamento, se expressava

por meio das libações, refeições

sagradas, sacrifícios de animais,

etc. Apesar de entendermos que a

nação de Israel não copiou esses

exemplos das nações pagãs, de fato,

essas nações tinham os mesmos

hábitos; mas a ideologia do povo de

Israel era distinta e diferente

delas. Se o sacrifício de animais nos

parece repulsivo, porque compramos

carne embrulhada em sacos plásticos,

para os israelitas, porém, era algo

perfeitamente normal. Matar animais

para fins religiosos era uma prática

comum no mundo antigo. A vida do

animal era dada em troca da morte do

pecador. Por causa da gravidade do

pecado, a situação do pecador não

poderia ficar sem uma solução. Era

esse o motivo que levava Deus a

aceitar os sacrifícios de animais,

cujo sangue derramado – sangue este

que simbolizava a vida (Lv 17.11) –

era vital para “cobrir” a

transgressão (Hb 9.22).
Entretanto, dentre todas ao

seu redor, Israel era a única nação

que sacrificava somente ao Deus único

e verdadeiro. O culto sacrificial de

Israel se fazia acompanhar também de

forte realce aos elevados valores

morais, ao contrário do culto pagão,

que associava o sacrifício à

prostituição cultual e a outras

perversões.
O sacrifício de animais era,

sobretudo, uma oferta pelo pecado. A

idéia primordial era que aquele que

estivesse ofertando o animal teria o

seu pecado “apagado”, ou seja, uma

forma voltar a se relacionar com o

Criador. Toda vez que um animal era

sacrificado servia de vívida

lembrança de que o pecado é algo

mortalmente grave (Gn 2.17).
Quando a vida do animal era

oferecida em troca da pena pelo

pecado, o culpado recebia a

purificação. Ao colocar a mão sobre a

cabeça do animal sacrificado (Lv

1.4), o adorador se identificava com

esse animal. Entendia claramente que

o animal estava morrendo em seu lugar

pelos pecados que cometera. Assim,

aquele sangue era um agente

purificador que eliminava o pecado,

já que representava a vida do animal.
No Novo Testamento, Jesus é

apresentado como o antítipo de todos

esses sacrifícios. Sendo Ele próprio

o “Cordeiro de Deus” (Jo 1.29), se

tornou o sacrifício perfeito,

eliminando, dessa forma, a

continuação e a necessidade de

sacrificar animais (Hb 7.27; 9.12-14;

10.18). A primordial diferença entre

o sacrifício de Jesus e os animais do

Antigo Testamento está na eficácia. O

sangue de Jesus não apenas “cobre” os

pecados, como o dos animais faziam,

mas purifica totalmente o pecador

(1Jo 1.7).

Bibliografia:
Bíblia Apologética. Instituto Cristão

de Pesquisas.
Série Apologética. Instituto Cristão

de Pesquisas.
CHAMPLIN, Norman. Dicionário de

teologia e filosofia. Candeia.
GEISLER, Norman. Enciclopédia de

apologética. Vida.
HORTON, Stanley M. Teologia

sistemática. CPAD.

Participantes desta edição:
Lúcio Flávio de Souza
Joel Ramos da Silva
Elisângela de Almeida
Dirce Nascimento

Preparado por: Gilson Barbosa

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