Com certeza, os batismos deverão ser
efetivados em nome do Pai, e do Filho
e do Espírito Santo, conforme a
palavra do Senhor Jesus (Mt 28.19).
O fato de a igreja primitiva haver
realizado batismos apenas em nome de
Jesus não é motivo para fazermos hoje
da mesma forma. Em primeiro lugar
está a palavra de Deus. Esta deve
prevalecer sempre. A forma
sacramental do batismo é a que foi
ordenada pelo Senhor Jesus, como é
feito há dois mil anos.
Os registros de batismos em “nome de
Jesus” estão em Atos 8.16; 10.48;
19.5; 1 Co 6.11. Apesar disso, não se
pode concluir que TODOS os batismos –
milhares – na igreja primitiva
seguiram a mesma forma. Esses
batismos divergiram do recomendado
pelo Senhor Jesus apenas na forma,
não na essência. Daí porque não houve
necessidade de novo batismo. Não
podemos dizer que a igreja primitiva
cometeu o pecado da desobediência. O
Pai, o Filho e o Espírito Santo são
uma unidade composta. O Deus triúno
subsiste nessas três pessoas. O
batismo em nome do Senhor Jesus
significou o batismo em nome da
Trindade. O batismo "em nome do
Senhor" não objetivou definir a
fórmula ritual do batismo (cf. Mt
28.19), mas o significado do próprio
rito: profissão de fé em Cristo,
tomada de posse, por Cristo, daqueles
que doravante lhe são consagrados.
"Em nome do Senhor" pode significar
que a ordenança fora do Senhor Jesus
e se dá como resultado da fé nEle.
Se devêssemos seguir totalmente os
exemplos da igreja primitiva,
deveríamos hoje viver numa grande
comunidade cristã, em que os bens
deveriam ser vendidos e o valor
correspondente deveria ser entregue
aos ministros para ser revertido em
benefício de todos (At 4.32, 34, 35).
O nosso padrão de conduta, a nossa
regra de fé e prática é a Palavra. No
caso sob comentário, é a palavra do
Senhor Jesus que deve ser levada em
conta.
Alguns que teimam em batizar em
apenas em nome de Jesus não o fazem
por ignorância ou por desejar ser
fiel à prática primitiva. Por negarem
a doutrina da Trindade, procuram
desvios. O batismo em nome do Pai, e
do Filho e do Espírito Santo é uma
declaração mais do que explícita da
divindade do Filho e do Espírito. Mas
como explicam as seguintes
declarações do Senhor Jesus: “EU E O
PAI SOMOS UM” (Jo 10.30) e “QUEM ME
VÊ A MIM VÊ O PAI” (Jo 14.9)? E a
declaração de Tomé: “SENHOR MEU, E
DEUS MEU” (Jo 20.28), declaração esta
que Jesus não contestou?
A Fórmula do Batismo
“Alguns argumentam que o batismo tem
que ser feito só em nome de Jesus,
mas afirmar isso acerca da fórmula
batismal é uma prova de falta de
conhecimento Bíblico e teológico.
Quem pensa assim criou uma fórmula
que não existe modelo nas Escrituras.
A menção do batismo em nome de Jesus
(Atos 2:28; 8:16; 10:48 e 19:5)
encontra-se em passagens que não
tratam da fórmula batismal, e, sim,
de atos ou eventos feito em nome de
Jesus, pois tudo o que é feito em
nossas vidas é em nome de Jesus. Veja
o que diz o apóstolo Paulo em
Colossenses 3:17: "E tudo quanto
fizerdes por palavras ou por obras,
fazei-o em nome do Senhor Jesus,
dando por ele graças a Deus Pai". O
cristão quando se reúne, se reúne em
nome de Jesus; Quando louva a Deus
com cânticos, louva em nome de Jesus;
Quando apresentamos uma criança,
apresentamos em nome de Jesus;... e
quando realizamos um batismo,
realizamos em nome de Jesus, mas de
acordo com a fórmula dada por Cristo:
"Em nome do Pai, Filho e Espírito
Santo" (Mt.28:19). Os textos do livro
de Atos só nos mostram essa realidade
e não uma fórmula batismal, veja:
Atos 2:38 - "Em nome de Jesus
Cristo"; Atos 8:16 - "em nome do
Senhor Jesus". Se essas passagens
revelassem a fórmula batismal, seriam
iguais, pois qualquer fórmula é
padronizada. O que a Palavra está
dizendo e que as pessoas eram
batizadas na autoridade do nome do
Senhor Jesus, mesmo porque não é
possível que Pedro, pouco tempo
depois da ordem de Jesus, em Mateus
28:19, agisse de modo tão diferente,
alterando a fórmula batismal”.
Autor: Pr. Airton Evangelista da
Costa
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