sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Batismo - Em Nome de Jesus ou da Trindade?

Com certeza, os batismos deverão ser

efetivados em nome do Pai, e do Filho

e do Espírito Santo, conforme a

palavra do Senhor Jesus (Mt 28.19).

O fato de a igreja primitiva haver

realizado batismos apenas em nome de

Jesus não é motivo para fazermos hoje

da mesma forma. Em primeiro lugar

está a palavra de Deus. Esta deve

prevalecer sempre. A forma

sacramental do batismo é a que foi

ordenada pelo Senhor Jesus, como é

feito há dois mil anos.

Os registros de batismos em “nome de

Jesus” estão em Atos 8.16; 10.48;

19.5; 1 Co 6.11. Apesar disso, não se

pode concluir que TODOS os batismos –

milhares – na igreja primitiva

seguiram a mesma forma. Esses

batismos divergiram do recomendado

pelo Senhor Jesus apenas na forma,

não na essência. Daí porque não houve

necessidade de novo batismo. Não

podemos dizer que a igreja primitiva

cometeu o pecado da desobediência. O

Pai, o Filho e o Espírito Santo são

uma unidade composta. O Deus triúno

subsiste nessas três pessoas. O

batismo em nome do Senhor Jesus

significou o batismo em nome da

Trindade. O batismo "em nome do

Senhor" não objetivou definir a

fórmula ritual do batismo (cf. Mt

28.19), mas o significado do próprio

rito: profissão de fé em Cristo,

tomada de posse, por Cristo, daqueles

que doravante lhe são consagrados.

"Em nome do Senhor" pode significar

que a ordenança fora do Senhor Jesus

e se dá como resultado da fé nEle.

Se devêssemos seguir totalmente os

exemplos da igreja primitiva,

deveríamos hoje viver numa grande

comunidade cristã, em que os bens

deveriam ser vendidos e o valor

correspondente deveria ser entregue

aos ministros para ser revertido em

benefício de todos (At 4.32, 34, 35).

O nosso padrão de conduta, a nossa

regra de fé e prática é a Palavra. No

caso sob comentário, é a palavra do

Senhor Jesus que deve ser levada em

conta.

Alguns que teimam em batizar em

apenas em nome de Jesus não o fazem

por ignorância ou por desejar ser

fiel à prática primitiva. Por negarem

a doutrina da Trindade, procuram

desvios. O batismo em nome do Pai, e

do Filho e do Espírito Santo é uma

declaração mais do que explícita da

divindade do Filho e do Espírito. Mas

como explicam as seguintes

declarações do Senhor Jesus: “EU E O

PAI SOMOS UM” (Jo 10.30) e “QUEM ME

VÊ A MIM VÊ O PAI” (Jo 14.9)? E a

declaração de Tomé: “SENHOR MEU, E

DEUS MEU” (Jo 20.28), declaração esta

que Jesus não contestou?

A Fórmula do Batismo
“Alguns argumentam que o batismo tem

que ser feito só em nome de Jesus,

mas afirmar isso acerca da fórmula

batismal é uma prova de falta de

conhecimento Bíblico e teológico.

Quem pensa assim criou uma fórmula

que não existe modelo nas Escrituras.

A menção do batismo em nome de Jesus

(Atos 2:28; 8:16; 10:48 e 19:5)

encontra-se em passagens que não

tratam da fórmula batismal, e, sim,

de atos ou eventos feito em nome de

Jesus, pois tudo o que é feito em

nossas vidas é em nome de Jesus. Veja

o que diz o apóstolo Paulo em

Colossenses 3:17: "E tudo quanto

fizerdes por palavras ou por obras,

fazei-o em nome do Senhor Jesus,

dando por ele graças a Deus Pai". O

cristão quando se reúne, se reúne em

nome de Jesus; Quando louva a Deus

com cânticos, louva em nome de Jesus;

Quando apresentamos uma criança,

apresentamos em nome de Jesus;... e

quando realizamos um batismo,

realizamos em nome de Jesus, mas de

acordo com a fórmula dada por Cristo:

"Em nome do Pai, Filho e Espírito

Santo" (Mt.28:19). Os textos do livro

de Atos só nos mostram essa realidade

e não uma fórmula batismal, veja:

Atos 2:38 - "Em nome de Jesus

Cristo"; Atos 8:16 - "em nome do

Senhor Jesus". Se essas passagens

revelassem a fórmula batismal, seriam

iguais, pois qualquer fórmula é

padronizada. O que a Palavra está

dizendo e que as pessoas eram

batizadas na autoridade do nome do

Senhor Jesus, mesmo porque não é

possível que Pedro, pouco tempo

depois da ordem de Jesus, em Mateus

28:19, agisse de modo tão diferente,

alterando a fórmula batismal”.

Autor: Pr. Airton Evangelista da

Costa

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